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História Haunted: Uma escolha pode mudar tudo - I'm Defending the Enemy


Escrita por: MiniPuffe

Notas do Autor


Oi oi desculpem a demora, já é bem tarde rs
Enfim postado, desculpe qualquer erro, e espero que gostem!

O Link da música do capítulo vai ser postado lá nas notas finais!

Capítulo 8 - I'm Defending the Enemy


Fanfic / Fanfiction Haunted: Uma escolha pode mudar tudo - I'm Defending the Enemy

Anoitecia e Hermione admirava os montes e lagos escoceses enquanto o trem seguia rumo a Hogwarts. Toda vegetação passava muito rápido pela janela, o por do sol lançava raios alaranjados no céu, deixando tudo avermelhado. A escuridão da noite estava próxima. Ao seu lado, estava Gina conversando animadamente com Neville a sua frente, sentado próximo a Luna, que lia um pequeno livro de capa vermelha e detalhes em dourado, parecendo muito concentrada.

–... E não acredito que vou cursar o sétimo ano com vocês! – Dizia Gina, muito animada. – Pensava que iria ficar aqui sozinha... Continua a garota, agora se dirigindo à amiga ao seu lado.

– Como se você não tivesse centenas de amigos, Gina. – Responde Hermione, mas lhe sorri. Então olha para Neville, que segurava um grande vaso com uma estranha planta que Hermione pensara já ter visto antes.

– Luna e eu decidimos refazer o sétimo ano porque bem, Luna foi levada no meio do ano e eu... Eu acabei não terminando os estudos e os NIEM’s... – Ele parecia um pouco envergonhado, para revelar algo – Pensei que talvez um dia pudesse ser professor de Herbologia. – Concluiu ele, muito vermelho.

– Tenho certeza que você será um ótimo professor, Neville. – Diz Hermione, e realmente acreditava nisso: O garoto tinha a maior aptidão para a matéria, muito mais do que ela mesma. – E o que é isso que está segurando? – Pergunta ela, franzindo a testa, curiosa.

– Até que é uma planta bonita – Diz Gina, ela aproximasse para tocar uma das folhas arredondadas, mas Neville afasta o vaso rapidamente:

–NÃO! – Gritou ele, fazendo as duas garotas se assustarem. Luna nem sequer moveu-se. – Desculpem... Nunca toque nas folhas dessa planta. Ela causa histeria, sabe emotividade excessiva ou pânico. É muito comum de se encontrar, infelizmente. Então eu resolvi trazer para a prof. Sprout dar o devido cuidado. – Diz o garoto, colocando o vaso com cuidado ao seu lado, ela então repara que ele usava luvas e um casaco de lã muito grosso, antes pensara que Neville estivesse simplesmente com muito frio.

Então Hermione lembrasse que já haviam estudado aquela planta antes, no segundo ano.

– É Aliquente, não? A histeria causada pode ser curada com um antídoto, secreção de Besouro da Melancolia. – Diz ela, aquela planta era realmente perigosa, admirava-se o amigo te-lâ trazido até ali sem esbarrar em ninguém, poderia causar um estrago.

– Cinco pontos para Grifinória – Zombou Gina, se referindo à resposta correta da amiga.

 Hermione sorri para a garota, então os amigos continuam a conversar animadamente mais alguns minutos. Passar um tempo com eles fazia realmente bem a garota, fazia esquecer-se por alguns momentos tudo aquilo que rondava sua mente nos últimos dias, e o que havia acontecido mais cedo.

 Edwyn piava em sua gaiola, entre Hermione e Gina, a garota imaginou que a coruja estaria tão ansiosa quanto eles para ver Hogwarts. Vendo-a na gaiola, não pode não se lembrar de Bichento, seu querido gato alaranjado que havia sido deixado com seus pais, e agora estava em Londres, ela pensara que ele faria boa companhia a eles. Fitou tristonha a coruja que havia sido cuidada por Rony.

Suspirou, ela ainda não havia se recuperado da conversa na plataforma. Enquanto os amigos conversavam, ela afastou seus pensamentos olhando para a janela, agora a noite já havia chegado sobre os campos.

