Mo Guan Shan caminhava com um semblante raivoso e passos pesados, soltando palavreados ofensivos que apenas ele podia ouvir. Bem, talvez algumas pessoas que cruzavam seu caminho ouvissem, assustando-se ao ver a cara do rosado de que iria espancar alguém. E, de fato, ele queria o fazer.
He Tian o infernizava sempre, e naquele dia não era diferente. Mo, se pudesse, o socaria até deixá-lo em coma, mas as coisas não eram tão fáceis para o rapaz que se encontrava puto da vida. De qualquer forma, ele jamais admitiria que o moreno tinha um poder maior e, querendo ou não, o rosado não tinha escapatória em muitas situações. As ameaças rotineiras que sempre ouvia eram o que havia o feito ir até a casa do mais alto, ainda que contra sua vontade.
— Eu estou com um problema, preciso que venha para cá. — Era 19:30 quando havia recebido a ligação de He Tian. Mo Guan Shan havia ficado puto da vida após não receber nenhuma explicação e ser ameaçado.
Como Mo o conhecia, imaginava que seria algo relacionado à comida – afinal, o que ele cozinhava ultrapassava o limite do que poderia ser considerado legalmente correto, de tão ruim. Mas muitas vezes eram coisas sem lógica alguma, apenas para irritar o rosado por mero divertimento de He Tian. Soltou um xingamento mais alto conforme se aproximava do prédio onde He Tian morava, se perguntando desde quando havia virado ou o cozinheiro particular ou o brinquedinho do filho da puta.
Chegou até a estrutura assustando qualquer um que o visse, com uma cara nada amigável e a testa franzida. Bateu na porta, com pressa. Pode ouvir uma voz masculina saindo, informando que logo iria atender. A figura de cabelos morenos abriu a porta e sorriu ao ver o rosado.
— E aí. — Uma veia saltou da testa de Mo Guan Shan.
— E aí, o caralho! Que que ‘cê quer, porra? — Se aproximou, encostando o dedo no ombro do maior. — Se acha que eu sou a desgraça da sua empregada particular, eu vo-
Pôde sentir seu estômago doer e, segundos após receber o soco do moreno, abraçou a barriga e se ajoelhou no chão. Filho da puta!
— Não pode sair agindo assim com os outros, pequeno Mo. Vai assustá-las.
Você é o assustador aqui! — O rosado grunhia de dor no chão, encostando na região que havia levado o golpe. — P-por que me chamou?
Foi apenas ao erguer a cabeça para encarar com ódio a face sorridente do desgraçado que notou, com o passo que levantava o olhar, algo claramente chamativo e perceptível nele, pouco abaixo do quadril.
Estremeceu.
He Tian estava duro.
O rosado adicionava molho de soja na panela mediana, mexendo-o junto aos grãos de Sichuan e a pimenta seca. Podia sentir o vapor da água quente subindo e o calor chegando até seu rosto, inclinando-se para trás após verificar se tudo estava certo. Dan Dan Mian* era um prato simples e fácil, não conseguia entender como He Tian não tinha a capacidade de fazer algo como aquilo onde se preparava o molho, a carne, fazia o macarrão e juntava tudo. Balançou a cabeça negativamente, murmurando xingamentos baixos por ter que bancar o cozinheiro do moreno mais uma vez. Mo Guan Shan gostava de cozinhar, era uma das poucas coisas que fazia com boa vontade e se saía extremamente bem, mas quando se tratava de o fazer para o moreno, cozinhar se tornava a coisa mais detestável do mundo. E naquele momento, a situação estava pior que as anteriores.
O mais alto andou até a cozinha e observou o molho fervendo, erguendo as sobrancelhas como se fosse algo realmente impressionante. Era longe de sua capacidade, de qualquer forma. Massageou a barriga por dentro da camisa acinzentada e recostou-se na parede do local, olhando o rosado preparando sua refeição. Mo sentiu um leve arrepio percorrer seu corpo, este do qual se amaldiçoou por sentir, ao notar a silhueta pouco distante lhe encarando. Detestava ser encarado, e normalmente apenas olharia para He Tian e o insultaria, mas algo ali o incomodava. Não queria olhar, mas sabia que ainda estava presente.
— Você me chamou para cozinhar, certo? — Perguntou receoso, ainda mantendo o olhar no molho.
— Comida feita na hora é sempre melhor que congelada. — He Tian sorriu, fazendo Guan Shan revirar os olhos. Pensou que nem de comida congelada ele devia conseguia lidar. – Mas por qual outro motivo eu te chamaria? Queria me ver?
O rosado ficou quieto, sem desviar sua atenção da comida. Pelo menos, era o que tentava fazer parecer. Maldito desgraçado. Podia sentir o olhar questionador do maior sobre si, assim como o volume entre as pernas dele se encontrava presente e... bem notável. Aquele fodido ia mesmo continuar mostrando o que não devia ser visto para Mo Guan Shan? A verdade é que, mesmo sem admitir, estava preocupado em ter sido chamado por causa daquilo. He Tian sabia ser um sem noção quando queria e adorava provocar o rosado, e esse desejava que estivesse ali APENAS pelo jantar do outro. Se encontrava tão inerte nos pensamentos que se assustou quando o braço de He Tian passou pelo seu pescoço, o olhando zangado.
