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História Harry Potter e o Ressurgimento 2 - 06 - Força Materna


Escrita por: Da1

Notas do Autor


Oláaaaa Pessoal, mais um cap pra vocês... Espero que gostem...

Capítulo 6 - 06 - Força Materna


O dia amanheceu com menos chuva, tendo em vista a tarde tempestuosa de sábado. Harry e Draco ainda dormiam, enquanto o sol se esforçava em cessar a chuva, assim como Hermione. Rony já estava de pé, estava tomando um imenso café da manhã no Salão Principal, provou quase, senão, todos os tipos de comida que estava posto a mesa, era um dos poucos no salão. A maioria dos estudantes aproveitavam bem o final de semana, ainda mais aqueles que são livres de estudos, sem trabalhos extras.

Ao sair do café Rony encontrou Quirrell subindo as escadas, e então decidiu se esconder e segui-lo. Sabia da suspeita de Harry que o professor estava tramando algo. Os corredores estavam vazios, Quirrell começou a subir as escadas e para a insatisfação de Rony o professor adentrou ao corredor do segundo andar e dirigiu – se para sua sala. Mesmo assim, Rony, teimoso resolveu o seguir e tentar ouvir atrás da porta.

Rony se encostou na porta e se esforçou ao máximo para ouvir a conversa, Quirrell não estava sozinho, havia outra voz, rouca e fraca dizendo coisas, instruções para ser mais exato.

- Use a Harpa e entre na porta, só a pedra será capaz de devolver meu corpo, e então, você será recompensado Quirrell. Meus amigos são muito bem recompensados. – O estranho fazia muito esforço para pronunciar as instruções, como se estivesse morrendo.

- Mestre, a Harpa funciona. Mas há outros impedimentos. Os professores... Dumbledore, os alunos... Eles vivem andando na escadaria. – Professor Quirrell

- Cause uma distração, que atraia os professores para resolver o problema... E quanto aos alunos, a noite eles dormem. – O estranho continuou a instruir.

Rony ouviu a conversa e quando as vozes pararam se escondeu na primeira porta que encontrou, entre abriu e espiou pelo corredor. Quirrell saiu de sua sala e se dirigiu novamente a escadaria e então começou a descer. Rony aproveitou o momento e entrou na sala, procurou por tudo e não encontrou ninguém, não havia nenhum sinal de que outra pessoa estivera ali. Decidiu ir acordar Hermione para contar o que escutou.

Após o almoço, os quatro amigos retornaram perto do Lago Negro, em um local afastado e pouco frequentado pelos demais estudantes de Hogwarts. O céu estava parcialmente nublado, com o sol casual espreitando por entre as nuvens, proporcionando uma atmosfera tranquila e serena para a reunião.

Harry, Draco, Hermione e Rony se sentaram em círculo na grama macia que margeava o lago, cada um deles com uma expressão séria e determinada no rosto. Harry havia trazido consigo o livro sobre a Pedra Filosofal, enquanto Rony segurava um pergaminho com anotações do que havia ouvido atrás da porta do escritório do Quirrell.

Draco estava um tanto inquieto, seus olhos cinzentos percorriam o ambiente em busca de qualquer sinal de perigo, sua postura ainda marcada pela desconfiança. No entanto, ao perceber o olhar de preocupação de Harry sobre ele, Draco forçou um sorriso reconfortante, tentando transmitir confiança ao seu amigo.

Hermione abriu o livro com cuidado, folheando suas páginas com reverência enquanto procurava pela seção que tratava da Pedra Filosofal. Seus dedos percorriam as linhas do texto com habilidade, absorvendo cada palavra com uma concentração intensa.

Rony consultou suas anotações, comparando as informações do livro com as próprias observações e teorias. Ele murmurava para si mesmo, franzindo a testa ocasional enquanto tentava desvendar os mistérios que envolviam a pedra e as preocupações sombrias do Professor Quirrell.

