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História Happy Halloween, Arizona - Gostosuras ou...


Escrita por: _Astronautaa

Notas do Autor


Nunca fiz Oneshot, também nunca fiz fanfic de Greys. Espero que gostem.

Capítulo 1 - Gostosuras ou...


Era dia 31 de outubro, eu estava me recuperando de uma cirurgia, embora me sentisse bem, como médica sabia que não podia abusar da sorte. Tumor no cérebro, eu nem sabia que eu tinha até poucas horas antes da cirurgia. Era um tumor lindo, diga-se de passagem.

Acordei cedo e logo deu-se o fato: eu estava sozinha. Me dei conta estava sem marido, sem tumor, sem emprego por algumas semanas e sem nada para fazer.

Quando decidi que não ia mais ficar em casa, me arrumei e fui para o hospital onde trabalhava, talvez tivesse algum caso que precisassem da minha opinião, pelo menos. Não é porque eu operei a cabeça que eu estava inútil. Chovia como a maior parte do tempo. Entrei no hospital e parecia que todos estavam em seus postos e não se importavam com minha existência. Meredith Grey, viúva do meu irmão, me viu e veio me cumprimentar, depois que ela se deu conta que eu não deveria estar ali.

- Você não deveria estar em repouso? – Perguntou, enquanto anotava algo no tablet.

- Ficar sem trabalhar já é repouso o suficiente para mim. Depois de uma semana em casa sem fazer nada, eu só precisava me sentir “eu” novamente. – Respondi me encostando na bancada da recepção do andar.

- Eu preciso ver um paciente. Te vejo a noite? – Sorriu, sem esperar minha resposta e saiu.

Comecei andar pelos corredores procurando o que fazer. Depois de uns 15 minutos fiquei um pouco cansada, fui para o refeitório buscar um café e sentar. Encontrei Arizona sentada mexendo no celular.

- Ei. – Disse me sentando de frente para ela, com um copo de café na mão.

- O que você está fazendo aqui?- Parou de mexer no celular para me encarar.

- Entediada e você? – Bebi um pouco do café esperando ela me responder.

- Callie me mandou umas fotos da Sofia fantasiada. – Respirou fundo – É o primeiro halloween que eu não faço ou compro fantasia para ela.

- Posso ver? – Arizona pegou o celular e me mostrou as mensagens e fotos que sua ex esposa havia lhe mandado.

- De quem que eu vou roubar os doces esse ano? – Colocou a mão no rosto, tentando evitar de chorar. – Você ainda tem os seus sobrinhos…

- Ei, você trabalha na pediatria, aposto que as crianças têm vários doces escondidos. – Pousei o copo na mesa e cruzei os braços.

- Você não está sugerindo que eu pegue os doces dos meus pacientes, né? – Me olhou como se fosse uma idéia absurda.

- Ou a gente pode seqüestrar uma criança daqui e fazer com que ela peça doces de porta em porta, alegando para os pais que é uma indicação médica.

- Você realmente está sugerindo isso. Não posso acreditar. –Guardou o celular no bolso e se levantou.

- Eu te encontro que horas? – Gritei antes dela sair.

- Eu saio às 19 hoje. – Respondeu e saiu. Fui para a sala de descanso e vi Jackson deitado virado para porta.

- Tudo bem, Amelia? – Se sentou, parecia exausto. – Soube sobre você e o Owen.

- Tudo bem. Teve plantão hoje? – Me sentei na cama ao lado.

- Tive. – Respondeu como se quisesse falar mais alguma coisa, mas desistiu.

- Mas…?

- Acho… - Parou um pouco antes de continuar – Eu acho que a Maggie está querendo algo comigo.

“CLARO que ela quer!” Eu sabia, mas eu não podia falar, podia?

- E você?

“Quando eu tinha virado confidente do Jackson?”

- O Richard fica falando que a gente age como irmãos, se eu quero algo ou não, só de pensar o que minha mãe e ele fariam, já me faz pensar em outra coisa. – Voltou a deitar.

