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História Happy ending with you - Será que devo confiar?


Escrita por: evilpandaregals

Notas do Autor


Não demorei muito assim para postar, espero ter tempo pra continuar postando com mais frequência um pouco. Enfim, boa leitura e relevem qualquer erro de ortografia.

Capítulo 18 - Será que devo confiar?


POV’s Regina.

Eu havia acordado, não estava afim de fazer nada, permaneci deitada por mais um tempo na cama até ter dormido de novo por mais algumas horas. Sonhei que algo iria acontecer hoje... Eu não vi o que era exatamente, mas era uma coisa boa que iria acontecer comigo. Quando enfim acordei, levantei, tomei um banho, e como eu sou uma negação para cozinhar, bom nem tanto mas não estava com muito ânimo para cozinhar naquele momento, resolvi então ir até o Granny’s. Chegando lá eu estava falando com Ruby para anotar meus pedidos, que eu não havia decidido ainda o que pedir. Ruby era uma acho que das amigas da minha irmã, a verdade era que Zelena evitava levar as amigas delas na nossa casa, quando levava ela me mandava eu me trancar no quarto e não sair de lá para nada, então eu ficava só na minha, sozinha ou passando fome. Pois ela dizia que eu iria atrapalhar e incomodar elas por ser uma pirralha na época.

Quando recém tinha decidido o que pedir, eu estava quase chamando Ruby de novo... E quem me aparece por lá? Isso mesmo, Emma Swan. Tivemos uma breve conversa, mas a tratei um pouco mal. E eu iria fugir dela, saí do granny’s e comecei a correr. Eu estava de salto, e correr não era o meu forte já desde pequena... Então quando Emma veio para me alcançar correndo muito mais rápido que eu, obviamente. Eu virei meu pé e caí no chão. Eu no começo não queria a ajuda de Emma e pensei que eu poderia muito bem me virar sozinha, mas eu estava enganada. Ela me levou para a casa dela com muito custo pois eu não queria... Ficamos um tempo lá, até ver se meu tornozelo desinchava e parava de doer. Eu estava implorando para que isso acontecesse e eu estivesse livre e longe de Emma como era para estar. Mas sem sucesso, ela teve de me levar até o hospital, e ficaria na minha casa cuidando de mim por cinco dias. E o que mais eu temia aconteceu. Bendita hora que meus pais tinham que ter viajado...

Agora seria, eu, ela e meu tornozelo machucado por cinco dias debaixo do mesmo teto. Mas pensei que poderia ser pior... Tipo eu tendo que me virar sozinha sendo que eu não estava em condições. Afinal como eu iria cozinhar para mim mesma? Ou então subir e descer escadas sozinha? Não teria condições isso. Ou era Emma me ajudar ou eu “morria” nesses cinco dias sozinha, até porque minha irmã era quem não iria me ajudar capaz de rir da minha cara e falar para eu me foder, e incomodar Belle pedindo para ela vir aqui cuidar de mim, não tinha como. Fora isso até tinha umas colegas da faculdade, mas nenhuma com tamanha intimidade para chamá-las aqui por exemplo.

Emma e eu conversamos muito... Ela me contou um negócio sobre ela que eu era só a segunda pessoa a saber de tudo isso. Uma pois testemunhou uma parte. E eu por Emma ter me contado. Eu estava chocada com isso que ela tinha passado, queria ajudar ela de certa forma, queria ter tirado a dor nela no momento em que aconteceu e depois ter ajudado ela no que fosse preciso, mas eu não podia fazer isso, pois eu havia acabado de saber e ela não me procurou para me contar. Eu tentei disfarçar um pouco e não ter parecido tão preocupada. Afinal eu não poderia demonstrar fraqueza da minha parte naquele momento.

