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História Half a Soul - A flor e o relâmpago


Escrita por: vixxoluxion

Notas do Autor


Desculpa a demora galero :D
Desculpa pelo plot-twist também hahahaha

Capítulo 43 - A flor e o relâmpago


Fanfic / Fanfiction Half a Soul - A flor e o relâmpago

Pain. Meu sonho era real.

Eu estava vendo Konohagakure, o lugar que eu escolhera como meu lar, caindo aos pedaços de maneira violenta, e tudo começou com uma centopeia gigante.

Os Seis Caminhos de Pain haviam invadido a aldeia. Eles deram um jeito de enganar nossa barreira e agora espalhavam o caos por toda Konoha. Tsunade-sama declarou estado de emergência, e eu tinha certeza de que aquela era a hora de Naruto voltar do Monte Myōboku.

As lesmas invocadas por Tsunade-sama, fragmentos da Katsuyu, já acompanhavam os cidadãos feridos, dando-nos apoio. Mas eu só ficava com mais e mais medo a cada segundo, pelo simples fato de não ter ideia de onde meus amigos estavam. E, além disso, eu tinha a leve impressão de que Naruto ia demorar.

 

“Puxa... O Sakumo ia amar escutar essa parte”, Kakashi murmurou pensativo.

“Ia mesmo, coitado... Outro dia a gente conta”, eu falei.

“Ai, vamos logo, eu já estou toda arrepiada!”, Aimi pediu.

 

“Hanae, comece a procurar feridos e defenda-os se for necessário! Precisamos levá-los ao hospital ou aos ninjas médicos mais próximos”, gritou um colega meu. “É de extrema importância!”.

“Entendido!”, falei escondendo o meu desespero.

‘É besteira se desesperar’, metade de mim pensava. A outra metade pensava que se desesperar era mais do que justo e superdigno para o momento... E, não que fosse certo se desesperar... Mas a preocupação era real e válida. Antes que Naruto chegasse, muita coisa ruim ia acontecer, e eu sabia disso no fundo do meu coração.

Estava tudo muito, mas muito feio, e ainda não tínhamos chegado à pior parte. As Katsuyu e os ninjas médicos faziam o que podiam, mas nada parecia ser realmente suficiente.

Correndo para lá e para cá eu acabei vendo alguns dos meus amigos, todos vivos, graças a Kami-sama. Harumi e Kaya iam juntas combater os invasores também, e eu confiava nelas para que voltassem inteiras. Aquilo fez meu coração se acalmar, mas de repente, tudo caiu aos meus pés quando parei e me perguntei onde estariam Kakashi e Aimi. A angústia tomou conta de mim e mesmo que não quisesse, comecei a esperar pelo pior.

Mil coisas estavam acontecendo perto do hospital, perto do centro, no prédio da Inteligência, aqui e ali, então era difícil ter noção total de tudo. Na verdade era impossível.

Minutos depois, após fazer vários resgates, eu voltei para um dos locais onde os feridos estavam concentrados (e alguns deles já estavam mortos). Quando eu cheguei, o meu mundo caiu.

Vi, esticada no chão, uma mulher. Sandálias e calça preta, colete ninja verde como o de todos, camiseta vermelha sem manga e uma máscara vermelha escondendo o rosto fleumático que tinha os olhos fechados. Era Aimi. Aimi estava morta. O Pain Caminho Preta a havia matado. Eu sentia como se meu coração fosse parar de bater.

No momento em que eu ajoelhei aos prantos, o mundo acabara.

O Pain Caminho Deva, usando o Shinra Tensei, destruiu Konoha, reduzindo esta a uma grande cratera. Mas, antes mesmo dele dar um fim na Vila Oculta da Folha, o meu mundo já tinha acabado. E eu nem imagino como teria sido se eu soubesse que Kakashi também partira.

Konoha era uma cratera, muitos haviam morrido, eu sentia que era algo além do fim. Meu coração se partira em milhões de pedacinhos.

E foi aí que Naruto chegou.

Chegou do jeitinho que precisávamos: no meio da cratera, no Modo Sábio, com uma gangue de sapos gigantes, Fukusaku, Gamaken, Gamahiro, Gamabunta e Gamakichi. Havíamos clamado por ele, e lá estava, a resposta às orações. Com Aimi no colo, fui à beira do abismo para ver o que o herói da Folha faria por nós, e ele já começara seu trabalho.

