História He a nerd? I'm in. ( Dave Lizewski One Shot ) - Capítulo Único

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Para muitas garotas, Dave Lizewski poderia ser invisível.
Mas para mim, Dave sempre esteve acima dos outros caras.

Eu namorava Dave a distância muitas vezes durante as aulas, mesmo que o assunto fosse importante, minha atenção sempre estava indo em direção ao garoto de óculos prateados e memórias começavam a surgir.

Como as outras garotas não olhavam na direção desse cara? Todas elas eram cegas ou algo assim? Bem, não estou reclamando ao todo, porque se elas não veem Dave da mesma forma que eu vejo, significa que o tenho todo para mim.

A verdade é que Dave e eu dávamos alguns amassos. Alguns não, vários.

Tudo começou com o meu interesse que se tornou uma pequena obsessão saudável por aquele nerd bonito, então uma solicitação de amizade no MySpace e um pouco de conversa geek e eu tinha o Dave enrolado em meu dedo. Não que fosse uma tarefa realmente difícil, você podia ver naquele rostinho que aquele garoto estava quase implorando por uma garota. Felizmente, a garota sou eu.

Me trazendo de volta para o mundo real, mordisco os lábios para a visão de trás que tenho de Dave por me sentar atrás dele na aula de Inglês, mesmo que sua postura seja um pouco envergada enquanto ler o livro, não posso evitar de achar-lo bonito. Como alguém pode ser tão atraente, independente do ângulo que seja visto?

Não consigo evitar não ficar quieta, pegando um lápis em meu estojo e usando a pequena borracha avermelhada na outra ponta para esfregar levemente contra a nuca de Dave, vendo aqueles pelinhos se arrepiarem, o garoto estremecendo levemente. Fácil demais.

Dave arruma sua postura na cadeira, suas costas coladas no encosto enquanto eu me inclino sobre sua mesa para sussurrar em seu ouvido.

— Atomic comic’s hoje?

Um sorrisinho sacana atravessa meus lábios.

— Claro! Hoje chega uma nova edição da HQ do Batman e… Você não está interessada nisso.

Dave rapidamente se acalma quando vê minhas sobrancelhas levemente arqueadas.

— Estou mais interessada no fanboy do Batman, se você me permite dizer.

Eu brinco, raspando novamente a borracha contra a nuca de Dave.

Um grunhido baixinho vindo do garoto de óculos, que coloca a mão sobre a nuca para se proteger de mim.

— Para com isso.

Eu vejo seus olhinhos verdes ficarem levemente cerrados enquanto ele franze a testa.

— Faz eu me sentir estranho.

Ele resmunga por fim, esfregando a nuca.

— Todo sensível…

Sussurrei de volta, deixando uma leve mordiscada na parte de trás do pescoço dele. O garoto de olhos verdes devolveu em resposta mais um leve grunhido, se mexendo na carteira.

— Babe, agora não…

Dave faz um leve beicinho, mas eu podia ver o cantinho da boca dele ameaçando subir, mostrando que ele gostava da situação.

— Atomic comic’s?

Eu retorno.

— Óbvio.

Ele dá um meio sorriso, voltando a prestar atenção no que a professora passava na lousa.

 ❦ 

Passar tempo com Dave após as aulas na Atomic Comic’s começou a fazer parte da minha agenda diária. Acabei desenvolvendo um certo carinho pela lojinha de quadrinhos e cafeteria junto da frequência em que vinha para o lugar, junto de Dave, claro.

Os primeiros flertes e investidas aconteceram aqui, enquanto Dave falava empolgado sobre seus super-heróis favoritos e recomendava com alegria dezenas de quadrinhos. Também foi aqui que houve o primeiro beijinho contra as estantes, e onde os beijinhos se tornaram mais intensos ao ponto de eu precisar de ar com urgência.

Eu vejo Todd e Marty mais ao fundo, debatendo sobre algo enquanto seguravam revistas em mãos, mais uma cena comum. Os amigos de Dave ficavam em canto, enquanto o garoto de óculos ficava sentadinho comigo em uma mesa ao lado da janela que dava vista para a rua.

Me escoro contra o vidro, me ajeitando no meu assento enquanto secava Dave, esse que lia a nova edição do Batman que aguardava ansiosamente por semanas para ter em mãos. Apreciava cada detalhe da feição de Dave, o cenho franzido enquanto se concentrava em ler, o jeito que seus lábios finos se abriram levemente enquanto ele tinha uma surpresa silenciosa com alguma cena.

Então minha visão desse mais para baixo, para onde estava a mão esquerda de Dave, que repousava sobre meu joelho que descansava sobre o joelho dele. Seu polegar esfregava suavemente por dentro do rasgo da calça jeans no joelho, fazendo questão que seu polegar tocasse o pouco de pele que era exposta para acariciar.

Dave era muito físico. Mesmo que estivéssemos em silêncio, pode ter certeza que alguma de suas mãos, não, mesmo apenas seus dedos estavam roçando em mim de alguma forma.

Eu terminei de me sentar de lado, passando minhas duas pernas por cima das de Dave, e se antes ele tivesse dúvida que eu o estava o encarando, agora ele deve ter certeza. Eu sugo o conteúdo do meu copo pelo canudinho, balançando meus pés enquanto o olho descaradamente.

— Pare de me olhar, está me desconcentrando.