Enquanto isso, Harry permanece em silêncio, observando atentamente cada movimento de seus amigos. Seu coração batia mais rápido à medida que a gravidade da situação se tornava cada vez mais evidente, mas ele se sentia fortalecido pela presença de Draco, Hermione e Rony ao seu lado.

À medida que o sol começava a se pôr no horizonte, lançando tons dourados sobre o lago sereno, os quatro amigos continuavam sua análise meticulosa do livro e suas implicações.

- Então Quirrell quer a pedra para restaurar um corpo para outra pessoa? – Harry perguntou de uma forma retórica. – Quem seria essa pessoa?

- É o que vamos descobrir, ou não. Afinal ele vai tentar roubar hoje. Segundo o que o Weasley disse. – Draco respondeu.

Harry sorriu para ele e então começou a fazer um plano para poderem desmascarar Quirrell.

- Bom, então pra finalizar. Rony e Hermione vão vigiar o Quirrell, enquanto eu e Draco o esperaremos no terceiro andar. Ficaremos escondidos e então, quando ele entrar na sala do Fofo e a Harpa começar a tocar nós o seguiremos até a pedra, depois, o detemos e pegamos a pedra. – Harry explicou tudo, convencendo Rony e Hermione a ficarem de fora da ação principal, trazendo a parte perigosa para ele e Draco, após ele insistir muito.

 

Pouco tempo Depois no Corredor do Terceiro Andar

 

Harry e Draco se posicionaram estrategicamente em uma esquina, escondidos das vistas de Quirrell enquanto esperam pelo momento certo para agir. O coração de Harry está acelerado, uma mistura de ansiedade e determinação pulsando em suas veias enquanto ele se prepara para enfrentar o professor que ele suspeita estar contratado a Voldemort.

De repente, o som suave da harpa ecoa pelo corredor, significando que Quirrell está se aproximando da sala do Fofo. Harry e Draco trocam olhares rápidos antes de começarem a se mover, seguindo furtivamente atrás de Quirrell enquanto ele avança em direção à sala.

Eles chegam à sala do Fofo justamente quando Quirrell desceu a porta no chão, como uma porta de porão. Draco segura a respiração, seus dedos cerrados em torno da varinha, enquanto Harry mantém sua varinha pronta para qualquer coisa. Eles descem a mesma porta, revelando um outro corredor. Ao descerem, avistaram Quirrell um pouco a frente, voltam a segui-lo furtivamente, até chegarem em uma sala quadrada não muito grande, eles entraram em silêncio procurando um lugar para se esconder.

Mas antes que possa fazer qualquer movimento, a situação toma um rumo inesperado. Quirrell parece perceber sua presença e se vira rapidamente, lançando um feitiço em direção a eles. Draco mal tem tempo para reagir quando o feitiço o atinge em cheio, fazendo-o desmaiar instantaneamente.

Harry gritou o nome de Draco em alarme, sua preocupação rapidamente se transformando em raiva e determinação. Ele aponta uma varinha para Quirrell, pronta para retaliar, mas, Quirrell o desarma, e então começa a tirar seu turbante, revelando o rosto pálido e serpenteante de Voldemort.

- Então era ele, com quem você falava em sua sala. – Disse Harry descobrindo a pessoa da voz misteriosa.

- Harry Potter, você finalmente está cara a cara comigo. O destino nos uniu mais uma vez. – A voz de Voldemort ecoa no corredor, cheia de malícia e desdém, enquanto ele se dirige a Harry.

- Voldemort. – Harry falou quase sussurrando.

-  Sim, é assim que me chamam. Mas você sabe, Harry, que podemos alcançar muito mais juntos do que separados. – Voldemort disse tentando persuadi-lo.

-  Eu nunca me juntaria a você. Você é o mal em sua forma mais pura. – Harry gritou, nesse momento, temendo pela vida de Draco e com muita raiva de Quirrell.