— Tira o braço daí, porra. — He Tian soltou uma risadinha que atiçou a raiva do rosado.
— Se não o quê?
Mo Guan Shan pensou antes de falar. Não era apenas receio de levar um pontapé, ele se sentia nervoso com aquela aproximação. Já deveria estar acostumado com esse grude, pensou, surpreso consigo mesmo. He Tian o olhou confuso pelo silêncio. Se suas bochechas começassem a corar apenas pelo olhar do mas alto – o que, por sinal, realmente estava acontecendo –, seria humilhação demais. Para de me encarar, caralho!
— Você está bem, pequeno Mo? — He Tian se inclinou para frente, querendo o olhar nos olhos. — O que foi?
A mão de He Tian encostaria na cabeça de Mo Guan Shan se o mesmo não desse lhe desse um tapa.
— Disse pra não encostar! — Franziu a testa, sem a paciência que sempre lhe estava em carência. — Olha que eu fodo com sua família.
He Tian já havia ouvido aquilo tantas vezes que apenas aumentou o sorriso no rosto, divertindo-se com o “pequeno Mo”. Havia ficado preocupado por um momento, mas logo passou. O rosado não sabia se o toque de He Tian em sua cintura era mais uma provocação para deixá-lo mais puto ou outra coisa que preferia não saber, mas no impulso do momento, após as mãos grandes do outro entrarem em contato com seu corpo, acabou o empurrado.
Em segundos, He Tian bateu contra o fogão e a panela na boca da ponta virou contra ele, despejando todo o molho no chão e pegando em suas calças. O mais alto continuou mantendo um sorriso. Mo Guan Shan estava fodido. O rosado abaixou as calças de He Tian de imediato e o que aconteceu depois foi que o moreno se dirigiu ao banheiro para se limpar e Mo foi limpar o chão após pegar um pano, arrependido do ato e contando os últimos minutos de sua vida, além do desgosto sentido de ter visto o He Tian Junior. E o maldito molho, que havia perdido parte de seu tempo para fazer, não saia. No final, tivera que pegar uma bucha para limpar a sujeira com a força do ódio, demorando alguns minutos para terminar.
Não sabia se voltava a cozinhar e fazia tudo novamente, se ia embora ou aguardava por He Tian. Se o pênis dele parasse de funcionar por sua culpa, não estava nem um pouco afim de dar um jeito naquilo ou ter que arranjar mais uma dívida. Bufou, frustrado, pouco antes de He Tian aparecer já vestido. O olhou, sem saber como reagir – ele ainda tinha um pênis para poder imaginar a dor anterior, então a agonia era automática.
— Você realmente dá trabalho, pequeno Mo. — O mais alto se aproximou, passando a mão pelos cabelos ainda molhados. — Sorte que ele era bem resistente.
Mo Guan Shan não sabia identificar se ele estava ou não com raiva, claramente preocupado — mais pelo que aconteceria consigo do que com o estado do outro. Havia o visto irritado poucas vezes, e a situação não se encontrava favorável para o rosado de olhos âmbar. Deu alguns passos para trás, engolindo em seco.
— Não foi intencional. — Adiantou, franzindo a testa.
— Oh. Claro. Mas eu mereço algo em perdão, não acha?
— Foi você que me assustou, porra! — He Tian o olhou confuso.
— Mas eu só me aproximei. – O rosado detestava o fato dele estar certo. — E se ele nunca mais funcionar corretamente? — Utilizou um tom dramático, que quase fez o outro sorrir, mas estava puto demais para isso.
— Talvez assim você pare de ficar andando com essa porra à mostra. — He Tian pareceu não entender. — Você ‘tava todo duro andando pra lá e cá!
O moreno ficou quieto por alguns segundos, ainda o olhando confuso. Segundos depois sorriu, malicioso.
— Então era por isso que estava tão estranho? – Guan Shan travou. – Agora compreendo porque foi tão bruto comigo mais cedo. Estava com vergonha?
Vai se foder! — Exclamou. — Você sabe que eu não gosto que se aproximem e me toquem. Foi apenas isso! — Tentava ignorar, mas sabia que sua bochechas estavam começando a ganhar uma coloração forte.
Aquilo era extremamente humilhante para ele, mas como o inferno que He Tian era, este não pensou duas vezes antes de provocá-lo mais uma vez. O rapaz, cheio de divertimento no semblante e um olhar quase que desafiador, se aproximou da figura envergonhada, segurando-lhe a cintura, fazendo seu sangue ferver. Mas.... não sabia se era por raiva ou vexame. Mo Guan Shan juntou fôlego para se pronunciar, de imediato se interrompendo após o maior aproximar o rosto, indo até sua orelha. Instantaneamente prendeu a respiração, sentindo a respiração quente de He Tian bater contra a cartilagem, causando uma arrepio que jamais admitiria ter percorrido seu corpo e erguido os pelos de seu braço.
— Você é tão fofo. — Ele riu. — Talvez eu devesse te deixar tímido desse jeito mais vezes?
