1. Spirit Fanfics >
  2. Hanging On >
  3. Chapter Two - Surprise.

História Hanging On - Chapter Two - Surprise.


Escrita por: keepsake

Notas do Autor


[REVISADO DIA 06/01/2018]

GENTE, TUDO BOM COM VOCÊS? EU ESTOU COMO SEMPRE NERVOSA. UAIEHJASIOAJEIOAJSAEJIAOJA
Bom, aqui está o segundo capítulo de Hanging On. EU ESTOU TÃO FELIZ PELOS 73 FAVORITOS! VOCÊS SÃO MARAVILHOSOS!
Eu estou fazendo de tudo para que essa fanfic seja muito boa para vocês!

ENFIM. Vamos a alguns detalhes importantes:
- EM ITÁLICO: SÃO AS LEMBRANÇAS DO BAEK, E TAMBÉM A CONVERSA DE QUEM ESTÁ DO OUTRO LADO DO TELEFONE. (vocês vão entender)

Esse capítulo vai ser bem agitadinho. HAHAHAHA CHEGA DE SPOILER.

BOM, eu espero que vocês gostem! <333
NOS VEMOS NAS NOTAS FINAIS.

BOA LEITURAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA <3 qq

Capítulo 3 - Chapter Two - Surprise.


 

CHAPTER TWO

{Surprise}

 

 

Estava muito bom para ser verdade.

A minha felicidade realmente durava pouco. Mal cheguei em minha casa e dei de cara com a minha madrasta. E, como o esperado, ela aproveitou a oportunidade para me alfinetar com algum assunto desnecessário.

Pois é, nem no meu aniversário eu tinha sossego.

Meus olhos arderam. A vontade de chorar foi grande, mas respirei fundo. Eu não aguentava mais ter de tirar forças de onde já não tinha mais; eu era obrigado a fazê-lo. Infelizmente.

“Seu pai vai adorar saber que você saiu sem avisar... Ah, não, espere... Ele não liga para você.” Ela provocou, o rosto em puro deboche.

Busquei por ar outra vez. Sentia-me exausto de discutir com ela, assim como daquela casa. Exausto da minha vida. De tudo.

“Se ele liga ou não, você não tem nada a ver com isso. Muito menos com o fato de eu ter saído sem avisar.” Eu disse, olhando em seus olhos. Confesso que me senti um pouco mais aliviado. Por sorte, minha voz não havia saído trêmula.

Enquanto isso, a vontade de chorar me sufocava, tal como a minha mente ao me julgar como um idiota por estar sendo tão fraco.

Eu era mesmo fraco?

Subi as escadas rapidamente e adentrei o meu quarto. Em seguida, joguei minha inseparável mochila no chão para cair pesadamente sobre a minha cama. Ah, estava precisando disso, pensei, aliviado.

Longos minutos se passaram e meus olhos não desgrudaram do teto branco e sem graça do cômodo um segundo sequer. Suspirei, vendo que não aguentaria  segurar as minhas lágrimas por mais tempo.

Não demorou muito para que minhas bochechas ficassem completamente molhadas. Eu soluçava alto, minhas mãos tremiam. Com a testa apoiada em meus joelhos, abracei-os forte, como sempre fazia, e balancei o meu corpo para frente e para trás, melancolicamente.

Por que tinha que ser assim? Por que eu tenho que sofrer tanto? Sequer amigos eu tinha mais. Todos haviam ficado em Bucheon, juntamente com o meu passado do qual eu recordava todos os dias.

Passei a morar em uma enorme casa em Hongdae. Todos que entravam nessa casa se impressionavam com seu tamanho e luxo que provinham do grande esforço feito pelo senhor Byun. Porém, mesmo morando em um bairro com vários tipos de clubes e cursos de música – minha paixão –, e também morando em uma casa cheia de mordomias, eu não me considerava uma pessoa feliz. Eu sou a prova viva de que dinheiro não traz a felicidade absoluta que tanto almejamos e lutamos para ter ao longo da vida. Eu trocaria esse capital todo por uma vida simples, mas feliz. E mesmo não acreditando mais em amor, eu ainda tinha a esperança de que um dia isso tudo iria passar e que eu iria encontrar alguém especial.

