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História Heartbreak Girl - Capítulo 18 - Mondays are fun!


Escrita por: Luali

Notas do Autor


Olá pessoinhas!
Eu sei! Eu sei! Deveria ter postado no feriado, mas uma coisa bem ruim aconteceu e eu não consegui escrever...
Nesse meio tempo, ainda teve o Rock'n Rio que detonou o meu emocional... Que show foi aquele minha gente!
Chorei do começo ao fim e mais um pouco depois... Como eu falei, não estava muito bem...
MAS falando de coisas boas... Finalmente aqui está mais um capítulo!
Espero que aproveitem, porque ele está enorme para compensar o tempo perdido...
Então boa leitura!

Capítulo 19 - Capítulo 18 - Mondays are fun!


Fanfic / Fanfiction Heartbreak Girl - Capítulo 18 - Mondays are fun!

 - Garotos! Preciso ir embora, amanhã tenho aula e treino. Teremos jogo na quarta-feira. – anunciei quando terminei de comer o terceiro pedaço de pizza.

 - Eu levo você. – Luke disse se levantando do sofá que estava deitado com a cabeça e minhas pernas.

 - Não precisa! Você está cansado, girafa. Eu ligo para meus pais. – tentei negar, mas ele não aceitou.

 - Não vou perder a oportunidade de te levar em casa. – ele sorriu para mim. – Da última vez, ganhei um beijo.

 - Que engraçado você! – sorri envergonhada. – Então, vamos?

 - Claro! – Ele levantou e procurou as chaves do carro. – Chloe?! – o loiro gritou a minha amiga do pé da escada. – Estou levando Mia para casa! Vai querer carona?!

 - Ela não vai responder. – falei quando ele não obteve resposta. – Sugiro nenhum de vocês subir por algum tempo.

 - Você não está dizendo que... – Calum começou, mas interrompeu a frase e abriu um sorriso malicioso.

 - Exatamente! Não tenho certeza, mas Chloe estava bem ansiosa. – dei de ombros. – Depois o Mike a leva para casa.

 - Tudo bem! Vamos? – ele perguntou indo em direção à porta.

 - Claro! – fui em direção à Ash e Cal. – Tchau, meninos! Senti tanta saudade de vocês. – disse os abraçando. – A gente se vê por aí!

 - Até mais, Mia! – disseram juntos.

Saí pela porta acenando para eles e encontrei Luke encostado no carro. Aproximei-me dele e o abracei bem forte. Ele deu um beijo no meu pescoço e senti todos os meus pelos se arrepiarem. Afastei meu rosto o suficiente para olhar em seus olhos.

 - Eu já te disse que amo seus olhos? – perguntei para o loiro, que negou com um sorriso no rosto. – Eu senti falta de olhar para eles de perto.

 - De mais o que você sentiu falta? – ele perguntou sorrindo.

 - Do seu piercing. – toquei seus lábios com os meus levemente. – Adoro a sensação dele nos meus lábios.

 - Mais alguma coisa? – ergueu a sobrancelha.

 - Do seu cheiro. – abracei-o novamente e inspirei seu perfume refrescante. – Ele me acalma e faz eu me sentir acolhida.

 - E?

 - Você não está querendo demais? – perguntei cínica, mas sorri e passei as mãos pelos braços dele. – Senti falta dos seus braços, porque quando você me abraça eu me sinto segura e protegida.

 - Sabe do que eu mais senti falta? – ele me perguntou me olhando profundamente.

 - Dos meus olhos? – arrisquei.

 - Também. – ele concordou.

 - Dos meus lábios? – fiz biquinho.

 - Deles também, porque seus beijos são os melhores. – ele me deu um selinho. – Mas ainda não é isso.

 - Do meu cheiro? – tentei mais uma vez.

 - Eu amo seu cheiro e ele está na lista das coisas que eu senti muita falta, mas não está em primeiro lugar. – ele negou.

 - O que é então? – perguntei curiosa. – Minhas pernas? Minha comida?