He Tian se afastou, fitando o rosto do menor. Mo Guan Shan estava com o rosto tomado pelo rubor chamativo e um olhar belicoso, porém estético. A respiração acelerada declarava a possível fúria do rosado sendo liberada, mas ao mesmo apenas permaneceu parado, por um breve momento realmente preocupando o mais alto. Este só não sabia que, para sua surpresa – e infelicidade do pequeno Mo –, o outro estava com um agravante problema.
Desceu o olhar, arregalando os olhos.
— Você... – O menor pediu mentalmente que He Tian não terminasse. — está excitado?
Mo Guan Shan estava com tanta vergonha que até falar estava sendo complicado. Se afastou do mais alto e, apressado, desviou do mesmo para ir pegar suas coisas e sair daquele lugar. Nunca havia ficado tão constrangido em toda sua vida, e o rosto avermelhado transparecia o que estava sentindo, fazendo He Tian não saber o que dizer ou como reagir àquele caso inesperado. Se dirigiria até a porta e voltaria para casa se não fosse puxado pelo moreno.
— O que foi?! — O rosado o olhou, com os olhos enfurecidos, possivelmente marejados pela vergonha.
— Você não precisa ficar desse jeito. — Mo Guan Shan puxou o braço com brutalidade, sentindo as orbes arderem pelas lágrimas. — E não tem como... sair desse jeito. — Olhou a ereção do mais baixo.
Mo Guan Shan queria enfiar a cabeça em um buraco e nunca mais tirar dali. No entanto, ele estava certo. Precisava resolver o problema, tendo em vista que sua calça não escondia o volume. Ficaram se encarando por alguns segundos, ambos em silêncio – não havia exatamente algo para dizer. O vazio se quebrou segundos depois após He Tian suspirar, coçando a nuca.
— Você pode usar o banheiro.
— Quê? Nem fodendo! — O rosado franziu a testa. — Eu não vou bater uma no seu banheiro!
— Bom, eu não me agrado com a ideia de outra pessoa usando meu local sagrado para isso. — He Tian sorriu.
— Você é nojento. – A vergonha do rosado havia diminuído naquele ponto, mas ainda tinha o problema entre suas pernas para ser resolvido.
— Então o que sugere? — Mo não havia entendido, arqueando uma sobrancelha. — Você ainda tem um pênis bem erguido aí dentro, o que vai fazer?
Mo Guan Shan demorou alguns minutos para notar a malícia no canto dos lábios finos do maior. Mais um maldito arrepio dominou, por segundos, o corpo do rosado que fez cara feia em resposta.
— Eu posso te ajudar com isso.
— Eu quero é que você vá tomar no cu.
E, sem saber quando e como, o mais alto havia o puxado para logo em seguida jogar o pequeno Mo contra a parede. Este grunhiu, resmungou e arregalou os olhos ao ver He Tian se ajoelhando de frente à suas pernas. Não, não, não, não! Sem conseguir falar, apenas com a boca aberta pelo susto, segurou a cabeça da figura abaixada com a mão, sentindo a pele de sua face esquentar e tornar a esvaziar fumaça. Ele não podia estar falando sério!
— T-tira a cabeça daí! — O moreno sorriu, divertindo-se.
— Isso vai ser bom para você. Estarei apenas te fazendo um favor.
Mo Guan Shan rebateria se não fosse interrompido pelo próprio arfar, que saiu após o mais alto apertar o volume por cima do jeans. Não falou nada, sem jeito, o olhando assustando – Tempo este em que o outro utilizou para se livrar das vestimentas inferiores que atrapalhavam seu trabalho ali. Mesmo que a ereção marcada na boxer do rosado já informasse o quão rígido e grande o membro dele estava, puxar o último tecido o cobrindo e vê-lo, literalmente, pular para fora, ainda havia sido uma surpresa para He Tian. Lambeu os lábios, contornando a carne pelas extremidades da boca em uma lascívia que resultou em mais um arrepio de Guan Shan.
O rosado não teve tempo de reagir, pois logo He Tian já estava envolvendo o membro ereto de Mo Guan Shan com uma das mãos. Deslizava-a para cima e baixo, observando o movimento da própria palma como se nem ele soubesse o que estava fazendo. Mas ele sabia, e começou a deixar isso claro conforme aumentava a velocidade e a reduzia após segundos, fazendo suspiros saírem dos lábios do outro. Sentia um enorme alívio com aqueles toques, o corpo todo era envolvido por ondas de choque conforme o moreno aumentava a velocidade, e a maior veio após este decidir abocanhar. O que deveria ser um ‘’Não!’’ do pequeno Mo escapou como um gemido de uma fala indecifrável, tampando a boca em resposta e fechando os olhos com força. Como conseguia sentir tanto prazer com aquilo?! Ainda queria afastar a cabeça de He Tian, aquilo era constrangedor! No entanto, o outro, que movimentava a cabeça com seu pênis na boca, estava indo bem demais para que conseguisse interromper.
Maldito pervertido!
