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História Half a Heart (Camren) - Its over.


Escrita por: jausregui

Notas do Autor


Queria primeiramente agradecer a todos que deixam comentários ou falam comigo no Twitter sobre o quanto amam a fic. Eu leio todos com um sorriso enorme no rosto. Isso significa muito pra mim. Obrigada, gente. Eu amo vocês!

Dedico esse capitulo a Bruna (5harmiley no twitter) por que ela foi a ultima a ir falar comigo. E a todos vocês que também foram falar, e que comentam. Obrigada de verdade.

Capítulo 35 - Its over.


Fanfic / Fanfiction Half a Heart (Camren) - Its over.

- Lo! - Camila chamou por mim e pude ver que ela tentou se mexer, mas eu não olhei-a, caso contrario, acabaria fraquejando e isso era a ultima coisa que queria. 

 

- Você não ouviu o que eu disse? - dei mais um passo a frente - Tire essas mãos imundas de cima dela. 
Apertei as mãos em torno da arma quando vi Carlos puxar uma do bolso também, mas ele não apontou-a para mim, e sim para Camila. 

- Quem faz as regras aqui sou eu. Abaixa a arma. - ele disse, e involuntariamente, abaixei. Tinha medo do que ele poderia fazer. 

- Tudo bem. Calma... - falei baixo, abaixando-a completamente. 

- Coloque-a no chão. - me curvei para colocar, mas não tirava os olhos dele. Não poderia baixar a guarda nem por um segundo. 

- Laur, não! - Camila gritou. 

Percebi que Carlos iria machuca-la, então não precisei pensar duas vezes para avançar em cima dele. Era perigoso sim, mas no momento eu já não ligava mais pra isso. Segurei seus punhos e apertei com tanta força que a arma caiu no chão. Chutei-a pra perto de Camila, apenas para deixa-la o mais longe possível. 

Carlos e eu começamos uma "luta" de forças, usando apenas os braços e as pernas. Ele não amenizou a força nem por um segundo, mas eu não estava diferente. Com dificuldade consegui empurra-lo contra uma estante cheia de vidros, onde os mesmos caíram todos no chão.

- Sua pirralha maldita! - ele gritou tentando recuperar as forças enquanto eu me afastava. 

Camila não parava de gritar. Talvez ela estivesse com medo e preocupada comigo, mas agora não é hora para dar atenção a isso. Eu preciso terminar o que vim fazer aqui logo. 

Carlos avançou pra cima de mim e eu desviei, mas não foi o bastante. Ele voltou e agarrou meus braços, me jogando com toda força no chão e ficando por cima de mim. 

- Sai de cima dela! - novamente, nem eu e nem ele demos importância para o que Camila falou.

Tentei sair e coloca-lo em baixo de mim, mas não consegui. Não queria admitir, mas Carlos é bem forte. Eu estava ficando sem forças, mas não iria perder. Vim aqui pra salvar minha namorada e não vou parar até que ela esteja bem.

- Parece que o jogo virou, não é mesmo? - ele debochou com o sorriso mais cínico que já vi, depois puxou em canivete de dentro do bolso. 

- LAUREN, CUIDADO! 

Tentei mais uma vez me soltar, mas falhei novamente. Homens tem um ponto fraco, e o dele estava desprotegido. Talvez Carlos não lembrasse que eu tenho um joelho e que posso usa-lo quando quiser. 
Foi o que fiz. Levantei a perna e aceitei, com toda a força possível, o joelho naquele negócio ridículo que ele tem entre as pernas. 

Agora era a minha chance. Carlos estava se contorcendo de dor e me xingando com todos os palavrões possíveis. Tentou me atacar de novo, mas no momento eu tinha um plano melhor do que ficar parada. 

Corri pelo resto da casa atras de alguma coisa pesada. Eu precisava ser rápida e ágio, por que agora ele estava vindo atras de mim. Até que, por acaso, ou talvez sorte, achei um bastão de baseball. Pulei uma janela e corri pelo quintal o mais rápido que podia. Rodei a casa inteira praticamente duas vezes apenas fugindo e sem saber o que fazer. 

Caí uma vez na grama, mas isso não foi o suficiente para que ele me pegasse, então voltei para onde estávamos antes, onde Camila ainda gritava por mim freneticamente.