 - Isso também é bom, mas não. – ele sorriu malicioso.

 - Eu desisto! Me fala! – dei um leve tapa em seu peito.

 - Suas mãos. – ele afirmou.

 - Minhas mãos?! – questionei sem entender direito. – Desde quando você tem tara por mãos?

 - Eu não tenho tara por mão, pinguim! – ele revirou os olhos. – Senti falta das suas mãos porque são elas que seguram as minhas. Com as suas mãos você sempre faz carinho na minha cabeça. Com as suas mãos você se agarra em mim como se eu fosse seu super-herói ou seu porto seguro. Além disso, é com suas mãos que você faz comida e essa parte é muito importante.

 - Você é meu super-herói, girafa! E meu porto seguro também! Obrigada! – sorri com os olhos marejados.

Aproximei nossos rostos e grudei nossos lábios. Repentinamente Luke inverteu nossas posições e eu fiquei contra o carro. O beijo tinha gosto de saudade. Sorri em seus lábios e o afastei um pouco. Olhei naquelas íris azuis e dei um selinho nele.

 - Sabe do que mais senti falta? – perguntou ele me olhando. Eu apenas neguei com a cabeça sem tirar meus olhos dos dele. – Da sua voz.

 - Mas a gente se falava todos os dias. – eu ri da sua resposta.

 - Senti falta de como você canta, de como sua voz soa quando estamos falando baixinho assim, mas principalmente de como sua voz soa quando você não está exausta. – ele sorriu e beijou meus lábios castamente.

 - Eu também amo a sua voz, sabia? – abracei-o e beijei o seu pescoço. – Queria ficar conversando com você a noite toda, mas amanhã eu tenho aula. – falei decepcionada.

 - Vou te levar para casa, mas amanhã nós vamos sair depois do seu treino, tudo bem? – ele deu a volta comigo no carro e abriu a porta para mim.

 - Ok, senhor cavalheiro. – debochei.

 - Não se acostuma, ok? Eu não sou do tipo lorde inglês, tá? – ele falou sério.

 - Até parece que eu não te conheço. – dei de ombros. – Mas adoro quando você banca o cavaleiro de armadura brilhante. – falei quando ele entrou no banco do motorista.

 - Ok, donzela indefesa. Vamos nessa! – ele deu a partida no carro. – Você bem que poderia cantar para mim, né?

E assim eu fui cantando até chegar em casa. E continuei cantando depois que me despedi dele. E cantei até pegar no sono com um sorriso enorme nos lábios.

~*~

Acordo no dia seguinte com o despertador tocando e ainda meio sonolenta me levanto. Vou até o banheiro lavo meu rosto, escovo meus dentes, ajeito meus cabelos em um rabo de cavalo. Volto para o quarto e um pouco mais desperta visto meu uniforme.

Assim que ajeito a gravata no pescoço, meu celular apita por uma mensagem. Rapidamente alcanço o aparelho e minha mochila pronta para tomar café e ir para a escola.

Ao chegar na cozinha, beijo meus pais e sento à mesa. Olho ligeiramente a mensagem de Luke que dizia que ele me buscaria depois do treino para um piquenique com Zoe.

 - Filha o que há de tão interessante nesse celular que não pode esperar depois do café? – mamãe perguntou.

 - Luke está dizendo que me buscará no colégio para irmos passear com a sobrinha dele. Eu posso ir?  - pedi.

 - Claro! Só não volte muito tarde, você tem aula amanhã. – papai disse.

 - Obrigada! – beijei o rosto de ambos e fiz carinho na barriga de mamãe antes de correr de volta para meu quarto e separar uma muda de roupa.

Voltei a tempo de pegar carona com papai. Durante o caminho ele me perguntou sobre Luke e aquele beijo do aeroporto.

 - Como você descobriu sobre o beijo? – assustei-me.

 - Sua mãe estava passando os canais da TV e em um deles estava passando sobre fofocas de gente famosa. E quase caí do sofá quando vi minha filhinha agarrada com um carinha na tela da minha TV. – ele disse parecendo bravo.

