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História Half the world away - au drarry mpreg - Sweet Cinammon Roll


Escrita por: nyymeria

Capítulo 5 - Sweet Cinammon Roll


Remus puxou seu cavalo que quase o derrubou para trás. Sentiu uma pontada de inveja de Sirius que desceu elegantemente do seu cavalo. 

- Quer que eu te segure no colo, Remie? - Brincou o rapaz, ajustando suas botas nas canelas.

O outro fez uma careta. 

- Prefiro que você cale a boca, soldado.

Remus desceu desajeitado, mas ainda assim melhor do que o esperado. Sirius riu e fez uma reverência. 

- Peço que me perdoe, emissário. - Disse, os lábios unidos tentando não rir. 

Remus balançou a cabeça para o irmão, caminhando a sua frente. Era assim que tinha que ser, o emissário na frente e seu soldado atrás, protegendo. Tinham chegado cedo na vila de feiticeiros, mais cedo do que planejaram, as pessoas olhavam para eles com muita curiosidade. 

O emissário nunca havia estado naquele lugar antes, mesmo sendo "seu lugar", sempre foi restrito a visita até o povoado. Remus imaginava um lugar com grama, caldeirões fumegando pelas esquinas e crianças sendo levitadas por uma varinha. 

Mas, o lugar era extremamente normal. Era como se tivessem virado uma esquina do próprio povoado, as pessoas não usavam chapéus pontudos, não todas pelo menos, e as crianças estavam caminhando com os pés bem firmes no chão. 

- Aqui é bem... Comum, né? - Sirius respondeu, escondendo sua espada sob o manto. Remus concordou lentamente com a cabeça. 

Era sim, comum, aos olhos. Mas para Remus aquele lugar vibrava energia, uma energia igual a sua, que deixava seu coração saltitante e sua pele se arrepiava. Pessoas como ele, que o entenderia. 

- Como vamos saber onde Dumbledore mora? - Perguntou baixo.

Sirius olhou ao redor, era curioso, todas as casas eram iguais no povoado. Nenhuma mais luxuosa ou mais pobre. Iguais, todas elas. A pergunta dos rapazes não levou muito tempo para ser respondida. Uma garota, mais jovem do que eles, os cabelos na cor roxa e olhos vivos se aproximou da dupla, fazendo uma reverencia curta. 

Remus retribuiu a reverencia e Sirius ficou em posição na frente da moça. 

- Como se chama a senhorita? - Remus, começou. 

- Nymphadora, senhor Emissário. - Ela respondeu sorridente, as mãos nas suas costas. - Os senhores, vieram da parte de Vossa Majestade? 

- Sim, nós precisamos falar com Dumbledore. 

- Oh, eu imaginei, então, ele não está no povoado hoje. Então vocês trataram comigo, sabe, eu sou igual a você por aqui. Emissária do Dumbledore e todas essas coisas. 

Sirius encarou Remus  brevemente. A garota não tinha nenhuma postura para um cargo de emissária ou nada do tipo, ela parecia ter comido um pacote de açúcar com tanta energia. Falava sem parar e gesticulava a todo momento, em meia hora eles estavam com a cabeça cheia de informações sobre como era o povoado e onde ficava cada barraca, quem era cada pessoa no lugar. 

Remus respirou aliviado quando finalmente puderam se sentar e tomar algo para a afastar o calor, aquele povoado era quente, assim como as pessoas que viviam nele, calorosas e sempre muito sorridentes. Não era assim que ele imaginava os feiticeiros. 

- Bom, eu receio que vocês tem alguma mensagem para Dumbledore. - Nymphadora finalmente disse, deixando que os homens realizaram o trabalho para que vieram. 

- Nós viemos alertar vocês sobre a água. - Remus começou. - Alguém a está poluindo. 

A garota riu. 

- Ora, fomos nós! - Disse simplesmente. - Não está poluída, é uma poção, nós derramamos em oferenda a chegada da terceira Lua Nova. Tudo bem, talvez exageramos um pouco na dose e ela chegou até vocês, mas, eu garanto. Não há perigo algum--

Sirius cortou a garota.

- Isso é proibido, vocês sabem! Colocar coisas na água sem o conhecimento do rei, ainda mais vindo de vocês que nem sabemos o que faz com todas essas poções.

O rosto de Nymphadora ficou lívido de surpresa com o tom.

- Acho que está equivocado soldado. Como eu disse, não há perigo algum com a população. 

- Isso não importa, vocês são separados do nosso povoado por uma razão. Não devem mexer do que não é de vocês. - Disse alto. 

- A água é vinda da natureza soldado, de todos NÓS. 

- Repito. Vocês são separados do nosso povo por uma razão. 

