História Hate or Love - Essa sou eu

- Quem mais seria? – ele disse agora mais calmo.

- Podia ser um louco psicopata – ironizei – mas se bem que não tem muita diferença.

- Não to a fim de intrigas Aly – o que? Achei que ele gostasse.

- Isso é bom – na verdade não era eu queria irritá-lo, mas ele parecia abatido e porque não animá-lo? Isso é estranho da minha parte, mas o inimigo tem que estar bem para eu poder deixá-lo mal.

- Ei, preciso de sua ajuda! – o cutuquei e ele não respondeu nada. – por favor, é bem importante por sinal – olhei em volta e não vi princesa em lugar nenhum, fudeu.

- Vá direto ao ponto – sorri, mas eu devia estar preocupada.

- Princesa sumiu – aquela sensação de dor me atingiu, eu amava aquela peste.

- Seu bebezão? – ele me olhou confuso – Mas como? Tipo eu sei que você deve ser uma péssima mãe pra ela, mas deixá-la fugir Aly? Coitada! – engraçadinho.

- Como péssima mãe? Você nunca me viu cuidar dela! Ela me ama – falei com ar de superioridade e ele gargalhou.

- Claro igual você me ama ou vice versa – pegou pesado em.

- Olha isso não quer dizer nada Zayn, ela sumiu e você podia me ajudar.

- Londres é gigante e esse bairro enorme, como vamos achá-la? – revirei os olhos isso só me dava mais esperanças.

- Ela sempre te acha, ela sente algum amor platônico por você, então vem comigo. – vai que isso me ajudava, tenho que tentar de tudo.

- Diga que amo ela e amor platônico é o que você sente por mim – revirei os olhos e ele riu.

Zayn me levou até sua casa de volta, ele pegou o carro e rodamos o bairro todo, no final estava bem tarde e não a achamos. Passei o caminho todo de volta para casa chorando, Zayn disse que eu iria desidratar de tanto chorar eu ri do comentário, mas não sabia que ele falava sério, passou até em uma lojinha de posto para comprar uma água para eu tomar.

Agora eu me encontrava dentro do carro dele em frente à porta de casa, vários pensamentos me veio à mente, eu listei cinco deles como importantes.

N° 1 – nunca mais sair para passear com meu bichinho de estimação.

N° 2 – não ter mais um bichinho de estimação.

N° 3 – talvez uma pessoa chata possa te ajudar um dia.

N° 4 – o cabelo do Zayn é mais arrumado que o meu.

N° 5 – os olhos do Zayn são lindos.

O último pensamento listado prefiro ignorar, olhei para a porta de casa com medo de entrar, o que eu diria a Jessica? Fui passear com princesa e a perdi, aposto que ela iria se  assustar e dizer que fui irresponsável e eu iria começar a chorar novamente. Zayn me olhava intensamente tentando ler meus pensamentos então resolvi quebrar o silêncio.

- Melhor eu entrar logo – sorri fraco.

- Ei, não fique assim – o olhei nos olhos e ele nos meus. – aposto que amanhã princesa vai estar na porta da sua casa – ele sorriu, eu queria que fosse verdade.

- Mas e se eu nunca mais a ver, em? – cruzei os braços em volta dos joelhos e enfiei a cabeça no meio deles e comecei a chorar de novo.

- Alysson Scollat – ele falou firme – para de chorar! – o olhei e sequei as lágrimas – uma hora você é toda chata e irritante e em outra chorona e manhosa.

- Essa sou eu – Disse secando algumas lágrimas e ele apenas ficou me olhando sem dizer nada.

- Liam vai te chamar para ir tomar sorvete com a gente amanhã – ele disse calmo – você vai não é?

- Porque está me perguntando isso?

- Para você não ficar trancada chorando no seu quarto!

- E como você sabe que eu vou fazer isso?

- Porque dá pra ver isso nos seus olhos. – nessa hora meu coração já pulava no peito.

- Talvez eu vá – dei de ombros para fingir não me importar tanto com o que ele acabara de falar.

- Você vai! E não me diga não – senti um frio na barriga, mas não era medo, era uma sensação estranha.

- Ta bem eu vou senhor mandão – mostrei a língua e ele sorriu.

- Ótimo! Nos vemos amanhã Alysson – assenti, sai do carro e fechei a porta do mesmo e fui andando até a porta de casa, ouvi um assobio e olhei para trás, era ele com o vidro abaixado.

- Não pense que agora somos amiguinhos – ele sorriu e eu apenas dei de ombros.

Na verdade eu já imaginava isso. Andei até parar de frente a porta de casa e respirei uma, duas, três, quatro, cinco vezes e eu não tinha um pingo de coragem.

- Você vai ter que entrar uma hora ou outra – Ouvi Zayn dizer e me virei o olhando, porque ele ainda está aqui?

- Você devia ficar calado – Falei cruzando os braços e voltei a ficar de frente para a porta.

- Você devia deixar de ser medrosa – Ele respondeu.

- Calado – Falei novamente e o ouvi rir baixinho.

- Ótimo, fique ai até amanhã e pegue um resfriado, até mais – Ele disse e arrancou com o carro.

- E desde quando você se preocupa? – falei para mim mesma e revirei os olhos.

Resolvi entrar em casa de uma vez e enfrentar de frente a verdade, eu vou contar logo o que aconteceu “Jessica eu doei Princesa para uma menina carente” E tudo ficara bem, okay ela vai rir da minha cara, droga! Abri a porta de uma vez por todas e não acreditei...

Minha boca foi ao chão ao ver aquele babaca de novo bem a minha frente! Não só ele, pois, Princesa pulava em suas pernas na tentativa de morder sua mão, apenas brincando, mas bem que ela podia arrancar de uma vez.

Vendo a cadela ali me fez pensar que essa peste me fez rodar o bairro todo no carro de Zayn para procura-lá, isso foi praga só pode, olhei novamente a cena piscando os olhos varias vezes torcendo que fosse apenas um sonho... ou pesadelo.