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História Hate... Or NAH! - Quer ser minha namorada? ou foi tudo pelo Brownie?


Escrita por: aussieostrich

Capítulo 26 - Quer ser minha namorada? ou foi tudo pelo Brownie?


Fanfic / Fanfiction Hate... Or NAH! - Quer ser minha namorada? ou foi tudo pelo Brownie?

Angie’s Pov...

 

A cara de expectativa dela, já estava começando a me incomodar.

- E? – perguntou animada.

- Foi isso...

- Só isso? – ela suspirou com uma cara de decepcionada impagável.

- Eu fugi, tipo... Ele é o Shawn e...

- Mesmo eu tendo dito por todos esses mais de 365 dias que ele é um idiota Angie, ele é a pessoa menos idiota que eu já conheci na vida. E sim, isso inclui você. – ela disse fazendo eu me sentir ofendida, mas ela pareceu não ligar muito pra isso, pois continuou. – Ele é incrível. Ok? E mesmo deixando bem claro desde já que ele sempre vai ser mais meu que seu, e você mais minha que dele, eu shipparia vocês. – falou dando de ombros e dando um gole no seu café na sua xícara do Harry Potter.

- Assim como eu te shippo com o Cameron. – falei e ela cuspiu todo o café que estava na sua boca no chão.

- Do que... argh, você é a pessoa que mais sabe que esse nosso relacionamento não passa/passou de um grande fingimento.

- Sexta no meio da guerra, duvido muito que tinha alguém importante pra esse fingimento observando você e ele se beijando.

- A Nathalia...

- Nem se dê ao trabalho, Evelyn. Eu shippo e pronto.

- Você está mudando de assunto. O negocio aqui é que você beijou o meu melhor amigo e...

- Tecnicamente ele me beijou e eu deixei...

- Tanto faz. E o que ele ter te dado churros e Sprite tem haver com isso?

- Não é obvio?, ele praticamente me subornou/drogou. 

- Dramáaatica. Mas, bom, pelo menos você está me contando. E eu te amo por isso. Juro juradinho que essa conversa não sairá desse compartimento. – ela deu um sorriso.

Depois do beijo e de todo o resto que ainda me constrange eu e o Shawn ainda tivemos tempo de discutir sobre quem deveria namorar a Lana, e eu vim embora. Vim pra cá, pra casa da Laah. Estávamos as duas na cozinha com uma xícara de café em mãos que eu a convenci de tomar e eu sentada como uma garota civilizada normal e ela com os pés cruzados em cima da mesa.

- Bom dia, crianças. Ou será boa noite? Não importa, vou já pular na cama porque a noite na delegacia hoje foi movimentada. – o tio Bennet falou entrando na cozinha e pegando a xícara da mão da Lana e virando-a de uma vez.

- Bom dia, eu acho... – respondi.

- E então? O que teve? Velhinhos mijando na fonte da igreja? Jovens transando no gramado da escola publica? Invasão de um certo manicômio para uma seleção de dança? an, o que mais de interessante poderia acontecer nesta tão cidade que nunca acontece nada? AH, já sei... – a baixinha falou com tom de surpresa – Sequestraram o gatinho da Senhora Meanfield de novo pra descobrir enfim qual o efeito da maconha no pobre animal?

- Muito engraçada você. – ele revirou os olhos e nós rimos. – Então quer dizer que realmente usaram o gatinho da Senhora Meanfield pra isso?

- Bom, foi o que eu ouvi falar. – respondi bebendo mais um gole do meu café e ele riu se sentando entre mim e a Lana na mesa quadrada da cozinha.

- Na verdade nós descobrimos quem sabotou o carro da sua mãe no dia que ele ficou sem freio e...

- EU QUASE MORRI AFOGADA... Quem foi o desgraçado pai? Eu vou matar esse...

- Você não vai fazer nada. O alvo não era você. Foram os traficantes de uma cidade vizinha que confundiram o carro com o de um Zé Ninguém que roubou o bang deles. – era engraçado ver o pai da Lana usando gírias. – Eles provavelmente não estão mais na cidade, filha, mas se eu encontrar o desgraçado; ele está morto.