- Por medo. - A outra respondeu. Sirius se levantou da cadeira, a mão no cabo da espada. 

- Ora, sua impertinente.

- Basta. - Remus abriu a mão entre os dois. - Eu peço respeito soldado, se você não sabe se comportar como alguém da guarda real, peço que me espere do lado de fora. 

Sirius encarou Remus com tanta raiva que poderia parti-lo ao meio, mas não saiu, se sentou no lugar, controlando seus nervos. 

- Temo que o Capitão Black tenha razão sobre vocês terem ''poluído'' nossa água, senhorita. Toda Elewyn tem regras e nós temos que as cumpris. Você ou Dumbledore terão que se apresentar na frente do rei em dois dias, ele estará de volta até lá? 

A de cabelos coloridos respondeu ainda encarando a face de Sirius. 

- Ele estará de volta antes do por-do-sol de amanhã, é uma viagem rápida. Descarregar a magia longe do povoado, como Vossa Majestade quer. - Ela olhou para Remus. - Você deve entender, não é? Como descarregar a energia. 

Remus concordou silenciosamente. 

- Bom, isso é tudo que precisamos. Obrigada senhorita, devemos ir agora. - Remus se levantou da cadeira, refazendo a reverencia.

Sirius não se deu ao trabalho.

- Volte por favor, Emissário. Posso te ensinar como parar de sentir tanta energia quando está aqui, é bem ruim essa descarga elétrica andando pelo nosso corpo, sei disso. - Ela disse paciente. Remus se limitou com um aceno de cabeça.

Sirius chegou em seu cavalo batendo o pé com força, arrumou a sela com raiva. 

- Você viu isso? Ah, eu com certeza vou dizer a James como é comportamento dessa garota. Que insulto! Ela tinha noção de quem éramos? 

Remus estava com a cabeça longe, por mais quieto que ele tivesse ficado não conseguia parar de pensar em como seria se ele tivesse morado ali, com aquelas pessoas, em como sua pele gritava em liberdade. Suas tatuagens estavam expostas, ele sabia que não conseguia dominar ali, se não fosse pelas roupas compridas todos veriam. Ele se apoiou e subiu em seu cavalo com perfeição dessa vez. 

- Você deveria ter calado a sua boca, ela deveria estar amarrada no pé do meu cavalo. Bruxa insolente.

- É o suficiente Capitão Black. Já entendi que não se agradou da moça, não precisará mais lidar com ela. - Remus disse irritado. 

- Estou apenas dizendo que sua postura foi um tanto quanto boazinha demais, Emissário Lupin.

- Não se meta com meus súditos, Sirius. Eu não me envolvo em seus problemas com a guarda. - O rapaz encerrou a discussão. 

O caminho até de volta ao castelo foi de silêncio e pensamentos confusos. 

-x-

Harry abriu os olhos para a claridade embaçada, quase se assustou com alguém mexendo na sua prateleira antes de perceber que era Draco olhando curioso suas fotos, livros e bonequinhos de anime. Na noite passada, o moreno até fez uma cama confortável para Draco ao lado da sua cama, mas o estranho rapaz quis ficar próximo a janela, onde tinha as violetas coloridas que Lily obrigava a ter no quarto. 

- Dia... - Ele disse sonolento, o mais devagar possível, ainda assim Draco deu um pulinho. Se encostando na escrivaninha. 

- Bom dia! - Ele sorriu. Harry sorriu de volta, ele sentiu uma imensa vontade de estar feliz. Como se alguém tivesse soprado ar mágico no seu rosto e ele havia ficado feliz, apenas. 

- Dormiu bem? - Perguntou ao loiro que acenou animado com a cabeça. 

- O sol me acordou. 

- Ah... Me desculpe, eu sempre esqueço a cortina aberta. 

- Não, não, eu gostei. Gosto da luz do sol. - Draco sorriu para Harry se espreguiçando, ele tinha uma cara de sono fofinha, parecia um dos esquilos que aparecia em sua porta em casa. 

Casa. Como estaria as coisas em casa? 

Sua mãe provavelmente estaria surtando, será que todo o reino estaria a procura de Draco? Como o elfo faria para que encontrasse ele? Harry estalou os dedos na sua frente. 

- Oh! - Ele se assustou, Harry levantou a sobrancelha. 

- Você é muito assustado, Draco. Sabe, eu não vou te machucar. - Draco ficou vermelho.

Harry caminhou pelo quarto para trocar de roupa, reparando que o loiro em seu quarto estava usando o mesmo suéter rosa de Ginny há dias. Mesmo que ele tome banho, aquela peça deveria estar na lavadora. 

- Hum... Você trouxe mala? - Perguntou. 

