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História Harry Potter e o Mistério dos Black's-Harmione - A História de Peasegood


Escrita por: Kathy_Lyn

Notas do Autor


Olá pessoas. Agradeço a todos que comentaram. Ainda não tive tempo de responder, mas logo farei isso. Me digam se estão gostando. Bjos

Capítulo 6 - A História de Peasegood


Fanfic / Fanfiction Harry Potter e o Mistério dos Black's-Harmione - A História de Peasegood

Harry saiu de seu esconderijo e dirigiu-se ao seu quarto, abismado. Peasegood parecia determinado em pôr as mãos na Lestrange... Talvez tão determinado quanto ele. Ele, Harry Potter, tinha sérios motivos para querer vingar-se da comensal maldita. Ela lhe tirara a pessoa mais importante de sua vida, Sírius. Além de ser responsável, também, pelas mortes de tantos amigos.

Mas, e Arnaldo Peasegood? O que Bellatrix teria tirado dele para que o homem estivesse tão alucinado?

Decidiu que descobriria aquilo e seria naquela mesma manhã...

—Harry – A vozinha doce de Hermione ecoou pelo quarto, tirando-o de sua distração. Harry virou-se e viu o rosto da amiga através da porta entre aberta – Eu já estou pronta. Vamos?

—Sim. Vamos. Apenas me deixe pegar minha varinha.

Harry levantou-se, assentindo. Recolheu sua varinha em cima da mesinha de noite e guardou-a no bolso. Então saiu porta afora. Hermione estava escorada na parede, esperando-o. A garota trajava um bonito sobretudo preto e suave, uma meia calça cinza e botas de canos e saltos baixos. Os cabelos estavam soltos e formavam cachos comportados, tão longos quanto nunca estiveram. Ela estava bonita. Ele achava a amiga bonita, mas não sabia o porquê, naquela manhã, a achou esplendorosa. Ela tinha a face mais rosada, talvez pelo contraste com a suave maquiagem que utilizara. Estava linda, raciocinou.

—Eu não demorei muito, não é? – Ela perguntou enquanto caminhavam pelos corredores.

—Claro que não... – Ele respondeu automaticamente.

—Certo, Arnaldo deve me achar uma abusada – Ela disse preocupada – Pedimos-lhe um favor e eu me aproveito de sua boa vontade.

—Que nada, Hermione. Afinal, por que demorava tanto? – Ele indagou, curioso.

—Bem, é que eu precisava pegar algumas anotoções que fiz e não sabia onde as tinha guardado...

—Anotoções?

—Sobre os livros que quero comprar – Contestou, desconfortavelmente. Harry lançou-lhe um olhar de canto de olho e sorriu, de forma zombeteira.

—Hermione Granger... Nunca muda – Ela sorriu também e eles desceram as escadas, apressados.

—Oh, finalmente! Achei que teria que mandar um patrono atrás de vocês para verificar se estava tudo bem – Peasegood brincou. Hermione pareceu corar ante o comentário.

—Arthur já se foi? – Harry indagou, procurando pelo homem.

—Já. Ele tinha muito trabalho a fazer no Ministério.

Harry  assentiu e caminhou até a cozinha, avisando Andromeda que já estavam de saída. A mulher recomendou diversos cuidados, mesmo perante o olhar impaciente de Hermione.

Quando, por fim, saíram, uma carruagem do Ministério já os esperava na porta. Os três entraram e seguiram o caminho em silêncio. Harry achou que Arnaldo estava muito calado. O homem tagarelava em excesso e sempre se entusiasmava por estar perto do herói do mundo bruxo. Não obstante, naquele dia, parecia distante da realidade, pensativo. O moreno associou tal fato à conversa que escutara na casa de Andromeda.

O beco diagonal não voltara a ser como antes, mas Harry achou que estava muito mais cheio que a última vez que o visitara. A loja do senhor Olivaras estava sendo reformada e parecia adquirir um aspecto mais moderno.