Quando percebi, novas lágrimas rolavam pelas maçãs do meu rosto, acompanhando o meu raciocínio acabrunhado.

“Eu não aguento mais isso tudo...” Sussurrei, trêmulo. “Eu não tenho ninguém. Eu estou realmente sozinho.”

Não era possível. Ninguém merece passar por isso. O mais inacreditável disso tudo era só ter 15 anos de idade e já sentir tamanho sofrimento.

Imagina daqui a alguns anos...

Eram 13h30min, e eu não tinha almoçado ainda. Graças à angústia e tristeza instaladas em meu peito, minha fome havia sido mandada para bem longe.

Ter depressão não era fácil. Era uma barra. Não possuir mais vontade de ingerir qualquer tipo de alimento durante as crises incluía-se no pacote. Então, eu consequentemente perdi uma boa quantidade de peso ao longo do ano.

Eu estava tão cansado de tudo que sequer me dei conta de quando fechei os olhos e adormeci. Essa era a única forma que eu encontrava para sofrer menos.

 

 

∞∞∞∞∞∞∞∞∞

 

 

Acordei com uma incômoda dor de cabeça – resultado do choro intenso –, depois de cair em um sono profundo em meio às minhas mágoas. Meu estômago vazio também doía.

Chequei o relógio que se encontrava na cabeceira de madeira ao lado da minha cama. Os ponteiros marcavam exatamente 17h30min. Eu havia dormido pouco e isso me irritou profundamente.

Fechei os olhos na tentativa de me acalmar – o que não deu muito certo.

Meus olhos imploravam para que eu libertasse as outras lágrimas que se formavam em seus cantos. Pode parecer mentira ou drama, mas eu realmente passava o dia desse jeito. Encontrava-me desse jeito todos os dias, e o pior... não havia melhora. Tinha horas que eu mesmo assinava o meu próprio diagnóstico, confirmando, assim, a minha depressão.

O foda era que ninguém ligava para o fato de eu estar assim. Nem mesmo o meu próprio pai. Na verdade, nós nem nos víamos direito. Ele sempre chegava tarde e saía cedo para o trabalho, num ciclo sem um fim aparente. Tal situação explicava, mas não justificava. Ele deveria dar um jeito de saber sobre mim, seu único filho.

Essa doença atrapalhava a minha vida social. Eu sentia medo de me aproximar das pessoas e de perdê-las algum tempo depois. Afinal, parecia que a vida gostava de fazer isso comigo. Ela gostava de me matar aos poucos, retirando as pessoas – com as quais eu criava laços e amava profundamente – da minha vida.  Isso me feria tanto que, se fosse um ferimento externo, meu corpo já estaria em um hospital pedindo para ter um descanso. Um descanso eterno.

Logo, eu não possuía amizade alguma em meu colégio. O que pôde se aproximar disso foi o relacionamento que tive com KyungSoo. Porém, depois do flagrante, eu fiz a promessa de que nunca mais iria olhar para ele. Com isso, fiquei pior do que era antes de conhecê-lo.

Meus amigos do antigo colégio no qual eu estudava continuaram em Bucheon, mas os pais dos mesmos não os deixavam sair muito de casa. Portanto, nós apenas nos víamos em horário de aula.

Nas poucas vezes em que saíamos juntos, nós íamos ao cinema, ao parque – sim, o tal parque eu tanto amo – e à sorveteria, pois eram os lugares mais próximos de nossas casas; então nossos pais ficavam mais tranquilos. E eu não entendia o motivo deles ficarem tão preocupados conosco. As taxas de violência e assaltos na Coreia do Sul eram baixas, então eu realmente não via problema em sair de casa, sozinho.