Nenhum sinal de Carlos. Ele não entrou pela frente como eu esperava. 

- LAUREN, LA ATRAS! - Camila gritou e eu me virei rapidamente, vendo-o entrar pela janela e pular em cima de mim. 

Meu movimento foi rápido e certeiro. O bastão foi diretamente um pouco em cima da nuca de Carlos. Ele não teve tempo de gritar com dor, e já estava no chão completamente desmaiado. 

Isso não acabou. Ele acordaria. Eu teria que ser rápida. 

Peguei o canivete dele que estava no chão e cortei as cordas que prendiam Camila. Ela se levantou rápido, mas parecia não conseguir andar. Ficou muito tempo presa ali, já era de se esperar. Segurei-a impedindo que caísse. 

- Ei, tudo bem? - perguntei bem baixo, como um sussurro. 

- Sim.

- Acha que consegue andar até o carro?

- Consigo, mas não vou. Não posso te deixar aqui sozinha. - ela disse. Sua voz tinha um tom de desespero. 

- Camila, por favor, coopera. Eu preciso que vá para o carro. Lá você estará segura. Pegue meu celular e ligue para seus pais. Diga a eles que estamos em uma casa pequena, em cima de um morro na orla da floresta. Peça para eles virem com a polícia. 

- Mas... - ela deixou uma lágrima escorrer pela bochecha - E você?

- Eu ainda tenho que fazer uma coisa.

- Não! Vem comigo, por favor. 

- Daqui a pouco eu vou. 

- Você está machucada e com a testa sangrando. - eu nem havia reparado nisso. 

- Camz, nós não temos muito tempo. Por favor, faça o que eu peço. 

Camila respirou fundo, e pude perceber que engolia totalmente o choro. Ela me deu um beijo rápido nos lábios e foi contra a vontade. 

Peguei outras duas cordas e aproveitei para amarra-lo enquanto estava desmaiado. Apertei bem na parte dos pés e mais ainda na parte das mãos. Pronto. Agora é só esperar. 

[...]

POV CAMILA

Lauren me mandou ir para o carro, mas devo admitir que eu não queria fazer isso, porém, era realmente necessário. Não queria deixa-la sozinha com aquele maluco, mesmo que ele estivesse desmaiado e que ela soubesse o que fazer. Eu não consigo evitar minha preocupação. 

Fiz o que deveria ser feito. Liguei para meus pais, falei onde estávamos, pedi para que trouxessem a policia, mas não disse quem havia me sequestrado. Não precisava de muitos detalhes. Só precisava que eles viessem. 

O que não demorou muito. 

A policia chegou na frente e invadiram o local do mesmo jeito que Lauren havia invadido a alguns minutos antes. Meu pai entrou com eles e fiquei pensando como ele reagira ao ver que quem está lá é o irmão dele. Enquanto isso, minha mãe procurava desesperadamente por mim. 

- Mãe! - saí do carro e gritei antes que ela entrasse na casa também. Quanto menos gente la dentro, melhor. 

- Camila! - ela correu ate mim - Meu Deus, você está bem? - assenti - Que susto você me deu! Onde está a Lauren?

- Ela ainda está la dentro e...

Antes que eu pudesse terminar de falar, Lauren saiu pela porta e olhou diretamente pra mim. Corri para abraça-la sem pensar duas vezes. Ela me apertou em seus braços como se quisesse ter total certeza de que eu estava ali. 

- Você está bem? - perguntou. 

- Sim, mas você... 

Lauren usava uma calça preta apertada, uma blusa regata branca que agora estava totalmente suja, e isso seria sexy se os cortes na sua testa e machucados nos seus braços e mãos não fossem preocupantes. 

- Eu to bem, relaxa. - falou. Eu não iria relaxar. 

- MEU DEUS. - minha mãe tampou a boca em surpresa ao ver quem a policia estava levando pro carro. 

A expressão do meu pai era indecifrável. Ele parecia confuso, arrasado, preocupado, curioso... Uma enorme mistura de sentimentos. Eu já deveria imaginar.

- Sinu, pode ir até a delegacia comigo, por favor? - pediu, sem ao menos olhar pra mim. 

- Claro. - minha mãe concordou - Lauren, leve a Camila pra casa de vocês, ok? Nos encontramos depois. 

- Sim senhora. 