Naruto começara a confrontar os Pain que restavam, e chocou a todos quando usou o novo Rasenshuriken. A briga estava feia, mas todos os que haviam sobrevivido, inclusive eu, sabíamos que aquela era a briga de Naruto, o confronto entre os discípulos de Jiraiya.

Mil coisas aconteciam diante de nossos olhos, e o corpo frio da minha melhor amiga pesava em meus braços, mas nada me incomodava. Eu só precisava ter fé e olhar por Naruto. Contudo, no momento em que Pain Deva assassinou Fukusaku, aquele senhor sapo tão sábio, eu soube que algo bem ruim estava para acontecer quando imaginei a reação da senhora sapo Shima, que acabara de ver a morte do marido. Noutro lugar, um pouco distante, os pais de Ino e Shikamaru, junto de alguns outros shinobi, tentavam desvendar o mistério de Pain – onde estava o verdadeiro?

Com o poder de atração, Pain prendeu Naruto e o imobilizou com aquelas lâminas de metal escuro. Pela milésima vez, meu coração despedaçado começou a correr e bater forte como um tambor – Pain estava pronto para levar Naruto. O plano que envolvia as Bijū era um plano horroroso para ‘trazer a paz’ ao mundo ninja, e o desespero tomava conta de mim por saber que, se o plano da Akatsuki desse certo, não haveria Sra. Chiyo para ressuscitar Naruto.

“Essa não”, suspirei quando vi o que estava prestes a acontecer.

Hinata tomara sua decisão. Ela se juntou a Naruto e decidiu ajudá-lo. Meu coração se partiu em mais milhares de pedacinhos, mas eu sentia a presença do amor ali. Eu não precisava estar ali e nem ouvir, pois eu já sabia: ela dissera as três palavras. ‘Eu te amo’, as três palavras, a pura verdade.

O desespero se intensificou quando, por duas vezes, Pain Deva usou a repulsão na minha melhor amiga, tentando dar um fim a seu sacrifício de amor. Mas aquilo era fraco demais para matá-la de uma vez, pois a força de seu coração transcendia tudo aquilo. Aquele era o jeito ninja dela, seu nindō era simplesmente alcançar o Naruto, e eu sabia. E compreendia.

No entanto, Pain decidiu usar mais uma vez o Shinra Tensei, arremessando Hinata pelos ares, e quando esta caiu, caiu com muita força. E minhas lágrimas voltaram a cair quando me dei conta do que estava prestes a acontecer.

A reação de Naruto era o que eu temia, mas já esperava. Ver Hinata morrendo na sua frente sem poder fazer nada fez com que ele ativasse o Modo Kyūbi. Aquilo era ódio, era destruição, era morte... Mas também era amor. E, de novo, eu sabia. E enfim compreendia.

Era Hinata e sempre seria Hinata. Era como se tivessem tirado uma fita dos meus olhos e agora eu pudesse ver a luz do dia e tudo com clareza. Era Hinata, sempre fora e sempre seria Hinata. Eu sorri.

Em meio às lágrimas e a impotência, eu sentia dentro de mim que aquilo acabaria como tinha de acabar. E eu sabia que acabaria bem.

Kakashi POV

Era tanta informação que eu não sabia mais o que pensar e nem o que falar. Eu tinha acabado de morrer, havia encontrado o meu pai, estava conversando com ele e naquele exato momento ele me contava uma coisa que eu jamais esperaria. Eu sinceramente adoraria rir, mas não conseguia.

“Então eu tenho uma irmã...”, suspirei.

“É... Eu sinto muito por todo o transtorno”, meu pai coçou a nuca. “Eu e a mãe dela sempre achamos que ela descobriria por conta própria... Mas estávamos apenas sendo positivistas”, ele riu. “Vocês jamais descobririam, fomos tolos em deixar vocês às cegas. Mas... Não pense que algo mudou. Ela ainda precisa de você por perto, mesmo que não seja do jeito que vocês tenham planejado para agora”.

“É, se tivessem dito antes teríamos evitado algumas coisas...”.

“Não é culpa de vocês”, ele disse num tom compreensivo. “Sentimentos são algo que não se pode controlar. Ela parece ser incrível, e eu adoraria tê-la conhecido, mas a tarefa de cuidar dela ficou toda para você, e surpreendentemente você exerceu essa tarefa sem saber de nada”, ele sorriu.