-  O mal? Ah, Harry, você vê as coisas de forma tão simplista. O que é o mal senão uma questão de perspectiva? Eu tenho vislumbrado um futuro grandioso, um mundo onde os bruxos de verdade governam sem medo daqueles que se escondem por trás do véu da mediocridade.

Harry ficou em silêncio, apenas olhando o ser com desprezo e pensando em como recuperar sua varinha, que estava a metros de distância.

-  Mas e se eu lhe dissesse que você poderia ter poder, Harry? Poder que nunca sonhou ser possível. Juntos, poderíamos moldar o mundo à nossa vontade, erradicar aqueles que nos opõem, e finalmente trazer ordem verdadeira ao universo mágico. – Voldemort continuou.

-  Você está louco se pensa que eu poderia fazer parte de algo assim. Você não entende nada sobre o que é verdadeiramente importante. – Harry já estava farto do papo furado de Voldemort. - Nunca. Eu nunca me juntarei a você. Eu lutarei até meu último suspiro para garantir que você nunca triunfe.

Voldemort praticamente voa em direção a Harry, o fazendo arregalar os olhos, ele posiciona as duas mãos de Quirrell sobre o pescoço de Harry, mas, algo estranho acontece. Ao tocar o corpo de Harry, o corpo de Quirrell começa a se desfazer em uma nuvem de poeira negra, deixando para trás apenas o espectro sombrio de Voldemort.

Harry assiste com espanto enquanto Voldemort se eleva no ar, envolto na poeira que antes era Quirrell, e desaparece através das janelas abertas, deixando Hogwarts para trás.

Harry fica parado por um momento, tentando processar o que acabou de acontecer. Draco ainda está inconsciente ao seu lado, e o silêncio do corredor agora é ensurdecedor. Com um suspiro pesado, Harry se ajoelha ao lado de Draco, preparando-se para levá-lo de volta à segurança do castelo enquanto a adrenalina da batalha começa a diminuir.

O corredor está silencioso e sombrio enquanto Harry se ajoelha ao lado de Draco, que ainda está inconsciente. Com cuidado, Harry ergue o corpo de Draco em seus braços, sentindo o peso do amigo enquanto se prepara para levá-lo de volta à segurança do castelo.

Enquanto Harry começa a se mover pelo corredor, seus passos são lentos e deliberados, cada movimento cuidadosamente calculado para não causar mais danos a Draco. Sua mente está turva com pensamentos sobre o que acabou de acontecer, mas ele sabe que sua prioridade agora é levar Draco para a enfermaria.

No meio do caminho, Harry ouve vozes familiares e vê Rony e Hermione surgirem à frente, seus rostos cheios de preocupação e alarme. Eles correm em direção a Harry, suas expressões se transformando em choque ao ver Draco inconsciente em seus braços.

- Harry, o que aconteceu? Draco está bem? – Perguntou Rony primeiro

-  Oh, meu Deus, ele está respirando? – Hermione falou logo em seguida. Harry olha para Rony e Hermione, seu próprio rosto tenso com preocupação. Deixou algumas lagrimas escaparem

-  Ele está inconsciente. Quirrell... ele atacou Draco. Nós precisamos levá-lo para a enfermaria imediatamente. – Falou Harry já não contendo suas lagrimas.

Rony e Hermione olham um para o outro, seus olhos estavam cheios de preocupação e determinação.

Hermione, você pode ir na frente e avisar Madame Pomfrey? – Rony disse, colocando um braço de Draco sobre o seu pescoço, indicando a Harry para fazer o mesmo do outro lado. Hermione assente rapidamente, virando-se e correndo pelo corredor em direção à enfermaria.

O corredor estava mergulhado na penumbra quando Harry e Rony se apressaram com Draco inconsciente nos braços em direção à enfermaria. O peso de Draco era uma lembrança constante da urgência da situação, e cada passo que Harry dava era carregado com a preocupação pela condição de seu colega e lágrimas que não hesitavam em sair.