 - Você está zangado? – perguntei receosa.

 - Não! – ele abriu um sorriso. – Você gosta desse garoto, certo?

 - Muito! – eu abri um sorriso gigante.

 - Então fico feliz por você ficar feliz, querida! – ele estacionou o carro em frente ao meu colégio.  – Espero que vocês consigam superar os desafios que virão. Eu sei que você é forte para enfrentar qualquer coisa.

 - Obrigada, papai! – beijei sua bochecha. – Eu amo você!

 - Também amo você! Agora vá antes que se atrase para sua aula! – ele disse se ajeitando no banco do motorista e dando a partida no carro. – Até mais tarde, querida!

Acenei de volta e andei em direção às portas. Senti alguns olhares em mim, mas tentei ignorar. Eu imaginava que as pessoas da minha escola saberiam da história do beijo, mas isso não quer dizer que eu goste da atenção extra.

Fui até a sala que eu teria aula de biologia humana. Essa aula eu não fazia com Chloe, por isso só a encontrei no segundo período. Ela estava com o rosto escondido nos braços, quando sentei ao seu lado. Percebendo o movimento, ela levantou a cabeça e me olhou sorrindo.

 - Você tem que me contar tudo! – eu sorri de volta para ela.

Mas assim que ela abriu a boca para começar a falar, a professora chegou e nós nos endireitamos para prestar atenção na aula, dando tempo apenas de Chloe sussurrar:

 - No almoço.

~*~

Depois de mais algumas aulas, eu me encontrei com Chloe na nossa mesa de sempre. Algumas pessoas passavam por ali e nos cumprimentavam. Pessoas que nunca falaram com a gente antes.

 - E aí?! Rolou?! – perguntei ávida por informações.

 - O que você acha? – ela perguntou misteriosa.

 - Eu sei que vocês sumiram para o andar de cima e que você está com um sorriso no seu rosto que não sumiu nem durante a aula de história. Além disso, você parece levemente cansada, como se tivesse ido dormir muito tarde. – apontei. – Agora eu quero saber se vocês realmente fizeram o que você disse que poderia rolar!

 - Rolou, ok?! – ela disse ficando muito corada. – E foi melhor do que eu esperava para a primeira vez.

Um sorriso rasgou meu rosto e Chloe ficou mais vermelha ainda.

 - Não quero saber dos detalhes. Só quero dizer uma coisa. – eu disse animada e ela me olhou cautelosa. – Não quero ser tia adolescente, ok?!

 - Fique tranquila! Somos pessoas responsáveis! – ela disse sorrindo para mim.

 - Então quer dizer que essa coisa de lingerie realmente funciona? – perguntei maliciosa.

 - Digamos que sim... – ela deixou a frase terminar vaga.

 - Bom saber! – ri das bochechas vermelhas da minha amiga.

 - Mudando de assunto. – ela me olhou mais animada e menos envergonhada. – O próximo jogo será na quarta-feira?

 - Isso mesmo! Hoje e amanhã teremos treino. – falei empolgada. – Dá pra acreditar que estamos na final do campeonato?!

 - Vocês são ótimas, Mia! – Chloe elogiou. – Eu sabia que vocês conseguiriam! Principalmente depois daquele jogo épico há alguns meses. Você estava demais!

 - Não gosto de me lembrar daquele jogo. O desfecho foi quase um desastre. – lembrei-me da minha discussão com Jacob.

 - Isso ainda te incomoda? – Chloe me olhou com uma sobrancelha erguida. – Digo, seu término com Jacob ainda te deixa chateada?

 - Claro que não! Se não tivéssemos terminado, nunca teria ficado com Luke. Eu não trocaria isso por nada! Vai por mim, é só que eu senti muita raiva aquele dia. Só isso. Não sei como consegui jogar tão bem. – dei de ombros.

 - Eu sei. Você ficou muito zangada. – ela disse rindo de alguma coisa. – sabe o mais engraçado?!