O silêncio ficou entre nós por um bom tempo. Eu acreditava e desacreditava do que meu pai acabara de me contar. Era como se uma grande verdade fosse desconstruída bem na minha frente, eu mal podia raciocinar.

Porém tudo aquilo fazia sentido.

“Eu jamais imaginei que nós dois morreríamos tão jovens”, meu pai disse.

Eu tinha certeza de que estava morto, e a ideia parecia tão distante quanto próxima. Mas, ver meu pai ali, e poder falar com ele apenas confirmava o que acontecera.

“Pai, eu sempre quis perguntar uma coisa. Porque o meu pai, o lendário Canino Branco de Konoha, quebrou as regras ao escolher abandonar a missão para salvar seus amigos?”, falei. “Eu fiquei tão frustrado. Mas, você sabe pai... Não importa o que tenha acontecido você deu tudo de si”.

Eu senti o olhar dele se concentrar em mim. Depois de tanto tempo de solidão e amargura, eu finalmente dizia aquelas palavras.

“Hoje eu tenho orgulho do meu pai... Aquele que quebrou as regras para salvar seus amigos”.

“Obrigado”, ele disse com sinceridade.

De repente algo me atingiu como um forte raio de luz, como se eu estivesse sendo arrebatado inversamente. Eu sentia a vida voltando ao meu corpo como se fosse um choque elétrico.

 “Isso é...”.

“Bom, parece que ainda não chegou sua hora”.

“Pai...”.

“Eu estou muito alegre por ter conseguido falar com você”, ele sorriu. “Obrigado por me perdoar”.

Tudo sumiu a minha volta num piscar de olhos, mas antes, eu fui capaz de ouvir mais uma coisa.

“Eu finalmente vou poder ver sua mãe”.

E aí eu abri os olhos.

Aimi POV

“Olá?”, chamei ao ver uma figura sentada em volta de uma fogueira.

“Olá, Aimi. Venha rápido, seu tempo também deve estar acabando”, ele disse e por algum motivo sua voz me fez sorrir.

“Eu... Eu conheço você?”, eu perguntei e sentei depressa ao seu lado. Por algum motivo eu sentia que conhecia.

“Não. Mas eu sei quem você é”, ele sorriu. Tinha longos cabelos grisalhos quase totalmente brancos presos num rabo de cavalo, usava o uniforme shinobi da Folha e tinha um olhar que eu sentia conhecer. “Eu sempre quis conhecer você, mas jamais tive a chance”.

“Podemos nos conhecer agora. Eu sou Aimi... Quem é você?”.

“Meu nome é Sakumo Hatake, você já deve ter ouvido falar algo sobre mim, já que você mora na Folha”, ele disse.

“Ah, sim! O Canino Branco de Konoha! Você é o pai do Kakashi!”, eu sorri.

“Ah, então você conhece o Kakashi”, ele disse, mas eu sentia que ele já sabia de tudo. “Você é amiga dele, não é?”.

“Sim... Talvez mais do que isso...”, eu falei meio sem jeito. Estava conhecendo o pai do meu... Do meu...

“Ele é seu namorado”.

“É”, dei risada.

“Nosso tempo é curto, Aimi-chan”, ele disse e eu corei. O tom terno dele causou algo em meu coração que eu não conseguia compreender. Era bom, era amável. “Eu tenho algo a te dizer. Sua mãe e eu pensávamos que você descobriria, mas eu só percebi agora quão idiotas nós fomos”, ele começou a dizer e eu senti meu coração bater mais uma vez. “Você tem um irmão e sabe disso. E, mesmo que não saiba quem é, ele sempre fez esse papel, sempre cuidando de você, do jeito dele é claro”.

“Você... Você é...”, eu comecei a dizer.

Antes que eu pudesse completar, algo me atingiu, como uma descarga elétrica ou um jutsu de Raiton muito bem executado. Aos poucos eu podia perceber que a vida retornava ao meu corpo.

“Eu sou o seu pai, Aimi. Eu sinto muito por ter dificultado tudo desse jeito”, ele sorriu e virou para me olhar. “Eu não tive tempo para te conhecer, mas agora quero que você volte e faça o que tem que fazer. Cuide do seu irmão também, ele precisa de você”, ele disse.

Eu comecei a subir, meu corpo estava se elevando e eu tinha muita vontade de chorar. Eu via o leve sorriso no rosto dele e queria abraçá-lo, mas eu não podia descer dali – estava voltando à vida. Tudo ficou escuro, nada era visível, mas antes de voltar definitivamente eu escutei uma última coisa.

