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História Happy birthday, Cas - I miss you


Escrita por: umforadocomum

Capítulo 1 - I miss you


— Hey, Cas. – Um pequeno sorriso surgia nos belos lábios do rapaz loiro ao pronunciar aquele nome. — Feliz, hum, feliz aniversário. – Apertou as próprias mãos, levemente nervoso, sentindo-se como um adolescente ansioso em seu primeiro encontro.


— Eu sei que, bom, hoje não é mesmo seu aniversário, e eu acho que você nem tem um de verdade. – Suspirou. — Mas hoje faz mais um ano desde que nos conhecemos, e eu gosto de pensar no dia de hoje como seu aniversário. – Sorriu involuntário, puxando o lábio inferior com os próprios dentes.


— Sabe Cas, até hoje eu lembro de como era lá, no inferno. Os dias pareciam ser eternos, nunca anoitecia ou escurecia, o clima era sempre o mesmo e o cheiro – Torceu o nariz com a lembrança. — nunca em minha vida toda desenterrando corpos, senti um cheiro que me enojasse tanto como o que tinha lá. Um segundo lá era como horas aqui e cada dia me fazia desejar nunca ter nascido, só pra não precisar passar por aquilo. Minha alma já estava destruída quando eu aceitei torturar aqueles pobres infelizes. Eu ainda tenho nojo de mim pelo que fiz lá. Mesmo a alma mais maldita não merecia o que minhas mãos faziam com elas. Eu era tão cruel como qualquer monstro que eu caço, Cas. E eu não me sentia mal por aquilo, ao contrário, eu sentia prazer em cada gancho que perfurava a carne deles. Eu estava me tornando como eles. – Respirou fundo e apertou os olhos com força. — Mas um dia, eu senti uma energia diferente, não era como as surras que eu costumava levar. Não ardia, queimava ou doía, era como se me purificasse e colasse cada pedaço de mim de volta no lugar, eu sentia uma sensação de paz me preenchendo, e eu não entendia o que estava acontecendo. Então eu acordei naquele caixão no meio do nada. Eu estava de volta a vida, inteiro e saudável como nunca! Você era a sensação de paz. – Riu leve. — Você foi a minha esperança de recomeço, e eu detestava você e seu rosto em branco que não demonstrava expressão nenhuma. Desculpa cara, mas eu tinha vontade de te socar só pra ver se arrancava de você alguma emoção. E quem diria que nos tornariamos amigos, hein? Talvez tudo seja culpa daquela, como você disse mesmo? Ah, ligação profunda.


— E quem diria que você faria tanta falta... – Seus olhos verdes eram banhados por todo aquele sentimento contido que desejava mais do que nunca escapar por entre as lágrimas que lutavam para sair.


— Como eu queria que você estivesse aqui para comemorar mais um ano... – Seus dedos trêmulos tocavam a cruz de madeira fincada ao chão, passando por cima das letras esculpidas que formavam "Castiel" sobre ela.


— Fazem meses desde que você partiu e não houve um só dia que eu não tenha me culpado e me amaldiçoado pelo que aconteceu. Eu devia ter ficado com você quando estava naquele universo. Deveria ter corrido e te puxado pra junto de nós, pra que saísse de lá com a gente. Mas eu não fiz. Eu saí e assisti aquele filho da puta matar o homem que eu... que já se sacrificou mais de uma vez por nós. – O sentimento já falava mais alto do que qualquer outro, e por seu rosto tudo aquilo que guardava em seu peito escorria sem freios.


— Eu sinto tanto, Cas. Tanto... – Olhava tão fixamente para aquela cruz, que era como se tivesse frente a frente com o moreno.


— Sam e eu tentamos de tudo pra te trazer de volta. Tudo. Eu fiz... coisas que você certamente não aprovaria se soubesse. – Desde que Castiel partira, não havia nada além de trazê-lo de volta que importava ao caçador, e para fazer isso ele usaria os meios que lhe fossem oferecidos, mesmo que isso incluísse propostas de pacto com demônios da encruzilhada, anjos torturados por informações e até uma busca em vão pelo próprio Deus, isso sem contar nos litros de álcool que consumia por dia para livra-lo de seus pensamentos e para ajudá-lo a dormir. Sem dúvida, não vinham sendo dias fáceis. — Mas nada adiantou. Ninguém tinha nada que pudesse te trazer de volta, Cas. E você nem imagina como doeu... carregar seu receptáculo sem vida no colo, no meu carro. Você nem imagina o quanto doeu aceitar que não teria volta, o quanto doeu a hipótese de queima-lo... Mas isso eu não deixei, por mais que Sam insistisse. Eu concordo com ele, você merece todas as honras do mundo, mas eu posso ser tolo, mas... acho que ainda tenho esperança, sabe? Porque você sempre volta, Cas. Foi por isso que, mesmo contra vontade do meu irmão, eu escolhi esse lugar no fundo do bunker e te enterrei aqui. Mesmo se você não voltar, ainda estará conosco. Na sua casa. – Sentia seu peito doer cada vez mais a cada palavra proferida.