Então quer dizer que não foi um acidente mesmo, que o carro tava sem freio, e que pior ainda, esses caras poderiam estar por aí em qualquer lugar da cidade.

- Isso é muito sério. – falei.

- Sim, e de extrema confidencia. Não quero vocês se metendo nisso e muito menos falando disso por aí, estamos entendidos? – ele perguntou olhando pra nós duas.

- Sim senhor. – respondemos de prontidão e ele beijou nossas testas saindo da cozinha.

- Você não vai atrás de um traficante vai? – perguntei olhando diretamente nos olhos dela e ela revirou os olhos rindo.

- Puff, pelo menos eu não era o alvo. Se eu quero que ele queime no inferno? Com certeza. Mas antes eu preciso dizer que se meus melhores amigos quando começarem a namorar me deixarem de lado, serei obrigada a matar ambos, porque ou vocês ficam os dois comigo, ou nenhum. – ela disse com um olhar assassino.

- Foi só um beijo.

- E eu quero que quando vocês forem se casar, eu seja a primeira á saber do casamento, antes mesmo da noiva, e quero ser a primeira madrinha convidada.

- Qual parte do “foi só um beijo” que tu não entendeu?

- E mesmo que criança me irrite, eu quero ser madrinha dos filhos de vocês...

- Argh, desisto... – disse por fim a fazendo rir.

 

Carter’s Pov...

 

- Odeio esses almoços... Tipo, sério que eu tenho que ser obrigada a sair do meu quarto pra ter que passar tipo uma hora ao teu lado? – ela perguntou assim do nada e entrando no meu quarto.

Odeio essa mania dela de entrar no meu quarto sem bater e falando como se estivéssemos falando de um assunto que começamos a tempos e não terminamos.

- E eu odeio quando você entra sem bater. – resmunguei colocando a minha camisa.

- Como se você não fizesse isso comigo também, não é? E deixa de ser chato porque hoje eu to de bom humor. – ela sorriu se jogando na minha cama.

- Ah, claro, de bom humor e reclamando... – sentei ao seu lado e ela riu.

- Mas é sério, eu to de bom humor.

- Já sei até porque é... quer dizer, por quem é... – resmunguei e ela riu se sentando.

- Por favor, sem ciúme bobo Carter. Só estamos saindo, não é nada demais. – ela disse revirando os olhos.

- Só não confio nesse cara.

- Também não confio naquela sua ex namorada vadia oxigenada.

- Isso é ciúme?

- Só não gosto dela, tá? Você nem parece você mesmo quando tá com ela, fica idiota, naquele dia você ia me dedurar pra professora. Só não o fez porque ela não deixou.

- Gisele, você quase deixou ela cega.

- Meu foda-se. A gente passou mais de uma semana sem se falar por causa dessa merda de historia. Eu já disse que ela estava fingindo e você continua a duvidar de mim. Você sabe que pra todas as pessoas desse mundo você é o único que eu não minto, e que eu não tenho coragem de magoar. Você sabe que...

- Calma Gih, desculpa. Eu sei, eu sei... Você nunca me deu motivos pra desconfiar de você, nem nada, e só me desculpa.

- Eu tenho ressentimento sim em relação a essa garota, afinal enquanto eu estava em Nova York sentindo sua falta, você estava aqui arranjando uma namorada nova e me deixando sozinha. Você pensa que eu me esqueci das noites em que você me deixou falando sozinha no telefone porque estava com ela?

- Claro que não esqueceu. Vai simplesmente esfregar isso na minha cara por anos. Mas você também já me deixou sozinho pra ficar com os seus namoradinhos. Então nem se faz de vitima, porque você só estava sentindo minha falta porque tinha acabado de sair de um relacionamento e precisava do seu irmãozinho melhor amigo babaca aqui.

- Não é bem assim. Eu estava sim, triste, mas eu também sentia a sua falta... E eu e ele terminamos por causa de você. – ela disse de repente e eu engasguei com o ar, porque comecei a tossir.

- C-como? – gaguejei e ela riu.

- Eu nunca te contei porque não achei necessário. E você estava namorando a vadia da Clarissa então deixei pra lá... Mas é que ele disse que eu agia como uma garota apaixonada, não como uma irmã... e terminou. – comecei a engasgar sério dessa vez, tossi tanto que ela veio até mim totalmente preocupada. – Ok que é meio inacreditável isso Carter, mas não precisa morrer engasgado.