Eu penso que se ela foi capaz de me contar algo assim, é por motivos de que ela está disposta a ficar do meu lado, e quer que eu também esteja do lado dela. Eu decidi dar uma chance a ela... Só a única coisa que estava esperando de Emma era que ela não acabasse me decepcionando outra vez. Acredito que pode dar certo nossa amizade, mas isso não depende de mim, sim dela. Pois depois de ter voltado para Storybrooke, mesmo que não foi eu quem escolheu se afastar, eu procurei ela na nossa adolescência, não fiquei de braços cruzados esperando para que ela me procurasse. Eu tentei apenas uma vez mas mesmo assim, tentei. Mas ela quem ficou sabendo e não veio atrás de mim quando soube, então claro que o erro é dela. E eu tenho toda a razão de estar dessa maneira hoje. Se ela pretende ficar mesmo na minha vida, eu quero provas de que ela vai fazer de tudo para ficar na minha vida.

Quanto a ter esquecido dela, durante muito tempo eu sofri pela ausência dela, jamais consegui quem tapasse o buraco que ela deixou em mim. Eu resolvi esquecer dela, evitando pensar e tudo mais. Tentando viver também a minha vida na ausência dela. Mas era quase impossível... Até certo dia quando realmente me decidi com essa questão, eu vinha esquecendo ela já fazia um tempo. Eu estava pensando até em me desfazer das fotos nossas de infância que eu tinha tudo guardada em uma pasta tanto do meu notebook, quanto do meu celular. Mas por alguma razão eu não tive coragem de fazer isso. Apaguei só as que estavam no meu celular, as do notebook que eram as mesmas, eu acabei deixando. Pelo menos não me pegaria olhando para as fotos e chorando. Eu também pensava em jogar fora a nossa foto que estava na minha carteira, mas nem isso tive coragem. Só deixei lá.

Não se passou muito meses e ela voltou para a minha vida de novo. Eu já estava mais do que acostumada a não ter ela aqui comigo, para acontecer dela voltar sem mais nem menos. Não sei se ela realmente teria planejado isso. Mas se aconteceu por acontecer, é muita ironia do destino. Não é que eu não queira ela em minha vida, mas eu já havia superado estar sem ela. Se eu estava feliz ou melhor sem ela? Nem eu mesma sei responder isso. Eu havia dado a chance para Emma, que era melhor ela não desperdiçar essa chance atoa. Por parte eu ainda não esqueci o fato de que ela já me deixou uma vez, sempre penso na possibilidade dela me deixar de novo. Esse medo eu acredito que ainda vai estar presente por um bom tempo. Não vou me libertar desse medo de um dia para o outro. O que mais me doía era o fato de que ela não me procurou por tanto tempo... Como se eu estivesse melhor sem ela, mas antes eu realmente não estava. Espero que eu não me arrependa da chance que dou a ela. No meio de tantos pensamentos, escutei ela me chamando.

 

- Quer jantar o que? – Emma me perguntou assim que eu dei atenção a ela que estava me chamando. –

- Não sei, faz o que você faz de melhor.

- Quer ser surpreendida?

- Se você quiser me surpreender.

- Vou precisar ir no mercado então, se não tiver aqui todas as coisas que eu preciso. Você gosta de pimenta? E de champanhe?

- Gosto sim, e de champanhe eu também gosto.

- Ok, já sei exatamente o que vou cozinhar. E vou trazer um champanhe.

- Já quero saber o que é.

- Pena que você está com o tornozelo machucado, senão você me acompanhava até o mercado.

- É, até que eu iria querer te ajudar.

- Na próxima, se tiver próxima, você me ajuda.

- Pode ser então.

- Eu vou indo lá, precisa que eu compre algo para você?

- Chocolate?

- Prefere que eu faça uma sobremesa com chocolate para você?

- Se não for te incomodar...

- Não vai não.

- Ok então Emma.

- Vou indo ver se tem o que preciso na cozinha e se não tiver, vou no mercado e já volto aqui, aí eu desço você lá para a cozinha se você quiser.

- Quero sim.

- Ok, daqui a pouco eu estou de volta.

 

Emma foi ver se tinha as coisas na cozinha e depois iria para o mercado. Ela iria mexer na cozinha dos meus pais, mas não tem problema, afinal eles estão de viagem. A empregada até estava aqui ontem pela tarde, mas dispensei ela por uns dias, até um dia antes dos meus pais voltarem, se descobrissem minha mãe iria se irritar feio comigo, conhecendo muito bem ela. Capaz até de demitir a coitada da empregada, dizendo que era culpa dela, e que não deveria aceitar a tal folga que eu havia dado. 

