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História Heart of Kaleidoscope - A Single Broken Rose


Escrita por: Kurorra

Notas do Autor


Então, aqui estou eu na madrugadora com vocês, acho que eu não gosto de dormir mesmo!

Esse capitulo é bem sentimental e acredito eu, que um dos mais importantes da finc, daqui por diante teremos uma nova fase, com alguns cortes temporais para facilitar as coisas pra nos aqui!

Eu espero que gostem! E nos vemos lá em baixo!

Capítulo 42 - A Single Broken Rose


Continuação...


–Já chega pra mim, Victor.


– de que, Yuuri? Não te entendo– estava realmente confuso e assustado, ele queria terminar o namoro?!


– eu...estou cansado disso– as lágrimas começaram a jorrar, tinha saído do quarto por que tinha acreditado que poderia parar de chorar, mas pelo visto estava equivocado– de ser incapaz, de ser inútil...de ser seco por dentro! – o cabo da flor fez um estalo ao ser quebrado, assim como o coração do russo e do moreno já se encontravam a semanas. O platinado o agarrou, o abraçando como devia ter feito durante toda a semana, sentindo os protestos do menor e o apertando mais a cada esperneio, o forçando a permanecer quieto e no fim o menor se aconchegou em seu colo, chorando até secar a as lágrimas e ficando apenas soluçando nos braços do amado. O cheiro de flores de ameixa estava saturado pela tristeza e o cheiro de baunilha de Victor correspondia como podia, tentando confortá-lo apesar de estar no mesmo estado que o mais novo. Os dedos que apertavam o tecido fino de sua blusa, na altura das costelas, estavam trêmulos e frios.


Começou a acariciar suas costas, esperando que os barulhos e solavancos passarem e tentava pensar no que dizer. Durante toda semana tentava pensar em uma forma de o confortar, de tirar ao menos parte daquele peso de suas costas ou compartilhá-lo com ele. Selou sua testa, os sons diminuíram aos poucos, restando apenas rastros avermelhados e eu pequena ferida nos lábios, causada pelos dentes nervosos dele, onde se acumulavam algumas gotículas de sangue.


– acho que não posso pedir para que não se sinta assim, não é? – o olhou nos olhos, era desesperador  vê-los daquele jeito, tão ofuscados e trêmulos pela decepção consigo mesmo que doía no próprio platinado – você é especial para mim Yuuri, eu te amo, me dói vê-lo desse jeito e não poder fazer nada. Sei que nada do que eu disser vai mudar o que aconteceu e tenha certeza de que não foi sua culpa. Não foi de ninguém. Não era para ser assim, sei que dói. Mas o fato de que não podemos ter um filho não muda o quanto você é essencial para minha vida, o quanto é amado e também não sairei do seu lado por isso. Então...então por favor, não me afaste como vem fazendo.


– me desculpe, eu… estava com vergonha. De mim entende? Eu...sempre tive a esperança de que os médicos poderiam errar, que de alguma forma eu poderia gerar um filho. Mas, isso acabou, me senti mau e pensava que você estaria decepcionado comigo, então também me decepcionei comigo mesmo.


– por que pensou isso? – estava um pouco surpreso com isso, não estava entendendo muito bem, ele era a causa da decepção do moreno? Ele apenas corou e escondeu o rosto no peito do maior, sentindo melhor o cheiro impregnado no tecido.


– por que você nunca disse se queria me marcar ou não! Sempre que o assunto surge você foge Victor. Eu comecei a perceber isso quando Otabeck anunciou o casamento e disse que tomaria Yurio para si quando o bebê nascesse, você ficou desconfortável e não me olhou o dia quase todo, e também todas as vezes que vamos para cama... – fez uma pausa para respirar, estava despejando tudo o que estava sentindo nos últimos meses, talvez isso o ajudasse a liberar um pouco de suas mágoas, um pouco de sua pesada carga mental e sentimental que já estava se tornando insuportável. Suspirou– Até parece que não me quer realmente ao seu lado, como se não me quisesse ligado a você. Como se… Cada palavra de amor não tivesse um verdadeiro significado. Como se estivesse pronto para me deixar a qualquer momento– quase foi possível ouvir o coração de Victor parar de bater e ele, enfim, viu o resultado de sua hipocrisia. Não conversar com Yuuri sobre suas inseguranças era uma forma de “poupá-lo” de suas inseguranças, de ser o alfa que o moreno precisava. Ou ao menos era isso o que passava em sua cabeça, enquanto era exatamente o contrário: O estava quebrando mais!


– Não é nada disso, meu amor– os olhos castanhos tinham voltado a jorrar e os azuis acompanhou na trama, soltando enfim o que tinha preso na garganta e coração – eu só não queria te assustar, te magoar tanto quanto a vida já tem feito. Eu tenho meus receios, minhas dúvidas e medos mas eu sempre, sempre, desejei você, estar ao seu lado e tê-lo ligado eternamente a mim seria minha completa felicidade. Acredite em mim.


–e que medos são esses? –ele realmente queria tirar tudo a limpo. O russo engoliu a seco, tenso sobre a verdade mas não tinha outra escapatória além de revelar tudo e se abrir por completo.


–de não fazê-lo feliz, Yuuri. De fazer de tudo e depois olhar para trás e descobrir que foi um erro, de vê-lo triste ao meu lado e não poder deixá-lo ir por estar preso a alguém tão egoístas e mimado quanto eu.– o abraçou mais, se fosse possível fundir os corpos o faria, estava envergonhado consigo mesmo, mas não era tão diferente do ômega afinal, tinha suas próprias preocupações e receios loucos. Aquilo era humano, e ele era um. Os dedos finos adentraram os fios prata e fizeram um carinho leve, quem estava confortado quem? Não sabiam, mas não ligavam. Estavam apenas aproveitando a bolha de ternura que criaram perante aquelas flores pálidas que carregavam em suas pétalas e caules significados referentes ao momento, parecia surreal aos dois. As feridas e mágoas ainda estavam ali, mas estranhamente não doíam ou incomodavam mais, pareciam ter virado uma página amarelada de um livro, esta que finalmente foi deixada para trás. 