 - O quê? – olhei em seus olhos que tinham um olhar de quem sabia alguma coisa que ninguém mais sabia.

 - Mesmo quando você e Jacob estavam juntos, você sempre acabava voltando para o Luke. – aquele sorriso no rosto dela não diminuía. – Desde quando você o viu naquele bar você nunca o tirou da cabeça, certo?

 - Admito que eu nunca deixei e pensar nele, nem quando eu estava com o Jacob, mas isso não significa que eu não gostasse dele. – olhei para ela. – Você sabe que eu não namoraria uma pessoa que eu não gostasse.

 - Sim, eu te conheço o suficiente. – ela concordou. – Mas em uma coisa eu acredito depois de você ficar com o loiro.

 - Em quê? – fiquei curiosa.

 - Agora eu acredito que existe essa coisa de destino. – ela sorriu sonhadoramente. – E vocês dois são mais do que destinados, eu tenho certeza!

 - Ok, senhorita Hudson! – sorri timidamente. – Agora vamos para a sala que já está na hora.

Então nos levantamos para encarar as últimas aulas do dia.

~*~

Assim que o treino acabou fui correndo para o vestiário. Arrumei-me o mais rápido possível e assim que estava calçando meus All Star, meu celular começa a tocar e o nome de Luke aparece na tela. Atendo e apoio o celular entre a orelha e o ombro, enquanto termino de amarrar meus cadarços.

 - Oi?! – atendo.

 - Estou ligando para avisar que já estamos aqui fora apenas te esperando. – ele avisou e eu pude ouvir uma vozinha infantil cantar The Beatles ao fundo.

 - Já estou terminando de me vestir. Só mais cinco minutos! – falei voltando a segurar meu celular.

 - Estaremos aqui! – falou e eu desliguei sem me despedir.

Dobrei meu uniforme e guardei dentro da minha mochila. Conferi se estava apresentável e ajeitei minha jaqueta. Saí do vestiário gritando um “tchau” para as garotas.

Percorri os corredores até o estacionamento e logo reconheci o Toyota preto de Luke. Encaminhei-me até a porta do passageiro e me acomodei enquanto cumprimentava os dois loirinhos ali dentro.

 - Olá, pessoas! – falei sorrindo. – Estava com saudades, Zoe!

 - Tia Mia! – ela se esticou toda no banco de trás até alcançar a minha bochecha e me dar um beijo molhado.

 - Oi, pequena! – virei-me levemente para trás e fiz um carinho em sua bochecha.  – Como você está? Acho que você cresceu desde a última vez que nos vimos! – falei arregalando os olhos e ela soltou gargalhadas gostosas.

 - Oi, pinguim! – Luke se inclinou e me deu um selinho rápido. – Como foi o treino?

 - Oi, girafa! – falei com as bochechas levemente coradas. – Foi ótimo! Digo que temos grandes chances de ganhar esse campeonato!

 - Fico feliz! – ele me deu outro beijo rápido e se ajeitou no lugar.

Olhei pelo retrovisor e vi Zoe com os olhinhos tampados com as mãos pequenas e uns dedinhos meio abertos, tentando espiar. Sorri para ela.

 - Quem quer um piquenique? – Luke perguntou para nós duas.

Tanto Zoe quanto eu mesma levantamos as mãos e comemoramos. Luke ligou o rádio e começou a tocar All Time Low. E eu comecei a cantarolar Somewhere In Neverland.

 - Estou tentando ampliar o repertório musical dela. – ele falou baixinho para mim e sem tirar os olhos do trânsito.

 - O que seu irmão acha disso? – perguntei achando graça da sua decisão.

 - Ele não sabe. – parou em um semáforo e olhou pra mim tempo suficiente para piscar um olho e sorrir conspiratório.

Depois disso ele dirigiu mais um pouco até parar em um parque cheio de árvores e grama para sentarmos. Eu ajudei Zoe a sair da cadeirinha que estava presa ao banco de trás do carro. E Luke foi pegar nossa cesta de piquenique no porta-malas.