No próximo ano, eu me mudaria de colégio e, bem lá no fundo do meu coração, permanecia a esperança de ver uma luz no fim do túnel, dando fim a essa minha depressão amarga que eu vinha vivendo há um ano. Eu tinha essa expectativa porque, mesmo estando aos prantos quase que 24 horas por dia, colocava na minha cabeça que eu iria ficar bem. Que eu iria superar esse turbilhão de sentimentos ruins que insistiam em permanecer impregnados em minha alma, que eu iria esquecer o fato de que a vida tirou os meus amigos de perto de mim, tal como iria me conformar com a morte da minha mãe. E, quem sabe, criaria algumas amizades por lá.

Passei a mão em meus cabelos numa forma de consolo – afinal, eu estava sozinho, então só restava eu mesmo para me consolar e me apoiar – alinhando-os para trás, fazendo com que os fios formassem uma espécie de topete desarrumado.

De repente, a minha mente foi tomada pela imagem do garoto a cantarolar calmamente em frente ao lago. Lembrei-me de seus olhos transmitindo um imenso brilho, denunciando o prazer que sentia ao cantar. De seu cabelo de fios escuros a cintilarem assim como a água cristalina do lago à sua frente. Seu sorriso acompanhava a alegria dos seus olhos e não se desfazia em momento algum, mesmo quando apenas o som do seu violão tomava conta do momento. Esse garoto conseguira um espaço próprio em minha mente. Não estava apaixonado, apenas nunca havia conhecido alguém tão bonito e interessante assim.

Sem me dar conta, abri um grande sorriso com a lembrança do outro e, também, de sua voz rouca ao pronunciar aquelas palavras, simples, mas que eram como uma canção aos meus ouvidos e um calmante ao meu coração angustiado e necessitado de carinhos.

Soltei um longo suspiro, fazendo com que todos os músculos do meu corpo se relaxassem instantaneamente.

Ao perceber o que eu estava sentindo, tratei logo de controlar todos os meus sentimentos. Eu não o conhecia, e, provavelmente, ele era daquele tipo de pessoa que deixam as outras de lado quando estão completamente apaixonadas e entregues a si. Assim como fora o meu caso com Kyungsoo.

Mas eu não iria deixar com que isso acontecesse de novo.

 

 

 

 

3 anos depois.

 

“Eu estou muito ansioso para saber quais serão as matérias do primeiro período! Não vejo a hora mesmo!” O outro disse com um enorme sorriso, me sacudindo pelos ombros.

“Eu também, eu também!” Eu disse para o meu amigo que ainda me sacodia. “Calma, LuHan! Calma, eu já entendi!” Tentei fazê-lo parar, falando com um tom sério, porém acabei rindo de si.

“Me desculpe, Baek!” Riu. “Você sabe que eu estou doido para começar a estudar o que eu realmente gosto de estudar! Meteorologia é tão legal! Uma pena que não ensinem muita coisa sobre, nos colégios.” Ele falava com um sorriso de orelha a orelha. Seus olhos brilhavam ao falar do curso que escolhera para se formar e trabalhar pelo resto de sua vida.

“E como sei, hein, garoto do tempo.” Tive que controlar uma risada presa em minha garganta. LuHan odiava quando eu o chamava dessa forma.

“Aish!” Bufou. “Já te falei que não vou aparecer em televisão alguma.” Deu uma pausa para tentar desferir um leve tapa em meu braço, mas desviei a tempo. “Eu vou interpretar os mapas, calcular quantos milímetros de água vão cair do céu e informar as pessoas através dos sites. Então, você para, querido. Obrigado.” Concluiu, se jogando em sua própria cama.

Ah, esse é o LuHan, o meu melhor amigo.