Eu precisava era ver uma casa só para mim, eu já estava me cansando de morar com meus pais desde meus 18 anos de idade. Por conta da faculdade eles acharam melhor que eu morasse ainda com eles. Mas talvez assim que passasse isso das eleições para eu ser prefeita da cidade caso ganhasse ou não, se eu ganhasse, meus pais pelo menos me comprariam a casa sem implicância. Aí eu poderia pensar em procurar uma casa para morar sozinha.

Zelena é claro que já morava sozinha desde que começou a faculdade. E desde então não nos falamos faz anos, assim como ela não me convidou para a formatura dela, eu não convidei para a minha formatura também. Meus pais até tentaram convencer ela de ir na minha, mas ela se recusou a ir. Era uma tamanha infantilidade da minha irmã me odiar até hoje, eu não a odeio, mesmo que ela tenha me separado da Emma. A culpa é dela, claro, mas sei que eu não posso levar ódio dela até hoje. Por isso não a odeio, apesar de tudo ela é minha irmã. Sem contar que uma hora ela pode precisar de mim... Ela não vai poder virar as costas para mim para sempre. Assim como eu também posso precisar dela. Se caso eu e ela nos déssemos bem, eu poderia morar com ela se ela deixasse. Mas como não nos damos bem, isso é impossível. Nem sei direito da vida dela, tudo que sei é que ela já é formada em nutrição. As vezes é raro, mas meus pais passam visitar ela, e saber como ela está mas nada de mais.

Eu não sabia exatamente que carreira seguir, caso não fosse direito. Afinal pensei em várias coisas mas nada parecia se encaixar muito bem comigo, sei que tem vários cursos por aí. E eu só fiz direito para os meus pais ficarem felizes comigo. Mas parece que nem isso se encaixou comigo. Eu até ia bem por me dedicar, mas tinha vezes que eu perdia a paciência total. E queria desistir de tudo. Mas não desistia por causa dos meus pais mesmo. Eu realmente queria poder fazer algo que eu pensasse que era exatamente isso que eu queria fazer... Mas já me formei, e já sou advogada, é meio tarde para mudar de profissão.

Quando eu e meus pais discutíamos era por causa da qual carreira seguir, aí já começavam a dizer coisas sobre minha sexualidade, mesmo não tendo tanta certeza se eu ainda era lésbica, e sim, sou lésbica ainda obviamente, mas eles já achavam que eu havia me "curado desse problema mental". Isso de ser lésbica não mudou em mim desde a infância. Isso continuou por um bom tempo depois que voltei para casa quando saí do internato. Eram brigas sem sentido algum... Que qualquer hora eu conto mais sobre. E essas brigas me faziam muito mal, muito mal mesmo.

Como eu continuava sim sofrendo pela ausência da Emma. Um dia quase que resolvi falar algo para Mary a mãe da Emma, sobre o motivo de que nós nos separamos, mas caso eu fizesse isso, eu iria ferrar com a vida da Emma, já que ela não sabia também da Emma. Hoje em dia eu não sei se ela sabe... Ou se não acabou descobrindo durante a adolescência de Emma. Seria apenas perguntando para ela, mas se ela não sabe do estupro, acho que também não sabe que ela se relacionou algumas vezes comigo, e com Elsa a ex namorada de Emma.

Emma estava muito mais linda do que na infância, mas tenho medo de que ela me rejeite de alguma forma, não sei nem se ela ainda me acha bonita. E não sei se a gente daria muito certo... Não conheço mais a personalidade da Emma... Ela não conhece mais a minha personalidade e por aí vai. Sei que isso não seriam motivos, mas me pergunto se ela quer algo a mais comigo. Se caso acontecesse de ter algo com ela, eu até teria, afinal somos adultas agora. Só me pergunto se o sentimento seria o mesmo, nós tínhamos sentimentos muito puros na infância, apesar de um tanto intenso, mas essa intensidade era de algo forte, não passava disso. Apesar de que a gente era criança ainda, eu já entendia ao menos um pouco do que era amar alguém... Não com tanta clareza, mas já entendia um pouco sim. Entendia também o quanto era péssimo estar longe dela e ter sentimentos envolvidos junto.

