Para quem bem viveu o amor
duas vidas que abrem
não acabam com a luz
São pequenas estrelas que correm no céu
trajetorias opostas
sem jamais deixar de se olhar.
É um carinho guardado
num cofre de um coração que voou
É um afeto deixado nas veias
de um coração que ficou.
É a certeza da eterna presença
da vida que foi, na vida que vai
é saudade da boa, feliz cantar
Que foi, foi, foi,
foi bom e pra sempre será
Mais, mais, mais
Maravilhosamente, amar
Que foi, foi, foi,
foi bom e pra sempre será
Mais, mais, mais
Maravilhosamente, amar
Feliz-Gonzaguinha
Bruno on
— que gatinho lindo, acho que eu volto pra casada casada.
O comentário de Ana arranca gargalhadas dos caras e minhas claro. Assim que um cara que parecia alemão, pele clara, os
óculos escuros escondiam seus olhos mas com 100% de certeza
que ela não estava nem aí pra isso, os seus braços eram
cobertos por uma jaqueta marrom e uma calça jeans preta. Eu vi
ela enfraquecer as pernas e seu corpo ser jogado contra o meu e
eu por reflexo segurei seus ombros.
— eita que essa viagem vai render.
Ela passou a mão no casaco se arrumando novamente
— isso porque ainda nao fomos aproveitar a noite .
Phill comentou e eu assenti .
Ana foi a primeira a botar o pé no Hall do hotel .
—bem vindos .
A recepcionista da um sorriso simpático pra nós
— olá, eu fiz reserva no nome de Peter Gene Hernandez.
— identidade por favor ?
Eu me apreciei pra pegar minha carteira navegando a ela a minha
identidade.
—confirmado, aqui estão as chaves dos quartos e suas malas não
demorarão a chegar lá, é um prazer tê-los em nosso hotel.
Cada um pegou suas chaves correspondentes.
— obrigado.
Eu disse sendo o último a sair olhei no telefone pensando se eu
ligava pra casa.
Joguei o aparelho no bolso desistindo de toda e qualquer
possibilidade. Faço uma anotação mental de ligar pra ela depois.
A equipe dispensava a cada andar e o elevador se tornava mais
espaçoso.
— valeu galera eu quero é uma caminha agora
O Kam foi o primeiro a botar o pé no longo corredor.
- eu também cara
Phad também comentou
— eu quero é um banho e ligar pra casa
Meu irmão completou seguindo os dois e eu junto com ele
— eu também quero um bom banho e falar com a Presley e a
minha garota .
Pra que eu fui dizer ? Espera eu sei, pra ser zoado até chegar na
porta do meu quarto .
—vamos ser vizinhos.
As maçãs do rosto dela expandiram mas os lábios vermelhos
não permitiam ver os seus dentes .
parece que sim
Dou de ombros e abro a porta com o meu cartão chave.
— até mais
— até
Ela responde ao meu cumprimento e eu entro já acendendo as
lâmpadas do meu quarto.
Uma suíte na verdade.
Uma vista incrível diga-se de passagem.
Não quis demorar muito com o banho e já de roupão e cabelos
ao vento eu tentava ligar pra ela. Inútil.
Me deitei na cama exageradamente grade mas que pra mim era
perfeita já que eu poderia me esparramar a vontade.
Assim fiz.
Acho que dei um breve cochilo e acordei com a porta quase
sendo posta abaixo. Cocei meus olhos e vi que já era noite. Gritei
bem alto para dizer que eu so ia trocar de roupa e assim fiz .
Coloquei uma regata preta e uma bermuda jeans simples . Andei
nos cômodos até a porta .
— mas é preguiçoso mesmo né?
— e você ainda tinha alguma dúvida disso ?
Perguntei com todo o sarcasmo do mundo e Ana revirou os olhos
pra mim . Ouvi uma risada baixa e Clara estava ao lado dela com
uma prancheta em seus braços.
— oi .
— oi entrem .