Quando os três adentraram a Floreios e Borrões, a mesma também parecia diferente. Não estava tão lotada quanto sempre estivera, no entanto, a tranquilidade reinava no local.

—Hermione, procure os livros que você quiser. Arnaldo e eu vamos te esperar aqui – Harry anunciou, sentando-se em uma das mesas existentes no final de um grande corredor.

—Certo. Eu não me demoro – Hermione saiu o mais apressadamente possível. Ela não queria a presença de Harry, não queria  que o garoto visse quais livros ela pegaria. Harry, por sua vez, tensionava ficar a sós com Peasegood. Queria falar sobre o que ouvira mais cedo.

—Não vai escolher alguns livros? – O homem indagou a Harry, sentando-se defronte ele.

—Não. Na verdade eu quero falar um pouco com você, senhor Peasegood.

—Ah, que bom Harry. Sabe que eu adoro conversar – O senhor parecia mais animado, agora.

—Bem, é que... Sabe... – Ele começou, meio desconcertado, mas decidiu que não faria rodeios. Já havia percebido que Peasegood era um homem sensato – Eu escutei uma conversa sua com o Sr. Weasley mais cedo.

—Ah... Sobre os comensais – Peasegood meneou a cabeça – O que você quer saber sobre os comensais, Harry? Se está preocupado, não tem necessidade... Logo estarão todos em Azkaban.

—Não é exatamente isso – O garoto o interrompeu. Harry pigarreou, procurando a melhor forma de abordar aquele assunto – Bom, na verdade eu queria falar sobre a Lestrange. Percebi que você tem um interesse particular em pegá-la – O olhar de Arnaldo adotou uma certa negridão e melancolia. O homem suspirou.

—É sim. Aquela vadia me deve muita coisa...

—A mim também. Ela matou meu padrinho – Arnaldo assentiu, recordando-se do fato – E quanto a você? O que ela lhe tirou? – O homem não respondeu de imediato. Tinha o olhar baixo e parecia confuso, muito tristonho. Alguns segundos após, levantou a cabeça e mirou o teto, parecendo buscar forças para falar.

—Ela me tirou a coisa mais importante da minha vida, Harry. O meu filho... – Harry notou que Peasegood tinha os olhos marejados. Então percebeu que era doloroso para ele falar sobre o assunto – Noah tinha apenas oito anos quanto aquela maldita e mais um bando de comensais invadiram a casa de minha sogra. Eu e minha esposa estávamos viajando naqueles dias. Noah adorava ficar com os avós. Ele se divertia lá. Tinha seus primos, que apesar de não serem mais crianças, cuidavam muito bem dele e o tratavam com carinho. Estávamos despreocupados... Tínhamos certeza de que o nosso filho estava em boas mãos. Mas foi na quarta noite da nossa viagem... A primeira guerra havia acabado de eclodir. Houveram muitos ataques de comensais por aqueles dias. E mesmo com tantos adultos na casa, Lestrange elegeu justamente o meu filho... Meu único filho, uma criança tão pequena... E ela o matou com muita crueldade – Uma lágrima escorreu pela face já meio enrugada de Peasegood, demonstrando que as feridas daquele acontecimento ainda pesavam muito sobre ele. Harry engoliu em seco, imaginando a dor que aquela família deveria ter sentido quando encontraram seu filho morto. Então odiou Bellatrix ainda mais. Como poderia haver, no mundo, pessoas tão cruéis? Pessoas como Voldemort, os Lestrange's e os Malfoy’s não deveriam existir, pensou consigo.

—Eu sinto muito... Não sabia que havia tido um filho – Os dois permaneceram em silêncio por vários segundos, enquanto Arnaldo puxava o ar diversas vezes, tentando acalmar-se. Harry estava meio constrangido por ter feito o pobre homem tocar no assunto – Desculpe tê-lo feito lembrar-se disso...