O garoto reclama, mas lá está aquele sorrisinho de lado que mostra que gosta da atenção.

— Tô é?

Eu devolvo com um sorriso sacana, deixando o copo sobre a mesa e me aproximando mais.

— Deixa eu te desconcentrar mais um pouco então.

Mordo o lábio inferior, sorrindo enquanto me inclinava para mais perto do rosto dele.

Dou o primeiro selinho em Dave, vendo seus olhos fecharem e ele suspirar. No segundo selinho, um pouco mais demorado que o primeiro, de relance o vejo fechar a revista de quadrinhos sobre a mesa e até mesmo a empurrar para frente, agora sua mão esquerda deslizar pela minha cintura e sua mão direita ficar por baixo de um dos meus joelhos, me puxando levemente para mais perto enquanto seu tronco se vira para ficarmos mais próximos, nossos lábios se juntando novamente quando minha mão pousa na lateral de seu pescoço e ombros.

Subo a mão que estava no pescoço dele devagar até alcançar os cabelos da nuca dele, meus dedos se perdendo naquelas mechas onduladas, agarrando alguns cachos largos que o faz inclinar a cabeça mais um pouco para me beijar, sua boca se movendo vagarosamente, chupando levemente meu lábio inferior.

Quando ameaço me afastar, apenas para provocá-lo, ganho um aperto na cintura e eu pude sentir que o seu cenho estava franzido em repreensão. Dou um leve sorrisinho contra os lábios dele, esfregando seu couro cabeludo cheio enquanto continuava a beijá-lo, dessa vez até que o garoto de óculos fique satisfeito.

Poucos minutos depois, afasto devagar, terminando o beijo. Me delicio vendo Dave se inclinar para tentar continuar, mas sua respiração levemente ofegante o faz recuar, entretanto, os olhinhos verdes continuam olhando para minha boca, o olhar de cachorrinho abandonado.

— Acho que já estou pronto para dar amassos atrás da loja.

Dave acaricia meu joelho, sua mão subindo e descendo num gesto suave sobre o tecido da calça, o sorrisinho atravessado que mostrava seu lado atrevido.

— De lerdo você só tem a cara!

Eu puxei levemente o cabelo da parte de trás da sua cabeça, e ele mordeu o cantinho do lábio.

Dave me deu um puxão, faltando muito pouco para que eu ficasse sentada em seu colo, a mão grande subindo pela lateral da minha coxa em um toque dominante.

— É difícil manter a aparência de bom garoto perto de uma garota tão bonita.

Um aperto na minha coxa.

— E bem, não é todo dia que uma garota como você resolve ser bondosa o suficiente para ficar com um esquisito como eu. Então vou aproveitar cada segundo.

Eu empurro o ombro dele como repreensão

— Você não é esquisito, Dave. É de longe o cara mais gato que já beijei.

Dave revira os olhos, não acreditando em minhas palavras.

— É sério! Eu não sei por que as outras garotas não vem em você aos monte, mas bem, não estou reclamando, assim sobra mais de você para mim.

Eu pisco, enrolando meu dedo na cordinha do casaco dele.

Ele dá um ronronar, mexendo os ombrinhos de animação. A testa dele grudando na minha, ele esfregando nossos narizes antes de deixar um beijinho na ponta do meu nariz.

— Caso você não tenha percebido, eu tô muito afim de você.

Ele sorri, os olhos verdes vidrados nos meus.

— Coincidência, estava pensando a mesma coisa.

Eu sorrio de volta, meu indicador empurrando suavemente os óculos dele de volta para o lugar.

— Você pode ser a Mary Jane do meu homem-aranha.

Ele pisca. Flerte.

— Ela não morre no filme?

Implico de propósito, sorrindo travessa.

— Nah, essa era a Gwen Stacy. Eu te garanto que vou te segurar bem com a minha teia.

Ele dá um risinho.

— Vai é?

Meu olhar desce para seus lábios finos, umedecendo meus próprios lábios.

O garoto dos olhos verdes mais lindos que eu já vi sorrir torto, mais um aperto na lateral da coxa enquanto ele se inclina sobre mim.

— Uhum, vou te prender bem na minha teia, nunca mais vou te deixar sair dela.

Com o jeito que ele me inclinava, minhas costas acabam contra a janela de vidro, o aperto dele firme na curva da minha cintura.

— E depois?

Eu passo meus braços por seu pescoço, nossas respirações se misturam.

— Ai eu vou comer você, assim ó, nham nham.

Ele dá uma risadinha antes de colar a boca na minha, movendo os lábios com um pouco mais de voracidade dessa vez.

Meus dedos se emaranham naqueles cabelos ondulados, abrindo minha boca para que sua língua deslize sobre a minha em um movimento suave, Dave suspirando enquanto apertava mais forte minha coxa.

Dessa vez, Dave é o primeiro a quebrar o ósculo, e eu posso sentir seu peito subindo e descendo com a respiração do garoto ficante forte.

— Atrás da loja?

— Atrás da loja.

Eu aceno a cabeça, confirmando suas palavras.

Então o garoto de óculos se levanta com pressa e eu posso o ver puxando sua camisa para baixo discretamente enquanto seus dedos cruzam com os meus, me puxando para os fundos com certa pressa, nem se importando em falar nada para os amigos enquanto passa por eles dentro da loja.