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História He walked by night - Alguns amores não nasceram para serem vividos


Escrita por: bangtanesposs

Capítulo 4 - Alguns amores não nasceram para serem vividos


Fanfic / Fanfiction He walked by night - Alguns amores não nasceram para serem vividos

04 de outubro de 1935.

Naquela noite Moon preferiu um banho na banheira, saiu de seu quarto levando consigo uma toalha pendurada em seu pescoço. Ligou a torneira e despiu-se, colocou os pés dentro da banheira, e assim que a água esquentou ela se sentou. Ficou observando a água encobrindo suas pernas com o rosto totalmente sem expressão. Começou a brincar com a água, parecendo uma criatura adulta brincando de ser criança. Quando a água começou a banhar seu pescoço, Moon respirou fundo e deslizou o corpo, mergulhando a cabeça.

—Estou ficando louca— ela pensou e abriu os olhos para que pudesse enxergar debaixo da água cheia de sabão, o que fez com que seus olhos ardessem.

A muito tempo as coisas haviam perdido totalmente o sentido, aquele vazio que Moon sentira à alguns anos atrás estava de volta, acompanhado de uma mísera solidão. Não era possível descrever o quão solitária ela se sentia, e o quanto sentia falta da jovem de cabelos loiros, cujo a mesmo  sempre implicava com o jeito estranho que Moon costumava se sentar. Assim que terminou seu banho ela se retirou de dentro daquela banheira, enxugou-se e foi novamente para o seu quarto. Percebeu depois de algum tempo que estava sozinha em casa. Havia percebido isso depois de notar que estava tudo perfeitamente silencioso — o que raramente acontecia.

Finalmente vestiu a roupa, foi em direção a imensa cama que havia naquele quarto, e se jogou na mesma. — Tão macia! — ela pensou, era tão bom dormir naquela cama. Mas infelizmente há algumas semanas não conseguia nem mesmo pregar os olhos, não sentia-se cansada ou coisa alguma, elaa pensava que enquanto estivesse assim, estaria tudo bem para ela.

— Moon, o jantar está na mesa!. — Ouviu sua mãe gritar do andar debaixo a assustando, pois não havia percebido que ela estava novamente em casa.

Desceu as escadas e encontrou seus pais, eles estavam sentados a mesa que estava repleta de alimentos, Moon se questionava se era realmente necessário toda aquela comida já que  apenas três pessoas estariam ali, mas resolvera não comentar nada sobre.

— Oi appa e eomma. —Complimentou os dois porém, só obteve resposta de sua eomma.

— Sente-se logo minha filha. — Sorriu, era realmente uma mulher adorável.

— Que dia é hoje? — Seu appa perguntou, ignorando totalmente a presença de Moon ali.

— Estamos no quarto dia do mês querido. — Ela respondeu e logo voltou a comer.
Moon achou normal ter sido ignorado pelo homem já que havia dito não quando o mesmo ofereceu um cargo na Empresa da familia, ela não tinha tempo para essas bobagens, seu destino já havia sido decidido, e a cada dia seu tempo ficava cada vez mais curto. Olhou para comida, e foi ai que lembrou do que sua omma dissera pouco antes.

— A senhora disse quarto dia do mês? — Seu coração acelerou.

— Sim, foi oque eu disse.

— Amanhã irá fazer dez anos. — Sussurrou para si mesmo.

— Oque? — A mulher perguntou sem entender absolutamente nada.

— Esqueça. Eu preciso terminar algumas coisas, Licença. — Se levantou da mesa e foi em direção as escadas.

— A comida Moon!

— Estou sem fome. — Gritou tentando não demonstrar o quanto sua voz estava embargada.

Subiu depressa até seu quarto trancando a porta assim que adentrou o mesmo, colocou as mãos em sua cabeça e permitiu que as lágrimas caíssem em seu rosto.

Na manhã seguinte iria completar os dez anos da morte da Kim, e a palavra perdida poderia descrevê-la corretamente naquele momento.

