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História Heart born - Capítulo 26


Escrita por: Biellesusan

Notas do Autor


Para recompensar o capítulo de ontem

Capítulo 26 - Capítulo 26


                         Sakura




Sentia minha pele um pouco sensível,afinal,tinha passado quase o dia todo na praia. Mas entramos assim que vimos nuvens carregadas de chuva. 


O mundo estava desabando lá fora. Por sorte,não tinha como eu ficar entediado aqui. Então, eu fiz biscoitos - ou pelo menos essa era a intenção,até o chefe de cozinha que estava aqui tomar a frente. Eu não reclamei - fiz chocolate quente e agora estava sentada no sofá assistindo um filme de comédia. 


Sasuke,tinha entrado no banho. E nunca mais saiu dali,eu estava começando a ficar preocupada com ele. 


Ignorei o sentimento e voltei a minha atenção no filme. 


- Sakura. - Olhei em direção ao Sasuke e sinto que algo estava errado. - Temos que voltar,agora!


- Por que? - Me levanto rapidamente,sentindo o medo tomar conta dos meus sentidos. - O que está acontecendo?


- Atacaram cinco dos nossos galpões. - Segui o Sasuke em direção ao quarto. - E não foi só isso. - Cruzo os braços,estranhando a forma como ele exitou. - Atacaram…a sua escola. - Abro a boca em choque. - Alguém vazou a informação do noivado de Indra e a Ino. Por isso atacaram. - Minha respiração estava irregular, sasuke percebendo meu estado logo acrescentou. - Mas ela está bem. 


- Houve mais alguma coisa? - Estava aliviada com a notícia de que Ino tinha ficado bem. 


- Sakura…


- Faço parte desse mundo agora,Sasuke. - Grunhi. - Eu tenho o direito de saber o que está acontecendo. 


- Ok. - Ele passa as mãos pelos cabelos. - Foi o que combinamos,certo? - Fala mais pra si mesmo do que pra mim. - Atacaram uma máfia aliada também. 


- Qual?


- Você conhece muito bem o chefe. - Franzi a testa em confusão com o tom raivoso que ele usou. - É o Gaara, sua sonsa.


- Ah,nossa. - Eu tinha gostado do ruivo. Não no sentido romântico. - Caramba,eu estava mesmo me perguntando por onde ele andava.


- Quanta animação. - Sasuke me lança um sorriso sarcástico. - E por que você estava tão interessada na localização dele?


Ignoro sua pergunta e pego meu celular mandando uma mensagem pra Ino. 


- Eu estou cansada. - Olho desanimada para as roupas que eu tinha que colocar na mala. - Vou pedir para uma das meninas fazem isso pra mim. 


Saio do quarto,sentindo Sasuke fuzilar minhas costas com os olhos. Mas ignorei seu chilique. 


- Não vai me responder?




(...)


Já estávamos no jatinho. E Sasuke passou o caminho todo emburrado. Às vezes ele agia igual uma criança. 


Arrumamos - os empregados - as malas rapidamente e já tinha um carro à nossa espera. Foi tudo muito rápido. 


Estou receosa em andar de avião nessa chuva. De carro ia ser mais demorado. 


Mas pelo menos a chances de eu viver caso acontecesse um acidente são mais altas. Eu não tenho capacidade de viver em uma ilha isolada. 



- Já estamos chegando? - Puxo conversa. 


- Hum. 


- Quantos anos você tem? - Me estresso com as suas respostas rasas. 


- Não é vinte e cinco. - Arqueio a sobrancelha, não entendendo o que ele quis dizer. - Essa é a idade do Gaara.  - explica.


Revirei os olhos,sentindo vontade de meter meu punho em sua cara. 


- O que vamos fazer assim que chegarmos? - Resolvo ignorar sua crise de ciúmes infundada. 


- Vamos nos encontrar com o restante da família em um aeroporto. - Abro a boca pra rebater mas ele me corta. - E não, não é mais fácil ir direto. Temos que nos encontrar antes. É protocolo. 


- Protocolo idiota. - Resmungo. - Vamos todos no mesmo avião? - Ele apenas confirma com a cabeça. - Sabia que a família real nunca anda no mesmo carro,avião etc? Porque se houver um acidente vai ter um sobrevivente e ele assume o comando.


- O avião que esta a família principal do Don fica no centro de cinco aviões. Um do lado esquerdo,outro do lado direito, um na frente,outro atrás e por último,um fica embaixo. - Explica brevemente. - É impossível nos pegar. 


- E se alguém sabotar um dos aviões? 


- Antes é feito várias checagens. - Sasuke encosta o corpo na poltrona. - Não se preocupe. 