—Não... – Ele contestou, por fim – Essa é uma dor que nunca vai passar, Harry. Se tem uma coisa no mundo que nunca esquecemos, isso é a perda de um filho. Dói mais que qualquer outra coisa... – Ele afirmou – Mas o que mais me dói é saber que, apesar de tantos anos, Lestrange ainda pratica maldades por aí e não foi punida como deveria.

—Eu sei – O garoto apoiou – Eu penso da mesma forma! E agora que Voldemort está morto, o que eu mais quero é pegar Bellatrix. É o que estou tentando fazer.

—Você está tentando encontrá-la, Harry? – O homem perguntou, encabulado – Não vai ser nada fácil. Eu estive atrás dela por muitos anos. Parece que esses malditos comensais têm um esconderijo tão secreto que ninguém consegue descobrir onde fica. A única localização possível de ser conhecida, de Bellatrix, é enquanto ela está em Azkaban.

—É. Mas eu não pretendo desistir – Ele confessou. Harry lançou um olhar para o lado, procurando  por Hermione. A avistou do outro lado da livraria, diante de uma enorme prateleira. Ela estava longe. Não escutaria o que eles conversavam. Então virou-se novamente para Peasegood – Eu ouvi sua sugestão para o Sr. Weasley. Para que reabrissem o Departamento de Investigação... – O nome morreu na boca de Harry. Ele não se lembrava do restante.

—Sobre Comensais e Bruxos das Trevas – Peasegood completou – Sim eu acho que podemos encontrar coisas úteis por lá.

—E que departamento é esse? Eu nunca havia ouvido falar em tal coisa...

—Esse departamento fica no décimo nível do Ministério. Servia para investigar tudo sobre os comensais na primeira guerra. Os inomináveis que lá trabalhavam, descobriram muitas pistas, na época. Reuniam todas as informações possíveis sobre os crimes cometidos por eles.

—E por que um departamento tão importante foi fechado? – Harry indagou, confuso.

—Por que Emília Bagnold, a Ministra da época, achava que era inútil, depois que Voldemort caiu pela primeira vez. Ela quis cortar gastos e fechou justamente um dos departamentos mais importantes. Se os inomináveis houvessem continuado se empenhando nas investigações, provavelmente muitos daqueles comensais não teriam voltado a apoiar o Lord das Trevas uma segunda vez.

—Você tem razão... Devem haver informações importantes lá dentro.

—Sim, existem muitas. Meu irmão era um dos investigadores e eu entrei lá pouco antes do departamento ser fechado. Vi muitas coisas sinistras, Harry. Mas com toda certeza, haviam dados importantíssimos – Peasegood tinha um olhar enigmático e isso instigou Harry ainda mais. Ele precisava entrar naquele departamento e descobrir o que havia lá. O garoto lançou mais um olhar ao redor, certificando-se de que Hermione não estava por perto. Então aproximou-se mais de Arnaldo e começou a falar em um tom baixo.

—Senhor Peasegood... Eu quero me vingar de Bellatrix Lestrange tanto quanto o senhor. Eu sei que Kingsley não vai querer reabrir o departamento e sabe por quê?

—Por que não há motivos. Voldemort está definitivamente morto, eu já imaginava isso – O homem respondeu, ao que Harry assentiu.

—Exato... Mas eu fui capaz de perseguir Voldemort. Descobri muitas coisas, como as horcruxes que o mantinham vivo – Elucidou – Eu sei que posso descobrir onde está a Lestrange. E se eu conseguir algumas informações que estão nesse departamento, me ajudaria muito – Peasegood fitou o garoto com um olhar pensativo.

—Sei o que você planeja... Quer que eu lhe ajude a entrar lá, não?

—É isso mesmo. Você vai me ajudar, não vai? – Lançou a questão. Arnaldo mordiscou o lábio inferior, talvez medisse as consequências que teria se ajudasse Harry e descobrissem que ele o havia feito – Apenas me ajude a entrar lá. Você sabe... Ninguém se importa como nós. Kingsley não se importa. Ele não perdeu alguém importante como nós... Mas eu posso te ajudar a pegar a Lestrange e colocá-la de uma vez por todas em Azkaban.