- Claro, porque eu estou conversando com um garotão de 15 anos que não sabe lidar com a mãe e o padrasto. – Me deitei e comecei a me cobrir com o lençol.

- Ninguém sabe lidar com minha mãe.

- Prioridades, Avery. Você acabou de se separar, nada te impede de fazer o que quiser. – Ele demorou alguns segundos antes de se levantar e sair. Acordei horas depois com a Bailey me acordando. Achei que ela fosse me obrigar ir para casa, mas isso não aconteceu.

 

- Quanto tempo você acha que ele tem? – Perguntou colocando o exame para eu ver no projetor.

- 3 semanas, no máximo 1 mês. – Observei melhor o exame – Mesmo se optarem por cirurgia, mesmo que eu faça a cirurgia, pode ser que ele fique sem andar. – Andei até o computador – De quem é esse paciente?

- É meu. – Disse Arizona entrando na sala com as mãos no bolso do jaleco. Parou ao meu lado da cadeira – Ele veio porque estava com dor nas costas. Joe, 10 anos de idade.

- A gente pode agendar para o dia 07, quando eu volto. – Avisei, me levantando. Bailey me olhou com reprovação. – O que?

- Não acho que seja uma boa idéia você voltar já operando.

- Você acha que eu não sou mais capaz? – Perguntei mostrando o quão absurdo o comentário dela pareceu.

- Eu sei, todo mundo sabe que você é capaz. – Respondeu chegando mais perto de mim.

- Com certeza. – Arizona concordou pousando a mão em meu ombro.

- Só acho que você não deve fazer tanto esforço, essa cirurgia pode demorar horas. – Desligou o projetor. Eu balançava a cabeça negativamente. – Olha, qualquer um aqui confiaria a vida a você, por isso eu espero que você se recupere totalmente antes de voltar para sala de cirurgia, porque se eu precisar ser operada, eu quero ter certeza que sua cabeça está em ordem. – Respondeu e saiu da sala.

- Ela disse que “acha”, não que você não pode fazer… - Arizona se sentou sobre mesa a minha frente sorrindo ao comentar. – Se você fosse sua paciente, quanto tempo você se recomendaria ficar de repouso antes de fazer qualquer esforço?

- Pelo menos 60 dias.

- Então você não vai colocar suas mãos em meu paciente, porém a gente pode seqüestra-lo essa noite. – Levantou as sobrancelhas e passou uma mão na outra como se fosse um plano diabólico.

- Você tem um plano, conta.

- Vem, vou explicar para você na frente dos pais dele. – Abriu a porta e me esperou sair para andarmos até a pediatria.

Eu adorava crianças, sabia lidar com elas por um período razoável de tempo. Às vezes eu perdia a paciência e pedia para elas saírem da minha frente, mas quem não se irrita com crianças de vez em quando, né?

Algumas coisas eu não sabia bem se gostava ou não por causa do tumor, ia ter que descobrir e redescobrir.

Arizona entrou no quarto do Joe e pediu para falar com a mãe. Ela ia informar sobre o estado dele, quanto tempo tinha e o que poderia fazer para melhorar a dor, mas devido o caso ser cirúrgico, não havia medicação que fizesse o tumor diminuir. A mãe ficou aos prantos por alguns minutos abraçando a Dra. Robbins. Quando ela parou de chorar me apresentei e disse que tinha avaliado o caso, porém teria que repassá-lo por causa da minha condição, ela pareceu entender e me fez algumas perguntas simples, logo voltou a chorar quando eu disse que se ele fizesse ou não a cirurgia poderia ficar sem andar. Arizona fez um sinal para o garoto que pareceu entender a mensagem. Logo ele começou a reclamar que queria sair dali para pedir doces e que não tinha colocado a fantasia do homem de ferro a toa.