Os dias se passavam e ficava cada vez mais difícil para Moon sobreviver à eles, a Lee estava odiando o rumo que as coisas estavam tomando. Estava se convencendo de que o brilhante plano de Luz não havia tido êxito, estava perdendo basicamente toda a esperança que tinha.

Ela só precisava de um motivo para continuar lutando, acordava todos os dias na esperança de sentir a ligação que possuía com o  jovem de cabelos loiros se restaurasse, mas isso nunca aconteceu.

E fora assim por dez longos anos, e a cada ano ela ficava cada vez pior, se afundava cada vez mais naquele mar de tristeza. Não soube dizer ao certo quando sua vida havia se tornado esse verdadeiro caos, mas se continuasse indo daquela forma, estava mesmo disposta a desistir.

Estava realmente cansada de tudo aquilo, passara os últimos minutos se perguntando oque ela havia feito de errado pra merecer tamanho sofrimento.

Possuía a eternidade para si, mas oque faria de tão interessante afinal? — Eles havia tirado Kim de seus braços, levando com ela toda a felicidade que Moon tinha.

A verdade é que sem Kim, Moon não era nada. Estava até surpresa consigo mesmo, se fosse em outra época estaria atrás das pessoas por trás da morte da loira, mas envez disso estava se culpando por algo que não havia feito.

— Olha só como eu sou covarde. — Falou olhando para o céu.

— Na verdade você não é. — Escutou alguém falar atrás de si e se virou imediatamente.

— Quem é você? — Perguntou se afastando da jovem cujo o nome ainda era desconhecido.

— Ah, desculpe minha falta de educação — Sorriu — Meu nome é May, prazer em finalmente conhecê-la. — Estendeu sua mão para Moon.

— Como você entrou aqui? — Perguntou ignorando o gesto da mulher.

— Você está... — May apontou para o corpo de Moon que estava no chão do quarto —...Dormindo.

— Como isso e é possível?

— O  plano que nós estamos é diferente do qual você está acostumado.

— E porque eu estou aqui?

— Porque  estão tentando fazer com que você adormeça, eu fui escolhida para te passar essa mensagem porque sabíamos que uma hora ou outra isso iria acontecer.

— Tem mais iguais a você por aqui?

— Praticamente toda a nossa espécie está aqui.

— A décima legião — Sussurou.

— Correto e-

— E como você explica a minha falta de sono todos esses dias ?– Moon a cortou

— Sacrifícios...

— Você disse...como assim?

— Quando você morre alguém está sujeito a lhe oferecer a própria vida... E quando descobrimos tudo pensamos: se podemos ceder à ele nossa vida, porque não nossas forças?

— Isso é... Horrível.

— Mas é necessário. Preste atenção no que vou te falar...

— Tudo bem.

— E não me interrompa, não temos muito tempo você precisa acordar antes que o sono fique pesado.

— Comece.

— Você precisa procurar por uma mulher chamada Asuna, talvez seu amiga Luz a conheça.

— E porque eu deveria procurá-la?

— Ela tem a resposta para tudo o que você precisa saber, mas você não deve confiar nela, ela e incapaz de mentir para qualquer pessoa do mundo inferior, mas não a impede de omitir livremente, então tome bastante cuidado.

— E você não sabe de nada que eu precise saber?

— Eu não me lembro de muita coisa daquela época me desculpe.

— E os outro não se lembram?

— Alguns não se lembram nem mesmo do próprio nome...

— Está bem e-

— Eu entendo o que está se passando— May a cortou— você deveria ir visitá-la!

May não precisou citar nomes para que Moon soubesse de quem a mesma se referia, queria agradecê-la por tudo o que estava fazendo, mas antes que ela pudesse formular uma frase abriu os olhos.

Observou o quarto onde estava e pode enxergar pouca claridade na varanda, o que significava que o sol já estava nascendo. Se perguntava por quanto tempo havia conversado com aquela mulher.

De fato ela não fazia a menor ideia.

Decidiu que iria seguir o conselho de May, levantou-se daquele chão e foi em direção ao armário, vestiu a roupa mais quente que encontrou pois sabia que lá fora estaria frio.