Eu não queria ir pra casa. Queria acompanha-los, mas sabia que não tinha muitas escolhas agora, então entrei no branco do passageiro e Lauren no do motorista. As mãos dela estavam levemente cortadas, talvez por causa da corda. O sangue estava me dando uma angustia enorme. 

A ida até em casa foi silenciosa. Ela me olhava apenas algumas vezes, talvez para se certificar se eu realmente estava bem. 

Quando chegamos, Lauren não guardou o carro na garagem, o que significava que pretenderia sair depois. 

- Amor, temos que dar um jeito nisso. - falei passando levemente a mão pela testa dela. - Senta aí. 

- Não. Está tudo bem, Camz. 

- Claro que não está. Senta logo. 

Ela arqueou uma sobrancelha mas obedeceu. Fui até o armário pegar remédios para passar nos machucados, algodões para limpar e  gaze para não infeccionar. 

- Ah, não! Isso dói! - ela disse afastando um pouco a cabeça quando me aproximei com o remédio. 

- Para de besteira. - coloquei um pouco no local machucado e Lauren fez careta. 

- Ai.

- Nem está doendo. 

- Ta sim. AI!

- Fresca. 

- Ai, ai, ai, ai. 

- Pronto, acabei. 

- Nossa, você quase me matou. - revirei os olhos. - Mereço um beijo pra recompensar. 

Essa garota é inacreditável. Me estiquei para selar meus lábios aos dela por alguns segundos e depois me afastei quando a ouvi gemer de dor. 

- Ei, o que foi?

- Minha boca também dói. 

- Desculpa. 

- Eu não ligo. - ela me puxou de volta. Mas de fato, agora não era hora pra isso. Eu iria voltar até aquela delegacia pra ter o prazer de ver Carlos preso. - Você tem certeza que ele não te machucou?

- Tenho. Meus pulsos só estão roxos por causa das cordas, mas fora isso, nada mais. - expliquei. 

- Ótimo, por que se ele tivesse feito alguma coisa, eu juro que iria até aquela delegacia para mata-lo, nem que eu ficasse presa ali mesmo. - Lauren respirou fundo - Quando eu arrombei a porta, pensei em atirar e explodir a cabeça dele, mas eu não consegui. Eu...

- Ei, ei. - chamei sua atenção - Para com isso. Você não é uma pessoa ruim. Você não é como ele. 

- Tem razão. O importante é que agora você está bem. - concordei. 

- Agora vamos. 

- Pra onde?

- Pra delegacia, ué. - Lauren arqueou uma sobrancelha. 

- Você vai tomar banho e eu vou lá. Me espere aqui. 

- Não. 

- Camila, por favor...

- Eu já disse que não, Lauren!

- Mas que droga! Pelo menos pega alguma coisa pra comer.

Revirei novamente os olhos mas obedeci e fui até a cozinha. Mesmo tendo passado quase um dia naquele maldito lugar, eu não estava com fome. 

[...]

Quando chegamos a delegacia, nos juntamos a minha mãe e meu pai parar esperar sermos chamados até a sala de visita, onde Carlos estaria daqui a poucos minutos. Foi então que percebi que não havia agradecido Lauren. Se não fosse por ela, sabe-se lá onde eu estaria agora, se é que estivesse em algum lugar. Eu definitivamente não vivo mais sem essa garota. 

- Eu acho que nunca vou conseguir te agradecer como você realmente merece. - falei baixo, apenas para que ela ouvisse. 

- Quem disse que precisa me agradecer? Eu que devo agradecer a mim mesma. Se eu não tivesse conseguido ir te salvar, nunca teria me perdoado. - sorri - É sério. Eu chorei a viagem inteira. No avião a aeromoça precisou me acalmar e...

- Espera... A aeromoça precisou te acalmar? - perguntei cruzando os braços. 

- Ei, deixa eu terminar de desabafar! - ela disse, ignorando totalmente minha pergunta. 

- Va em frente. 

- Então. Quando cheguei aqui, fui direto pra casa dos seus pais e recebi outra mensagem, dessa vez indicando o local onde deveria ir. 

- E onde você arrumou aquela arma?

- Fui buscar em casa. Sempre tive guardada em cima do guarda-roupa. 

- VOCÊ TINHA UMA ARM... - Lauren tampou minha boca com uma mão. 