- Não vou ter como te levar, eu entro no trabalho daqui a pouco. – Avisou a mãe se sentando na cadeira ao lado a cama.

- Mas mãe, é meu dia preferido do ano depois do meu aniversário. – Abaixou o rosto mostrando que estava chateado.

- Sua babá só chega as 22 e seu pai não saiu de casa nem para vir aqui com você, então…

- E se eu for com você?- Perguntou Arizona estendendo a mão para ele.

- Posso mãe? Posso, posso, posso?

- Imagina, não vai atrapalhar a doutora para pegar doces de halloween.

- Eu não me importo com os doces, só quero que me vejam de fantasia. Vai mãe, deixa. – Olhou para o soro que estava no final.

- Eu vou levar meus sobrinhos daqui a pouco, só estou esperando eles me avisarem que estão prontos. – Menti. Ele olhou para a mãe. - E ainda bem que você não se importa com os doces, porque na biopsia mostrou que você tem um tumor que é um monstrinho comedor de glicose, isso quer dizer que você precisa manerar no açúcar para ele não crescer mais.

- Meia hora só, mãe. Ai eu ligo para o tio me buscar.

- Não vai mesmo atrapalhar? – Perguntou para mim e para Arizona.

- De jeito nenhum. – Arizona respondeu. – Te encontro daqui a pouco então.

 

Saímos do quarto e Arizona me puxou pela blusa.

- Você vai levar os filhos da Meredith? Por que não me avisou? – Me levou até a escada.

- Não vou levar, a Maggie disse que ninguém chega perto deles hoje, que eles são dela. Deu até medo. –Sentei no degrau.- Ela costurou as fantasias deles e todo mundo sabe que ela é uma ótima médica, mas…

- As crianças estão arrasadas porque as fantasias não ficaram como eles queriam? – Me interrompeu encostando-se ao corrimão.

- Não falaram nada para ela, tive que suborná-las com um passeio de kart. – Levantei as sobrancelhas e ri.

- Eu também quero ser subornada. – A olhei e levantei.

- Fala para Bailey que eu estou bem para fazer a cirurgia do Joe que eu te levo junto. – Estendi a mão para selar o acordo.

- Não vou arriscar sua saúde por causa disso. – Respondeu séria, colocando as mãos nos bolsos do jaleco de novo. Recolhi a mão, o sorriso e voltei a me sentar. O celular dela tocou, era uma mensagem da Sofia.

“Mãe, Halloween aqui é péssimo. Não vejo a hora de voltar para Seattle.” FOTO EM ANEXO.

 

- Ela quer voltar para cá. – Disse ao se sentar ao meu lado mostrando a foto.

- Callie está diferente… - Comentei ao vê-la com o cabelo curto.

- Está te copiando. – Colocou meu cabelo para o lado deixando em evidência a parte raspada por causa da cirurgia. Ela sorria muito perto ao meu rosto. A gente manteve contato visual por tempo suficiente para ela ficar desconfortável.

- Talvez ela tenha exagerado um pouco.

- Quando eu vi a primeira vez até me arrepiei. – Guardou o celular e seu bip tocou.

- Ela ainda mexe com você? – Perguntei me levantando.

- Talvez, um pouco… - Leu a mensagem e se levantou também.

- E que mais mexe com você? – Cruzei os braços olhando fixamente em seus olhos.

- Erh… Preciso ir. – Mordeu o canto da boca e saiu sorrindo.

 

Passei na loja de fantasias e comprei dois chapéus de bruxa e fui para casa me arrumar. Liguei para Maggie para saber se elas crianças estavam vivas, elas começaram a gritar para eu ir salvá-las. Parecia brincadeira, mas eu fui até lá para conferir.

- O que vocês estão vestindo? – Perguntei quando elas me receberam na porta.

- Não pergunte, tia Amelia. – Disse Zola, me dando passagem para entrar.

- Ficou tão ruim assim? – Maggie estava sentada no sofá terminando de calçar Ellis. Respirei fundo e não respondi.