Eu o conheci no último colégio a estudar. Sim, aquele sobre o qual falei ter  esperanças de criar alguma amizade e, assim, superar todos os problemas que eu fosse passar ou que havia passado. Com sucesso, consegui melhorar bastante, embora as crises repentinas não tivessem deixado de existir. Quando eu me sentia para baixo, no entanto, LuHan percebia e tratava logo de me animar.

Nós começamos a nos falar de uma forma bem estranha. Bem estranha mesmo.

 

Apoiado na pia de granito do banheiro da escola, eu olhava para a minha imagem refletida no espelho, pensando em como eu conseguiria me sair dali para frente. E, como uma resposta aos meus pensamentos, eu ouço um rangido. Uma das portas dos boxers fora aberta.

Em seguida, um garoto loiro – reconheci-o sendo da minha turma – e aparentando ter quase a mesma idade que eu surgiu atrás de mim à procura de algo. Este, quando me viu, só faltou ter um infarto.  Acho que ele não esperava ver alguém naquele local e naquele horário.

“É... Eu... Que susto.” Seu rosto estava completamente vermelho.

“Desculpe-me por isso.” Sorri, compreensivo e timído, enquanto abria a torneira novamente para jogar mais uma pequena quantidade de água em meu rosto.

“Não, não tem problema.” Gaguejou, ao tempo que caminhava olhando para o chão até que ficasse ao meu lado. “É... Com licença.” Pediu ele, visivelmente constrangido.

Envergonhado, ele apenas pegou o papel da pequena máquina presa à parede e saiu às pressas em direção à cabine que estava antes do susto.

E pela primeira vez em muito tempo, eu dei uma boa risada verdadeira.

Após tal acontecimento, nós começamos a nos falar durante as aulas. Com o tempo, tornamo-nos grandes amigos. LuHan que sempre puxava assunto comigo, apesar de sentir vergonha pelo ocorrido. No entanto, foi necessário apenas seis meses para que parecessemos amigos de longa data.

Foi um alívio conseguir fazer amizade com alguém depois de tanto tempo. Duvidava até de ter desaprendido a lidar com as pessoas.

 

Passaram-se três anos, ingressamos na mesma faculdade, porém em cursos diferentes – ele, meteorologia; eu, música. Decidimos durante o ensino médio que tentaríamos ir para a Hongik University. Além de ser uma ótima universidade, ela é bem próxima da minha casa. E dizendo que eu o influí, LuHan também decidiu ingressar na mesma. Dessa forma, nós continuaríamos nos vendo.

O 3º ano do Ensino Médio chegou e com ele vieram os irmãos Kim Minseok e Kim Junmyeon. Apesar de passarmos um ano ocupando a mesma sala, no 2º ano, só começamos a nos falar mesmo no último.

Durante um ano, as nossas conversas só se basearam em “Oi! Tenha um bom dia.” – se isso pode ser chamado de conversa, né? Mas com o tempo nós nos tornamos ótimos amigos. Como sempre, LuHan era quem puxava assunto. Depois eu só ia no embalo.

Descobrimos que Minseok e Junmyeon eram donos de corações de ouro. Digo isso porque eles são os primeiros a se oferecerem para ajudar alguma pessoa que esteja com algum problema – independente de qual seja. Acabou que se inscreveram para o vestibular querendo o mesmo curso: medicina.

E os filhos da mãe passaram. Eram inteligentes para cacete.

Minseok, ao saber que tinha sido aprovado, deu a ideia de fazermos uma festa para comemorarmos os nossos resultados. E adivinha quem concordou na mesma hora? Se você pensou “LuHan”, acertou.

Eu não queria, né? Preferia algo mais tranquilo, apenas entre nós quatro. Mas... fazer o quê? LuHan dizia que seria bom para mim.

Bem, eu esperava que sim.

O tema escolhido para a festa fora boate. Criamos um espaço com tudo o que um clube possui internamente, com direito a DJ e iluminação especial.