Desceu as escadas e não se preocupou em sair sem tomar café da manhã. Passou pela calçada de sua vizinha e resolveu invadir o jardim da mesma para roubar uma mudinha de margaridas.

Eram as favoritas de Kim.

Caminhava em passos lentos segurando as flores com  a mão direita, ainda sentia aquele vazio, era como se algo dentro dela estivesse faltando.

De fato estava. O sol iluminava pouco a pouco as ruas de Seoul, e Moon tomava coragem para fazer o que não havia feito em todos esses anos.

Alimentando uma falsa esperança de que poderia trazê-la de volta a vida. — Patética. Sussurrou para si mesmo enquanto caminhava.

Ela realmente esperava que o plano de Luz fosse funcionar, mas estava pronta para aceitar o fato de que Kim não ia voltar.

Foi tirado de seus desvaneios assim que avistou o cemitério, fora uma longa caminhada até chegar naquele local, Moon não estava preparado para aquilo mas mesmo assim faria.

Adentrou o local e foi a procura do lugar onde Kim havia sido enterrada, não demorou muito para que a achasse. Se colocou a frente do túmulo e tentou regularizar a respiração, já estava sendo bastante difícil para ela só de ficar olhando para o túmulo, colocou as flores em cima do mesmo e passou a mão na foto de Kim que havia ali.

— Me desculpe por ser tão covarde, me desculpe por não ter visitado você uma única vez. Eu estava, e ainda estou tão perdida, você me faz tanta falta. As vezes eu só queria que você estivesse aqui, me fazendo sorrir e brigando comigo por eu sempre a irritava. — Disse e as lágrimas começam a escorrer por todo o rosto.— Sabe, eu não sei como eu devo lidar com isso. As vezes eu fico lembrando do seu sorriso e...minha nossa como eu amo seu sorriso...— Suspirou — Eu queria poder acordar desse pesadelo e poder abraçar você... E quando eu achar quem fez isso à você, eu juro que farei pior.

Ela secou o rosto e tentou se recompor ali mesmo, o vazio continuava em seu coração juntamente com a sensação de que estava faltando algo, mas de certa forma ela se sentia bem por ter feito tudo aquilo — iria se lembrar de agradecer May por isso depois.

Saiu rapidamente daquele cemitério, e ficou caminhando algumas horas sem destino certo até que uma ideia surgiu em sua cabeça.

Depois de alguns minutos, lá estava ela se aproximando do prédio que Luz morava, subiu rapidamente os degraus da escada até chegar no 4° andar. E novamente antes que ela pudesse bater na porta a mesma se abriu.

— Você não se cansa de fazer isso? — Moon perguntou adentrando o apartamento sem pedir licença.

— Você é a única pessoa que eu conheço que odeia isso.

— E mesmo assim você continua fazendo.

— Rosto cansado...carga negativa...onde você estava?

— Passeando por ai. — Mentiu — O que é isso ai na sua mão?

— E uma carta ... Da minha irmã — Ela disse se sentando na poltrona marrom da pequena sala e tirando do envelope um papel.

— O que está escrito ai?

— Se você fizer silêncio para que eu possa ler irei descobrir.

Em todo o tempo que Luz esteve lendo o que estava escrito naquele papel, Moon ficava observando-a com muita atenção, e no final quando a baixinha terminou de ler a carta Moon pôde comprovar pela expressão dela que as coisas não estavam indo bem.

— E então? — Moon perguntou.

— Meinha irmã mais velha está-

— Mais velha que você? Pera...isso é possível?— Moon a interrompeu.

— Não estou para piadinhas Moon.— suspirou — Voltando ao assunto...minha irmã está doente, e precisam de mim.

— Sinto muito Luz.

— Eles querem um acordo comigo.

— Como assim?

— Eu ajudo com minha irmã, e eles te ajudam.

— Me ajudar?

— Sim.

— Espera...Luz, o nome da sua irmã por um acaso é Asuna?— Moon questionou e Luz assentiu.



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