- Tia, minhas mangas nem são do mesmo tamanho. – Reclamou Zola se jogando na poltrona.

- Salva a gente, tia Amelia! – Ellis correu com os braços levantados para que eu a pegasse. Olhei para Maggie segurando a menor.

- A gente já perdeu o passeio mesmo. Vou pro meu quarto. – Disse Zola saindo da sala.

- Que passeio? – Perguntou Maggie, Zola olhou para trás com cara de “Oops” e correu para o quarto.

- Ela disse que era para gente ficar quieto, mas não dá. Olha isso. – Derek disse e foi para o quarto também.

- Você sabia que eles não tinham gostado e não me falou nada?

- Não queria que você ficasse chateada, se esforçou tanto. – Me sentei onde Zola estava, com Ellis em meu colo. - As lojas ainda estão abertas. – Maggie respirou fundo.

- Ok! A gente vai comprar.

- YEEEEEEYYYY – Ellis saiu correndo para contar para os irmãos.

- Vocês vão. Eu vou sair para pedir doces com a Dra. Robbins. – Me levantei e caminhei até metade da sala.

- Espera, você o que?

- Tenho até um chapéu. – Abri a porta. – Boa sorte! – Apontei para o corredor.

 

Fiquei sentada no banco em frente a entrada do hospital e logo Arizona saiu com o Joe. Ele parecia andar com um pouco de dificuldade, mas estava sorrindo. Entreguei o chapéu para ela e começamos a caminha pelas ruas.

Paramos na calçada de uma das casas e esperamos o Joe bater na porta.

- Você ainda está me devendo uma resposta. – Comentei enquanto Joe andava em nossa direção dando pequenos pulos mostrando os doces. Peguei um chiclete, Arizona um pirulito e voltamos a andar, parando duas casas a frente.

- Não me lembro qual era a pergunta. – Andou até onde Joe estava me deixando para trás.

Por que eu queria que ela respondesse isso? Mas de alguma forma isso parecia ser importante para mim. Nós éramos amigas, certo? Ela tinha que me contar essas coisas. Qual era o meu problema afinal?

Eles voltaram a se juntar a mim e caminhamos para casa ao lado. As decoração era tão coloridas que às vezes me deixavam um pouco tonta. Eu tinha feito uma cirurgia na cabeça, por Deus… o que eu estava fazendo ali?

- Você está bem? – Colocou uma mão em meu ombro e outra em meu rosto.

- Sim. – Semicerrei os olhos. – Vou me sentar por uns segundos. Já encontro com vocês. – Me sentei na guia.

- Doutora Robbins, já pedi nessa casa, podemos ir para outra? – Perguntou segurando seu braço.

- Joe, pode pedir nas próximas 3 casas, antes de acabar o quarteirão, ai você volta aqui, ok? – Arizona pegou uma garrafa d’água e me deu. Joe a obedeceu.

- Obrigada, mas está tudo bem. – Devolvi a garrafa depois de beber um pouco. Ela se sentou ao meu lado.

- Quer que eu chame um táxi? – Ela parecia mais preocupada do que eu.

- Eu já disse que estou bem. – Me levantei. – Vem. – Estendi a mão para ela se levantar. Ela se colocou em pé muito perto de mim. Se aproximou um pouco mais propositalmente. A olhei, mas não me mexi. O que a gente estava fazendo? Ou pensando em fazer?

- Dra. Robbins, não tem mais casas nesse quarteirão, podemos ir para o outro? – Perguntou Joe atrás dela. Ela demorou um pouco para quebrar o contato visual e se virar para ele. Encostei a mão em suas costas quando começamos a caminhar. Arizona olhou para mim por alguns segundos.

Joe se socializou com algumas crianças e ficamos esperando elas correrem de porta em porta.

- Agora que você está solteira, o que pretende fazer? – Arizona perguntou ficando de frente para mim, numa distância considerável.