Rony lhe contara que foi em sua casa pouco antes de ela ir para Austrália, e que encontrara um bilhete para ele no chão.  Hermione mal notara que o tal papel havia sumido, e entrou em pânico quando ele o mencionou, pensou que ele surtaria. Mas o garoto acabou abrindo-se pela primeira vez e disse coisas que Hermione sempre quisera ouvir.  Eles conversaram durante algum tempo, antes de ela embarcar no trem.  A garota desculpara-se por ter ido embora tão de repente e disse que entendia o emprego de Rony como Auror, a qual ele lhe contou que havia aceitado.

– Como você ficou sabendo que eu viajaria aquele dia? Perguntara Hermione, já no final da conversa.

Rony havia ficado um pouco vermelho e passado a mão pelos cabelos ruivos.

– Eu...Ah...Gina me disse então...Eu achei que deveria ir me despedir sabe, só resolvi ir meio que de última hora, nada de mais. – Respondera ele, mas ela observou pelo número de gaguejos e embaraços, que talvez ele não lhe contara realmente tudo.

No final, o garoto lhe dera um beijo comportado no rosto, e disse que tentaria ser o que Hermione esperava que ele fosse, mas que daria um tempo para que a garota refletisse. Ela havia ficado tão nervosa, que não o respondera, simplesmente disse que o escreveria e se despediu.

 Agora as palavras não ditas a atormentavam, mas por outro lado, ela realmente não tinha muito o que dizer a ele. Por enquanto, estavam resolvidos.

Seus pensamentos foram interrompidos pela senhora do carrinho dos doces, que retornava pelo corredor.

– Vocês vão querer alguma coisa agora, crianças? Disse a senhora, sorrindo gentilmente. O carrinho já estava praticamente vazio, a não ser por algumas bebidas de suco de abóbora e bolos de caldeirão.

– Não, obrigada. Já estamos quase chegando à escola. – Respondeu Gina, e a mulher seguiu pelo corredor. – Mal posso esperar para ver Hogwarts! E pensar que será a última vez que entraremos por aquele salão, será nosso último primeiro dia! – Disse ela, e depois franziu a testa para pensar se o que dizia realmente fazia sentido.

– Eu vou sentir saudades daquela biblioteca – Comentou Hermione, fazendo todos rirem.

Luna então finalmente fecha o livro em que estava lendo e se envolve na conversa.

– Vou sentir falta do pudim. Diz ela, muito séria e com os olhos arregalados, de um jeito bem Luna.

Hermione então repara na capa do livro em que ela estava lendo, tão concentrada.

– Não é um livro do primeiro ano? Animais Fantásticos & onde Habitam! Eu me lembro de ter achado muito interessante... 

– Você estava tão concentrada, parecia mais a Hermione – Comenta Neville para Luna.

– Me senti muito nostálgica relendo-o... Estava fazendo uma pesquisa para o papai, sabem, agora que O Pasquim voltou à ativa. É sempre bom pesquisar sobre os chifres de bufador enrugado. – Respondeu Luna ao amigo. O comentário a fez lembrar-se do acidente na casa de Xenofílio, o chifre de erumpente acabara explodindo metade da casa.

Então mesmo assim o incidente não o fizera mudar de ideia sobre o assunto.

– E você conseguiu achar alguma coisa no livro? – Perguntou Hermione, já sabendo que Newt Scamander não incluiria os chifres de bufadores enrugados, em suas pesquisas de Magizoologia.

– Na verdade não, mas meu pai entrará em contato com a família Scamander restante, para saber do paradeiro dos bufadores enrugados. – Respondeu Luna, ainda muito convicta de suas ideias e não ligando realmente para o que Hermione achava. Por esse motivo e mais outros, a garota admirava Luna, por ter sido tão forte durante todo o tempo que passou no porão dos Malfoy, Luna era realmente uma garota especial.

O pensamento fez os flashes de aquela noite voltarem, misturado com seus pesadelos recentes, e o acontecido no avião para Austrália com Malfoy.

“Porque a maioria de meus pensamentos me levam a ele?’’