- Ok. Estou bem agora. – falei tossindo uma ultima vez e ela riu. – Mas que viagem a dele.

- Mas essa conversa toda começou por causa do Spencer. Meu histórico com relacionamentos não é lá muito favorável para o argumento que eu vou lançar agora, mas é que eu sei me cuidar, tá? Tipo, eu nunca entro de cabeça num relacionamento e nem nada do gênero e você sabe disso.

- Não. Muito pelo contrario. Você sempre acha que está morta de amores por todos os caras que se declaram pra ti num dia, mesmo que tu nunca tenha visto ele antes na tua vida. Tu se apaixona fácil demais, e eu não gosto desse cara. Assim como eu não gostava do Victor Hugo, do Paulo, do Marcel, do Raul, do Ian, do Alexander, e do...

- Tá. Eu já entendi. Só relaxa. Dessa vez eu vou com calma, eu prometo.

- Lembra do teu primeiro namorado? Ele era engraçado... Super fofo e lindo e incrível e...

- Quem foi esse? – ela perguntou arregalando os olhos.

- Ah... essa doeu. – falei colocando a mão no peito e ela continuou me olhando sem entender.

- Sério... Quem foi?

- Então você não lembra? Eu sabia que você não lembrava. Isso me deixa muito triste.

- Do que você está falando Carter... desembucha. – ela falou cruzando os braços e ficando emburrada.

Defeito número um da Gih; IMPACIÊNCIA!

- Não que eu ache que tenha tido alguma importância na sua vida, mas quando nos conhecemos eu lhe pedi em namoro. – falei e a boca dela ficou em forma de o.

- C-como?

- É sério. Foi por causa disso que nós ficamos amiguinhos. A gente até andava de mãos dada.

- Eu não lembro. Como eu não lembro? Você tá mentindo pra mim. Como assim? Eu não lembro. Oh meu Deus.

- Eu cheguei em ti e disse “Oi, você é a menina mais bonita que eu já vi na vida, quer ser minha namorada?”. E desde esse dia nos tornamos inseparáveis. – falei rindo, mas também decepcionado.

Cara, ela não lembrava.

- Não, não mesmo. Nos conhecemos na hora do intervalo da nossa escolinha do infantil e você roubou meu brownie. Eu lembro bem disso porque era brownie e em honra ao meu brownie eu lembro que lhe bati e nossos pais tiveram que ir a escola e foi por isso que eles se conheceram.

- Nos conhecemos quando eu lhe pedi em namoro.

- Não. Não. Não. Não. Não. Eu não admito isso. Eu nunca me esqueceria de forma alguma como nos conhecemos Carter.

- Mas eu lhe pedi em namoro.

- Ah é? E o que foi que eu respondi?

- Você disse “Gostei dos seus olhos” e segurou na minha mão.

- Não pode ser.

- Então você acha que eu esqueceria uma surra que eu levei depois de roubar um brownie seu?

- Porque você acha que nunca rouba um brownie meu... foi desde essa surra que eu lhe dei. – ela falou colocando as duas mãos na cintura, ficando de pé e me olhando.

Defeito número dois da Gih; TEIMOSIA.

Defeito número três da Gih; Ela bate MUITO bem.

- Porque eu sei o quanto brownie é importante pra você. Eu nunca roubaria um brownie seu.

- Você roubou.

- Não roubei.

- Você também não me pediu em namoro.

- Pedi sim.

- NÃO PEDIU.

- Pedi e nós namoramos.

- Então como foi que esse relacionamento acabou? – ela arqueou a sobrancelha.

- Não acabou, você simplesmente anda me traindo com esse monte de menino com quem você já namorou. – falei me fingindo de magoado e ela cruzou os braços, bufou, deu de ombros e saiu andando me deixando só.

Seria esse momento ao qual eu diria “GANHEI ESSA DISCUSSÃO” mas conhecia ela o suficiente pra saber que essa conversa ainda não tinha acabado.

Defeito número quatro da Gih; Ela nunca perde uma discussão, por causa do defeito número dois.