“Você vai encontrar sua outra metade. Eu acredito em você”.

Um suspiro e meus olhos abriram, eu estava nos braços de Hanae e ao ver que eu estava acordando ela começou a gritar desesperadamente.

“Hanae se acalme! Eu estou bem!”, ela me colocou no chão e permaneceu assustada, tocando meu rosto para verificar que eu não era um fantasma. “O que aconteceu?”, eu observei tudo a minha volta e vi o rastro de destruição que Pain deixara, mas apesar da dor no coração, não estava surpresa.

“O que aconteceu?! VOCÊ MORREU! Eu é que deveria perguntar o que aconteceu!”.

“O que... E quanto ao Naruto?!”, perguntei ignorando a indignação dela.

“Ele voltou”, ela pareceu esquecer a raiva e abriu um sorriso.

Gedō: Rinne Tensei no Jutsu, o Caminho Exterior: Técnica da Vida Celestial de Saṃsāra. Era aquilo que estava trazendo de volta à vida cada indivíduo caído em Konoha, tudo graças a Naruto.

Aquele que era o verdadeiro Pain, Nagato, discípulo de Jiraiya fora encontrado por Naruto, e eles tiveram uma conversa muito especial que traçou uma nova linha no destino da nossa amada aldeia. Naruto acabou convencendo Nagato de que seu mestre acreditava num mundo onde todos poderiam se dar bem, e que jamais assassinaria Pain ou a ele. Ele mostrou A Lenda de um Ninja Determinado a Nagato, e lhe mostrou que era um livro dedicado a ele.

Naruto prometeu quebrar o ciclo de ódio no mundo, e tanto Nagato quanto Konan decidiriam que acreditariam nele, por isso a decisão de devolver as vidas de todos nós com o Gedō: Rinne Tensei no Jutsu, como voto de confiança em Naruto e uma tentativa de pagar por todos os seus erros e pecados. A razão de eu estar ali mais uma ver era Naruto. Ele era o verdadeiro herói.

Nós fomos correndo nos juntar aos outros, e para nossa alegria todos estavam lá, vivos e bem! Eu jamais me esquecerei da sensação de felicidade e gratidão que senti naquele dia, tudo graças ao Naruto e suas palavras de paz e amor.

Quando ele chegou, nas costas de Kakashi, exausto, todos começaram a gritar, recebendo-o de volta como o que ele realmente era: o herói da Vila da Folha. Alegre como todos os outros Hanae se juntou à massa e começou a jogar Naruto para cima, enchendo-o de palavras de motivação e gratidão. O menino Uzumaki finalmente recebia o reconhecimento merecido.

Eu olhava para Naruto e para todos os nossos amigos. Sentia tanto orgulho que nem poderia medir. E, mais para lá, olhando a cena com satisfação, meio afastado de todos, eu o vi, Kakashi Hatake, mais contente e vivo do que nunca. E ele também me viu, e sorriu para mim. Ele sabia.

Kakashi Hatake, a pessoa que eu julgava ser quem eu mais amava no mundo... Meu irmão.

Tudo fazia sentido para mim desde que ouvira as palavras do meu... Do nosso pai. O meu amor por ele tinha um pedaço de cada um dos quatro amores: o amor romântico Eros, a amizade Filos, o amor fraternal Storge e também o amor incondicional Ágape. O amor Eros porque havia atração física, amor físico, (ele era lindo!); Filos porque acima de tudo, éramos amigos e sempre seríamos amigos; Storge, porque eu sempre vira Kakashi como um irmão, e isso é o que ele realmente era; e o mais importante, Ágape, porque eu o amava tanto que morreria por ele de bom grado e com um sorriso no rosto. Todos os quatro se convergiam e se justificavam da maneira mais pura que eu poderia imaginar: ele era o meu irmão. Meu amado irmão mais velho.

Eu olhava para ele feliz, ciente de que, de certo modo, tudo mudaria... Mas que, de um jeito ou de outro, nada mudaria. Como explicar pra todo mundo que éramos irmãos? Isso era assunto para depois, não era o que importava no momento. Eu estava feliz. Mesmo que não fosse do jeito planejado, eu iria viver, crescer e morrer ao lado dele, e vice-versa, como irmãos deveriam fazer. Era mais do que suficiente.

 

“Ah, meu Deus, eu vou chorar”, Hanae escondeu o rosto.

