História Harry e Gina: A vida após as batalhas - Harpias de Holyhead

Gina e Harry desceram as escadas, pegaram o pacote na mesa, que, afinal Harry tinha que levar ao amigo e desaparataram na casa de Gina. Eles haviam se dado conta que realmente era muito tarde, haviam saído de casa as 13:00 e já era quase 22:00.
- Onde pensam que estavam? – perguntou Gui já na porta, com um olhar expressivo para Harry, expressivo demais na opinião do garoto.
- Ai Gui, não começa! – disse Gina puxando Harry pela mão e entrando em casa.
Quando entraram, Harry percebeu que o olhar do todos os irmãos de Gina estavam sobre ele. A expressão de Jorge era quase tão ruim quanto a de Gui, Percy também fazia cara de poucos amigos, Rony também estava lá, mas este estava olhando para um ponto na parede que lhe parecia muito interessante.
- Gina, esse não é um horário de uma moça de família chegar em casa. – disse Jorge – Onde estavam? – a pergunta se dirigiu a Harry.
- Nós fomos ao cinema Jorge. – disse Harry – Tivemos a permissão do senhor Weasley.
- Ah, então vocês assistiram todos os filmes que estão em cartaz não é? – falou Percy – Porque para demorarem tanto assim.
- Nós primeiro almoçamos juntos em Londres, fomos a um restaurante. – disse Harry, não era mentira, mas também não era a total verdade.
- Ainda estou esperando ser convencido. – disse Gui.
- Ai gente, que coisa mais chata hein? – disse Gina
- Gina – disse Gui - nem se tivessem comido um boi inteiro demorariam tanto quanto demoraram.
- Nós passeamos pelo shopping e, claro pelas lojas de Londres, algum problema? – disse Gina já perdendo a paciência. Harry começou a ficar com medo da reação de sua namorada de temperamento esquentado.
- Gina – disse Harry restringindo a garota e pedindo com o olhar pra que deixasse ele tomar conta de tudo. – Nós passeamos pela cidade, fomos ao cinema, comemos e tudo mais – disse o garoto – não há motivo para se exaltarem, nós não fizemos nada de errado.
Harry pensou que aquela pequena mentira era aceitável, até porque era inteiramente desaconselhável que ele dissesse: “Nós fomos almoçar, fomos ao cinema e passeamos um pouco, ah, e depois fomos até minha casa e transamos!” Seria o fim de sua vida na terra se os Weasley ouvissem isso de sua boca, ou imaginassem isso em sua mente.
- Errado na concepção de quem? – perguntou Jorge.
- Chega. – disse o Senhor Weasley. – Os meninos tiveram nossa permissão para sair. Eu e Molly não nos opomos ao namoro dos dois e não acho correto ficarem fazendo esses interrogatórios.
-Mas papai – disse Jorge – olhe só o horário que esses dois chegaram?
- Jorge – disse Molly – você não é o pai da Gina, nem responsável por ela. Nós somos. Claro que não gostaríamos que chegassem tarde assim novamente. – disse Moly olhando o casal de namorados que parecia aliviado por acabarem as perguntas. – Mas não creio que seja para tanto.
- E devo lembra-los garotos, que sua irmã já é uma mulher, maior de idade, e não uma criancinha a ser protegida.
Todos ficaram emburrados, lançando olhares semicerrados à Harry eventualmente, que estava sentado no sofá junto com Gina, abraçados, e Rony, conversavam distraídos sobre o treinamento no ministério. Foi quando ouviram um estalo e se depararam com Carlinhos nomeio da sala.
- Filho. – disse Molly já correndo para abraçar o filho que quase nunca vinha visita-los – Que bom ver você.
- Que bom vê-lo Carlinhos – disse o Senhor Weasley abraçando também o filho. Seguidos de Gina, Rony e Harry.
- É bom vê-los também. – disse Carlinhos – Só não entendo porque meus irmãos não vêm também me dar às boas vindas. – disse olhando para Gui, Jorge e Percy, que continuavam emburrados depois do que os pais haviam dito.
- Não estamos no clima. – disse Percy – Não depois de ver nossa irmã sair tão cedo com o namorado – percebia-se o ciúme do rapaz ao pronunciar a palavra namorado.
- Que namorado? – perguntou Carlinhos.
- E depois – completou Jorge – chegar tão tarde em casa como se nada tivesse acontecido com desculpas esfarrapadas e nada convincentes.
- Como assim tarde? – perguntou novamente.