E pensar que aquele garoto salvara sua vida, e que Hermione agora tinha o dever, aceitado por ela, de tentar fazer dele uma pessoa melhor.

– Não é melhor irmos nos trocar? – Perguntou Gina a ela e a Luna. Faltava pouco para chegarem ao castelo.

Hermione concordou,

 Seria um sétimo ano muito cheio.

Então era melhor se apressar.

 

Por mais de sete anos Draco percorreu aquele mesmo caminho de Trem até Hogwarts, mas agora ele parecia infinitamente diferente: E não era só pelo fato de estar sozinho, ou quase, em sua cabine.

A noite dominara a paisagem através da janela, o garoto já não conseguia ver nada além de seu próprio reflexo abatido. Muitos conhecidos haviam passado pelo corredor do vagão da sonserina, e olhado através da porta de vidro, franzindo a testa para o garoto, alguns divididos entre cumprimentos ou deboches sarcásticos. Outros dirigiam um olhar estranho a Vincent, que o acompanhava.

Sem querer dar atenção a eles, Draco havia se virado permanentemente a janela, ignorando todo o resto, inclusive e principalmente, o Auror. O silêncio recaía sobre os dois desde a pequena conversa de antes, o que fez lembrar-se da revelação sobre clarividência.

O pensamento de que, aquele homem poderia saber o que estava resguardado sobre seu futuro, o fez ficar-se ainda mais desconfortável em relação a ele, como se a situação toda já não bastasse.

 

Havia viajado por aquele lugar tantas vezes, que sabia quando estaria chegando ao castelo. Resolve abrir seu malão, tirando as vestes com o brasão sonserino.

– Sabe, eu também já fui da sonserina – Diz Vincent, observando o garoto. – O que foi? Está surpreso? Continua o homem, pela falta de resposta de Draco.

– Na verdade realmente não me importa. Irei me vestir. – Diz, se levantando e dirigindo-se a porta da cabine, mas Vincent o segue.

Draco para, com a mão na maçaneta, encarando-o.

“Será que não posso ter um minuto de folga dessa vigia infernal?”

– Não tente nada. – Repreende o Auror,  encarando-o enquanto ele deixa a cabine e então sentando-se novamente, agora abrindo um exemplar do profeta diário, que estava jogado em um canto

– Como se você não soubesse o que eu farei – Resmunga o garoto, entre dentes, já seguindo pelo corredor ao banheiro próximo, a sua cabine localizava-se no começo do vagão destinado a sonserina, chegando ao pequeno compartimento, troca seu terno preto característico pelas novas vestes que mandara um de seus elfos comprar na Madame Malkin, percebe uma pequena aglomeração quando sai do vestíbulo. Era mais a frente, no corredor que levava o compartimento da Grifinória ao seu respectivo banheiro masculino. O feminino seria do outro lado do vagão.

 Parecia Longbottom com um vaso quebrado aos seus pés junto a uma planta muito estranha que Draco nunca tinha visto. Havia três garotas em volta dele. Primeiro Draco pensou que talvez o estivessem caçoando, por ter derrubado a tal planta, mas então uma menina que, tinha altura de uma terceiranista, deu um passo para o lado e então ele pode ver: Havia uma quarta garota loira muito pequena no chão, por cima dos gritos de todos ao seu redor, ela gritava ainda mais, parecia em pânico.

– Eu... Eu esbarrei nela sem querer... Eu... – Dizia Longbottom, e parecia procurar algo freneticamente em seus bolsos, talvez seria sua varinha.

– O que você fez com ela? O QUE ACONTECEU? AJUDE-A! – Gritava a terceiranista para o garoto. Draco avançava para onde eles estavam, sem nem pensar, já retirara sua própria varinha, talvez a garota estivesse enfeitiçada.