—Do que estão falando? – Harry levou um susto ao ouvir aquela voz. Hermione aparecera de repente, como um  assombração.

—Que susto Mione! – Harry ralhou com ela. Arnaldo apenas mantinha um olhar sereno.

—Credo, Harry... Parece até que está tramando alguma coisa... – O garoto quase se engasgou.

—Claro que não, Hermione... Você só aparece do nada, sem avisar. Me assustou – Hermione nada mais disse, apenas lançou, a ele, um olhar desconfiado.

—Eu já terminei. Vamos?

—Certo... – Harry olhou para Peasegood que assentiu, se levantando – Será que pelo menos podemos passar naquela sorveteria que vimos no caminho?

 

Hermione adentrou seu quarto pelo inicio da tarde. Não gostava muito de estar ali, mas necessitava começar uma nova investigação com aqueles livros que havia comprado pela manhã.

Caminhou até o armário onde os havia guardado e escolheu um. Em seguida, procurou por seu malão, buscando dentro dele um pequeno caderno de capa de cor acinzentada. Recolheu uma pena e sentou-se no chão da sacada, suspirando brevemente.

O pequeno caderno estava lotado de anotações suas, algumas rabiscadas, outras, grafadas para que pudesse denotar importância. Eram anotações sobre aquele véu na sala da morte. Hermione vinha colhendo informações sobre o arco que tirara a vida de Sírius, desde aquela noite trágica. Todas as informações haviam sido tiradas de livros, muitos livros onde ela pesquisara nos últimos dois anos.

Algumas coisas não passavam de especulação. Mas outras, tinham grande importância, ao ver de Hermione.

Precisava descobrir o que acontecia quando se passava pelo véu. Onde havia ido parar Sírius Black?

Pegou nas mãos o novo livro que havia comprado. O mesmo se intitulava “Segredos do Departamento de Mistérios”.

Nesses dois anos, Hermione não havia conseguido nenhum livro que falasse concretamente sobre aquele véu. A maioria dos falatórios eram apenas suposições, lendas ou crenças populares. Mas estava determinada a não desistir, por que se havia algo na vida da qual ela tinha totalmente certeza, isso era sobre a possibilidade de se sobreviver à travessia daquele véu.

Quando a noite chegou anunciando um belíssimo céu estrelado, Harry sentiu-se satisfeito ao olhar pela janela da sala e avistar um vulto se aproximando. Era Arnaldo Peasegood e o garoto pressentia que ele vinha para terminar a conversa que iniciaram pela manhã.

—Você pensou sobre o que eu te falei? – Ele perguntou assim que conseguiu ficar a sós com o homem.

—Sim, eu pensei bastante. E bem... Acredito que você tenha razão, Harry.

—E então? – O garoto perguntou, ansioso. Arnaldo suspirou e desviou o olhar por uns instantes, como se tentasse decidir de uma vez por todas o que deveria fazer.

—Tudo bem... Eu vou te ajudar a entrar naquele departamento. Mas ninguém pode saber que eu o ajudei, Harry! – Arnaldo pediu, seriamente. Seu semblante demonstrava uma exagerada preocupação – Aquele departamento está proibido até mesmo para os funcionários do Ministério. Se Shacklebolt descobre que eu o invadi e ainda mais para ajudar alguém de fora entrar, me banirão sem pensar duas vezes.

—Não se preocupe – Harry cochichou – Ninguém vai saber. Mas e quando iremos até lá?

—Na noite do próximo sábado. O vigilante de plantão é muito amigo meu e nos ajudará.

—Certo... – O menino sorriu – Obrigado, senhor Peasegood. E por favor não fale nada disso para Hermione. Ela não me deixaria ir até lá.

—Claro que não. Quanto menos gente souber disso, melhor. Não quero me meter em encrenca, Harry.



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