- E ainda ver nosso pais apoiando essa conduta. – disse Gui.
- Meu Deus, - disse Gina exasperada. – Quanto exagero.
- Como assim? – disse Carlinhos – Que história é essa Gina? Que namorado? O quê?
- Filho. – disse Molly – Acho que esquecemos de te contar, mas Gina está namorando a algum tempo já...
- Como assim namorando? – disse – Gina é só uma criança.
- Ah, Carlinhos – disse Rony pela primeira vez, se divertindo com a cara do irmão – Acho que deve ter perdido o aniversário dela, mas ela já tem tipo, 17 anos.
Carlinhos fez cara de confusão, mas ainda assim ele não se conformava.
- Quem é o namorado? – disse finalmente – Preciso ter uma conversa urgente com ele.
- Sou eu. – disse Harry timidamente.
- Harry? – perguntou Carlinhos – Mas...
Todos começaram a falar juntos, falando o quanto aquela situação era horrível. Gina olhava de um para o outro sem acreditar naquilo, era absurdo.
- CHEGA!!! – ela deu um grito, assustando a todos.
- Sim eu estou namorando o Harry – falou, olhando para Carlinhos. – E acho muito estranho todas essas reações, como se Harry tivesse sido meu único namorado na vida. – disse jogando as mãos para cima.
- E não foi? – perguntou Gui.
- Claro que não! – respondeu Rony. – É, caro irmão, você está por fora. Ela namorou Miguel Corner – disse Rony levantando o indicador – e Dino Thomas-  o dedo médio subiu - e só então Harry. – Rony se abanou com três dedos levantados, sorrindo. Percebendo a cara de choque do pai, Gui e Carlinhos.
- Precisava lembrar Rony? – disse Harry, colocando os dedos nas têmporas de olhos fechados, com cara de poucos amigos.
- Como assim Gina? – disse Carlinhos.
- Ai pelo amor de Deus Rony, se não quer ajudar não atrapalhe.
- Olha, o que importa – disse Rony – é que Gina já é adulta, por mais que a gente não queira admitir. E se ela vai namorar alguém, eu sinceramente gosto da ideia de que seja o Harry, ele é meu melhor amigo, eu o conheço e sei o quanto ele a ama. Melhor que o Miguel Corner. – disse fazendo uma careta.
- Obrigado Rony. – disse Harry. – Mas qualquer COISA é melhor que Miguel Corner. – Agora o emburrado era Harry, ao se lembrar dos ex-namorados da moça.
- Rony está certo. – disse o Sr. Weasley. – Todos nós conhecemos Harry desde que tinha 11 anos, sabemos do caráter dele e como é uma boa pessoa. Não consigo pensar em ninguém melhor que ele para namorar minha filha.
- Isso mesmo. – disse Molly – O Harry sempre fez parte de nossa família, sempre foi como um filho pra mim e agora, a diferença é que no futuro vai realmente ser da família. – “Mamãe?!” disse Gina ficando vermelha, mas Harry deu um sorriso de satisfação ao ouvi-la – E espero que não precisemos ter novamente essa conversa, os dois tem nossa permissão e nossa benção, e não cabe a vocês – apontou aos filhos – nenhum julgamento. Entendido?
- Sim mamãe! – responderam todos.
Nesse momento uma coruja apareceu pela janela, soltou uma carta na mesa e partiu com um pio alto e agudo. Rony pegou a carta.
- É pra você Gina. Esse é o símbolo do...
- Deixa eu ver – Gina o interrompeu e abriu o envelope. Enquanto lia a carta a boca de Gina se escancarava. – Ai meu Deus!
- O que foi Gina? – perguntou Molly.
- É do Harpias de Holyhead.
- O que? – todos perguntaram juntos.
- Eles estão me convidando para jogar no time. – disse Gina – QUEREM ME CONTRATAR!!! – Gritou pulando pela sala e indo abraçar o namorado, que a rodopiou pela sala.
- Explique melhor filha. – Molly pediu, enquanto todos ainda estava parados de boca aberta.
- Eles estavam mandando olheiros à Hogwarts para verem os jogos. A professora Minerva me alertou que haviam perguntado sobre mim, mas não pensei que fossem querer me contratar.
- Claro que iriam – disse Harry. – Você é uma jogadora incrível.
Todos entraram em clima de festa, agora, todos os Wealsey tinham uma carreira. Todos foram comemorar a contratação de Gina, e deixaram as brigas para depois, afinal, sem brigas e discussões aquela família não seria mesma.