Ao contrário do rosado, He Tian não parecia estar com nem um pingo de vergonha, não hesitando em erguer os olhos para observar a face do menor. Se sua boca não estivesse cheia demais para conseguir sorrir, certamente o faria. Envolvia o membro mais a fundo em sua boca e se afastava, repetindo o movimento que o dava grunhidos e suspiros de Mo Guan Shan em resposta. Mas ele queria mais, e esse desejo veio em abundância, logo retirando a boca para apenas encostar a língua na pele, deslizando-a por toda a extensão. O rosado engoliu em seco, permitindo que sua cabeça fosse para trás e se apoiasse na parede. Sentia o olhar do moreno sobre si, evitando encará-lo, mas quanto mais He Tian parecia diminuir a intensidade, mais o sufoco de pedir que ele agilizasse aumentava. Distribuía beijos sobre a glande, contornando-a com a língua quente, acariciava o membro exposto e de minuto em minuto voltava a observar as reações do pequeno Mo. Queria vê-lo pedir por mais, e ele sabia disso.
O menor mordeu o lábio inferior, tomando coragem para fitar os olhos maliciosos e gulosos do outro. Ele ia mesmo continuar o torturando daquele jeito? A ameaça de abocanhar novamente que nada fora além de um simples toque dos lábios de He Tian na glande responderem a pergunta.
— Porra, He Tian! Termina logo essa merda! — Arfou.
O moreno o faria implorar por mais, mas a necessidade de terminar logo aquilo e partir para algo além de um mero boquete surgiu após sentir o próprio membro pulsar.
Abocanhou, dessa vez sem diminuir a velocidade. O rosado se rendeu aos gemidos mais altos, abafados, tapeando as paredes em busca de algo para agarrar. Recorreu aos cabelos de He Tian, apertando os fios escuros e fazendo o próprio grunhir, querendo explorar mais de onde tudo aquilo vinha.
— He Tian! — Mo Guan Shan grunhiu, apertado as mãos com força, declarando que estava chegando ao ápice.
He Tian não parou, segundos depois tendo a boca preenchida por outra coisa. Afastou-a, sentindo a esperma em sua boca e fazendo uma leve careta. O rosado havia gozado, logo relaxando os músculos do corpo, abrindo os olhos. Ofegava, ainda processando tudo o que havia acontecido. Olhou para o moreno ainda ajoelhado e arregalou os olhos ao notar um pouco do líquido pegajoso escorrendo pelo canto da boca.
— V-você é louco?! – Mo Guan Shan estava tão rosado quanto seu cabelo. – Eu te avisei! Por que não tirou a boca?
He Tian não respondeu, se levantando e, ágil, puxou o rosto do menor para beijá-lo, ainda com resíduos do sêmen nos lábios. Mo Guan Shan tremeu, surpreso, sentindo a língua do mais alto invadir sua boca sem muita delicadeza, tocando e provocando a sua. Se não estivesse tão frágil pelo ocorrido anterior, interromperia aquilo. Sim, com certeza interromperia. Pôde sentir do próprio gosto, amargo, cerrando os olhos e grunhindo, pouco antes da falta de ar vir e empurrar He Tian, ofegante.
— Vai dizer que tem desgosto de mim? — Ergueu a cabeça para o olhar, vendo um sorriso estampado na face do mais alto.
Se lembrava da primeira vez e única, até então, que havia sido beijado pelo mais alto e o insultado por isso. Pigarreou e desviou o olhar, sentindo o corpo pesado. Mesmo com o sabor do sêmen em sua língua, não tinha vontade de reclamar, mesmo que seu orgulho o quisesse. Havia sido bom, ele querendo isso ou não.
— Obrigado. — Limpou a garganta, se afastando, sem coragem de o olhar nos olhos.
— Pelo quê? — He Tian sorriu, fazendo o rosado franzir a testa, envergonhado de ter que falar de forma mais clara. — Pelo que eu fiz? Não está cedo demais para isso?
O rosado lançou um olhar interrogador. Apenas entendeu segundos depois.
He Tian puxou o corpo de Mo Guan Shan sem delicadeza, colocando-o por cima de seu ombro e, com pressa, andou até seu quarto. Entrou no cômodo e fechou a porta com um chute, pouco após o estrondo jogando o rosado na cama. Subiu em cima do menor, dando um sorriso de canto ao vê-lo confuso e ruborizado.
— Eu ainda não terminei para já me agradecer, pequeno Mo.
— Mas que porr-
O roçar em seu membro, ainda sensível, pelo outro de He Tian fez o rosado grunhir, quase que contorcendo as costas. Podia sentir o volume grande e chamativo dele. Se seu rosto pudesse, ficaria ainda mais vermelho não apenas pela posição, mas pelo sorriso nada decente presente no rosto da figura que se esfregava em seu corpo.
— Seu m-maldito pervertido! Sai de cima! — A voz de Mo Guan Shan falhava, alternando para outros suspiros ao passo que o mais alto ainda se mexia.
— Eu te fiz um favor. Vai ter que me pagar por isso. — O moreno inclinou-se para frente, descendo a cabeça até o pescoço do pequeno Mo, onde encostou os lábios.
— Tivesse me avisando antes que eu teria que pagar depois, porra!
— E perder a oportunidade de te ver gemendo e pedindo para eu ir mais rápido?
— Vai se foder. — Mo Guan Shan corou.
He Tian riu, afastando-se do pescoço do mais baixo, ainda permanecendo em seu colo.