Rony mantinha o ritmo ao lado de Harry, seu olhar alternando entre Draco e Harry, estava preocupado com Harry, não parava de chorar desde que o encontrara. A tensão não era palpável, mas também havia uma determinação silenciosa entre os dois para garantir que Draco recebesse a ajuda de que precisasse.

Enquanto avançavam pelo corredor, a visão da enfermaria começou a se aproximar. As luzes da sala de cuidados de Madame Pomfrey deixam claro uma promessa de segurança e ajuda. Hermione estava parada à porta, uma expressão de preocupação clara em seu rosto enquanto aguardava ansiosamente a chegada deles.

Ao vê-los se aproximando, Hermione correu para ajudar, abrindo a porta da enfermaria para que Harry e Rony pudessem entrar com Draco. Eles colocaram Draco com cuidado em uma das macas, a respiração de Harry ficando um pouco mais fácil agora que estavam em um lugar onde ele sabia que Draco poderia receber atenção médica adequada, mas, as lagrimas ainda não estavam sobre controle, já estava quase soluçando.

Madame Pomfrey ficou rapidamente ao lado de Draco, empunhou sua varinha, e sem falar absolutamente nada, a ponta da varinha brilhou em vermelho enquanto a levava de um lado a outro sobre o corpo de Draco, examinando-o com eficiência profissional enquanto os amigos observavam com preocupação. Harry sentou-se na beira da cama, sua mão segurando a de Draco em um gesto de conforto silencioso. Ele olhou para o rosto pálido de Draco, uma onda de preocupação inundando-o enquanto esperava por notícias sobre o estado de seu amigo. Nesse momento seu choro já estava quase parando, as lagrimas não desciam como antes.

Hermione ficou ao lado de Harry, colocando uma mão reconfortante em seu ombro enquanto eles aguardavam em silêncio. Os minutos parecem ser arrastados enquanto eles esperavam por Madame Pomfrey para diagnosticar e tratar Draco.

Finalmente, Madame Pomfrey se retira da cama de Draco, sua expressão séria, mas tranquilizadora.

- Ele vai ficar bem, Sr. Potter. Foi um ataque sério, mas conseguimos estabilizá-lo. Ele precisa de monitoramento, mas eu acredito que será completamente recuperado. – Madame Pomfrey disse tentando confortar a todos.

Um suspiro coletivo de intervalo encheu a enfermaria enquanto Harry, Rony e Hermione se olhavam com gratidão por Draco estarem seguros e em boas mãos. Mas apesar do intervalo, a preocupação ainda estava presente nos olhos de Harry enquanto ele permanecia ao lado de Draco, especificando que ficará com ele até que ele se recuperasse completamente.

- Sr. Potter sabe que pelo regimento da enfermaria... O Sr. Não poderá ficar, não é? – Madame Pomfrey alertou. Mas antes que Harry respondesse, Dumbledore junto com outros professores adentraram a enfermaria em passos rápidos, quase derrubando as portas.

Dumbledore, com sua aura de calma e autoridade, olhou ao redor da enfermaria, seus olhos azuis penetrantes pousando em Harry e Draco.

- Madame Pomfrey, creio que uma exceção pode ser feita desta vez. - disse ele suavemente.  - Sr. Potter, permaneça com seu amigo. Seu apoio pode ser valioso para sua recuperação.

Harry olhou para Dumbledore com gratidão e assentimento, aliviado por não ter deixado Draco sozinho. Enquanto os professores conversavam com Madame Pomfrey, Dumbledore conjurou uma cadeira e sentou-se em frente a Harry.

- Agora, Harry, gostaria de algumas palavras com você. - disse Dumbledore, sua voz serena, mas cheia de significado.

Harry apenas assentiu.

- O que aconteceu com a pedra, Harry? - Perguntou Dumbledore, seus olhos fixos nos de Harry.

Harry respirou fundo antes de começar a contar sobre o encontro com Quirrell e Voldemort, sua voz firme enquanto relatava os eventos que levaram à descoberta da pedra e ao confronto final. Quando terminou, Harry entregou uma pedra a Dumbledore, sabendo que estava mais seguro em suas mãos.

