História Halo - I Will Always love you Recomeçar

 “Todos encontram o que realmente estão procurando- mesmo sem saber o que estão procurando” As Crônicas de Narnia.

 &  “ Me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra” A Culpa é das Estrelas.

Ella on

— como ela está bonita.

Ouvi a voz da minha irmã, me virei e ela estava no batente da porta com os braços cruzados, estava no meu quarto vendo que roupa eu ia para o jantar com o Ricardo.

Já era a milésima roupa, dessa vez era um vestido de ceda  azul com bolinhas brancas na saia.

— você acha?

Virei de perfil na frente do espelho. E ela bateu a porta e logo estava  sentada na minha cama

— ue menina tá nervosa por que? Ele não é só um amigo?

Bufei já sabendo as suas insinuações

— e é. Dei de ombros.

— na na ni, na na não, parece aquelas bobonas que quando enfim é convidada pra sair com o cara mais bonitão da escola fica toda indecisa.

Dei a língua pra ela e ela sorriu.

Por fim foi esse mesmo, o vestido azul, sapatos pretos com fivelas e uma maquiagem tipo noite mas não tão chamativa.

Ouvimos a campainha e a voz da Debora.

— e não é que o cara é pontual gente. Ouvi os dois sorrindo, eu ainda estava ajeitando o cabelo.

— boa noite saudade de você Debora, vamos trabalhar juntos agora.

— é mesmo?

— fui transferido para o mesmo hospital que o seu.

— que legal.

— cadê a Luiza ?

Antes de ela falar quelquer coisa eu respondi.

— estou indo

Ouvi eles conversando, deixei meus cachos a mostra e os encontrei na sala.

— ora, ora, ora até que enfim

Minha irmã me viu primeiro e Ricardo estava sentado de costas. De frente para ela. Ele virou o corpo e me olhou por cima dos ombros. Ricardo era aquele tipo de rapaz que não precisava de muito para ser bonito. O casaco preto era quase um terno e a camisa informal deu um ar bem informal também junto com a calça jeans. E o cabelo bem feito em um topete.

— nossa como você esta linda

Disse encantado e pegou na minha mão me fazendo dar uma volta.

— obrigada.

Minha irmã colocou o braço no encosto do sofá e colocou a mão no rosto.

— vamos?

Perguntei

— claro

— comportem-se

Nós dois sorrimos ao ouvir a minha irmã

— boa noite Debora.

— boa noite cuida da minha irmã viu?

Sorrimos e eu peguei minha bolsa.

As ruas de Los Angeles eram bem iluminas e a musica no radio bem agradável. E a chegada ao restaurante não foi demorada.

O lugar não era glamoroso mas era aconchegante fomos recebidos por um rapaz muito educado que nos indicou as mesas que Ricardo tinha reservado.

—que lugar lindo, a gente costumava...

— costumava vir aqui antes de você ir

Ele pegou a flor que estava no bolso do seu casaco e me deu, uma roda vermelha, toquei na sua mão antes de pegar a flor.

— obrigada, você ainda está chateado ?

— não né Luiza, afinal já faz de dois anos. Deu de ombros.

— Ricardo por favor.

— seria infantilidade minha isso, você deve ter tido seus motivos, só queria entender porque você foi embora  e eu só soube pela sua irmã.

Agora ele ficou com uma expressão mais seria. Respirei fundo brincando com a flor nas minhas mãos.

— eu sou insegura, tive receio de tentar só isso, quando você me falou que gostava de mim eu... surtei.

— e resolveu voltar pra casa?

— não. Quase gritei.

Fizemos nossos pedidos e enquanto esperávamos, senti a mão do Ricardo na minha, olhei pra ele e ele também me olhou.

— conversando com a Debora ela me contou tudo, que você esta doente e antes de gostar de você eu sou seu amigo, quero te ajudar nisso, e o passado ele já não importa mais, nada que seja discutido sobre o passado vai alterar o presente, me deixa te ajudar?

— Ricardo isso seria por pena e eu não quero atrapalhar a sua vida eu... eu não sou a garota que você pensa.

Escorreguei minha mão da sua.

— você não ouviu nada que eu disse né? Eu gosto de você na verdade sempre gostei mas era reprimido.

— ah para você era o mais cobiçado da escola.

Os pedidos chegaram e ele deu um sorriso de lado.