Dei passagem para elas e Ana nunca perdeu a imponência do
andar tipo aquelas modelos de TV ainda mais que ela usava um
macacão simples vermelho e a clara usava um vestido também
da mesma cor.
—eu só quero te comunicar algumas coisas ok .
Elas se sentaram no mesmo sofá e eu fiquei de frente para elas.
—claro.
Eu gostaria de dizer que não fui um fraco, dizer que eu não fui um
cafajeste e que eu se quer vi as farturas que Clara tem e que
também não olhei para suas pernas cruzadas que deixava suas
coxas um pouco amostra desistir, mesmo, eu queria mesmo não
ter feito isso. Mas homem um bicho doido que mesmo que você
não queria você nota isso.
Dizer que quando ela colocou a pequena mexa de cabelo para
trás da orelha não me chamou atenção eu estaria mentindo.
Pensar com a cabeça é ótimo mas com a de cima porque o
carnal sempre estará martelando na cabeça de baixo enquanto a
consciência da cabeça de cima diz " você não pode fazer isso"
" isso é canalhice "
" gostaria que fizessem isso com você? "
Mano parece aquele clássico do anjinho e o diabinho , deixam a
gente doido.
— então é isso ?
Ana me desperta já de pé ambas na verdade.
—ótimo.
Logo elas passaram por mim.
Ella on
— está bom assim ?
Vi a Presley se posicionar ao meu lado através do espelho ainda
com a escova na mão.
— eu acho que meu irmão ia adorar e morrer de ciúmes de você
Ela sorriu completando o comentário e eu apenas neguei com o rosto. O broche por ser escuro quase não aparecia no meio do meu cabelo mas deixava a mexa do meu cabelo bem graciosa digamos assim. O vestido deu um pouco de trabalho pra colocar mas ela conseguiu me ajudar nisso, era simples e floral.
Meu celular que estava bem próximo de um dos meus perfumes vibrou e eu peguei imediatamente, ainda estava intrigada pela mensagem dessa manhã eu estava intrigada.
“ 9 milhões e deixe aquele seu lixo que voce chama de namorado ou a única coisa que voce via ter da sua irmã será as cinzas”
— o que foi?
— nada, nada
Apaguei o visor assim que vi ela se aproximar de mim. Meu Deus, eu pensava.
— já que voce diz... vamos que voce enquanto estamos com tempo.
No caminha para o hospital ela me falava como estavam as coisas em casa e eu insisti em pedir desculpas por ela ter vindo pra cá.
Atravessar aquelas portas e ver Elena de novo me fez questionar se eu fava da mensagem que eu tinha recebido, mas eu ainda precisava confirmar isso. por fim eu acabei não falando.
— Elena voce viu a minha irmã?
Ela colocou a caneta no bolso do seu jaleco e me olhou do outro lado da sua mesa.
Como Presley estava lá fora eu simplesmente perguntei. Mas sem parecer suspeita.
—olha, faz uma semana que não a vemos aqui no hospital
Isso realmente me pegou de surpresa porque geralmente isso costuma ser uma brincadeira.
Liguei meu telefone assim que sai da sala da Dra. E veio uma mensagem de um vídeo.
Parei a cadeira no corredor e abaixei o volume enquanto o vídeo começava.
Ela parecia desacordada suas mãos e pés amarrados com cordas me fizeram cobrir a minha boca, ela estava descabelada e parecia estar deitada no chão de cimento.
Ela ainda estava de jaleco provavelmente ela estava aqui no hospital.
Não demorou para o vídeo acabar e eu senti meu coração acelerar mas acelerou mais ainda quando vi o numero desconhecido ligando pra mim.
Minha mão estava tremula, não sabia se eu atendia ali mesmo no meio do corredor.
Empurrei a cadeira até o banheiro me certifiquei que não tinha ninguém no mesmo e atendi a quarta chamada deste numero.
— uma demora dessas voce vai me fazer pensar que não se importa com a sua irmã.
— quem... quem... quem é voce?