Haja paciência com essas mulheres.

 

Taylor’s Pov...

 

- Continuo a achar que ele não é boa peça. – murmurei.

- Mas porque não? O Jacob é fofo, é engraçado, é divertido, inteligente, super talentoso, não é do tipo galinha...

- Eu também não sou...

- Você pode não ser fofo, engraçado, divertindo, inteligente e talentoso. Mas você é galinha sim, que eu sei.

- Com quantas meninas você já me viu ficando?

- Várias. – ela disse ficando emburrada.

- Não, Ana Luísa, era sempre a mesma menina. Aquela é a Anastácia, também conhecida como Ana Tubarão... E a gente fica á tipo séculos, por insistência dela porque na verdade eu não quero e nem nunca quis ficar com ela os caras que me obrigaram, fazendo com que eu provasse minha masculinidade.

- Sem querer ofender, mas assim, você não tem nada de másculo. Ou os teus amigos são muito cegos, ou são uns completos idiotas pra não perceber que na verdade você não tem nada de homem.

Ok, ela tava começando a me ofender.

- Vamos voltar a falar desse menino do qual eu não gosto. - ela bufou e cruzou os braços se escorando na cadeira...

Estávamos na praça de alimentação do shopping comendo um BigMac do McDonald’s enquanto falávamos sobre ela e esse menino aí novato que já queria ocupar espaço no coração da menina que eu queria conquistar.

- Ele deve ser um mentiroso Analu, ninguém é perfeito assim. – continuei e ela revirou os olhos, voltando a olhar pra mim com os cotovelos apoiados na mesa e suspirando.

- Espero que não, sabe... Eu odeio mentira Taylor... E você sabe disso, e se ele não for o que eu to pensando acho que vou ficar arrasada. Odeio ser a ultima a saber das coisas, odeio ser feita idiota. Odeio, detesto e... Ain, ainda bem que eu tenho você. Sei que você nunca mentiria pra mim.

Tentei parecer neutro por fora, mas por dentro eu estava definitivamente me esmurrando. Que enigma filho da puta esse meu... Falar pra ela que eu me encantei por ela desde o momento em que a vi e que sou hétero e ela ficar puta comigo porque eu menti e provavelmente ficar sem ela. Ou ajudar ela a descobrir se esse Jacob Whitesides é realmente confiável, tentar fazer com que eles fiquem juntos, e mais provavelmente ainda ficar sem ela.

Eu sou muito burro. Burro. Burro. Burro. Burro. Burro. Burro. BURRO.

- Se ele algum dia te magoar eu seria meio que obrigado a castrar ele. – falei segurando a mão dela melada de óleo de batata e ela sorriu.

- Você é o melhor amigo gay que qualquer garota amaria ter e quer saber, eu tenho essa sorte. – piscou os dois olhos como ela sempre fazia e me mandou um beijo.

É... Porque pra acabar com tudo, sabe?, não bastava eu ser o melhor amigo. Eu tinha que ser o melhor amigo GAY.

- Você também é a melhor amiga lésbica que eu poderia arranjar. – comentei por comentar e ela começou a rir.

- Então quer dizer que você e o Colin não se deram muito bem? – ela perguntou.

- Aliás, vem cá... Você anda fazendo amizade com todos os gays encubados da escola é isso? – perguntei.

- HAHAHAHA, isso é ciúmes? Porque se for, tudo bem, eu tenho só você como gay da minha vida. – ela disse rindo.

Bufei e respirei fundo. Uma hora ela ia ter que descobrir que eu não sou gay, afinal eu não vou me casar com um cara só pra Ana Luísa não descobrir que eu menti pra ela. Mas não hoje, não agora.

- Colin não é? Bom, pra começar o cara foi o maior idiota com a Brendinha naquela manhã. Logo ela que nunca faz mal pra ninguém e que é impossível não amar... depois o cara é o Colin, e o Colin é o Colin. Não tem como pôr em palavras o quanto aquele cara é detestável.

- Ele disse que tinha sido legal, mas não tinha rolado química. – ela suspirou. – Depois eu mandei-o pra puta que pariu porque ele humilhou uma das minhas grandes amigas e eu quero que ele sofra uma morte dolorosa ou coisa do gênero.