A lembrança de Cátia Bell, em seu sexto ano, veio à mente de Draco e então ele se viu ao lado de Longbottom:

–Ela está enfeitiçada? Longbottom, fale alguma coisa. – Pergunta Draco, olhando para do rosto pálido de Neville para o rosto em pânico da garota loira, que se contorcia. Então de repente, Longbottom simplesmente sai correndo dizendo algo sobre “Deixei em minha cabine” E dispara pelo corredor, deixando ele e as quatro garotas, três delas o olhando em uma suplica de ajuda. Draco ainda segurando a varinha, sem ousar chegar perto da planta caída que parecia ter sido o motivo do surto da menina.

– Não encostem nisso – Advertiu ele, para as outras meninas.  Estava começando a se perguntar por que ainda estava ali e se Vincent não havia notado sua demora. Nisso muitas grifinórios já abriam a porta de suas cabines para descobrir o motivo de tais gritos.

E tudo que eles viram foi um comensal da morte, três garotas e uma outra gritando no chão.

Um garoto, que Draco tinha uma vasta ideia que se chamasse Evan, outro terceiranista, é o que se aproxima dos três, então Malfoy pensa que talvez fosse melhor guardar sua varinha novamente nas vestes.

– Michelle?...Ana...? O que aconteceu? – Ele só precisou de alguns segundos para entender tudo errado –...Ana chame a monitora-chefe agora!

A terceiranista, aflita, hesita por um momento então sai pelo corredor.

– Você não deve estar realmente pensando que eu possa ter feito isso! – Diz Draco, ainda mais alto que os gritos da garota, que agora começava a chorar intensamente. As amigas ao seu lado estavam alheias à conversa, desesperadas.

– O que aconteceu? – Pergunta outra garota mais velha, numa cabine oposta.

– Malfoy enfeitiçou Michelle! FOI ISSO QUE ACONTECEU! – Responde Evan, avançando contra Draco, agora praticamente todos estavam fora de suas cabines, no corredor, observando o acontecimento.

“Onde diabos está Longbottom? E o maldito Auror?’’

– Não tente me incriminar! Seu imundo – Agora Draco estava realmente começando a ficar irritado, por que resolvera tentar ajudar? Era com isso que o retribuíam, malditos grifinórios. E o seu plano de ficar em paz e longe de tudo aquilo? Falharia miseravelmente, se o Ministério pensasse que ele fora culpado por aquilo... – Longbottom derrubou alguma... Alguma coisa venenosa na garota, que agora está fora de si.

– Como Cátia Bell ficou fora de si? Ele foi pro St. Mungus! Poderia ter morrido! – Dizia agora a garota mais velha, aproximando-se.

Outras pessoas chegavam perto da menina que gritava no chão, tentando levantá-la de algum jeito, o corredor começava a ficar apinhado de gente.

Draco engoliu em seco: Estava sozinho, encarando um monte de cretinos furiosos. Pensou em dar as costas e sair dali, mas isso era o mesmo que confessar que ele seria o culpado, o que não era.

Então ele viu os cachos castanhos e então Hermione Granger vinha furiosa, em sua direção, abrindo caminho em meio aos companheiros de casas.

Hermione havia pensando que, apesar de cheio de compromissos, o seu sétimo ano seria tranquilo comparado aos demais.

Não sabia o quanto estava errada.

Estava saindo do banheiro feminino, com Gina e Luna, depois de uma imensa discussão sobre os trajes a rigor que as duas haviam trazido, aparentemente,  Hermione não fora avisada em sua carta sobre traje algum, então não o trouxera. Gina especulou por uns bons dez minutos sobre o que aconteceria em Hogwarts para estes serem pedidos.  

Haviam deixado Neville sozinho na cabine, ele parecia um pouco preocupado com a planta que trouxera.

Mal abrira a porta, já vestindo suas tradicionais vestes negras de Hogwarts, com o brasão da Grifinória e usando o distintivo de monitora-chefe em seu peito,  quase dera de cara com uma terceiranista da Grifinória, que Gina conhecia, chamada Ana.

Ofegante a garota apenas disse:

–Michelle, minha amiga, algo aconteceu com ela... Estávamos saindo da nossa cabine, então Neville Longbottom veio na nossa direção e... Agora ela está no chão aos berros...Perto do banheiro masculino...