— vamos ao que interessa... voce tem dois dias para terminar o seu namoro e depositar o dinheiro.
— mas eu não tenho essa quantia eu nem posso...
— se vira, ou eu vou mandar uma coisa pra voce que voce não vai gostar.
Engoli a saliva demoradamente.
Principalmente quando ele desligou na minha cara.
Sai sem falar com ninguém porque corria o risco de eu abrir a boca e eu não queria me sentir culpada pela morte da Debora. Tive uma ideia.
Passei no que fazer o resto do dia.
—Ella? como vai?
Vontade de dizer mas não podia ainda mais por telefone.
— Ana compra uma passagem pra mim? Eu preciso falar com o Bruno, é uma emergência.
— tá mas...
— Ana por favor... ah uma pra Presley também.
— quando voce chegar eu busco vocês ok?
— certo.
Mesmo sem saber direito e com muita hesitação Presley me ajudou com as malas e após o aval da Ana nós fomos para o aeroporto.
No avião eu ensaiava mentalmente como dizer isso ao Bruno sem contar a verdade. mas eu sabia que nada que eu pensasse eu iria dizer e mesmo que me doesse tanto eu iria acabar com o que temos agora. Quanto mais os minutos se aproximavam a incerteza me tomava de uma forma surreal e mesmo com as perguntas da Ana eu não quis dizer, na verdade eu não iria compartilhar isso com ninguém. Por mais que eu ame ele, ame muito , eu preciso protege-lo e eu já queria um motivo pra terminarmos, agora tenho um.
Bruno on
— não viriamos se não fosse importante.
Presley diz ainda com as mãos na cadeira de Ella
— o que foi?
— eu não sei
Ela encolheu os ombros e a Ella chamou sua atenção.
— será que voce se importa de deixar a gente a sós?
— claro que não, qualquer coisa liguem
Assentimos eu ainda meio sem entender coloquei ela pra dentro.
— precisamos conversar
Todo mundo diz que essa frase da pânico, então deve ser
exatamente isso que eu estou sentindo agora. Pânico. Ninguém
nunca quer ouvir isso porque sabe justamente onde isso da, para
um empregado a demissão, ou a promoção mas para namorados
ela geralmente tem sinônimo de problema.
— bom pra você vir aqui é porque é sério
Joguei a cabeça para o lado e ela ainda parecia nervosa com
suas mãos parecendo estarem somadas e o rosto também e ela
cruzou os dedos discretamente mas não tanto já que eu tinha
notado.
— eu não pensei que isso seria tão difícil.
Ela apenas moveu os lábios e eu me encostei na poltrona me
preparando pra bomba porque parecia que ela ia dizer quem tinha
matado o ex presidente Kennedy.
— Ella você está me deixando nervoso fala logo .
E estava mesmo . Usei o braço da poltrona como apoio para meu
braço enquanto o outro permanecia na minha perna .
— eu... eu quero terminar
o silêncio tomou conta e eu ouvi aquele eco na minha cabeça
como um CD riscado.
— o que ?
— eu disse que quero terminar
Ela não me olhava
—por que ?
Minha voz soou baixa mas bem controlada apesar da minha
surpresa.
—eu não posso mais ... nós levamos isso longe demais
— Ei
Eu já estava sentado no tapete a sua frente e trouxe o seu rosto
de volta pra mim.
— olha pra mim... e me responda , por que ?
Seus ombros começaram a subir e descer e a sua respiração que
batia no meu rosto estava bem mais acelerada.
— eu não posso explicar
— como não? Ella não é assim você tem que ter uma razão, o que
eu fiz ? O que eu não fiz ?
Apontei pra mim mesmo
— não, não, não tem nada haver com você , você tem sido ...
incrível mas eu não posso , por favor não torne isso mais difícil
Ah eu ia sim . Aida mais depois de sentir a sua mão na minha
bochecha
—tem alguma coisa a mais aí, eu sei que tem eu preciso saber
— eu sinto muito
Isso foi tudo que eu ouvi, não ouvi uma justificativa plausível pra
isso. Soltei o seu rosto assim como o ar preso no meu peito.