Draco estava com um bonequinho na mão, era uma garota sorridente de cabelos compridos e botas vermelhas. Ele se desviou da pergunta de Harry.

- Quem é ela? - Disse.

- É a Sailor Moon. - Respondeu. Draco pareceu pensativo. - Ela veio da lua, uma princesa guerreira. 

- Ela não é daqui? - Ele parecia surpreso e animado, como se a personagem fosse real. 

Harry negou com a cabeça. 

- Igual a mim... - Sussurrou, colocando a boneca no lugar e se dirigindo a Harry em um tom mais alto. - Eu não trouxe mala, eu também não sou daqui, como ela. 

Harry riu, seus ombros balançando. Draco acompanhou a sua risada. 

- Tudo bem, você pode ficar com a Sailor Moon e os outros bonequinhos depois... Hoje eu não preciso ir pra aula, mas tenho que ir pra padaria. - Ele dizia entediado, vestindo um moletom. - Você pode usar alguma coisa do meu guarda-roupa. 

- Eu posso ir com você? - Perguntou baixo. Ginny sempre dizia que ele precisava ficar esperando por ela, ele já imaginava a resposta de Harry, mas quis arriscar. Além do mais, ele sentia algo diferente perto de Harry, como se ele estivesse seguro. Acho que eram as semelhanças com seu Rei. 

Harry sorriu e depois deu de ombros. 

- Claro que sim, vai ser divertido. 

-x-

A mulher estava com aquele pedaço de papel cheio de números e desenhos para Draco e ele não sabia o que fazer. Harry tinha ido ao banheiro, ele prometera que seria rápido e que Draco poderia ficar no caixa. Não seria tão difícil, o moreno disse, ele só tinha que receber o pagamento e dar o troco. 

Mas Draco não sabia mexer com o dinheiro daquele lugar, nem dar troco, muito menos o que era um rolinho de canela, como em nome de todas as orações antigas ele conseguiria ajudar aquela mulher?! 

Ele pensou que talvez a moça pudesse ficar com o rolinho de canela e pagar depois, ainda bem que Harry chegou a tempo de que ele fizesse algo errado. 

Draco gosta de assistir Harry atender as pessoas, ele é sempre educado e simpático e sabe todos os doces que ficam na prateleira. Coloridos e cheirosos, Draco queria experimentar todos. Ele pode bicar uma coisa chamada Bomba de Limão, o nome era assustador, Draco realmente pensou que fosse explodir algo em sua boca ou em seu estômago. 

Felizmente nada aconteceu. 

Harry deu risada dele.

Na hora do almoço, Ginny apareceu com Hermione e elas fizeram milhares de perguntas para Draco, se ele queria voltar para o quarto de Ginny, se ele estava sendo bem cuidado. O Elfo disse que ele estava bem, que estava sendo bem cuidado. A ruiva pareceu desapontada, Draco prometeu ir visitá-la em breve. 

- Não acredito que você o roubou de mim. - Resmungou para Harry antes de sair. 

- Não roubei, minha mãe acha que é melhor ele ficar com a gente até podermos encontrar onde ele mora. - Respondeu, observando Draco e Hermione conversando. Ele estava mostrando os doces novos na vitrine, ele aprendia rápido. 

- Harry, eu já te disse de onde ele veio. Não vai ser fácil encontrar.

- Ginny, aquela história... É conto de fadas, não tem como ele ter vindo de uma cidade, dele ser um elfo. Tipo... Não!

Ginny revirou os olhos. 

- Você viu as orelhas dele? 

Harry abriu a boca para responder, mas uma ventania invadiu a padaria, bagunçando alguns guardanapos sobre as mesas e clientes soltando gritinhos. 

- Credo, mas nem parece que vai chover. - Ginny observou.

E não era sinal de chuva, a única capaz de compreender o que o vento queria era Lily. Ela estava arrumando a prateleira e bolos quando a voz de Remus invadiu seus ouvidos. 

"Lily, Narcissa conseguiu algum tipo de magia élfica que consegue ver que Draco ainda está vivo. Faz dias que não recebo nada de você, por favor, se comunique comigo, quero confirmar para a Elfa que o filho dela está bem. Por favor, Lily, não fuja com ele também."

Lily quis rir. Ela não era uma sequestradora de crianças. 

Fechou seus olhos, respirou fundo e tentou memorizar uma linha de luz entre ela e o rosto de Remus. Sussurrou para o vento que a rodopiava. 

- Ele está bem Remus. Diga a Narcissa que o filho dela está seguro e está bem. Vou cuidar dele. Vou protegê-lo. 

����

 


Notas Finais


Coloquem seus pensamentos aqui e me desulpem qualquer errinho!

Choose being kind, always! ʕ•ᴥ•ʔ

Nyme


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