Quando ela me deixou e se afastou de mim, foi o momento mais difícil para mim como sabem bem. E que foi quando desenvolveu minha depressão e meu transtorno alimentar... Eu só sabia desejar minha morte, queria era mais morrer mesmo do que continuar com minha vida naquele internato. Depois que eu saí de lá, meus pais quiseram me colocar para fazer tratamento psicológico em Storybrooke também, mas eu não queria, então minha mãe me levava até a psicóloga, eu fazia de conta que eu entrava e saía de lá, fiz isso um tempo, até que minha mãe descobriu, e me deu a maior bronca. Quando me defendi dizendo que eu não queria e que eu não precisava mais ir, ela nem sequer notava que eu estava magra demais e que estava com transtorno alimentar, então acabou me deixando em paz sem me forçar a ir para a psicóloga sendo que eu não queria.

Bom, no começo eu acho que eu tinha anorexia, pois eu comia muito pouco, ou não comia nada. E isso era só pelo fato da depressão. Novamente digo que não era por me achar gorda... Enfim, depois de um tempo, eu acho que comecei a ter bulimia, mas isso começou nos meus últimos anos no internato. E se estendeu por um bom tempo aqui em Storybrooke também. Eu fazia minhas refeições, não aguentava e ia vomitar questão de um tempo só depois. Ou então as vezes até eu segurava a vontade de vomitar, as vezes conseguia, outras vezes não. Eu parei com isso quando estava quase grave meu estado... Decidi parar por vontade própria, afinal depois que saí do internato, já estava muito abaixo do meu peso. Quase que meus ossos estavam aparecendo. Sei que eu já disse que eu comecei a ir em outra psicóloga aqui em Storybrooke, até comecei a ir um tempinho, mas aí decidi que eu não queria mais ir, e comecei a fazer isso de fazer de conta que eu entrava, mas não entrava e saía de lá. Aí que decidi parar como já mencionei, e eu vinha lutando sozinha para me recuperar até meus 21 anos. Que foi quando parei realmente, mas as vezes me dá uma vontade ou outra de vomitar. E ainda estou um pouco abaixo do peso ideal até hoje.

Eu deveria contar para Emma isso que me aconteceu, mas não sabia se deveria, mas pensando bem, isso é um bom passo para que eu confie nela como realmente deve ser. Eu deveria deixar isso de lado... Mas claro que ainda teria medo dela me deixar. Eu também não queria confiar isso a ela para que ela acabe ficando com dó de mim por ter passado por isso. Claro que ela passou por coisa pior, mas não quero que ela esteja comigo por motivos de que eu tive transtorno alimentar. Na minha depressão teve algo em oculto do qual eu não vou revelar agora.

Eu estava pensando em contar ou não para Emma sobre isso... Era difícil contar para alguém, afinal aprendi a me fechar em meus sentimentos, aprendi a não confiar muito em alguém. Mas pensando por outro lado, ela havia passado por algo muito pior... Ela precisa saber que não foi a única que passou por algo difícil. Complicado era me decidir entre contar ou não contar. Talvez vou pensar no caso de Emma e contar logo de uma vez... Mas iria depender se eu receber uma prova de que eu devo realmente confiar nela. Em meio dos pensamentos escutei barulho de sacolas no andar de baixo. Já podia saber que era Emma voltando das compras no mercado. 


Notas Finais


Esse capítulo foi mais focado nos pensamentos do passado da Regina, que eu ainda preciso mexer um pouco mais nele também, sobre os pais da Regina e um pouco mais sobre o ódio da Zelena com relação a Regina. No próximo capítulo vai ser cheio de Swanqueen para compensar esse, será que vai acontecer algo já na primeira noite delas juntas ou será que não? Deixem suas opiniões, comentários, é tudo bem-vindo por aqui. Espero aparecer aqui logo pra poder postar o próximo capítulo. Vou tentar e fazer o possível pra não demorar. Comentem muito que eu agradeço e é o que me anima a continuar a escrever.


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