"Não se preocupe"? Claro,eu apenas estou andando com uma família que sofreu um ataque horas atrás. Não tem motivo nenhum para me preocupar. 


Frescura minha. 



[...]



Vomitei assim que pousamos no aeroporto. Meu estômago estava uma bagunça agora. 


Sentia que a qualquer momento eu ia vomitar em alguém. Eu estava tão cansada,só queria tomar um banho decente e deitar na minha cama. Sasuke tinha falado que essa próxima viagem não seria tão longa. 


Por alguma razão,três horas de viagem pra ele não é nada. 


Vamos todos ficar em uma mansão afastada. No mesmo teto. Juntos. 


Isso não vai acabar bem. Nenhum pouco bem. 


Respiro fundo quando vejo todos da família Uchiha sentados nas cadeiras. Procurei Ino com os olhos e senti um peso sair das minhas costas quando vi que ela estava inteira. 


- Finalmente. - Madara resmunga assim que nós nos aproximamos. - Podemos partir agora,Fugaku?


- Ino. - A mesma tira os olhos do celular e me encara. - Você está bem? 


- Estou. - Confirma. - Sempre quis saber como é a sensação de ser quase explodida por uma bomba. - A loira dá de ombros e eu sinto vontade de sorrir para a sua gracinha. - É bem interessante. Nota dois. 


Às vezes eu penso que Ino usa sarcasmo e ironia para lidar com as coisas de ruim que acontecesse em sua vida. Desde que éramos pequenas ela fazia graça com as coisas que aconteciam com ela. Como se fosse uma armadura. Será que ela percebe que faz isso? 


Olhei disfarçadamente para Indra. Ele não estava dentro do normal. Não estava fazendo suas gracinhas ou seus comentários, não reagia às brincadeiras que seus primos estavam fazendo e não provocou o Sasuke como já vi ele fazer todas as vezes que nos vimos. Não,ele estava sério. Parecia estar se contendo. E falhando nisso. 


Seus olhos estavam fixos em um ponto qualquer no chão e ele apertava a cadeira que Ino estava sentada com força que seus sua mão estava branca.  


Mas o que mais me assustou não foi isso. Foi a forma como seus olhos estavam deixando claro a sua raiva, parecia que ele iria surtar a qualquer momento. 


Nem mesmo o comentário da Ino o fez sorrir. Ele apenas a encarou e respirou fundo. 


Me pergunto se essa reação é pelo que aconteceu com a Ino ou se é por conta dos ataques. 


Sou tirada dos meus pensamentos quando sinto Sasuke pegar na minha mão. Ele diz um "vamos" mudo com a boca e eu o sigo. Nunca soltando sua mão. 


Ignorava a conversa alheia. Eles comentavam sobre esportes,festas,armas,carros e mulheres. Nem parecia que eles tinham acabado de sofrer um atentado. 


Assim que tocamos os pés na pista do avião vários seguranças nos secaram e algumas aeromoças pegaram nossas bagagens. Primeiro, Fugaku entrou no avião e logo em seguida Mikoto. 


Depois eu entrei e Sasuke veio logo em seguida. 


O avião era mais luxuoso que o outro e eu tentei não ficar boquiaberta. Tomei o assento perto da janela,mal via a hora desse avião decolar logo. 


Quase caí de joelhos e agradeci quando todos sentaram em seus lugares. Assim que chegasse nessa mansão eu ia capotar na cama. 



                         Madara 



Izuna,tinha um olhar distante no rosto enquanto observava nossos sobrinhos e filhos entrarem no avião. 


Não precisava saber o que se passava na sua cabeça, eu sabia. 


- Eles quebraram o regulamento. - Ele não parecia irritado,apenas surpreso. Uma das nossas regras é que em qualquer lugar que vamos,o homem deve entrar primeiro que a mulher. Sasuke,permitiu que Sakura fosse na frente. Indra,entrou lado a lado com Ino.  


- Isso que eles nem queriam se casar. - Me lembro como se fosse ontem. Sasuke dizia que seus filhos seriam criados por babás e nem queria ver sua esposa. Indra,falava que só veria sua esposa na hora de fazer filhos. Olha só pra eles agora. 


- A história quase se repetiu hoje. - Fecho os olhos quando escuto o sussuro doloroso do meu irmão. - Ele gosta dela,Madara. Ino é o ponto fraco do Indra. 


Izuna se casou por conveniência. Nunca se deu bem com a esposa,apesar dela ser uma mulher dócil e gentil. Gentil demais para esse mundo. 


Quando Indra tinha três anos,a mãe dele foi em um evento beneficente e nosso rivais explodiram o lugar. Muitas pessoas morreram. Assim como os jovens daquela escola. 