Como o local escolhido fora a casa dos Kim – até porque eles tinham uma boa condição de vida e a minha casa estaria totalmente fora de cogitação –, tratamos de arrumar a sala. Retiramos todos os objetos que possuíam algum valor maior para a família e arrastamos alguns móveis para dar mais espaço ao balcão onde ficariam os aparelhos do DJ, enquanto os pais de Minseok e Junmyeon não chegavam com a equipe de decoração.

       

Depois de tudo estar organizado e funcionando, chegaram os seguranças que ficariam no enorme portão da residência da família Kim.

Quem chegava à entrada da propriedade tinha uma ampla visão do quintal que ali existia. Um caminho de pedras ligava o portão à entrada principal – a qual dava à pista de dança. Quem quisesse ficar em algum lugar mais tranquilo, poderia se sentar em um dos cinco bancos que ofereciam um toque mais caseiro àquele espaçoso quintal, e ficar observando as estrelas que brilhavam no céu sem esforço algum. A noite estava bastante bonita, não havia uma nuvem sequer para estragar a missão das nossas queridas e belíssimas constelações.

 

 

A cada minuto que passava o local ficava cada vez mais cheio de pessoas. Tinha a leve impressão de que o meu colégio inteiro estava naquela festa, porque além do fato de não ter quase um mínimo espaço para caminhar, eu reconhecia todos os rostos que apareciam na minha frente.

Junmyeon estava rodeado de pessoas, todos sentados perto do barman. Minseok havia acabado de sair dali com o seu terceiro copo de vodka da noite em mãos. Alguns colegas lhe diziam para se controlar um pouco, pois sabiam que o mesmo era fraco com bebidas. Porém ele não queria parar. Não naquela noite. Ele tinha um propósito naquele dia: perder, finalmente, toda a vergonha para conquistar – ou tentar, como pensava – uma certa pessoa. Jongdae, o garoto mais popular e bonito que Minseok já conhecera em toda a sua vida. Esse garoto fazia o baixinho de bochechas salientes suspirar desde seu primeiro ano no colégio. Ambos se falavam, mas Minseok sempre ficava envergonhado quando planejava algo para demonstrar seus sentimentos pelo outro.

O que ele não imaginava era que JongDae – mais conhecido como Chen – já sentia algo por ele. Só estava confuso em relação aos seus sentimentos.

Apenas precisava de um empurrãozinho.

 

Enquanto isso, eu e Luhan estávamos dentro do espaço lounge que criamos ao lado da pista de dança.

O local era isolado apenas por uma fina cortina branca e, dentro do mesmo, almofadas grandes e coloridas estavam espalhadas pelo chão para que quem ficasse ali pudesse se sentar e conversar ao tempo em que curtiam as músicas que o DJ tocava.

Como a iluminação estava baixa, decidimos acender o lustre pendurado especialmente para a festa no meio do teto. O lugar ficava tão aconchegante com aquela iluminação.

LuHan começou a ficar bêbado. Oferecia-me alguns copos e eu sempre os recusava. Não gostava de beber. Não conseguia ver graça em ficar embriagado.

“Baek, eu estou um pouquinho bêbado.” Disse ele, embolado e sério. No entanto, começou a gargalhar segundos depois.

“Lu, você já me disse isso.” Acompanhei-o no riso.

“Mas é que”

LuHan começara a falar quando foi cortado por um barulho de algo pesado caindo sobre as almofadas. Olhei para a direção de onde o som viera. Era MinSeok.

“Minseok, você também está ficando bêbado?! Vem cá!” LuHan gritou, levantando-se todo desajeitado, para então caminhar em direção ao Minseok, ainda caído. A cada passo que LuHan dava era um tombo diferente. Seu copo já estava vazio – por ter derramado tudo –, mas ele não o largava de jeito algum, o braço erguido na tentativa equivocada de não derrubar o líquido.

“É.” Pausei brevemente. LuHan havia caído em cima de MinSeok. “Acho que essa noite vai ser bem longa.” Ri baixinho, observando os meus dois amigos bêbados e atrapalhados.