Dumbledore olhou para a pedra por um momento antes de voltar sua atenção para Harry.

- Você fez um grande serviço à Hogwarts, Harry. - Disse ele com sinceridade. - Sua confiança e determinação são admiráveis.

Harry sentiu um calafrio de orgulho ao ouvir as palavras de Dumbledore. Saber que ele havia protegido a escola e seus amigos era uma sensação poderosa e gratificante.

- Agora, descanse um pouco, Harry. Você merece. – disse Dumbledore colocando a mão sobre o ombro de Harry com gentileza.

Harry concordou, sentindo-se exausto. Levantou-se da cama de Draco, deu um beijo em sua testa e se deitou na cama ao lado. Dumbledore, acompanhou tudo com um sorriso e um olhar em que parecia ler o que o futuro reservara a Harry.

Na manhã seguinte aos acontecimentos tumultuados, a calmaria da enfermaria foi interrompida pelos gritos exasperados que ecoavam do corredor do lado de fora. Harry, ainda sonolento, piscou os olhos e se sentou na cama, confuso com o barulho arrependido. Draco, que ainda se recuperava, franziu a testa com a perturbação, mas encontrou quieto.

Os gritos foram mais altos e agressivos, e Harry rapidamente percebeu que algo sério estava acontecendo. Ele olhou para Draco, preocupado, mas antes que pudesse se mover, a porta da enfermaria se abriu com um estrondo, revelando Lucius Malfoy e Narcisa Malfoy discutindo acaloradamente com James e Lily Potter.

Lucius estava vermelho de raiva, apontando acusadoramente para os pais de Harry enquanto gritava sobre a suposta culpa de Harry na situação de Draco. James e Lily, por sua vez, ficaram de pé ao lado de Harry, protegendo-o dos ataques verbais de Lucius.

- Como você ousa culpar nosso filho por algo que claramente não foi culpa dele? - Tiago disparou, sua voz ressoando com autoridade.

Lily estava ao lado dele, sua expressão firme, mas preocupada. - Harry não teve nada a ver com isso, Lucius. Draco é um bruxo corajoso, e você sabe disso.

Lucius não estava disposto a ouvir, continuando a gritar e acusar, sua voz ecoando pelo corredor. Harry sentiu uma confusão de emoções enquanto observava a cena se desenrolar diante dele. Ele se sentiu grato pelo apoio de seus pais, mas também preocupado com as consequências da briga entre as duas famílias.

Enquanto a discussão continuava, Harry descobre que a amizade entre ele e Draco estava no jogo. Ele sabia que teria que encontrar uma maneira de resolver a situação e restaurar a confiança entre suas famílias, antes que fosse tarde demais.

As discussões foram interrompidas por um berro mais alto ainda, onde se ouviu Albus Dumbledore.

- Sileeeeeeencioooooooooo. – Albus Dumbledore – Esse é um local de recuperação, tenham mais respeito.

Os pais se calaram, enquanto Lucius fuzilava-o com os olhos.

- O Sr. Potter tentou impedir a companhia do Sr. Malfoy, no entanto, sua determinação e coragem não o deixou ser impedido, quem o atacou não foi Harry. Foi alguém que já foi punido. – Disse Dumbledore explicando a situação.

- Não importa Albus, Draco não irá mais se aproximar de Potter. Ele representa perigo ao meu filho. – Disse Lucius.

Dumbledore não retrucou, apenas ficou quieto. O que fez Lucius se virar e sair da enfermaria a passos intimidadores, indo em direção a saída. Narcisa se desculpou e saiu logo atras.

 

* Salto Temporal [Uma Semana]

 

Passada uma semana desde a recuperação de Draco, o jovem já estava completamente restabelecido. Os corredores de Hogwarts ecoavam com o som das malas sendo arrastadas pelos alunos, enquanto se preparavam para as tão aguardadas férias. O término do primeiro ano na escola de magia marcava o início de um merecido descanso para todos.