— Acho que ainda não entendeu.
Tirou a camisa, deixando ali a mostra os músculos bem definidos e o abdômen delineado, um sorriso voluptuoso no rosto. Esse mesmo sorriso que, ao olhar, o rosado pôde sentir seu corpo fremir.
— Quem vai te foder, pequeno Mo, sou eu.
Mo Guan Shan, há minutos atrás, não imaginava que receberia um boquete do mais alto para em seguida ficar com o outro se roçando em cima de seu colo. Mas que He Tian não tinha delicadeza alguma era algo que já sabia pelo pouco que o conhecia, e isso ficou claro após ele rasgar a camiseta do rosado sem pensar duas vezes, focado no peitoral do mesmo. Mo Guan Shan alternava entre indignar-se pelo ato agressivo do maior – apenas não o xingou por estar sem reação – e pela surpresa quanto aonde aquilo estava chegando, sem jeito para o olhar que recebia. O outro apreciava a imagem, observando a bela e clara pele do menor totalmente exposta, o peitoral livre para si e também sua barriga, onde mais abaixo encontrava-se regiões que faziam seus batimentos acelerarem e o desejo possuí-lo.
He Tian passou a distribuir mais beijos no corpo alheio, saindo de seu pescoço e deslizando até os ombros. Mo Guan Shan apertava-lhe os braços descobertos, soltando negações baixas e sentindo leves arrepios, porém ainda efetivos para que não conseguisse se pronunciar sem gaguejar. Os lábios finos e tíbios do moreno logo se deslocaram para mais abaixo, onde os mamilos se encontravam. Contornou-os com a língua, algo inesperado para o pequeno Mo, que arfou em resposta. Era claro como aquela região agradava o mais alto: não apenas contornava, como encostava a língua nas pontas, uma de cada vez, para em seguida beijar e chupar, ‘’gentilmente’’ e prazerosamente. Seus dedos também auxiliaram, iniciando massagens naqueles livres da boca, onde continuava o processo. O rosado sentia seus pelos erguidos e as regiões enrijecendo, aumentando a força do prazer que sentia.
Quer dizer, não era prazer. Longe disso: Resistência. Concordou com o próprio orgulhoso pensamento.
Mas apenas aquilo não bastava, e He Tian decidiu partir para outro lugar. E foi descendo e descendo, aumentando a eletricidade que percorria toda a estrutura do menor. Chegou no abdômen e não parou ali, arrastando a língua até a virilha. Mo Guan Shan fechou os olhos, automaticamente contorcendo as costas e sentindo frágeis cócegas na área, o formigamento presente.
Abriu os olhos e olhou para o moreno após segundos sem ação do outro, que se afastou da cama e saiu do quarto. O rosado ficou deitado, confuso. Ele havia parado? Sentiu certa decepção naquele momento, recusando-se de tal coisa após processar seu próprio pensamento.
Em um impulso, se sentou. Já ia sair da cama, vestir suas roupas – Estava sem a cueca, puta merda – e ir embora para provavelmente fingir que nada daquilo havia acontecido.
— O que está fazendo? — Olhou para a porta, vendo He Tian ali. Estava com algo na mão, em formato cilíndrico. — Eu não cheguei nem na metade ainda, se é isso que quer saber. — Sorriu de canto.
Mo Guan Shan não falou nada, com a atenção no objeto que ele carregava. Estreitou os olhos, forçando a vista para conseguir enxergar: ‘’lubrificante’’. Arregalou os orbes, balançando a cabeça em negação e antes que saísse da cama, o moreno o segurou pelas pernas e as abriu, com um riso diabólico – conseguia ver os chifres e o rabo balançando, era como se visse o próprio Capeta.
— Nem fodendo! Sai, porra! — O rosado se debatia, tentando achar algo para agarrar, recorrendo ao travesseiro ao seu lado que jogou com força na cabeça do outro.
— Ai! Quanta dor! — He Tian afastou o corpo para fazer uma pose dramática, enquanto o outro lhe mostrava o dedo do meio após um revirar de olhos. — Eu não vou te machucar, pequeno Mo. Não confia em mim?
— Não.
— O que importa é que você vai gostar. — Abriu o recipiente, despejando do gel nos dedos.
— Não! Você não vai enfiar seu pau no meu...! – Não conseguiu completar, incrédulo, como se diante da pior coisa existente na face da terra.
O mais alto encarou Mo Guan Shan confuso, fechando o lubrificante e jogando-o na cama.
— Mas eu não vou. Não agora.
O rosado lançou um olhar duvidoso, observando as ações de He Tian. Esse se inclinou para baixo e sanou as dúvidas do menor quando encostou em sua entrada com os dois dedos gélidos devido ao gel. Mo Guan Shan afastou o rosto alheio com o joelho, em um impulso pelo choque.
— ‘Cê tá louco de enfiar o dedo aí dentro?!
— Por qual motivo eu estaria? — He Tian segurou a perna mais uma vez. — Eu pesquisei bastante sobre isso.
— Isso?
— Massagem na próstata. — Isso existe?! Mo corou, fazendo uma careta. — Você gostou do boquete, vai gostar desse também.
— A-aquilo era outra coisa!