Hermione simplesmente trocou um olhar com as duas amigas, e saiu disparada pelo corredor. Sem precisar de mais explicações. Com Gina, Luna e Ana em seu encalço, ela passa pela cabine deles onde Neville estava, desesperado, revirando seu malão:

– ACCIO ANTÍDOTO! – Grita ele, então um pequeno frasquinho azul voa de sua mão. – Graças a Merlin – Ofega ele, então repara em Hermione postada diante da cabine.

Ela usa o mesmo feitiço convocatório, então o frasquinho já voando em sua direção:

– Neville o que você foi fazer? – Diz Gina, alarmada, enquanto Hermione já disparava pelo corredor, com o garoto atrás dela. A amiga de Michelle, Ana, parecia muito furiosa com o garoto.

Mais a frente, o corredor parecia lotado de terceiranistas e garotos mais velhos do sexto ano, todos fora de suas cabines, gritando coisas que Hermione não tinha tempo de entender, talvez alguns pedaços como “Malfoy” e “Cátia Bell”. Antes que pudesse pensar sobre o que estava sendo dito, ela grita:

 – SAIAM DA MINHA FRENTE OU VOU AZARAR TODOS VOCÊS! – Diz Hermione, com o rosto muito vermelho pela correria, algumas pessoas abrem espaço a ela e ao pequeno grupo que a seguia, então ela pode ver: A menina loira, parecendo do primeiro ano, em pânico no chão com duas amigas ao seu lado desesperadas. E o mais inusitado: Um Malfoy muito pálido em pé ao lado das duas. Mais atrás pode ver o Auror que acompanhava Draco se aproximando.

– Ele a enfeitiçou! ELE ENFEITIÇOU MICHELLE! – Dizia um dos garotos mais a frente.

Então Hermione entendera tudo: Malfoy talvez estivesse no lugar errado e na hora errada e agora todos pensavam que ele havia enfeitiçado a menina como havia feito com Cátia Bell, no sexto ano.

Já ajoelhando-se perto de Michelle, Hermione aplica o antídoto, pingando as gotas na boca aberta da garota, que gritava.

A menina então parece começar a se acalmar.

Todos que estavam no corredor começavam a falar muito juntos, irritada, Hermione pede silêncio para que possa explicar tudo, principalmente a Michelle e suas amigas, o que havia ocorrido:

– CALADOS! – Diz a garota, mais alto que todos e, surpreendentemente, eles se calam, todos os olhares recaindo sobre ela – O que aconteceu foi um acidente, tudo por causa dessa planta chamada Aliquente, que quando tocada, pode causar histeria e pânico. Michelle não foi enfeitiçada, foi apenas um infeliz acidente com Neville, não foi? Diz Hermione, olhando para o amigo.

– Eu estava levando ela para pegar um pouco de água... Não tinha certeza se era Aquilente ou não, precisava que chegasse viva para que a Prof. Sprout examinasse, pensei que talvez fosse outro tipo de planta... Eu... Desculpe-Me– Ele dizia, muito arrependido, olhando para Michelle, que agora sentava-se no meio do corredor, muito confusa.

– Então o que Malfoy está fazendo aqui? Perguntou o mesmo garoto de antes, que Hermione pensara chamar Evan.

Então Neville foi até a frente, olhando para todos.

Draco continuava parando observando tudo, com o olhar atônito.

– Ele veio ajudar, quando fui buscar o antídoto, ele ajudou as garotas, Ana, Michelle... – Explicou Neville, olhando de um em um nos olhos para que todos entendessem.

– Eu somente vim até aqui por curiosidade, eu não... Foi tudo um mal entendido. – Falou Draco, não olhando para ninguém especificamente.

O Auror atrás de Draco observava tudo com a testa franzida, como um espectador, vendo tudo de fora.

– Isso não muda o fato de termos um comensal da morte novamente em Hogwarts – Continuou Evan.

Dessa vez foi Hermione que respondeu, ainda de varinha na mão, agora caminhando para frente do ponto onde Draco estava.