Enquanto arrumavam suas próprias malas, Harry e Draco compartilhavam um momento de intimidade no dormitório. A atmosfera estava carregada de emoções, e Harry não pôde conter as lágrimas que escapavam de seus olhos.

- Draco... Eu sinto muito. Seus pais estão certos. Deveríamos nos afastar. Minhas ações quase custaram sua vida. - disse Harry, sua voz embargada pelo peso do remorso.

Draco parou o que estava fazendo e se aproximou de Harry com ternura. Ele ergueu o rosto de Harry com o dedo indicador, enxugando suas lágrimas com delicadeza.

- Não, Harry. Não diga isso. Foi minha escolha estar ao seu lado. Não permitirei que se culpe por algo que não pode controlar. O verdadeiro culpado é Voldemort e Quirrell. - Afirmou Draco, seus olhos refletindo uma determinação feroz. - Nossa ligação é especial demais para deixarmos que meu pai a arruíne também.

Harry forçou um sorriso, tentando conter a avalanche de emoções que o consumia. Ele segurou a mão de Draco com firmeza, sentindo o calor reconfortante de seu toque. Em um gesto inesperado, Draco o abraçou, envolvendo-o em um afago caloroso. Uma sensação reconfortante se espalhou por Harry, e ele retribuiu o abraço com gratidão, afundando-se no conforto do momento.

Minutos se passaram, e Draco interrompeu o abraço para encarar Harry nos olhos. - Harry, por favor, não se culpe mais. - Suplicou Draco, sua voz suave e carregada de preocupação.

Harry assentiu, incapaz de formular palavras diante da intensidade do momento. O toque suave de Draco e suas palavras reconfortantes eram tudo de que ele precisava naquele instante.

O momento de intimidade foi abruptamente interrompido pela entrada repentina de Dumbledore no quarto. - Olá, jovens. - Anunciou ele, sua presença imponente preenchendo o espaço.

Os dois se viraram para encarar Dumbledore, cumprimentando-o com respeito.

- Estamos quase prontos. - Respondeu Harry, enquanto Draco já havia concluído seus preparativos e começava a ajudar o amigo.

Dumbledore se aproximou, oferecendo palavras de conforto e apoio.

- Draco, fora dos muros de Hogwarts, não poderei intervir em seus assuntos familiares. No entanto, dentro da escola, saiba que seu relacionamento com Harry não sofrerá interferências. - Assegurou ele, transmitindo uma sensação de proteção aos jovens.

- Obrigado, Professor Dumbledore. - Murmurou Draco, seu tom de voz carregado de gratidão. Harry sorriu, sentindo-se reconfortado pela presença do diretor.

Dumbledore acompanhou os dois até a estação de Hogsmeade, onde o trem os aguardava para levá-los de volta ao mundo não mágico. Durante o trajeto, conversaram sobre os planos para o próximo ano letivo em Hogwarts. Dumbledore compartilhou seu desejo de ver Harry e Draco se juntarem ao time de Quadribol da escola, mencionando que haveria duas vagas disponíveis, uma para apanhador e outra para goleiro.

Finalmente, Harry e Draco se acomodaram em uma cabine junto com Rony e Hermione, trocando acenos de despedida com Dumbledore e Hagrid antes que o trem partisse. O futuro estava repleto de incertezas, mas naquele momento, eles se agarravam à certeza de sua amizade e união.

 

[POV Draco – ON]

 

A viagem não demorou muito, passamos a maior parte do tempo conversando e compartilhando interesses no próximo ano em Hogwarts. Quando chegamos a plataforma 9¾, despedi de Rony e Hermione e dei um abraço apertado e demorado em Harry, nossa conexão e incrível. Saímos do trem e seguimos lados opostos, Harry foi em direção aos pais e eu fui em direção a minha mãe, meu pai não veio me encontrar, ainda bem.

