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História Heart of Kaleidoscope - Amor e relacionamentos


Escrita por: Kurorra

Notas do Autor


Olá, seres da terra! Acho que sou viciada em dormir tarde!

Esse capitulo é um pouquinho curto, ele é apenas uma passagem de tempo e a explicação para algumas coisinhas.

Boa leitura!!!

Capítulo 35 - Amor e relacionamentos


Desenhou com os dedos finos o maxilar anguloso e forte, ainda se recuperavam e as respirações estavam igualmente desregulares, ofegantes. E felizes. Os lábios se juntaram com carinho, devagar e com amor...


Sim: amor


Aquela cama tinha presenciado novamente uma noite aguente entre os amantes, onde gemidos e carícias tinham reinado mais uma vez junto a palavras doces eram compartilhadas junto a cumplicidade de olhares. As declarações eram novamente repetidas, como se as da noite passada tivessem sido esquecidas e levadas com o nascer do sol. Tinha sido assim nos últimos meses, os amantes enamorados não resistiam a presença um do outro, eram como um imã construído especificamente para atrair o outro, eram opostos e por isso se combinavam, se uniam como se o mundo não existisse para eles, tinham o deles, então do que importa o resto?


Otabeck e Yuri não se desgrudaram mais desde a noite em que ficaram bêbados juntos e a língua do loiro pesou demais para ficar parada na boca. Contou tudo. Sentados naquela grama recém-cortada da mansão onde acontecia a festa de Phichit e Lee, algumas taças de algo alcoólico tinha ido garganta abaixo e sua cabeça já estava longe do corpo para raciocinar as consequências de revelar sua vida inteira ao moreno, o medo não estava em seu corpo com certeza. Mas na manhã seguinte sim, tinha acordado junto ao raiar do sol e todo o peso de suas palavras o abateu de uma única vez, como um tiro pelas costas... Chorou o que pode, aproveitando-se do sono pesado do moreno.


Quem aceitaria ficar e ter um relacionamento com um ex garoto de programa, alguém que nem a própria família quis? Era impossível que alguém tão sério quanto o Altin iria ficar ao seu lado, alguém que foi usado e abusado, humilhado e difamado para depois ser jogado em uma casa de prazeres à própria sorte. Mas braços tão quentes quanto o amanhecer o rodeou, e palavras tão calorosas quanto as de uma mãe o amparou e mandou para longe suas lágrimas, aquelas palavras se tornaram seu mantra, seu refúgio e seu elo que o ligava ao outro;


“ não importa o que aconteceu no passado, ficou para trás. Hoje, você é uma nova pessoa a caminho de um futuro melhor. E se depender de mim... você não o alcançará sozinho, você roubou meu coração, Yuri Pliscetsky, e eu não tenho a mínima intenção de tomá-lo de volta.”


E agora, quase três meses depois, ele nunca tinha faltado com a palavra, sempre estava ao seu lado mesmo em suas crises de abstinência, em suas recaídas e quando brigavam. Era até engraçado quando brigavam, pareciam duas crianças que não queriam falar uma com a outra porque alguém comeu o último pedaço do bolo e não dividiu, mas mesmo assim ligavam um para o outro durante a madrugada por que não conseguiam dormir sem um “boa noite” ou um “eu te amo” e acabava que um ia pra onde o outro estava.


– Você precisa fazer a barba– comentou enquanto sentia suas unhas travarem de leve nos curtos e grossos pêlos do queixo, Otabeck apenas riu, abaixou a cabeça de surpresa capturando o dedo branco entre os dentes e apertando de leve– ei!


***

Movimentos leves sobre os lençóis denunciavam um sono tranquilo e pesado enquanto o corpo pequeno era abraçado e velado pelos braços fortes do platinado que, como tinha virado costume, o observava dormir. Cada fase daquele ser era encantadora para si, então guardava cada uma delas com cuidado e paixão. Ambos estavam cansados e tinham os corpos marcados pelas noites anteriores, Yuuri tinha acabado de sair de um cio, o primeiro do casal juntos. Se fosse por esse episódio em palavras seria: mágico e gratificante.


E, sendo sincero, se a coleira não estivesse no pescoço do ômega, a marca de Victor estaria cravada em sua nuca. Mas ainda não era o momento correto e ambos sabiam disso e a prova era a peça de couro destruída pelos dentes do platinado, largada sobre o criado-mudo ao lado da cama. Os últimos meses tinha passado muito rápido para ambos, talvez rápido até demais, as gravações já estavam chegando à fase final e estava exigindo muito de todo o elenco, minando pouco a pouco a tempo que eles tinham para ficar juntos e aproveitar a companhia um do outro. E isso era frustrante!