— Eu queria tanto que isso fosse diferente. – Limpou seu rosto em vão, logo novas lágrimas insistiam em descer por suas bochechas. — Eu queria tanto que estivesse conosco aqui hoje. Eu queria tanto ter comemorado algum dia desses com você. Quem sabe como um aniversário normal, com muita cerveja e um bolo? Eu sei que você não entenderia o motivo, mas esse é o jeito humano de dizer que se sente feliz por essa pessoa estar completando mais um ano, e sabe, festejar isso. – sorriu pequeno ao imaginar a expressão confusa que certamente tomaria conta do rosto do anjo ao ser recebido com uma festa. — Mas você me conhece, eu sou um maldito desgraçado que não sabe como demonstrar o que sente por alguém. Acho que só estou falando tudo isso agora, porque no fundo sei que você não está ouvindo de verdade. – Isso sem contar as grandes doses de whisky que o mais velho dos Winchesters havia consumido enquanto lutava internamente com o desejo de ir até lá, que acabou vencendo.


Ficou alguns segundos sem falar mais nada, apenas deixando suas lágrimas escorrerem por seu rosto, como uma carícia muda lhe dizendo que estava fazendo o certo colocando pra fora toda aquela coisa ruim, e lembrando de momentos bobos com Castiel. A forma como entortava a cabeça quando não entendia alguma coisa, a testa franzida ao tentar captar uma referência, as poucas vezes que sorria, seus grandes globos azuis que vez ou outra se encontrava com os seus, fazendo-o sentir como um bobo adolescente apaixonado com as sensações que percorriam seu corpo apenas com uma troca de olhares.

Limpou a garganta tentando afastar aquele pensamento.

Num momento como aquele, pensar nos sentimentos que nutria pelo anjo e nunca fora capaz de demonstrar, não lhe fazia bem algum.


— Ah, eu já estava esquecendo! – Voltou a atenção a algo atrás dele, que até então estava esquecido. — Eu trouxe flores. – Com carinho, colocava sobre o amontoado de terra coberto por pequenos fios de grama, as flores azuis. — Não faço idéia de que flores são, mas a cor delas me lembrou muito de você... dos seus olhos. – Mordiscou o lábio inferior novamente, seu rosto corando com o que fora dito.


— E também trouxe isso. – Buscou por algo dentro de sua jaqueta, tirando uma fita de dentro de um dos bolsos. Era a mixtape que havia gravado há algum tempo com suas músicas preferidas para o anjo. Quando fizera ainda não sabia o motivo de ter se dado ao trabalho de fazer isso, mas cada faixa dali queria dizer um pouco do que sentia por ele, coisas que por sua própria voz jamais teria coragem de dizer. — Achei isso dentro do seu sobretudo quando... você sabe, então acho que... devia gostar disso. – Sentiu novamente a mesma vontade de chorar de antes, engolindo aquele bolo de emoções enquanto com as mãos cavava a terra, colocando o pequeno objeto ali e cobrindo-o depois.


Desde que o anjo partira, não era a primeira vez que Dean ia àquele lugar e não seria a última, mas sempre era rápido, como se tivesse medo de seus sentimentos, lutando contra aquilo que lhe dizia que fora um idiota, que perdera a chance de demonstrar a Castiel quando vivo o quanto era importante para ele.


— Cas, eu... preciso ir agora. – Ia se levantando devagar quando voltou a se ajoelhar, pegou um estilete em seu bolso e voltou a cruz, entalhando com cuidado "sentimos sua falta" em baixo do nome de Castiel e um pequeno "i love you too", quase imperceptível. Sorriu triste vendo o resultado e se levantou andando devagar.


— Feliz aniversário, babe. – Olhou pra trás uma última vez e seguiu em frente respirando fundo.






Notas Finais


Er... Oi?
Okay, não me odeiem por isso!

Eu até queria trazer uma coisa mais fofinha, mas não deu :/

Hoje o Cas faz 9 anos em supernatural e também hoje faz 4 meses que ele tá morto :( então né...

Espero que tenham gostado!

E não esqueçam de duas coisas importantes que aprendemos nesses 9 anos:

CASTIEL MERECE MUITO MAIS E SUPERNATURAL NÃO MERECE MISHA COLLINS!

por hoje é só crianças

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