–Não podemos esquecer o que ele pode ter feito no passado, mas a partir do momento em que Voldemort, e sim podemos dizer o nome dele, caiu, os comensais da morte deixaram de existir. O que temos agora são os criminosos que continuam por ai a solta e os homens e mulheres que tentam se reintegrar. Os que estão pagando pelos seus crimes.  Malfoy paga pelo que ele fez de uma maneira muito maior do que vocês poderiam imaginar. – Disse a garota, agora olhando para ele: estava com o mesmo olhar do avião, o mesmo olhar de quando salvara sua vida. O mesmo olhar de quando negara o que tinha feito. O mesmo olhar que havia lhe dado na conturbada despedida.

– Não estou dizendo para que esqueçam ou perdoem se não quiserem. Mas pensem que é melhor tentar formar mais ex-bruxos das trevas, que vão para o caminho da luz, mesmo sendo de um jeito difícil, do que novos bruxos das trevas, cheios de ódio. E por isso que A Prof. Mcgonagall e eu formaremos um novo clube estudantil, que não tentará separar os bruxos mas sim uni-los.  Saberão de mais informações mais tarde, agora voltem para suas cabines, todos vocês.

Concluindo o discurso, Hermione percebe os olhares de seus dois amigos perplexos sobre ela, menos Luna, que lhe da um sorriso. Todos então, vagarosamente, voltam as suas cabines, ainda resmungando e se perguntando sobre o tal clube estudantil, as amigas de Michelle junto com Evan a ajudam a se levantar, o garoto ainda muito carrancudo.

Então o corredor esvazia-se e Hermione se vê sozinha em pé no meio dele, a grande discussão de antes parecia não ter acontecido em comparação ao repentino silêncio.

Que é cortado por uma voz atrás dela:

– Você realmente pensa que pode fazer algo por mim? Na sua cabeça, você acha mesmo, que mudaria algo em mim? Você?  – Diz Draco Malfoy, surpreendendo Hermione, que pensara que o garoto já havia ido embora para seu vagão. – Não seja ridícula, Granger.

– De nada, Malfoy. Sendo que acabo de salvar a sua pele – Retruca a garota, com um meio sorriso. Notando que o Auror ainda postava-se mais atrás, impassível. Ela perguntou-se se ele seria sempre assim, ou interferiria caso algo acontecesse com Draco. A situação recente mostrava que não.

–  Só depois que eu salvei a sua – Responde o garoto, levantando uma sobrancelha. Estavam a alguns passos de distância, mas Hermione se aproxima.

– Então você confessa. – Diz ela, olhando fixamente nos olhos cinzentos.

Ele fica momentaneamente sem resposta, os dois se encaram por alguns instantes.

 Então ele dá uma risada sarcástica:

– Você sabe que participarei das besteiras que você e Mcgonagall criaram somente porque sou vigiado pelo Ministério? Se não fosse o caso, garanto que não estaria aqui, tão perto de gentinha como você.

Os insultos de Draco já estavam começando a aborrecê-la, como faziam sempre que se encontravam por Hogwarts anos antes. Mas não queria deixar parecer, acabara de mostrar-se alguém que acreditava em segundas chances.

Nunca imaginaria que começaria o sétimo ano defendendo Malfoy na frente de toda Grifinória, mas já que o fez, continuaria com plano, continuaria com os Haunted’s e não desistiria de suas opiniões sobre reintegração e união entre os bruxos.

– Então pode ir se acostumando, Malfoy.  Por que querendo ou não, você vai ter que me aturar. E aturar toda uma Hogwarts que não acredita mais nas mentiras suas e de sua família. Você vai ter que aturar as mudanças que ocorreram. Garanto que ele – Disse ela, indicando o Auror mais atrás – Vai relatar todos os seus passos ao Ministério. Então será que, eu preciso de você, ou você vai precisar de mim, e das minhas “besteiras”? – Concluiu ela, agora virando as costas para o garoto.

Nunca precisarei de você. E isso não é uma afirmação, é uma promessa, Granger.

A garota então para no meio do corredor, era inusitado, os dois sempre discutiam em corredores. Estava acontecendo com uma frequência impressionante.

–Quer Apostar?

– Apostar o quê, Granger? – Responde Malfoy, claramente irritado. Isso fez com que Hermione ficasse ainda mais dedicada a tirá-lo do sério.