Aiko,não teve a mesma sorte de Ino. 


Quando meu irmão recebeu a notícia ele não pareceu cair em si. Parecia estar ainda raciocinando o que aconteceu. 


Mas foi no enterro dela,foi na hora que o caixão tocou a terra que ele percebeu que aquilo era real. E que ele a amava. 


Eu nunca vi o Izuna tão quebrado. A morte de Aiko o marcou de uma forma incurável. 


Todo dia quando ele chegava em casa,aiko estava brincando e dançando com o pequeno Indra. Depois da morte dela,Izuna nunca mais permitiu babás em sua casa. Ele simplesmente não suportava ver outras mulheres cuidando do seu filho. Todo lugar que Izuna ia,ele levava Indra. 


Meu irmão nunca se casou de novo. Nunca se interessou por mais ninguém. O quarto dele parece um santuário para sua falecida esposa. 


Ele só voltou a ter uma vida sexual ativa dez anos depois da morte dela. 


- Talvez ela não seja. - Tento desconversar,mesmo sabendo que aquilo era impossível. 


- Ele nunca mais flertou com nenhuma mulher depois que a conheceu. - Izuna ainda tinha os olhos perdidos. - Sabe aquela boate que eu dei a ele de aniversário? - Confirmo com a cabeça. - Uma stripper sentou no colo dele, Indra simplesmente a tirou de cima dele. Ele sequer olha para as outras garotas, mais! E fica o tempo todo conversando com a Ino pelo celular. - Cruzei os braços, esperando Izuna terminar de desabafar. - Você tinha que ver a forma como ele saiu de uma reunião importante quando recebeu a notícia. Você não viu a forma como ele abraçou e conferiu se Ino estava bem. Ele gosta dela e se algo acontecer com essa garota…


- Indra não é tão sensível assim. 


- Você não o conhece como eu o conheço. - Izuna nega com a cabeça.  


- Pode até ser. - Dou de ombros. - Mas a garota está bem. 


Izuna apenas confirma com a cabeça. Esse era o mal da nossa família,quando nós nos abaixamos é para sempre. Ninguém ama como um Uchiha. 


Está óbvio que Sasuke faria loucuras pela Sakura. Ele nem disfarça mais. A garota cor de rosa o enrolou nos dedos direitinho. 


Indra perderia a sanidade rapidamente caso tirassem a Ino dele. Eu disse para Izuna que Indra não era sensível. Ele realmente não é. Mas é intenso. E essa intensidade está sendo focada na Ino. 


Obito, meu amado primogênito, é louco pela Rin. A ama tanto que escolheu deixar ela livre para se apaixonar por quem quiser. 


Shisui,meu amado caçula, sempre fora apaixonado por Naori,a enfermeira que está cuidando da Sakura. Mas,a mesma sempre ignorou seus flertes. 


Itachi,nunca amou Izumi, mas já chegou perto. E me parte o coração ver ele sozinho e se sentindo culpado pelo que aconteceu. 


Infelizmente,eu nunca amei Naomi,não no sentido romântico. Ela era uma mulher bela e espetacular que me deu dois lindos filhos. Sinto muito a falta dela,ela nem teve a oportunidade de segurar Shisui no colo. Mas meu coração pertenceu e pertence a Mikoto. 


Quando a vi pela primeira vez eu senti que o mundo tinha parado,ela era babá do clã Uchiha e estava olhando Obito naquele dia. Me apaixonei instantaneamente. 


Não demorou muito para eu chamar ela para sair. E logo engatamos em um relacionamento. 


Fugaku descobriu,e achou que seria divertido mostrar pra mim como ela não passava de uma puta interesseira. Eu não acreditei. E ele me provou. 


Peguei os dois na cama. Fugaku não queria nada com ela,então quando me provou seu ponto o mesmo a mandou embora. 


Porém,ela estava grávida. E Fugaku teve que casar com ela. 


Ele era um filho da puta com ela. Eu queria defender a mesma,mas ela estava colhendo o que tinha plantado. 


E eu não podia fazer nada. 


A não ser observar. 


Eu estou sempre observando tudo e a todos. Por isso,nada escapa da minha visão. 


- Vamos entrar antes que o Fugu surte. - Izuna dá um tapa em meu ombro. 


Será que ele iria surtar muito se descobrisse que o filho caçula dele é na verdade meu filho? Fruto de uma noite que tive com Mikoto enquanto ele estava em um puteiro. 


Está aí uma reação que eu nunca vou saber. 





Notas Finais


Espero que tenham gostado e até o próximo.


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