 

 

Um tempo depois, o toque do celular de Luhan chamou nossas atenções. Era Junmyeon. Peguei o aparelho de sua mão e atendi a ligação.

“Fala, viado!” Olhei para LuHan. O loiro estava com um pequeno sorriso nos lábios e  um enorme olhar de curiosidade. Liguei o viva voz para que ele pudesse ouvir também.

Lu... Ah, Oi, Baek! Por que você está com o celular do LuHan? Aconteceu algo?” Pude perceber preocupação no tom de sua voz, afinal eram raras as vezes que alguém atendia o celular de LuHan. Sempre era o próprio.

“Não aconteceu nada, pode ficar tranquilo.” Ouvimos um suspiro de alívio. “Você sabe que ele só surta quando fica perto daquele seu primo que mora longe daqui.” Impliquei, rindo. Senti uma ardência em meu braço e me encolhi. LuHan havia me batido.

“Cala a porra da boca, BaekHyun! Não sei de onde você tira isso!” Eu e Junmyeon rimos, o que fez o loiro bufar todo irritado.

Tá no viva voz, Baek?” Respondi com um sim meio abafado, devido às minhas risadas. “Ótimo! Ah, LuHan, você sabe como você fica quando vai falar com SeHun. Então, não tente nos enganar. Ou melhor, não tente enganar a si mesmo.” Concluiu, rindo. “Aproveitando o momento... Acho melhor preparar uma ambulância para o LuHan, Baek. E pra hoje.”

“Vai se ferrar, SuHo!” Falou com um enorme bico nos lábios. Seus olhos duplicaram de tamanho quando seu cérebro processou a informação que acabara de receber. “Como assim?!” Pigarreou. “É... Me explica isso direito.”

Eu sabia que você iria se interessar!” Suho se divertia. “Bom, isso faz parte do motivo de eu ter te ligado. Sabia que estaria com o Baek, então liguei. É que eu queria saber se vocês estão a fim de irem ao shopping hoje... SeHun se mudou para perto da minha casa por causa da faculdade e trouxe consigo um amigo que, coincidentemente,  conseguiu passar para a mesma faculdade que a nossa. Então, pensei que deveríamos conhecê-lo para que ele já conheça alguém e não se sinta tão perdido.

Estranhamente, senti um leve arrepio passar pelas minhas costas e meu coração aquecer ao ouvir a palavra “amigo”.

“BaekHyun! Acorda para a vida!” LuHan bateu palmas em frente ao meu rosto, fazendo-me despertar de meu recente transe. “Tá' tudo bem, Baek?”

“Tá' tudo bem, sim, Lu, relaxa... Eu só me distraí. Desculpe.” Sorri tentando passar tranquilidade para o meu amigo.

“Ok, né... Enfim, SuHo. Nós vamos!” LuHan disse. “Já estamos arrumados, então quando for passar aqui é só me ligar que aí nós descemos”.

Certo! Irei buscar SeHun e seu amigo em seu apartamento e depois passarei aí para buscá-los. Minseok foi para a casa de JongDae, então não vai poder ir conosco. Vocês sabem que o meu irmão não perde uma oportunidade de ficar ao lado de seu amor, né?” SuHo brincou.

“E como sabemos!” Ri surpreso. Não imaginava que aquela festa realmente iria ajudar Minseok. Ainda mais do jeito que ele estava. “Então o Chen finalmente tomou vergonha na cara e o pediu em namoro?” Eu quis saber.

Bom, pelo que eu sei, ainda não, mas talvez seja por isso que Chen o chamou para dar uma passada em sua casa.” Deu uma breve pausa. “Quando eu chegar aí, conto para vocês com mais detalhes. Vou terminar de me arrumar. Ligo assim que estiver chegando.”

“Tudo bem.” Eu e LuHan falamos juntos. E desliguei.

Olhei para LuHan, entregando-lhe seu celular. Ele estava nervoso, sabia que sim. Seus olhos sempre foram muito comunicativos.