- Acho que ele só não é mais detestável do que esse Jacob aí... – falei cruzando os braços.

- Deixa de ser chato. – falou rindo e jogando uma batata-frita em mim.

- Tay, tem um cara só olhando pra cá... Acho que ele ficou interessado em você. – ela falou sorrindo pra mim e eu arregalei os olhos.

Olhei para o lado e tinha um cara realmente olhando pra nossa mesa, mas não necessariamente pra mim.

- Olha, ele não para de olhar pra você.

Na verdade ele A olhava e isso estava me irritando.

- Ah. – foi só o que eu consegui dizer.

- Ele é bonito. Se eu fosse você ia lá e dava o bote.

- Você quer que eu vá lá pedir o numero dele pra você, quem sabe ele é hétero. – resmunguei.

- Nossa, nem começou a se relacionar com ele e já tá com ciúmes dele. – não era exatamente dele que eu estava com ciúmes.

- Me deixa quieto.

- Vai lá falar com ele... Já que com o Colin não deu...

Bufei e me levantei, ela começou a bater palminhas e eu revirei os olhos.

Porque diabos eu estou fazendo isso mesmo? Ah, claro, na minha logica nada logica seria pra conquistar a menina que eu to afim.

O cara provavelmente era hetero, eu chego lá falo sobre videogame, finjo que o assunto foi legal e volto pra Analu dizendo que... Que o quê?

Que merda de vida essa minha.

Fui andando em direção ao tal cara moreno, alto e musculoso que me olhava e quando eu ia chegando pra falar com ele... eu não sou tão gay assim. Passei por ele e me dirigi ao banheiro. Alguns segundos depois ouvi passos atrás de mim.

- O que foi isso?

- Analu eu... eu preciso te contar uma coisa.

EU NÃO SOU GAY.

- O que?

“- Eu odeio mentira Taylor...”.

É só falar rápido. Vai ser igual tirar um curativo. Rápido.

“- Odeio ser a ultima a saber das coisas, odeio ser feita idiota. Odeio, detesto e...”.

Vai doer na hora? Com certeza vai. Ela vai ficar puta comigo? Com certeza vai. Mas... Eu não poderia ficar mentindo pra ela.

“- Ain, ainda bem que eu tenho você. Sei que você nunca mentiria pra mim.”

Tenho que ser sincero.

- Eu... hm...

- Fala Tay, você tá me assustando.

Respirei fundo.

- Eu tenho que ser sincero contigo. – ela começou a ficar com uma cara tão de preocupada.

Rápido como tirar um curativo. É só falar “- Ana Luísa, eu-não-sou-gay”.

- Ana Luísa, eu não... gosto dos morenos.

Eu sempre, sempre, sempre fodendo tudo.

Ela respirou aliviada.

- Nossa, por um momento pensei que fosse algo mais sério... – ela riu nervosa e eu ri também.

- Não... Puff, claro que não. – burro. Burro. Burro. Burro. Burro. Burro. Burro.

- Então vem que isso não é problema, temos ruivos, loiros, albinos, negros... O que você quiser meu amor e eu arranjo.

E assim ela saiu me puxando pelo shopping de braço dado comigo e eu querendo morrer por ter sido tão burro.

 

Cam’s Pov...

 

A gente tava tendo uma conversa civilizada há mais de uma hora e ainda não tínhamos nos matado. Isso é um recorde épico e algo para se entrar no guines...

Ela olhava pra frente e eu olhava pra ela.

- Será que se namorássemos, a gente conseguiria fazer dar certo?

A olhei arregalando os olhos muito surpreso com a sua pergunta.

- Como assim? – eu não conseguia esconder minha surpresa.

- Você entendeu o que eu quis dizer. – ela falou pra mim e dando de ombros.

Porque caralhos eu to nervoso? Por quê? Logico que não daríamos certo, mas... e se? Ela é louca, louquinha de pedra. Ela tentou te matar lembra? Mas eu tenha uma queda por loucas. Ela tem sérios problemas. Mas problemas sempre foi o meu fraco. Ela é ex de um dos meus maiores amigos... mas... Mas nada.