— negativo, eles que sempre disseram isso, quando meus pais foram passar aquela temporada no Brasil eu não sonhava em nada disso, só queria ocupar o meu tempo e quando encontrei você aqui pensei que seria bom conversar com você.

— vim pra cá pra passar as férias com a minha irmã e acabei fugindo de você. Tomei um gole do meu suco.

— nos dávamos tão bem lá.

— isso era, íamos em rodada de amigos pra vários lugares.

— mas você sempre conversava comigo.

Por um momento senti um silencio constrangedor mas depois tudo terminou bem, estamos andando pelas ruas conversando um pouco mais.

— você merece, parabéns. Me olhou sem entender. E eu completei.

— a faculdade.

— ah sim, obrigado, Luiza queria te fazer aquela mesma proposta, vamos tentar, só tentar , não significa que vamos casar mas vamos pelo menos tentar?

Paramos imediatamente e ele segurou os meus ombros. As palavras de mais cedo da minha irmã caíram como uma bomba na minha cabeça. Pensar demais, ela sempre reclamava isso pra mim.

— vamos. Pronunciei bem baixinho. Vi um sorriso se formar no seu rosto.

— não vai fugir mais?

Suas mãos foram para o meu rosto.

— não tem mais nem um lugar onde eu precise estar.

Sorri me jogando nos braços dele com um sorriso no rosto.

Bruno on

— você precisa se mudar daqui, se não você vai enlouquecer.

As palavras da minha irmã Presley vieram subitamente na minha memoria, disse isso uns cinco meses depois que a Pamela morreu, agora entendi porque.

Estava no estúdio relaxando um pouco depois de chegar da gravadora.

As luzes estavam baixas mas vasculhando na estante em busca de algo clássico para ouvir e encontrei um dos CDs que ela mais gostava.

Flash Back

—Canta essa musica pra mim?

Ela fez um bico fofo e engraçado, sentada de joelhos no sofá, ela estava ouvindo musica e eu estava no piano que ficava de frente para ela.

— o que?

Tirei o fone de ouvido e olhei para ela.

— espera. A vi andar até a estante e murmurando um “ onde esta? Vamos” wu coloquei o fone sob o piano.

— achei.

Seu sorriso se alargou quando ela tirou algo de lá, me levantei e coloquei meu corpo na frente do piano enquanto ela colocava o CD no som que fica ao lado da estante. Gostava de me deitar no sofá e ouvir musica algumas vezes.

                   A melodias musica da musica

começou a ecoar no estúdio

 Withiney Houston

Eu Sempre Amarei Você

— canta vai?

— você tá louca. Dei um sorriso e ela começou a balançar o corpo no ritimo da musica.

— ah vamos, nada fica feio na sua voz.

— tudo bem

Se eu ficar
Eu apenas estarei em seu caminho
Então eu vou, mas eu sei
Que eu pensarei em você em cada passo do caminho
 

Ela cantarolava a letra da musica e eu a admirava andando até mim de maneira bem sedutora, ela não precisava de muito.

Seus braços vieram para o meu pescoço e minhas mãos de alto matico deslizaram pelo seu corpo até a sua cintura.

Dei um passo para a esquerda e logo ela entendeu o que eu queria.

Começamos a dançar e não ligando nem um pouco se os passos estavam certos ou errados, aquele era um momento nosso. Dela e meu, unicamente nosso, onde nada mais importava, afastei meu corpo do seu, mas não muito, o suficiente para que ela girasse e voltasse para mim assim que segurei sua mão e assim ela o fez.

E eu sempre amarei você
Sempre amarei você
Você
Meu querido, você

Lembranças agridoces
É tudo que estou levando comigo
Portanto adeus
Por favor não chore
Pois ambos sabemos que não sou o que você, você precisa
 

Ela me abraçou colocando sua cabeça no meu ombro, tenho certeza que meu olhar para quem visse seria perdido.  e juntos aumentamos o volume da voz

E eu sempre amarei você
Eu sempre amarei você

Eu espero que a vida te trate bem
E eu espero que você tenha
Tudo que sonhou
E desejo pra você prazer e felicidade
Mas, acima disso tudo, eu desejo pra você amor
 

Eu ouvia seu sussurro baixo e triste e posso afirmar que até mesmo um choro.

