História Happy And Sad - 2nd Season - O que você quer?

-O que foi? -Perguntei, me levantando e olhando para seu rosto, que me assustava um pouco por causa da expressão. 

-É o SangBae. -Ela disse, me pegando pela mão e puxando em direção aos elevadores. 

-O... O que aconteceu com ele? -Perguntei, sentindo meu coração bater cada vez mais rápido. 

-Ele sumiu. -A Shin abaixou o tom de sua voz, passando pela porta de metal assim que se abriu. 

Assim que entrei no quarto, eu vi apenas YoungJae dentro do berço. O pequeno chorava desesperadamente e só se acalmou quando o peguei no colo. O balancei em meus braços, andando pelo quarto e tentando fazê-lo ficar mais tranquilo. 

Logo Ji Yong chegou, vindo em direção a mim sem falar nada. Eu não precisava explicar nada já que Shin devia ter feito isso alguns minutos atrás. Channie havia dito que iria tentar olhar para as gravações das câmeras de segurança para descobrir quem havia entrado no quarto, então ele provavelmente estava no saguão agora. 

GD abraçou o meu corpo junto com o de Jae e ficamos assim até o silêncio ser quebrado pelo toque do meu celular. 

-Alô. 

-Se você quer ver o seu filho de novo, faça o que eu digo. Vou enviar uma mensagem de texto com um endereço e horário, venha sozinha ou... Você não vai querer saber o que eu vou fazer.  

Ouvi uma risada do outro lado da linha e a ligação foi terminada. Eu conhecia aquela voz, era o Jung, eu tinha certeza. 

-O que foi? -Ji Yong perguntou, acariciando as minhas costas. 

-Nada, foi engano. -Respondi, dando o melhor sorriso que eu podia para tentar disfarçar a mentira que eu havia acabado de dizer. 

Mas infelizmente eu era uma pessoa transparente e GD podia ver tudo através de mim.  

-Quem era? -Ele insistiu e eu abaixei a cabeça, olhando para Jae. -Jia, me responda. -Ele pediu, dessa vez um pouco impaciente. 

-Jung. -Falei baixo. 

-O que ele disse?  

Repeti exatamente o que eu ouvi e me preocupei em alimentar Jae e o colocar para dormir enquanto fazia isso. 

-Não me deixaram ver as gravações. -Channie entrou no quarto, irritado, bagunçando os cabelos e pensando sobre alguma coisa. 

-Se nós chamarmos a policia eles vão ter que deixar. -Shin cruzou os braços em frente ao peito e olhou diretamente para mim. 

-Não, você sabe do que o Jang é capaz... -Falei baixo, tentando pensar em uma solução plausível. 

-Então o que nós vamos fazer? -Ela perguntou. 

Peguei meu celular no bolso quando o senti vibrar e li rapidamente o endereço e horário. O aparelho foi puxado da minha mão repentinamente e Ji Yong leu o que estava escrito na tela. 

-Eu vou cuidar disso. -Foi o que ele disse antes de sair apressado. 

POV JI YONG 

Isso já tinha passado dos limites... Mesmo quando eu pensei que ele nos deixaria em paz, ele volta para causar algum caos. 

-Alô? -Ouvi Seughyun responder. 

-Hyung, preciso de ajuda. Tem como me encontrar? 

-Mas agora? Estou jantando com a Bom. -Sua voz saiu mais baixa e eu ouvi ela perguntar quem era. 

-É importante.  

-Tudo bem, tudo bem. Posso te encontrar onde?  -Ele cedeu e eu passei a mão pelos cabelos, tentando pensar em um lugar bom para isso. 

*** 

-Nós vamos precisar tomar cuidado para ele não machucar o meu filho. Não sabemos se ele está sozinho ou não, o que ele planeja... O que ele quer. -Coloquei o cartucho na pistola e a destravei. 

-E você não acha melhor descobrir isso antes? -T.O.P perguntou, concentrado em montar o rifle. 

-Nós não temos tempo pra isso. -Falei, mordendo o lábio inferior com força para não esmurrar alguma coisa. 

-E você não acha que isso vai ser um exagero? -Ele perguntou, apontando para a arma que tinha em suas mãos. 

-Não, é bom alguém ficar de longe. -Dei uma risada nervosa e coloquei a arma no cós do meu jeans. 

-Eu ainda acho que é melhor chamar a polícia... -Seunghyun falou baixo. 

-Já passou da hora de esse cara sumir. 

JEJU YEONGSIL TRAIL - 13 P.M. 

-Obrigada por me trazer. -Me curvei ao lado do carro, olhando para dentro. 

-Eu vou esperar aqui e, você já sabe, qualquer coisa... -Himchan levantou o celular na mão e me deu um sorriso. -Pode ser um grito também, eu acho que posso escutar. 

-Tudo bem. -Dei um sorriso fraco, olhando para as montanhas atrás de mim. 

-Talvez não. -Dissemos juntos e um sorriso surgiu nos lábios de ambos. 

Bati a porta e respirei fundo uma vez.  

Comecei a andar, seguindo a trilha de madeira e olhando para cada canto onde Jang pudesse estar. O parque estava vazio e isso me preocupava um pouco. 

Apoiei a mão na madeira ao meu lado, me segurando para não cair. Eu já estava em uma altura considerável desse lugar, eu diria assustadora, e ainda não tinha qualquer sinal daquele animal inútil. 

O meu plano era chegar aqui antes que Ji Yong chegasse e fizesse alguma besteira, então Channie poderia impedi-lo de subir até aqui e estragar tudo. 

Eu queria salvar o meu filho, queria fazer isso de uma maneira que não o colocasse em perigo. 

-A vista é linda, não é? -Ouvi a voz dele, assim que cheguei ao topo. 

Eu tinha vontade de empurra-lo dali mas, ao meu ver, Bae não estava ali e eu precisava saber onde ele estava. 

-Parece que você continua sendo uma garota inteligente. -Ele jogou um cigarro no chão e o apagou com o pé, se aproximando de mim lentamente. 

Jang ergueu uma das mãos e a levou até o meu rosto, acariciando minha bochecha. Afundei as unhas na mão e cerrei o maxilar, esperando que ele se afastasse. 

-Você é nojenta. -Ele falou, dando um tapa forte no meu rosto. 

-Onde está o meu filho? -Perguntei, sentindo meu rosto começar a latejar depois de mais um tapa. 

-Você não vai saber tão rápido, primeiro você precisa ir a um lugar comigo. 

Seus dedos começaram a se entrelaçar aos meus e eu puxei minha mão para perto do estômago. 

-Parece que você continua a mesma vadia. Sempre tenho que fazer da maneira difícil... -Ele resmungou, puxando a arma que estava no cós do jeans e apontando para a minha cabeça. -Agora anda, você não vai querer que seus filhos cresçam sem uma mãe não é? Se você fizer tudo direitinho... Eu posso deixar você ir embora. 

-O que você quer? -Perguntei, descendo cada degrau amadeirado lentamente. 

-A mesma coisa que eu queria antes. Ver você sofrer o que eu sofri quando você me ferrou, lembra? -Ele falava cada palavra tentando controlar a raiva que ele sentia, mas eu sabia que ele a descontaria quando chegasse a hora certa.