He Tian ignorou Mo Guan Shan e novamente encostou na entrada do mais baixo, contornando-a com os dedos. O rosado o observava, de certa forma curioso e ainda receoso, mas não o impediu. Era estranho pensar que não chegava a ficar 100° desconfortável naquele momento, mas ainda havia um leve incomodo, e esse aumentou após sentir o dedo do moreno entrando junto com o lubrificante gelado.
— Relaxe. — Havia juntado fôlego para reclamar, mas se calou ao ouvir He Tian.
Apoiava-se nos cotovelos sobre a cama, e logo começou a sentir movimentos no dedo. Vai-e-vem, mais uma vez. Não o agradava, mas conforme ia repetindo, parava de ser tão ruim e se acostumava. Não sabia há quanto tempo estava daquele jeito. O moreno continuou com o movimento, concentrado naquilo de forma que Mo Guan Shan poderia rir, mas a pose ainda era vergonhosa. Foi apenas quando, ao trocar de dedo pelo maior, He Tian o empurrou sem aguardar uma reação do rosado, atingindo algo ali que formou um gemido alto e instantâneo. O prazer, por segundos, espalhou-se no mais baixo que sentiu as pernas perderem a força no mesmo instante, tapando a boca de imediato após gemer.
He Tian sorriu para Mo Guan Shan ao ver sua reação, observando sua face desordenada, o peito subindo e descendo devido a respiração desenfreada e as gotículas de suor começando a surgirem pelo calor que preenchia-lhe o corpo. Esse ainda processava tudo, desconexo; se não o conhecesse, He Tian o compararia a uma criança ingênua por não ter entendido o que havia acontecido. Continuou o que fazia ali, mas dessa vez, tendo a entrada do rosado já acostumada com um dedo, inseriu outro, retirando uma careta dele. Movimentava-os para dentro e fora, separando e juntando ambos, apenas com o objetivo de facilitar seu próximo trabalho. Já Mo Guan Shan sentia seus músculos ficando tensos, ao mesmo tempo em que não sabia se apenas aproveitava ou ficava preocupado em como encararia o outro futuramente. Se repreendia por querer mais do ato anterior e sentir a forte eletricidade pelo contato com seu “ponto G”. E sabia que o mais alto não o faria apenas para provocá-lo.
Mas não era apenas isso: He Tian pretendia enchê-lo de prazer mais tarde, e com certeza seria muito mais que a vez anterior.
Permaneceu por mais alguns minutos realizando movimentos de tesoura, alternando entre olhar a área e o membro alheio. Parou após, para sua satisfação e susto de Mo Guan Shan, ver a genitália do rosado enrijecer-se mais uma vez. Em um salto, He Tian começou a tirar a própria calça, enquanto o mais baixo permanecia confuso, logo incrédulo e, por fim, ao perceber que o moreno também estava duro, mais constrangido que nunca. Cobriu o rosto ao ver as mãos de He Tian irem em direção ao ultimo tecido que cobria a própria intimidade, sem intenções de vê-lo saltar para fora puto da vida.
Arrepiou ao sentir a mão do mais alto segurando seu rosto, puxando-lhe o queixo e forçando a olhar para a face cheia de luxúria e desejo, visíveis no moreno. Cerrou as orbes rosadas, engolindo em seco, indagando o que ele pretendia, mesmo que tivesse a resposta. Desviou o olhar, sem conseguir mantê-lo contra o outro por muito tempo.
— E... Eu não quero fazer isso. — Gaguejou.
— Você não precisa ter medo.
— Não é tão fácil! – Exclamou.
O rosado fungou. Sentia medo, e o outro sabia disso. Estava fazendo coisas que nunca havia feito e tudo soava de forma assustadora, principalmente ter o outro completamente dentro de si – não eram dedos finos, e isso apenas intricava tudo para Mo Guan Shan, que podia sentir não apenas a timidez de como se encontrava, como a incerteza se realmente deveriam ir além. Foi no momento de apreensão que sentiu constrangimento por seu estado, encolhendo os ombros e abaixando os olhos, ainda sem coragem de encará-lo.
— Tudo bem. — Pôde sentir o peso do maior sobre seu colo e suas mãos mornas tocando-lhe as bochechas. — Eu não quero te obrigar a nada. — O rosado voltou a fita-lo, franzindo a testa.
— E a porra do boquete e a dedada no meu cu foram o quê?
— Eu não te obriguei. — He Tian sorriu. — Você gostou, até gemeu para mim. — Mo Guan Shan pigarreou, desconfortável em ouvir aquilo, mesmo que fosse verdade. — Mas se não está pronto, eu posso parar por aqui.
O menor ficou em silêncio, apenas observando os grandes olhos negros de He Tian, sentindo a respiração quente do outro bater contra a sua e mesclar-se, devido à curta distância. A verdade é que o rosado não sabia o que decidir, e por mais que sua mente dissesse para correr dali e largar a ideia, era como se algo dentro de si quisesse o oposto. Queria senti-lo e ser envolvido pelos braços alheios, poder misturar o calor dos dois corpos e, corando ao cogitar tal coisa, render-se ao prazer que poderia ter. Mo Guan Shan queria He Tian, e assim que o desejou revelou-se ao passo que seus batimentos aceleraram, sentiu raiva e quis xingar o mais alto por fazê-lo ter tamanho desígnio.