Segurei Zoe pela mão e Luke pela outra e fomos andando parque adentro. Podia se ver várias mães com crianças andando de bicicleta, assim como alguns homens engravatados sentados nos bancos de madeira. Acomodamo-nos embaixo de uma árvore perto do parquinho em que algumas crianças brincavam.

Zoe foi em direção ao escorregador. Eu e Luke estendemos a toalha e ajeitamos os sanduíches, o suco e alguns biscoitos pela toalha. Fui até Zoe que estava tentando se balançar sozinha no balanço, mas suas pernas eram muito pequenas e ela não conseguia impulsionar direito.

 - Está difícil? – perguntei atenciosa ela apenas assentiu com a cabeça, meio triste.

 - Sim! Me empurra, tia Mia! – ela pediu fazendo uma cara fofa.

Sentei-me no balanço ao seu lado e sorri para ela, lembrando-me do truque que aprendi quando tinha seu tamanho.

 - Quer aprender um truque? – sorri para ela que se empolgou.

 - Me ensina! Me ensina! – ela quase pulava no assento.

 - Quando eu tinha seu tamanho, meu brinquedo preferido era o balanço do parquinho da escola, mas ele era muito alto para mim e a professora não podia ficar me empurrando o tempo todo. Então aprendi a me balançar sozinha. – comecei a flexionar os joelhos levemente, para começar um balanço leve. – Ela disse para eu me segurar bem forte nas correntes e jogar o meu corpo para trás. Assim. – demostrei para ela. – E jogar as pernas para frente e depois para trás. Desse jeito. – e fiz o que disse com um pouco de dificuldade, já que eu era grande demais para o balanço. – Agora é a sua vez!

A pequena tentou algumas vezes antes de começar a ganhar altura e quando ela finalmente alcançou a altura que tanto queria, deu muitas risadas. Deixei-a brincando e voltei para Luke, que nos observava e comia alguns biscoitos.

 - Estão gostosos? – apontei para os petiscos e sentei-me ao lado do loiro, que passou um braço sobre os meus ombros me trazendo para mais perto dele.

 - Uma delícia! Foram feitos pela minha mãe! – ele disse e colocou um na minha boca. – E aí?

 - Perfeitos! – sorri apreciando o sabor dos biscoitos.

Entrelacei nossas mãos e aproveitei o momento. Eu adorava estar abraçada assim com Luke. Ele começou a fazer carinho nos meus cabelos e eu já estava quase dormindo.

 - Converse comigo ou eu vou dormir com esse cafuné. – falei me endireitando e olhando para ele. – Me conta como foi essa turnê!

 - Você sabe, né?! – ele sorriu melancólico. – Embora cantemos as mesmas músicas, com os mesmos instrumentos, com as mesmas pessoas ao nosso lado, nunca é igual. Cada vez é única! Cada plateia transmite uma energia diferente. É sempre como se fosse a primeira vez. O mesmo nervosismo, a mesma magia. É sempre perfeito!

 - Que lindo, Luke! – inclinei-me e beijei seus lábios castamente. – Você nasceu para fazer isso!

 - E o que você nasceu para fazer? – ele perguntou curioso.

 - Eu não sei ainda. – sorri para ele. – Mandei alguns formulários para as universidades aqui de Sydney. Espero conseguir alguma coisa.

 - Eu tenho certeza que você vai! – ele disse e se aproximou para me beijar.

Quando nossos lábios estavam prestes a se tocar, uma pequena menininha nos chama e sua vozinha se aproximando.

 - Tio Luke! Tia Mia! Estou com fominha! – ela se jogou entre eu e o loiro e sentou-se no colo de Luke.

 - O que você quer comer primeiro? – perguntei para a pequena.

 - Sanduíche! – ela tentou alcançar o pão e eu ajudei-a a alcançá-lo. – Quero suco!

 - Vai com calma, pequena! – Luke avisou vendo o grande pedaço que ela mordeu e começou a mastigar. – Temos bastante tempo para comer.