– Te digo quando perder, Malfoy. – Então ela decide ir embora, já tendo a última palavra, ignorando o “Sangue-Ruim insolente” Que ele lhe resmungara.

Hermione mal pode sentar com os amigos quando chegara a sua cabine, o trem da um solavanco então para.

Haviam Chegado a Hogwarts.

Enquanto saiam do trem para a plataforma, puderam ouvir a voz grave de Hagrid

“Alunos do primeiro ano! Alunos do primeiro ano acompanhem-me”.

Isso a fez lembrar-se da primeira vez que o vira, de como ficara surpresa com sua altura e até amedrontada, mas como o julgara mal, e de como Hagrid era uma pessoa extremamente generosa e gentil, e como sentia falta dele.

Isso a fez pensar nos acontecimentos do trem em como, talvez, a maioria das pessoas julgavam mal as situações.

Aproximando-se, com Gina ao seu lado e Neville e Luna mais atrás.

 Chegam onde Hagrid está, cercado de crianças do primeiro ano, eles o cumprimentam e o meio gigante fica muito emocionado a ver todos ali, depois da batalha, depois de tudo por que lutaram no fim ter dado certo.

– É uma pena que Harry e Rony não possam estar aqui – Fungou Hagrid, enquanto se despedia, com Hermione os amigos que se dirigiam as carruagens.

Com um pequeno choque inicial, ela repara que agora sim pode ver os Testrálios: Animais que só poderiam ser vistos por quem já vira a morte, e agora, infelizmente, Hermione Granger já vira coisas piores do que a morte.

– Agora vocês todos conseguem ver, não conseguem? – Diz Luna, observando a todos com seus grandes olhos azuis – Pode parecer difícil no começo, mas eles são criaturas magníficas sabem, os Testrálios.

Os quatro amigos sobem na carruagem, que não andava sozinha, ao final das contas.

Gina parecia um pouco quieta demais, e para ela isso não era normal. Hermione sabia que pensavam em Fred, talvez o irmão fosse o motivo de ela enxergar os tais animais.

Hermione então toma a mão da amiga entre as suas:

– Ei, vamos ficar animadas, está bem? Chegamos, estamos em Hogwarts. O seu tão esperado sétimo ano.

Ela fala isso também olhando para Neville, que ainda parecia muito chateado com o que ocorre no trem, Gina então lhe dirige um sorriso em meio aos olhos marejados:

– Sim, estamos aqui depois de tudo, finalmente. Vamos ter um ano incrível, não vamos? – Pergunta amiga, olhando para todos. A carruagem já começava a andar, em meio a estradinha sinuosa e estreita, levando ao castelo.

– Tenho que certeza que vamos – Respondeu Hermione, pensando no Grande Salão, na professora Mcgonagall, No cargo de Monitora-Chefe, No Haunted’s, em Malfoy e na aposta que havia feito mais para si mesma e pensando em tudo que acontecera para chegar até ali.

“Ou pelo menos assim eu espero”

Então a carruagem segue, vista por outra pessoa, parecia andar sozinha. Mas não para os quatro amigos que lá estavam, eles sabiam a verdade,  já haviam visto à morte, a batalha, a vitória. E agora veriam o começo de um novo ano.

Mesmo sem saber o que aconteceria,

Os quatro amigos continuavam conversando animadamente pelo caminho estreito, atravessando a noite. 


Notas Finais


Então é isso,
Comentem se quiserem
to esgotada demais até pra escrever aqui haha
música do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=ezvHwXjT780
Aliás essa é uma das músicas tema da fanfic!
A primeira música tema da Hermione para o Draco: Haunted - Taylor Swift
Draco para Hermione: Starset - Monster.


GENTE vai sair capitulo agora toda QUINTA-FEIRA a noite e quando eu postar nos domingos eu aviso.
Isso é pra garantir a qualidade da fanfic, por eu ter mais tempo pra escrita / edições / revisões.
OK? Espero que entendam!
Mas a Fic vai continuar sim tem muito pela frente!
Beijos de Lumos.


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