- Você quer saber se eu vou instalar o tinder? Acho que não posso descartar nada, mas acho que preciso deixar a cabeça no lugar antes de ter um relacionamento com alguém. – Me encostei num poste de luz.

- Você sabe que o tinder não serve para relacionamentos longos, né?

- E você acha que eu sou do tipo que vai sair cada dia da semana com um como você faz? – Perguntei dando um tapa em seu ombro.

- Calúnia. Fiquei uma semana inteira com a Carina.

- Ah, calúnia? Até quando você era casada dava umas escapadas. – Ela abriu a boca como se fosse falar algo em protesto, mas desistiu. – Você não é do tipo que fica muito tempo com alguém, então esse aplicativo é ótimo para você.

- Não preciso de aplicativo para ficar com alguém. – Cruzou os braços começando a ficar ofendida.

- Claro que precisa, você já ficou com o hospital inteiro, não sobrou uma.

- Claro que sobrou. – Umedeceu os lábios e deu um passo para frente.

- O que você está fazendo? – Olhei para o lado e vi Joe voltando com as duas cestas cheias de doce. – Ei, ainda quer andar ou já quer voltar?

- Ainda tem mais umas pessoas que não viram minha fantasia e como eu vou ter que dividir os doces com vocês, melhor eu pegar mais. – Pegou uma sacola e colocou os doces nela, esvaziando as cestas. Fomos com ele até a outra rua, acompanhando as outras crianças.

Arizona estava tentando me colocar em sua lista? Quando que eu tinha virado um alvo? A gente tinha intimidade para eu simplesmente falar sim e nunca mais tocar no assunto? No dia seguinte todo mundo ia ficar sabendo e… Eu me importava com isso? Não. Espera… eu estava cogitando a possibilidade de falar “sim”? Talvez eu realmente pudesse considerar todas as minhas possibilidades ou estava com minha razão um pouco afetada? Quando eu tinha comido pela última vez?

- Quando ele for embora a gente pode ir jantar? – Abri mais uma embalagem de doce e comi.

- Amelia Shepherd está me chamando para sair? – Me olhou com um riso irônico.

- Não, Amelia Shepherd está com fome e vai jantar quando sair daqui, você ir comigo ou não é apenas uma possibilidade. – Respondi retribuindo o sorriso.

- Outch. – Colocou a mão no coração como se tivesse doendo. – Vai ter cerveja inclusa, pelo menos?

- Está querendo me matar, Arizona Robbins?

- TIA AMELIA! – Ouvi a voz de Zola atrás de mim. Olhei. – Salva a gente da Maggie. NUNCA mais deixe que ela nos leve para pedir doces. – Correu e me abraçou, se escondendo atrás de mim, encarando a Maggie.

- O que você fez dessa vez, Margaret? – Perguntei segurando as mãos de Zola em minha barriga.

- Ela ficou lendo as embalagens dos doces antes da gente pegar, ficou analisando a quantidade de corantes, de açúcar, aromatizantes, além de tudo isso brigou com um dos pais que deixou o filho ir com uma arma d’água. – Disse Derek parecendo exausto e se sentou na guia.

- Ele estava molhando as meninas que estavam de branco! – Contestou Maggie.

- Você é um desastre, tia Maggie. – Disse Zola ao se sentar junto com Derek.

- Ei, vocês dois. Peçam desculpas para ela, ela fez o melhor que ela pode. – Disse apontando para os dois sentados

- Desculpa, tia Maggie. – Falaram os dois juntos.

- Vem, vou com vocês agora. – Arizona e Maggie ficaram para trás e eu levei os dois para o grupo que o Joe estava.

 

“Jackson falou que quer conversar comigo.”

“Amelia me chamou para sair”

“Você sabe que ela é hetero, né?”

“Amelia com tumor era hetero, agora ela vai precisar ter certeza.”

“Ahan, porque aquilo muda a condição sexual. Talvez você também tenha um.”