- Não. Nunca funcionaríamos. Eu gosto de um problema... Nós gostamos, mas somos problema demais um pro outro. To em busca de algo mais calmo e que só me faça bem e não que eu tenha medo de dormir ao lado e não acordar porque fui asfixiado e...

- Já entendi Dallas, nunca daríamos certo. Eu fiz só uma pergunta simples, não foi um pedido de namoro não, relaxa.

- É... você tem razão.

- Nunca daríamos certo.

- Nunquinha...

Aproximei meus lábios dos dela e lhe dei um leve selinho, mas dessa vez ela se afastou.

- Então? A Nathalia foi mesmo embora?

Deixa só eu começar do começo pra que vocês entendam como viemos parar nesse lugar, sozinhos e sem nos matarmos.

 

- Com muito tédio, Clearwater? – perguntei me aproximando dela.

- Pelo menos ninguém das nossas famílias sabe que tecnicamente estamos namorando, porque com certeza estaria pior. – murmurou.

- Cadê a Sarinha? – perguntei sorrindo.

- A desgraçada inventou um trabalho de ultima hora pra fazer na casa de uma amiga. – bufou, me fazendo rir.

- Acho que não foi uma boa hora de nossos pais marcarem esse jantar em família. – sorri.

- Pelo menos só vieram os pais do Matthew e não ele, porque as coisas estariam bem piores se ele tivesse aqui. – ela falou e eu tive concordar rindo.

- Vou arranjar um jeito de tirar a gente daqui.

 

- A Nathalia já está em um avião voltando pra Tokyo... – falei e ela respirou aliviada.

- Então estamos oficialmente separados. – falou como se tivesse ganhado uma guerra.

- Parece que sim.

- Agora vamos indo... – falou se levantando e se dirigindo a minha moto...

 

[...]

 

- Obrigada por me livrar daquele jantar terrível... – ela falou sem olhar pra minha cara.

- E? – a incentivei meio rindo.

- Por ter me trazido até em casa...

- O que mais?

- E... Não tem mais.

- Eu tava pensando em você me agradecer pelo beijo...

- Ah, hahahahahahaha, iludido. – falou rindo e ficando séria.

- Mas enfim, tá vendo não dói agradecer. – falei rindo e ela riu também.

- Quer levar outro chute nas canelas, Dallas?

- Pensei que depois de quatro anos você não iria me chutar.

Ela riu, eu ri e ficamos nos olhando como se esperássemos o outro fazer algo para se tornar menos constrangedora aquela despedida.

Estávamos falando de como nos conhecemos, isso quer dizer que ela ainda se lembra disso. Que louco! Ela lembra.

- Quanto ao beijo? Bom, temos que parar de repeti-los. E eu estou falando sério.

- Então quer dizer que das outras vezes era só brincadeira? – perguntei aproximando meu rosto do dela e ela riu revirando os olhos.

- Tenha uma péssima noite, Dallas.

- Sonha comigo, Clearwater. – falei mais alto para ela que já andava pra sua casa.

Ela nem se deu o trabalho de olhar pra trás só me lançou o dedo médio.

Ela mal sabia o que a esperava no dia seguinte...

Uma edição aqui, outra ali... e tava tudo certo.

 

Laah’s  Pov...

 

FLASHBACK...

 

Aquela maldita Nutella, brincadeira nutella meu amor, você é a minha vida e a minha razão, agora você já pode ficar NUMA PRATELEIRA MAIS BAIXA PRA EU NÃO TER FICAR PULANDO IGUAL UMA LOUCA TENTANDO TE ALCANÇAR.

Eu pulava e pulava, mas eu estava vendo a hora de a prateleira virar e eu não pegar a nutella. Se bem... Hm, que se ela virasse cairia tudo e eu PODERIA PEGAR. Sou genial!

Tentei pegar mais uma vez, e uma pessoa parou atrás de mim e pegou-a sem problemas... Respirei fundo...

- Daí vem um mongol, e pega só pra se exibir. – resmunguei comigo ficando emburrada.

- Na verdade eu tava pegando pra você. – dei um pulo de susto.

- Ah, okay.

Peguei a nutella e saí andando.