Não se sabe quem iniciou, mas logo se beijavam furiosamente e prazerosamente, sem um início tipicamente calmo e suave. O moreno segurava os cabelos do pequeno Mo com força, enquanto o mesmo mantinha a mão em sua nuca, aumentando o aperto entre os corpos. Foram minutos de disputa entre as línguas e pausas para recuperarem o fôlego até que o beijo parasse. Ofegavam, com as testas coladas, trocando carícias nas regiões que seguravam. O rosado esperou recuperar todo o ar para se deitar, puxando He Tian para ir junto. Não fora preciso palavras para que o maior entendesse.
Deixou um selar na testa do Mo Guan Shan antes de se posicionar, segurando-lhe as coxas por cima do colo e trazendo o corpo para mais perto. Puxou o lubrificante, pouco distante de onde estava e passou sobre seu membro. Mo Guan Shan segurou o lençol ao lado dos ombros, ainda nervoso, mas o moreno certificou-se de tentar acalmá-lo distribuindo mais beijos em seu rosto e massageando-lhe o peitoral com uma das mãos. He Tian começou a entrar. O mais baixo grunhiu, mordendo o lábio inferior à sensação incômoda da ação, instantaneamente apertando os pés contra o colchão com força. A dor era maior que o esperado, ainda que com auxílio do lubrificante. O mais alto fazia o que podia para ser o mais delicado possível, ficando parado por alguns segundos para que Mo Guan Shan se acostumasse com a dor.
— É muito estranho te ver desse jeito. — O rosado arfou, olhando-o se contendo. Isso retirou um sorriso de He Tian, que deu de ombros.
Mo Guan Shan ficou esperando mais alguns segundos até movimentar a cabeça em um gesto permitindo que o moreno continuasse. He Tian começou a movimentar o quadril devagar, deixando as costas eretas, prensando os dedos na cintura do pequeno Mo, que ainda segurava o lençol como forma de alívio e acabava soltando alguns xingamentos. Para o moreno também estava sendo levemente complicado, a entrada o apertava e o fazia arfar vez ou outra, mas não parou, mantendo-se devagar.
Alguns minutos serviram para que a dor amenizasse e o rosado largasse do lençol e parasse de xingar — apenas xingamentos de dor, claro. As estocadas foram indo de forma mais agressiva, e tudo que se ouvia era o som do choque entre os corpos, o ranger da cama e os gemidos de Mo Guan Shan que escapavam. Tentava inutilmente abafa-los, mas era impossível. As marcas dos dedos de He Tian provavelmente ficariam por um tempo na pele do rosado, onde apertava-os com força pela adrenalina que percorria-lhe o corpo.
Aumentou a força e, ao acertar novamente aquele certo ponto dentro do menor, o gemido alto e cheio de prazer de Mo Guan Shan ecoou no cômodo que já cheirava a sexo. O mais alto adorou observar aquilo, ver seu pequeno Mo em uma forma totalmente vulnerável, com o rosto avermelhado e ofegante, abaixo de si; poderia apreciar aquela visão por horas e ouvir seus gemidos mais tempo ainda, para em seguida assisti-lo desviar o olhar ou cobrir o rosto pela vergonha. Porém, ele ainda queria mais. Parou, fazendo o rosado o olhar com raiva por interromper a transa.
He Tian puxou o corpo de Mo Guan Shan para colá-lo ao seu, o deixando sobre seu colo. Este entendeu a mensagem e o fuzilou com o olhar, sentindo as bochechas ruborizarem.
— Eu quero que você se movimente. — O moreno apoiou as mãos no colchão, sorrindo maliciosamente antes de mudar o tom. — E eu quero isso agora, pequeno Mo.
O rosado sentiu seu membro pulsar apenas pelo tom autoritário, ainda o encarando com uma cara de poucos amigos. A ‘’ordem’’ fora obedecida e, sem jeito, Mo Guan Shan começou a quicar, segurando os ombros de He Tian, arfando. Ele precisava daquilo. Precisava saciar o calor em sua extensão que pedia por mais, liberando-se ao prazer proporcionado que nunca em sua vida havia sentido. Satisfazia-se conforme subia e descia, abaixando a cabeça e fechando os olhos, enquanto sua boca se abria para soltar gemidos silenciosos. O moreno o observava, e vê-lo tão contido, lento e sem pressa não fora de seu agrado. Foram minutos até He Tian tomar a iniciativa para acelerar os movimentos, segurando o quadril alheio e também agindo junto ao rosado. Mo Guan Shan sentia as estocadas fortes que recebia no colo, olhando o mais alto com raiva, sem aceitar submeter-se aos gemidos altos e audíveis que o outro tanto queria. Mas eram tão difíceis de controlar!
A cama rangia e a expressão de satisfação de He Tian para a fraqueza do rosado era clara, de imediato o fazendo ceder a qualquer coisa que pudesse abafar os gemidos altos que queriam sair. Surpreendeu He Tian ao morder-lhe o ombro, fincando os dentes ali enquanto os gemidos escapavam. O moreno franziu a testa, estreitando os olhos mais pelo prazer do que pela dor do ato.