E eu sempre amarei você
Eu sempre amarei você
Eu sempre amarei você
Eu sempre amarei você

Eu sempre amarei você
Eu, eu sempre amarei você

Você
Querido, eu te amo
Eu sempre
Eu sempre amarei você

— ei, ei, ei por que você tá chorando?

Segurei seus ombros e olhei no fundo dos seus olhos cheios de lagrimas, meus polegares limpavam suas bochechas e os seus olhos.

— essa musica é tudo, tudo que eu te desejo, tudo que eu quero pra você, tudo que eu espero pra você, tudo. E senti os seus afagos nas minhas bochechas.

— Pamela por favor.

Por impulso, virei o meu rosto para o lado,

— ah, ah, ah não seja marrento mocinho.  Ela colocou seu indicador no meu queixo, tão delicada.  e trouxe meu rosto de volta para o dela.

— Bruno, precisamos ter essa conversa, você sabe. Ela fez uma careta e eu joguei a cabeça para o lado.

— é que é tão difícil se quer imaginar a minha vida. Encolhi os  ombros

—essa casa sem você, o seu perfume por toda a parte, saber que eu vou chegar em casa não poder mais ligar pra saber como você esta, como foi o seu dia, ou o espaço vazio na cama que hoje é nossa, falta de você, me agonia eu não gosto de pensar nisso.

— eu sei que você não aceita, mas a escolha não é nossa, nem sua nem minha meu birrento favorito. Dei um pequeno sorriso.

— mas você vai precisar viver a sua vida quando eu não estiver mais aqui, sabíamos que ia acontecer mais cedo ou mais tarde.

— mais porque tão cedo?

— porque meu querido, meu trabalho aqui esta acabado.

Ela meu roubou as palavras.

— sabichona

Balbuciei e ela sorriu.

— eu sempre amarei você meu bicudo fofo.

Ela disse porque eu fiz um bico engraçado.

— eu também meu amor. o seu beijo sempre foi doce mais nuca era o mesmo e eu o ternei mais urgente. Enquanto segurava seu rosto com cuidado mais firmeza.

Flash back  of

Olhei para tudo antes de desligar as luzes. Meus passos eram lentos, tudo aqui tinha o toque dela, os gostos dela, as memorias com ela. Agora entendi perfeitamente o que a minha irmã disse.

Pela manhã sai de casa como todos os dias. Mas no caminho enquanto esperava no engarrafamento me veio uma ideia. Tive um bom tempo para pensar já que demorou um pouco.

A primeira coisa que fiz ao entrar na gravadora foi procurar a Ana.

A encontrei na sala de uma outra assistente. Pedi um pouco da sua atenção e fomos para o corredor.

— Ana me passa o numero de uma imobiliária.

— bom dia pra você também, mas por que?

— quero começar uma vida nova. Ela bateu as mãos animada e me deu um abraço apertado.

— que bom meu amigo, claro, claro vou fazer isso antes de sair com a Ella hoje.

— ela já chegou?

Nos afastamos

— ainda não a vi hoje.

— certo, mas não esqueça do que eu te pedi ok ?

— claro que não, quer que eu veja as casas também? Quer dizer...

— claro mas já sabe que...

— sim eu sei seu mandão e exigente.

— ainda bem que você me conhece. Sorrimos, bem, ninguém disse que seria fácil mas está na hora de recomeçar.

Tania Mara

Despertar, sob a luz de um novo dia e renovar
Encontrando nova força para Amar
Em tempos difíceis
Descobrir
Sem querer o quanto é frágil
Decidir
Escolhendo cada passo onde ir

Num futuro incerto
Não é fácil, prosseguir apagando da memória
Tudo aquilo que fez a nossa história
Nossa vida de novo começar

Refrão
Eu canto ao vento
Que beija os meus cabelos num alento
Eu canto ao mar
Que apaga os meus sentidos, e me faz
Recomeçar

Decidi avançar o meu caminho
Sem deixar
Que o passado, o destino, possam destruir
Uma vida honesta
Revirar

Alegrias e lamentos
Entender, que só mesmo o próprio tempo
Nos dará, todas as respostas
Não é fácil, prosseguir apagando da memória
Tudo aquilo que fez a nossa história
Nossa vida de novo começar

Refrão
Eu canto ao vento
Que beija os meus cabelos num alento
Eu canto ao mar
Que apaga os meus sentidos, e me faz
Recomeçar