- Mamãe, Lucius não pode me impedir de ser amigo de Harry. Eu gosto muito dele. – Disse enquanto a abraçava.

- Está tudo bem, querido. Teremos bastante tempo para convencê-lo. – Disse mamãe me confortando.

Depois do abraço aparatamos em uma sorveteria no beco diagonal, comemos um pouco e enfim fomos para casa.

Ao chegar em casa, sou imediatamente saudado pela majestosa visão dos portões de ferro maciços que guardam nossa propriedade. As serpentes entrelaçadas que adornam cada pilar são um lembrete constante da linhagem nobre e orgulhosa da minha família. Os portões se abrem lentamente, revelando a grandiosidade da mansão Malfoy diante de mim.

A mansão em si é uma obra-prima arquitetônica, com suas paredes de pedra cinza maciça que se erguem em direção ao céu. O exterior é adornado com detalhes intricados e janelas altas que refletem a luz do sol, dando à mansão uma aura de imponência e prestígio.

Ao adentrar, sou recebido pela sala de jantar, um espaço vasto e luxuoso com uma longa mesa de carvalho polido, cercada por uma fileira interminável de cadeiras estofadas em veludo verde escuro. O ambiente exala opulência, com lustres reluzentes pendurados no teto alto e cortinas pesadas que adornam as janelas.

A sala de estar é outro destaque da mansão, com suas paredes revestidas de painéis de madeira escura e móveis elegantes que exalam um ar de sofisticação. O carpete macio sob meus pés contrasta com o brilho dos candelabros de prata e o calor emanado pela lareira crepitante no centro da sala.

A biblioteca é um refúgio para mim, um santuário de conhecimento e sabedoria. As estantes de mogno se estendem do chão ao teto, repletas de volumes encadernados em couro e tomos antigos que contêm segredos e mistérios há muito esquecidos. O cheiro de papel velho e tinta me envolve enquanto percorro as prateleiras, perdido em um mundo de imaginação e aprendizado.

Os dormitórios de meus pais são elegantes e imponentes, refletindo seu status como membros proeminentes da alta sociedade bruxa. O quarto principal é espaçoso e ricamente decorado, com uma cama com dossel e cortinas de seda que criam um ambiente de luxo e conforto. O banheiro adjacente é uma obra-prima de mármore e ouro, completo com uma banheira de hidromassagem e torneiras cravejadas de pedras preciosas.

Meu próprio dormitório é mais modesto em comparação, mas ainda assim reflete meu gosto refinado e minha personalidade. As paredes são pintadas em tons de verde esmeralda e prateado, com tapeçarias que retratam cenas de batalhas épicas e conquistas gloriosas. Minha cama é simples, mas confortável, com lençóis de seda e travesseiros macios que me acolhem após um longo dia de estudos e atividades.

Em cada canto da mansão Malfoy, há vestígios do nosso legado e da nossa história. Cada sala, cada corredor, cada detalhe é um lembrete do poder e da influência da minha família no mundo da magia. É um lugar de beleza e grandiosidade, mas também de segredos e sombras, onde as paredes têm ouvidos e os retratos nas paredes sussurram segredos ancestrais.

A cada passo que eu dava, clamava a Merlin que papai não me visse chegar, não queria ter uma sessão de questionamentos e autoritarismo em relação a Harry, eu juro, que seria capaz de denunciá-lo ao ministério da magia por ter ajudado Voldemort.

Comecei a subir as escadas, com minhas malas flutuando atras de min, tentando fazer o mínimo de barulho possível, não queria anunciar a minha chegada, mas, pude ouvir uma voz sombria me chamando.

- Draco. Onde pensa que vai? – Meu pai apareceu na base da escadaria me chamando com aquela cara fechada.

- Pro meu quarto arrumar minhas coisas, por quê? – Questionei a pergunta

- Você se afastou de Potter, conforme ordenei? – Perguntou Lucius apertando um pouco mais sua varinha.