— Você quer me matar desse jeito. — He Tian arfou. — Isso não é bom, pequeno Mo...
A velocidade intensificou-se para algo mais agressivo. O som das batidas fervilhava no cômodo, e os gemidos de ambos ecoavam no quarto pequeno e, logo, quente demais para aguentar o calor dos dois corpos envoltos de volúpia. Em algum momento, Mo Guan Shan afastou-se do ombro marcado pela mordida e tomou os lábios de He Tian, fosse em uma tentativa falha de ocultar os sons que emitia com mais sucesso ou simples desejo de trocarem saliva. Para o moreno, aquilo foi um sinal, e foi nesse momento que arranhou a pele alheia.
Mo Guan Shan estava chegando ao limite. E em mais três ou quatro estocadas brutas e aprazíveis, o rosado afastou-se pela falta de ar e rendeu-se à contração dos músculos, jogando a cabeça para trás. Gozou, sujando o abdômen úmido de He Tian. Naquele ponto, o mesmo sequer se importou, mantendo mais estocadas para seu próprio ápice que logo preenchera o interior do menor. Um xingamento baixo saiu dos lábios de He Tian.
Os dois se encararam, suados, cansados, ofegantes e com esperma em ambos os corpos. Trocaram um selar nos lábios mais uma vez, logo encostando as testas e permanecendo daquele jeito por um bom tempo naquela noite que certamente ficaria marcada para sempre nos dois rapazes.
Mo Guan Shan saiu do banheiro, sentindo o corpo extremamente pesado e um cansaço gigante. Era algo normal após o sexo, de certa forma. Sabia que seu traseiro provavelmente iniciaria uma dor infernal após algumas horas. Havia tomado banho sozinho após escapar de He Tian, afinal, a ideia de tomarem banhos juntos o assustava por saber que poderiam acabar transando mais uma vez dentro do box — obviamente não admitiria que poderia acabar concordando com a ideia. Limpou a garganta, fugindo dos próprios pensamentos e encarando o mais alto sobre a cama, apenas com uma calça moletom.
He Tian observou a vestimenta que havia emprestado para o rosado e sorriu.
— Você fica bem nelas. — Mo Guan Shan sentiu as bochechas corarem por motivos desconhecidos. Talvez fosse efeito do sexo todo aquele constrangimento. — Mas se deixasse as pernas livres, certamente ficaria mais sex-
O rosado jogou a toalha que enxugava os cabelos no outro, que riu e a afastou do rosto. O toque do celular de Mo Guan Shan chamou a atenção dos dois rapazes, mas foi pego por He Tian antes que o outro o fizesse.
— Oi, tia! É o He Tian. Não precisa se preocupar com o Mo, ele vai dormir em casa hoje. — Falava enquanto desviava do menor, que tentava tomar o aparelho. — Sim, sim. Obrigado. ~
Desligou, logo entregando o celular para Mo Guan Shan que o pegou com brutalidade, fazendo cara feia.
— Você não vai me deixar aqui sozinho, vai?
— Se eu for, não é problema é meu. Ei!
He Tian o puxou para a cama, impedindo-o de fazer qualquer outra coisa. O abraçou, de forma que o exausto rosado não conseguisse sair da prisão improvisada do moreno. Mo Guan Shan grunhiu, sentindo a respiração do outro bater contra sua nuca. Antes que rebatesse com algum comentário, algo lhe chamou a atenção.
— Você... — Quebrou o silêncio. — Desde o início queria que isso tudo acontecesse? Digo... o sexo.
Por estar de costas, He Tian não conseguia ver o rubor nas bochechas do rosado.
— Ah. — O maior bocejou. Sua voz estava sonolenta. – Havia te chamado só para cozinhar, mas ter fugido do plano não foi nada mal. — Riu.
Mo Guan Shan de imediato se sentou, de forma que He Tian não pode agir para o segurar. Ficou o encarando, franzindo a testa.
— Se era assim, então por qual motivo ficou duro perto de mim?!
O moreno o encarou também confuso por alguns segundos, antes de sorrir após uma expressão de que havia entendido algo.
— Eu não estava duro, pequeno Mo. Quando insinuou que eu estava, apenas fingi porque sua reação era bonitinha. — O rosado piscou algumas vezes, incrédulo.
— M-mas o seu pên-
— Eu estava sem cueca. – Mo Guan Shan o lançou um olhar de espanto. — Te disse que era bem resistente. — Sorriu malicioso.
O rosto do rosado transmitiu raiva e vergonha por alguns segundos, sendo desfeitos após o moreno o puxar para beijar-lhe a testa e se deitar. Dessa vez, não o prendeu, apenas segurando a mão do menor, fechando os olhos.
— Da próxima vez que vier, vou te receber sem cueca novamente. Aprendi algo interessante com isso.
— Vai dormir, caralho. — Conseguiu imaginar o rosto do outro corado.
— Se ficar junto comigo, eu durmo.
Não obteve respostas, apenas sentindo a respiração de Mo Guan Shan mais próxima e os dedos dele entrelaçando-se aos seus, para logo em seguida dormirem juntos na primeira de muitas noites.
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