“Eu sempre choro contando isso”, falei e sequei uma lágrima. “O que só me deixa mais parecida com uma tiazinha, como se meu cabelo já não bastasse”.

“Não chore”, Kakashi me abraçou com um braço só.

“Agora eu vou chorar mesmo”, Hanae reclamou. Eu amo demais esses dois.

 

Não haveria mais a parte da atração física, nunca mais, mas todo o amor ainda assim estaria ali. Afinal eu precisava dele, ele precisava de mim, Hanae precisava de nós e Naruto precisava de todos nós.

(...)

“Então... É isso”, eu sorri para ele.

“É isso”, ele sorriu com o olhar.

Eu abri os braços e ele me abraçou. Um dos melhores abraços do mundo. Hanae apareceu e nos abraçou também. Ela parecia ter crescido, mesmo que tudo que aconteceu tivesse ocorrido num só dia. Ainda comemorávamos a vitória de Naruto sobre Pain, a ‘ressurreição’ de todos os caídos, e tudo mais. Estava caindo a tarde quando vi figuras muito importantes vindo. Eram simplesmente os Kinjo – minha família –, os quais eu não via há muito tempo. Andamos de encontro uns aos outros e eu fui recebida com um abraço em grupo, incluindo Dai, que agora já era bem grandinho.

“Estávamos procurando você por todo canto, garota”, Wakana falou. “Oi, Hanae! Você está tão linda! Olá, Kakashi”, ela sorriu.

“Mas eu estive aqui o tempo todo”, dei risada. “Bom, eu fui, mas eu voltei se é que me entendem”.

“Ah, sabíamos que estava aqui, mas agora ninguém mais te chama de Aimi”, Ayumu reclamou e eu estranhei, assim como meus amigos.

“Hm... Como assim?”, Hanae perguntou.

“Agora você é ‘Konoha no Akai Senkō’, se entendi bem”, Wakana sorriu.

“Igual ao Quarto”, o pequeno Dai apontou para o Monumento dos Hokages.

Konoha no Kiiroi Senkō era o Quarto Hokage, Minato, o Relâmpago Amarelo de Konoha... E agora eu era o Relâmpago Vermelho de Konoha. E estava desacreditada.

“E você, dona Hanae... Você também não é mais Hanae, não”, Ayumu sorriu. “Agora você é ‘Ido no Hana’, a Flor do Poço”, ele contou e Hanae saltitou alegre.

“Hana? Mas Hana não é o nome da irmã do Kiba? E, se for Hannah, não é a cadelinha da Katsumi?”, Kakashi perguntou confuso, mas risonho, surpreendentemente.

“Ah, ‘Ido no Hana’ significa Flor do Poço. Konohamaru me contou que deram esse apelido pra Hanae porque ela é uma flor guerreira, e ‘Inoue’ significa ‘vindo do poço’, e como ela DESTRUIU usando o Mizubaku Sōsō, o nome ficou”, Wakana explicou.

Dava pra ver o orgulho estampado no rosto de Wakana, Ayumu e Kakashi, e também a admiração no rostinho de Dai. Éramos heroínas de batalha, afinal.

Paramos com as comemorações quanto aos novos apelidos e títulos, começamos a explicar tudo o que tinha acontecido. Hanae contou como Nagato devolvera todas as vidas aos que caíram em combate; Kakashi contou sobre sua conversa com o pai; eu contei sobre minha conversa com o pai; e juntos, nós três contamos que eu e Kakashi tínhamos descoberto que éramos irmãos.

Ayumu disse que pretendia contar se não descobríssemos, mas enfim acontecera. Por nada no mundo ele poderia saber que Kakashi fora meu namorado até morrermos (literalmente), porque ele era um pai pra mim, ia ficar maluco se soubesse.

Enfim, a noite começava a ameaçar fazer sua aparição, então decidimos que era hora de descansar da maneira que fosse possível. Logo nossa aldeia seria reerguida, com muito esforço, mas seria, e tudo voltaria ao lugar... Para ser bagunçado de novo.

Eu descansaria tranquila. Naruto fora reconhecido, todas as vidas haviam sido salvas, eu estava viva, Kakashi estava vivo e Hanae estava bem. Eu ‘ganhara’ um irmão e reconhecimento, o que já era mais do que suficiente para mim. Mesmo deitada no chão, eu dormiria bem naquela noite.

(...)


Notas Finais


><


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