Quando aquele Sim reverberou nos ouvidos do platinado, após seu pedido de namoro, tinha criado em sua cabeça uma ilusão de que tudo seria perfeito. Bom, a primeira semana certamente foi. Aproveitaram a folga para irem em encontros e aproveitar o máximo possível, mas com o retorno das gravações, os problemas vieram junto, trabalhavam no mesmo ambiente o dia quase todo, mas não podiam compartilhar de intimidades ou trocar carícias em público por que sempre havia um abutre _ paparazzi ou reporte _ por perto ou Yakov azucrinando seus ouvidos sobre um possível escândalo e como isso poderia afetar de maneira negativa a carreira de ambos. Era uma dor de cabeça tremenda! E Victor sentia um pouco de inveja de Yurio por conta disso _ já perdera a conta de vezes que passou perto de seu camarim e teve que mudar a rota por escutar os gemidos nada castos do loiro e o barulho insistente de algum móvel batendo contra a parede.


E ainda por cima, surgiram duas figuram indesejadas e amaldiçoadas para atrapalharem suas vidas, uma já conhecida; Albert Petrus, o alemão de língua solta que só faltava comer seu Yuuri com os olhos durante as gravações. Por que, sim! O destino devia odiar o Nikiforov, o loiro de olhos negros estava participando das gravações junto a eles e justo no papel de um nobre que estava sempre dando em cima da personagem principal, e pra acabar com seu alto controle, o diretor inventou de colocar alguns beijos entre eles durante a reviravolta da história principal, e como uma fileira de dominós caindo; isso foi um gatilho para o ciúmes do russo e para uma briga feia entre os dois. Mas que, por um milagre, conseguiram se acertar.


Mas isso não durou muito, pois a segunda figura _ saída dos infernos, por que o diabo não queria, de acordo com o platinado _ chamada de Berenice Chenville, saída do sarcófago de Hades pra dar em cima dele todas as vezes em que estava perto de Yuuri. O que resultava em um gelo glacial vindo do ômega pelo resto do dia. O que fez da vida pra merecer isso?!


A sorte dele é que o Katsuki sempre foi compreensivo e resolvia as coisas com a cabeça fria e através do diálogo, acabando a noite aos gemidos e amasso.


Podia não parecer perfeito, mas pra eles era... Era o que precisavam.


***


Seu pés doíam por culpa do salto alto, apertava seus dedos e estava a quase quatro horas em pé e caminhando sobre eles, estava acostumado aos calçados, mas aquilo já era demais. Quase corria em direção ao seu camarim, queria retirá-los, e de quebra também se despir do vestido apertado e extremamente quente, a primavera já estava chegando ao fim e dando lugar ao calor do verão, e seus través de gravação não ajudam nem um pouco com suas camadas e mais camadas de tecido pesado e grosso. O suor descia por seu pescoço e costas.


Dobrou mais um corredor e, enfim, viu a porta branca onde seu nome _ ou melhor, o de Yuuki _ estava escrito em letras de metal. Entrou rapidamente, já retirando os sapatos e se livrando da saia do vestido, se livrar do ziguezague de cordinhas que prendia o corset ao seu corpo foi um contorcionismo sem igual,e sentir a água fria vinda do chuveiro do pequeno banheiro presente ali era quase uma libertação das quase seis horas de gravação e do stress acumulado. O prazer de um banho bem tomado era insubstituível!


Se enrugou e pegou uma de suas roupas reservas que deixava numa pequena mala por ali, uma calça jeans justa de lavagem escura, All Star branco e um cropped também da mesma cor, folgado e preso ao pescoço. Uma maquiagem rápida e só! Não teve nem vontade de enxugar direito os cabelos, os deixando as mechas negras se comportar como quiserem. Deixou o camarim, indo em direção a um outro do lado oposto do corredor, podia ver Yurio vindo em sua direção com uma cara mais fechada e mal-humorada que o normal _  Otabeck não pode os acompanhar nas gravações por culpa do trabalho _ abriu a porta sem bater, eram namorados a final.


Enfim teriam uma chance de saírem um pouco, depois de meses!


Continua...


Notas Finais


Então, foi isso! Espero que tenham gostado.

E ai, a finc tá legal? Sugestões? Teorias? Gostaram? Odiaram? Comentem, comentem, o teclado não morde e eu também não!


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