Sempre soube que ele criaria algum sentimento por SeHun. Quando se conheceram, LuHan só faltou desmaiar quando o outro reverenciou para si e levantou o olhar, sorrindo como um bom galanteador. E sinceramente? Também acho que Sehun sente algo pelo meu amigo. Ele muda completamente o semblante quando estão lado a lado. Perto das outras pessoas – até mesmo de Suho –, ele sempre tem a mesma expressão de indiferença em seu rosto. Mas isso não quer dizer que ele era uma má pessoa, pelo contrário, ele também era dono de um enorme coração. Talvez ‘ser generoso com o próximo’ estivesse no sangue da família Kim.

Cerca de dez minutos depois, LuHan recebeu uma mensagem de Suho, avisando-nos que nós já podíamos descer e ficar no portão à sua espera. Portanto, dei uma última olhada no espelho. E confesso que gostei do que vi. Ajeitei o meu cabelo em satisfação e pedi para LuHan algum perfume emprestado.

Descemos e não demorou muito para que o carro de SuHo aparecesse no final da rua. Conforme se aproximava, forçava meus olhos para enxergar algo dentro de seu carro, só então me tocando de que as janelas tinham insulfilm. Bufei. Estava curioso para saber quem era o tal amigo. Não era o meu normal ficar assim, como naquele dia. Queria saber logo!

Ao meu lado, LuHan suava frio. No entanto, tentava disfarçar para que eu não o zoasse.

“Ei, Lu, fica tranquilo...” Ele me olhou assustado. “Não vou te zoar. Relaxa.”

Quando me dei por conta, Suho já havia parado o carro em nossa frente.

Os vidros foram abaixados. Em uma delas, estava SeHun com um enorme sorriso no rosto – algo me dizia que era por causa do Luhan.

“Demoramos muito?” Sehun se pronunciou, ainda sorrindo “Quanto tempo, hein!”

“Pois é!” Eu respondi, sorrindo amigavelmente. LuHan parecia ter congelado com um sorriso bobo no rosto. Cutuquei-o para que voltasse ao normal.

“Entra aí, cara, você sabe que não precisa esperar eu mandar! Somos amigos faz tempo.” Disse Suho, destrancando as portas.

“Desculpa, você sabe como eu sou, Jun.” Fiz um bico manhoso. Ele apenas riu e me apressou.

Luhan, afobado porque não queria ser encarado pelo Sehun por mais tempo, abriu a porta do carro me mandando entrar de prontidão. Rindo de seu desespero, me abaixei para entrar no automóvel.

Meu coração congelou.

Senti meu corpo ser empurrado por LuHan para dentro do carro e sentei-me de mau jeito ao lado do tal amigo de Sehun que, assim como eu, estava em choque.

Respirei profundamente tentando me acalmar.

Era ele.

Era Park ChanYeol o amigo de SeHun.

 

 

 

 


Notas Finais


[REVISADO DIA 06/01/2018]

E aí, galero? O QUE VOCÊS ACHARAM, HEIN?
Bela maneira de se conhecer alguém. Nossa. HUAIEHASOIJALIUEHALSOIAJELUIAHSIUAE
MAS JÁ PASSEI POR ALGO PARECIDO. Então, Baek, EU TE ENTENDO. HAUIEHASJAOKIJEIAUSA
Sobre o Baekhyun: Ele achava que estava em depressao ou que poderia entrar em uma a qualquer momento.
Como eu disse, esse capítulo foi bem agitadinho. Pelo menos para mim foi. E como eu havia dito antes, essa fic vai ter muitos altos e baixos.

Estou nervosa para saber a reação de vocês. ESPERO MUITO QUE VOCÊS GOSTEM.

Para falar comigo, o meu twitter é: @/httaex

UM GRANDE BEIJO DA ISA PRA VOCÊS. <3 EU TE AMO VOCEEEEEES


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...