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História Hangover; - O dia seguinte é sempre pior


Escrita por: itsamorinha

Notas do Autor


Oi meninxs, vim trazer um conto para vocês hoje de teor mais adulto, contando então a experiência de quando alguém termina um relacionamento e acaba se afogando na bebedeira q'

Espero que gostem!

Capítulo 1 - O dia seguinte é sempre pior


O dia já está amanhecendo.

Quantos horas se passaram desde que entrei pela porta desse bar?

Olho ao meu redor, e não há mais ninguém no recinto.

Apenas o dono, me olhando de cara fechada, como quem pensa:

"Quando esse cara vai embora?"

Resolvo levantar. 

Péssima decisão.

Minhas pernas fraquejam e o mundo gira ao meu redor. Me seguro na bancada do bar para não cair no chão.

Saio aos tropeços do estabelecimento, sem olhar para trás, deixando meu copo de bebida em cima do balcão.

O vento gelado bate em meu rosto enquanto caminho desconcertado pelas ruas da cidade. O inverno está chegando, suponho.

Você adorava o inverno. Era sua estação favorita. 

Enquanto caminho, vejo o sol se abrindo entre as nuvens. Quer dizer, acredito que seja o sol, meus olhos estão muito embaçados para perceber.

As pessoas estão indo para seu trabalho, e eu estou retornando para casa.

Viro a esquina, chego ao meu apartamento. Apartamento o qual dividíamos antes.

Antes de você ir embora.

Abro a porta, subo a escadaria aos tropicões mas, consigo chegar ao meu andar. 

Destranco a porta do apartamento sem enxergar direito. Fiz tanto isso nesses últimos meses que me tornei mestre nessa técnica.

Entro, e deito no sofá, empurrando a porta com força, um estrondo ressoando nos corredores do prédio.

Minha cabeça está girando. É mais um daqueles dias. 

Olho para o teto, por mais difícil que seja focar minha visão nesse momento. Flashbacks começam a aparecer. Flashbacks seus.

Você, deitada nesse mesmo sofá, lendo um livro de suspense com apenas uma camiseta minha.

Você, amarrando o cabelo de frente ao espelho do banheiro enquanto se arruma para o trabalho.

Você, sorridente, na nossa viagem para Roma, na Itália. 

Você, chorando no meu ombro após a morte de seu avô.

Você, sendo você, perfeitamente e exclusivamente você, sem tirar nem pôr, única como uma estrela cadente que cruzou meu céu e veio realizar meus desejos. Não há nada no mundo que faça alguém ser melhor que você. Porque ninguém é capaz de ser quem tu és.

Uma lágrima se forma em meus olhos.

Eu achei que fôssemos perfeitos. Mas você me ensinou, da forma mais dolorosa possível, que nem todo romance termina num final feliz. Me fez crer que construiríamos uma vida juntos, mas isso não passou de momentos. 

E você se foi. Por estupidez minha, quem sabe? Talvez, eu devesse ter segurado sua mão quando te viste pegando as malas e indo embora daqui. Do nosso lar. 

Você sequer olhou para trás quando se despediu. Será que doeu tanto em ti quanto doeste em mim?

Já faz 2 anos que isso aconteceu, mas eu te mantenho nos meus pensamentos. Nenhuma outra é você.

Talvez esse seja meu erro: te comparar com todas. Mas, meu egoísmo não me permite consertar esse erro.

E assim sigo, entre doses de cachaça, e doses de amor. Um amor iludido, um amor desenfreado, um amor sem eira nem beira, mas um amor.

Por força do hábito, abro o feed do Instagram. E te vejo lá, feliz, fazendo seu intercâmbio que tanto sonhou, e seguindo sua vida.

E eu, fico preso, encontrando consolo no álcool e em noites de amor passageiras. Se é que posso chamar de amor.

Fecho os olhos, suspiro, e repito para mim mesmo em voz alta:

- Está tudo bem. É só mais um dia de ressaca. 


Notas Finais


é isso, até a próxima bbs


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