- Oh mal educada? Eu fui um cavalheiro e você nem pra agradecer...

Me virei pra ele e sorri meio cínica.

- Obrigada. – falei de modo sarcástico.

Que culpa eu tenho se eu acho que é obrigação das pessoas me servirem quando se trata de nutella.

Ele ficou rindo e eu não entendi o porque.

Até que eu esbarrei em alguma coisa, e me estatelei no chão caindo de bunda. Ele ficou rindo lá como se tivesse ganhado o dia.

- Oh moleque, para de rir e vem me ajudar. – falei do meu modo educado e fofo.

Eu tinha esbarrado no carrinho daquelas pessoas que limpam o mercado e ainda escorreguei, pois o chão estava molhado.

Ele veio até mim sorrindo de lado, e pela primeira vez eu notei que ele era bem bonito... Não tão lindo quanto o Matt, mas mesmo assim lindo.

Ele esticou a mão e eu a peguei. Quando estava de pé ele começou a fingir que estava escorregando.

- Para! Se você cair eu caio também.

Ele riu alto e fingiu de novo, só que ele tava fingindo bem demais. Com um grito ele caiu e eu também, e mais constrangedor impossível, foi por cima dele.

- Prazer, Cameron Dallas. – ele sorriu, ainda estávamos de mãos dadas e ele estava com uma mão na minha cintura.

- Não que seja um prazer, mas meu nome é Lana Clearwater.

- Eu já ouvi falar de você. Fica do delegado não é?

- Sim, eu mesma.

Aquilo estava constrangedor. Ele estava se aproximando dos meus lábios? ERA ISSO MESMO? Espera aí produção, eu nunca beijei e meu primeiro beijo definitivamente não vai ser com esse garoto. Eu não recuei... Até que quando faltava poucos centímetros pros nossos lábios se tocarem...

- Você ainda está em cima de mim. – ele disse e eu me levantei apressada, escorregando de novo.

Ele levantou e me ajudou de novo.

- Obrigada.

- Tá vendo? Não dói agradecer...

O chutei na canela.

- E agora dói?

Ri e saí o deixando lá pulando e vendo-o cair por ultimo...

 

- EITA QUE ELA NÃO TÁ DANDO A MÍNIMA ATENÇÃO PRA GENTE HOJE... – voltei a realidade em tempo de ver a Bel gritar.

- Parece que ela tá em outra dimensão. – Brenda falou rindo.

Era hora do intervalo e eu estava com um pouco de dor de cabeça por não ter conseguido dormir.

Ficamos conversando por mais uns minutos, falando coisas aleatórias e sem noção como; “Já pararam pra pensar que a teoria de William está certa e que estamos todos mortos e estamos agindo como se ainda tivéssemos vivos, mas estamos do outro lado?” “Quem é William?” “Ninguém, só achei que se eu disse teoria de alguém soaria mais intelectual” entre outras coisas.

Quando a caixa de som parou de tocar as típicas musicas que tocavam quase todos os dias e começou a passar uma voz muito conhecida minha, e repetidas e repetidas vezes.

Eu vou matar o Cameron...

- É... EU PERDI... MINHA... VIRGINDADE... COM O MATT... É... EU PERDI... MINHA... VIRGINDADE... COM O MATT... – e assim mais e mais vezes.

Cabeças vão rolar... Melhor dizendo DUAS cabeças vão rolar e as duas serão do Cameron...

Levantei na mesa enquanto todos no refeitório olhavam para mim... Meu sangue fervia.

Cameron Alexander Dallas, você está morto. 


Notas Finais


HEEEEEEEEEEEEEEEY MEUS AMOOOOOOORES... Me perdoem essa demora, tipo mesmo, mas aí tá mais um capítulo e eu espero QUE VOCÊS GOSTEEEEM PORQUE EU FIZ COM MUITO AMOOOOOOOOOOOR e que tenha compensado essa demora. Sejam sinceras e me digam o que acharam, se tiver ficado muito ruim me avisem mesmo assim. COMENTEM, FAVORITEM E EU TAVA COM SAUDADEEEES. AMO VOCÊS MINHAS FIÉIS E TÃO AMADAS LEITORAS.
BEIJUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU :*
SAUDADES *O*


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