- Fala baixo! 

- Desculpe. 

Naquela hora, um dos policiais nos chamou e nos conduziu até a sala de visitas. Eu ainda não conseguia olhar pro meu pai. Ele parecia que iria explodir a qualquer momento. Agarrei na cintura de Lauren e desejei nunca mais solta-la. 

- Olá família Cabello e branquela chata. - Carlos disse com um sorriso debochado no rosto. 

- Cala a porra da sua boca. - meu pai gritou, mas minha mãe aconselhou-o a falar mais baixo. 

- Vocês vieram aqui pra falar comigo e querem que eu me cale? - perguntou, ainda debochando. 

- Só me diz que merda você tem na cabeça. - a conversa era só entre ele e meu pai, o que eu achei ótimo. Não queria me meter. Não queria que ficasse pior do que já estava - Por que sequestrou a Camila?

- Minha meta da vida era persegui-la. 

- O QUE?

- Alejandro... - minha mãe interrompeu de novo. 

- É. Ela nunca lhe contou sobre o que aconteceu a alguns anos atras? Creio que não, caso contrario, você teria mandado me matar. 

Carlos queria que meu pai soubesse sobre aquilo. Ele queria me trazer aquelas malditas memórias de novo por que sabia que eu queria esconde-las no passado. O que ele teria a perder? Já estava preso mesmo. O máximo que aconteceria seria um aumento na quantidade de anos que ele passaria la dentro, mas pra mim, isso causaria um sentimento pior do que qualquer um que eu poderia imaginar. 

- O que? - Carlos não respondeu. - Fala agora!

- Pergunte a ela, oras. 

Meus pais me olharam, enquanto Lauren me apertava em seus braços cada vez mais. Ela sabia sobre o que se tratava. 

- Camila... - meu pai me chamou. Eu não conseguia olha-lo nos olhos. - Filha?

Não queria falar sobre aquilo nem hoje, nem nunca. Se pudesse, me esconderia ate que eles se esquecessem, mas não podia. Eu não iria conta-los sobre isso. Não agora. 

Me soltei dos braços de Lauren e corri o mais rápido possível. As lágrimas começaram a escorrer involuntariamente pelo meu rosto, e por mais que eu tentasse, não conseguia controlar. Estava anoitecendo. Não conseguia dizer que horas eram exatamente, mas o céu já estava escuro. 

Nem ao menos percebi por onde estava indo, porém, senti que alguém corria atras de mim. Talvez fosse Lauren. Também não me daria ao trabalho de olhar. Sentei em um batente de uma loja para descansar e apoiei os braços nos joelhos, deitando minha cabeça neles. 

- Camz. - era ela mesma. Poderia reconhecer aquela voz em qualquer lugar do mundo - Amor. 

- Oi. - falei com a voz abafada. Lauren sentou-se ao meu lado e me puxou novamente para seus braços.

- Você sabia que esse dia iria chegar, não sabia? Mais cedo ou mais tarde eles iriam ter que descobrir. - tentou me acalmar fazendo carinho na minha cabeça. 

- Eu... Eu sei. Só não imaginei que eu seria pega de surpresa assim. 

- Eu entendo, por isso pedi para que seus pais fossem pra casa e ficassem tranquilos que iria conversar com você. 

- Lo, eu não quero ter que contar isso pra eles. Eu não quero. - chorei, apoiando a cabeça nos seios de Lauren. 

- Se você contar, vai poder se livrar dessa história. Vai se sentir mais livre. 

- Mas é difícil pra mim falar sobre isso. 

- Eu sei. - ela beijou minha cabeça - Por isso vou estar do seu lado pra te dar todo o apoio necessário. 

- Promete? - levantei a cabeça para olha-la. 

- Prometo. 
Então era isso. Lauren havia me passado coragem, mas de qualquer jeito, eu sabia que deveria contar para meus pais algum dia. Só não estava preparada agora. 

Ela estará do meu lado, como sempre esteve. Não terá problemas. Eu vou conseguir. 

 


Notas Finais


Desculpem pelos erros! O que acharam? Comentem aqui em baixo ou falem comigo no Twitter (@jaureng). Eu preciso saber o que estão achando da história.

E se você ainda não leu meu one shoot (também sobre Camren) leia! socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-fifth-harmony-but-you-didnt--camren-2715781


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