“Ou talvez você”

 

- Vocês sabem que eu estou ouvindo, né? – Virei costas, soltando a mão dos dois para se juntarem ao grupo. Maggie me olhou e depois olhou para Arizona.

- Você os leva para casa? – Perguntou e saiu com a Ellis antes de esperar minha resposta.

Assim que todas as crianças estavam entregues, fui com Arizona para casa e pedimos comida.

- Sério que só porque você não pode beber eu tenho que ficar sóbria? – Se levantou e pegou a garrafa de vinho na geladeira. Encarei o copo de suco de abacaxi com hortelã que estava na mesa.

- Acho bem errado você fazer isso comigo. – Tentei pegar a garrafa da mão dela, sem sucesso. Sem perceber, fiquei encurralada entre a geladeira e o armário. – Bem… bem errado. – Disse abaixando a mão e olhando em seus olhos. Ela colocou o vinho na bancada, eu não me mexi em milímetro sequer. Ela se aproximou novamente, segurando meu maxilar e me beijou. Não sabia o que fazer nos primeiros segundos. Ela se afastou um pouco para me olhar, sem soltar meu rosto. Permaneci com o contato visual até decidir se eu realmente queria continuar ou fugir. A puxei pela cintura e tomei sua boca. Ela pressionou meu corpo contra o armário e suas mãos começaram a percorrer todo meu corpo lentamente. O que eu estava fazendo ali? Virei rosto me afastando um pouco dela.

- O que foi? – Perguntou vendo eu me sentar novamente.

- Isso tudo é demais pra mim.

- Isso tudo o que? A gente não fez nada. – Pegou o vinho e se serviu.

- Ai, Arizona. Nós somos amigas há um tempo. Ambas sabemos que isso não vai dar certo. – Terminei de comer o que tinha no prato.

- E ambas sabemos que isso pode ser uma experiência que não precisa se repetir se você não quiser. – A olhei e fui para o banheiro escovar os dentes. Ela veio atrás. – Você sabe que eu não estou te forçando a nada, né? – Terminei de fazer o que estava fazendo antes de voltar a olhar para ela.

- Eu sei, só acho que eu preciso de tempo antes de fazer essas coisas.

- Não acha que tem que começar de algum jeito?

- Acho que você está certa, Arizona Robbins.

- Eu estou certa e eu sou incrível. – Revirei os olhos e passei por ela. – Tudo bem, eu vou embora se você quiser. –

- Não é como se eu não quisesse sua presença. – Respondi me sentando no sofá e ligando a TV. Arizona se sentou ao meu lado, ficando de costas para mim. - Você sabe que eu não sou apaixonada por você, né? – Perguntei encostando em seu ombro.

- Eu sei que você pode se apaixonar por mim a qualquer momento- Respondeu olhando para mim.

- Arizona! – Reclamei.

- O que? Não é um fato improvável.

- Isso não vai acontecer. – Me ajeitei no sofá, ficando desconfortável com a situação.

- Tem certeza? – Perguntou encostando o rosto no meu novamente.

- Tal…vez… - Tentei responder sem me sentir totalmente intimidada pelo contato. Era Arizona Robbins ali, nada era ninguém que me fazia perceber a fala. Eu estava salva de me apaixonar por ela, certo? Certo?

- Talvez? – Sussurrou em meu ouvido, passeando a mão em meu pescoço.

- Sim… tal…vez… - Fechei os olhos, quando abri ela tinha se levantado e estava com a bolsa no ombro. Fiquei confusa. – Está indo embora?

- Estou. Tenho plantão amanhã. Preciso descansar. – Caminhou até a porta.

- Assim? Você se levanta do nada e vai embora?

- Sim. – Girou a chave. – Sabe onde me encontrar quando quiser e obrigada por não ter me deixado sozinha hoje.

- Feliz Halloween, Arizona. 


Notas Finais


Me digam o que acharam, por favor.


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