- Nunca. – Retruquei irritado.

- Dobby. – Berrou ele. Quase no mesmo instante um elfo apareceu. – Leve as coisas de Draco para seu quarto e arrume. Terei uma conversa com ele.

- Pai. Por favor, não. – Implorei, sentindo algumas lagrimas percorrem meu rosto.

O elfo obedeceu, e então comecei a descer as escadas. Lucius me pegou pela orelha e me puxou para a sala de estar, me jogou sobre o tapete da sala.

- Você deve fazer o que mando, e para aprender, vou te ensinar bom modos. Assim como meu pai me ensinou. – Disse Lucius com seus olhos cheio de rancor, irritação e maldade. – Consegui um feitiço que protege a casa contra tabus, tudo que for dito aqui não sairá daqui. As surras ficarão no passado, você já tem idade para ser submetido a Cruciatus.

Meus olhos se arregalaram, mamãe assistia tudo com os olhos lacrimejando.

- Enlouqueceu? – Disse mamãe. – Se fizer isso, saiba que...

- O que? Quer tomar o lugar dele? Se não quiser assistir, saia. – Disse Lucius com a varinha empunhada. – Saiba que estou tentando te ensinar. Crucius.

 

[POV Draco – OFF]

 

Lucius torturou Draco algumas vezes, no entanto, após poucos minutos ele desmaiou. Quando acordou, estava deitado em sua cama. Sua mãe chorava sobre seu peito, soluçando.

- Me perdoe, vou resolver tudo. – Dizia Narcisa sem notar que o filho havia acordado, Draco fingiu dormir.

Narcisa murmurava algumas coisas enquanto sua varinha produzia uma luz amarela sobre o corpo de Draco, as dores sumiram e então, ela deixou o quarto. Draco a olhou com pena, pois sabia que se tentasse algo ela também seria torturada, mas, não imaginava a força que ela tinha, no que diz respeito a proteger o seu filho.

Narcisa desceu a escadaria, e em passos rápidos com a varinha empunhada invadiu o escritório do marido, que estava em pé tomando Whisky.

- Expelliarmus. – Gritou Narcisa, desarmando e surpreendendo Lucius.

- Escute bem Lucius, essa foi a primeira e a última vez que se atreveu a torturar Draco. Não vou tolerar mais isso dentro de casa, nem surras. Pegue suas coisas e saia daqui. Você tem 5 minutos ou vai estar enterrado antes do final do dia. – Narcisa pegou a varinha de Lucius e a partiu ao meio, o fazendo enraivecer e correr em sua direção, percebendo que Lucius iria tentar te bater gritou.

- Crucius. – No mesmo instante, Lucius caiu no chão aos berros se contorcendo. – Dobby. – Chamou ela, o Elfo no mesmo instante apareceu. – Lucius não é mais seu senhor, arrume as malas dele e o leve para bem longe, quero que pegue o sangue dele e o enfeitice para que não possa chegar a 5km dessa propriedade e de Draco.

Dobby apenas assentiu e sumiu, alguns segundos bastaram e logo estava de volta com as malas de Lucius. Narcisa interrompeu o feitiço e Dobby estalou os dedos, Lucius estava longe e impedido de se aproximar de Draco, Narcisa e a propriedade Malfoy.

Draco estava sentado, escondido próximo ao topo da escadaria, admirando a força e a coragem de sua mãe, apesar, de estar com medo. Lucius poderia estar agora com muita raiva deles, e que talvez, fizesse algo que os machucassem, principalmente, Draco que tinha alguém com quem se preocupava mais do que a própria vida.


Notas Finais


E aiii, o que acharam?
Aceito criticas e sugestoes nos comentarios.
Será que o problema com Lucius foi resolvido? Aguardem mais...
No proximo capitulo haverá um salto temporal de 2 anos +- trazendo eles ao 3 ano, proximo do Natal onde se encerra o ano letivo, acreido que irei começar com Drarry nesse cap.


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