Mas não esquecida.


Naquela manhã Yuuri se sentou à mesa junto a todos os outros e os acompanhou nas conversas bobas e descontraídas. Ainda não sorria tão abertamente ou conseguia falar sobre o acontecimento recente, seu coração ainda sangrava e seus sorrisos ainda eram mínimos. Mas a mão grande e morna sobre a sua por debaixo da mesa o ajudava a pôr tudo abaixo enquanto apreciava aquele momento doce compartilhado pela família residente daquela casa. O clima estava começando a esquentar, tornando-se morno ao toque.


***


Desceu as escadas com um pouco de pressa enquanto segurava algumas sacolas e procurava a chave da moto no bolso da calça. Estava quente apesar do outono já estar  batendo à porta, então estava com roupa leves, e um sorriso igualmente leve no rosto. Saia de mais uma consulta semanal ao Dr. Shinomiya, seu psicólogo e grande confidente, ou Ric, como o jovem módico preferia ser chamado _ já que seu segundo nome era Richard. Conversar com ele estava sendo muito bom para ele nessas últimas semanas, admitia que ficou receoso quando Victor e Christopher insistiram que viesse a algumas consultas, ficou com um pé atrás. Mas agora se pergunta o porquê de não ter feito antes, era ótimo ter alguém com que desabafar ou conversar coisas aleatórias, melhorava seu humor e o estava ajudando a por seu namoro nos eixos certos depois da conversa no jardim e outra no quarto, onde concordaram em não esconder mais as coisas e de serem inteiramente sinceros sobre as coisas _ mesmo que fosse teoricamente impossível.


Desamarrou os cabelos negros _ que estavam na altura da metade do pescoço _ que tinham sido um motivo de debate entre ele e Victor, queria cortar, mas o platinado começou com uma pirraça digna de um show da Broadway, e ele estava na primeira fila e iluminado com holofotes! O pior e que estavam em pleno shopping no horário de pico! Teve vontade de estrangular ele, mas apenas o agarrou pela orelha e saiu andando e escutando as risadas escandalosas de um loiro barrigudinho. O caminho para casa não demorou muito de moto, o motor potente ajudava bastante a ultrapassar os carros nas ruas caóticas de Tóquio, era até stressante escutar tantas buzinas de uma vez, por isso suspirou aliviado com o silêncio do casa. Lar doce lar!


A casa estava praticamente vazia, Christopher estava em seu estúdio e seu marido trabalhando, Otabeck no escritório e o russo mais velho tinha ido atender um chamado de Yakov _ aparentemente algum trabalho como modelo “irrecusável” na visão do velho calvo. As únicas pessoas presentes eram a governanta, a cozinheira e um Yurio largado no sofá enquanto comia todas as porcarias que encontrou na cozinha enquanto assistia Sobrenatural na Netflix. A barriga parcialmente descoberta pela blusa folgada _ provavelmente pertencente ao noivo _ já estava bem redonda em seus quase sete meses de gestação, tendo algumas estrias leves e a tatuagem em evidência, deixando a cena natural e fofa. A barriga avantajada também parecia ser um ótimo apoio já que tinha no mínimo três pacotes de salgadinhos apoiados em cima desta. Riu se encostando na beirada do sofá, tomando cuidado para não assustar o outro, os olhos verdes o encarou e uma batatinha de cor alaranjada suspeita lhe foi oferecida.


– quer?– o loiro perguntou e negou com a cabeça, só o cheiro de cheddar vindo daquela coisa já seria o suficiente para fazê-lo correr!– Então senta aqui e me acompanha.


Isso não pode recusar! Sentou-se perto da cabeça dele, que se arrumou melhor para apoiar a cabeça loira em suas coxas. Foi quase que instintivo começa a acariciar-lhe os fios e um ronronar começou a escapar da garganta do russo. Passaram longos minutos assim, até que no meio de uma crise de risadas, Yuuri percebeu que o outro olhava para longe com olhos brilhantes e rosto corado. Parecia surpreso e contente com alguma coisa.


– o que foi? – perguntou ainda sorrindo. O outro não falou absolutamente nada, apenas pegou a sua mão e a direcionou até a parte descoberta da barriga, onde pode sentir algo se mexer sobre a pele, a primeira sensação foi de estranheza,  mas logo compreendeu do que se tratava e sentiu outro impacto mais forte contra palma de sua mão e sorriu. O bebê estava chutando, e ele estava sentindo! Lágrimas se acumularam nos olhos de ambos e o choro foi mútuo e belo, ambos da mais pura felicidade!


– e-e-é a primeira vez que ela chuta!


Continua...


Notas Finais


A gravidez do Yurio está sendo baseada em alguns fatos contados pela minha mãe, como por exemplo: eu só comecei a chutar a partir dos 8 meses! (Mas ele tá com menos, obviamente)

No próximo capitulo teremos a entrada de mais um personagem e o Yuuri voltando a trabalhar, e só avisando: ta vindo um especial Otayurio por ai!

E ai ?o que acharam? Gostaram? Odiaram? Teorias? Ideias? Deem suas opiniões, elas são importantes para nós atores e eu amo ler os comentários de vocês. Comentem, comentem, o teclado não morde e eu também não!


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