— eu não posso prender você a mim , eu já disse isso .
Não podia olhar pra ela já que eu estava de costa mas eu sabia
que ela estava chorando por causa da sua voz sobre carregada.
—por favor me desculpe
Agora sim eu a olhei
— pelo que? Sendo que eu não estou entendo isso aqui
— eu já disse que. ..
— você não pode explicar, é eu ouvi mas por que?
Nesse momento eu já está segurando nos dois braços da sua
cadeira me apoiando nela.
Era como se eu sentisse cada celula nervosa do meu corpo
fervilhar e o medo tornar conta de mim com uma facilidade
absurda e ela pareceu se assustar comigo.
— você me trouxe de volta por que você está fazendo isso ?
É de repente, aquela tensão que tomava conta de mim todo os
dias enquanto eu ficava cm ela voltou a me assombrar como
fantasma do passado .
— você tem noção do que eu passei naquele hospital? Noção do
que eu senti todas as vezes que eu vi você, pálida, desacordada,
eu senti como se eu estivesse perdendo você, foram dias tão
dolorosos tão escuros assim como um dia eu me senti dando
adeus a mulher que eu achei ser o amor da minha vida até
conhecer você...
Empurrei o choro de volta com tanta força que doeu minha
garganta mas isso não me impediu de dizer.
— eu me senti horrível, ver ela fechar seus olhos pra mim, eram tão
lindos...
Olhei pro chão.
— mas ela tinha um motivo, ela tinha uma razão apesar de ser tão
trágica... agora de novo , como se eu tivesse vendo você de novo
naquela maldita cama, tão frágil...
Seu choro soou tão auto .
— e agora ....
Eu estendi os braços para os lados ainda de frente pra ela com
um sorriso irônico.
Ela já cobria o rosto e soluçava muito .
— agora eu vou ter que te dar adeus, sem mesmo saber porque?
Ela permaneceu em silêncio e eu sinceramente não sabia como
me sentia naquele momento.
— eu apenas preciso
Seu murmuro soou tão doloroso que eu estava confuso se era
realmente isso que ela queria.
— é isso que você quer?
Cruzei meus braços na autua do peito e ela assentiu .
— então tá, já que você precisa tanto assim eu acho que podemos dar isso como terminado seja lá o que isso foi.
Eu poderia parecer tão calmo mas na verdade eu estava era devastado e ainda me perguntando o que aconteceu.
Travie McCoy
Preciso de você
Sei que não é culpa sua mas sou uma porta trancada
Toda vez que alguém me magoa
E eu gostaria de poder encontrar a chave
Para destrancar tudo que eu quero que a gente seja
Deixe-me abrir e começar de novo
Mas tem um cofre ao redor do meu coração
Não sei como deixar você entrar
E é isso que nos mantém separados
E é por isso que eu preciso de tempo
Eu disse que preciso de você
Preciso que você entenda, você, você, você
Ligue pro chaveiro, diga que é urgente
Temos um milhão de chaves mas nenhuma serve
Enquanto você está no telefone, ligue pro chaveiro
Pois eu preciso de mais tempo, nem que seja só um pouquinho
Deixe-me abrir e começar de novo
E quebrar esse cofre ao redor do meu coração
Não sei como deixar você entrar
E é isso que nos mantém separados
E é por isso que eu preciso de tempo
Eu disse que preciso de você
Preciso que você entenda, você, você, você
Acho que agora é a hora
Talvez seja hora de ir
Se eu te der o meu coração, seja gentil com ele
Estou cansado de ficar deitado
Vamos mostrar alguma coisa pro mundo
E quando você sabe, você sabe
E quando você sabe, você sabe, você sabe
E quando você sabe você sabe você sabe, você sabe
E é por isso que eu preciso de tempo
Eu disse que preciso de você
Preciso que você entenda, você, você, você
Preciso que você entenda
Preciso de você
Você, você, você
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