 - Tá uma delícia, tio Luke! – ela levou o sanduíche perto do rosto de Luke para que ele olhasse, mas Luke foi mais esperto e roubou uma mordida do pão da criança. – Hey, tio Luke! Esse sanduíche é meu! Tem um ali pra você!

 - Mas eu tenho certeza que o seu está mais gostoso! – ele disse.

 - Mas esse é igual aquele! – ela disse confusa.

 - Dá um pedaço para a Mia e pergunta pra ela qual é o mais gostoso. – ele apontou para mim.

 - Tia Mia, você pode me dizer por que o meu sanduíche é melhor? – ela perguntou e me ofereceu.

Eu mordi o pão e fiz uma cara de quem gosta muito de alguma coisa. Sorri para ela e fiz sinal de positivo, como se aprovasse o pão dela.

 - Esse é o melhor sanduíche que eu já comi! – parei para pensar. – Acho que ele é tão gostoso porque é seu! Só pode ser isso!

 - Pode comer o seu, Zoe! Eu e Mia vamos ficar longe dele. – ele sorriu para a pequena.

Então continuamos com nosso piquenique. Eu e Luke rimos das bagunças de Zoe. Eu tentava ajudar ela a se limpar e Luke só tentava piorar a situação. Eu puxei a pequena para o meu colo e terminei de limpá-la. Encostei-me a Luke e ficamos os três comendo o resto dos biscoitos.

Zoe começou a esfregar os olhinhos e abriu a boca em um bocejo. Ela encostou a cabeça em meu peito e olhou para mim.

 - Tia Mia, você me conta uma história? – ela pediu com os olhos pequenos.

 - Claro! Que tipo de história? – perguntei tentando lembrar-me de alguma história de princesa.

 - Me conta uma história de quando você era pequenininha como eu! – ela falou sorrindo curiosa.

 - Sobre mim? – tentei puxar na minha memória alguma lembrança boa. – Que tal sobre como eu e Chloe nos tornamos melhores amigas?

 - Pode ser! – ela ficou animada.

 - Eu também quero ouvir essa história, vindo de você e da Chloe não deve ter sido de uma maneira muito normal. – Luke sussurrou risonho no meu ouvido.

 - Bem, eu e Chloe nos conhecemos desde a barriga das nossas mães. Elas eram muito amigas na faculdade e permaneceram amigas depois disso. – dei uma pausa. – Sempre moraram perto uma da outra, então eu e Chloe sempre brincamos juntas, como se fôssemos irmãs. Quando entramos na escola, Chloe conseguiu socializar melhor que eu, então ela brincava com todos os nossos colegas. Por isso nos afastamos um pouco, mas nunca deixamos de ser amigas. Mas eu e Chloe só nos tornamos melhores amigas de verdade na apresentação de Natal daquele ano. Nós tínhamos uns seis anos e eu estava apavorada, porque iríamos cantar na frente de vários pais. Eu não gostava de falar em público, imagina cantar! Eu estava entrando em pânico, não conseguia respirar direito e quando todos começaram a se ajeitarem no palco, eu fiquei parada no mesmo lugar. – sorri ao pensar no que vinha em seguida. – Chloe saiu do seu lugar no palco e veio até mim ela segurou as minhas mãos e olhou bem fundo nos meus olhos e disse que eu tinha que ir para o meu lugar, mas eu não conseguia falar nada. Então ela encostou sua testa na minha e nossos narizes se tocaram em um beijinho de esquimó. Chloe disse que assim ela me transmitia um pouquinho da sua coragem e que daria tudo certo, porque era uma mágica que a mãe dela tinha ensinado pra ela. Ela me levou até o palco e cantei junto com todos. Ao final da apresentação, depois de abraçarmos nossos pais ela veio correndo até mim e me abraçou muito forte. E nós prometemos na frente dos nossos pais que seríamos as melhores amigas para sempre.

Assim que finalizei minha história, pude sentir meus olhos marejados e o sorriso nos meus lábios. Olhei para a pequena Zoe que dormia tranquilamente em meus braços. Virei um pouco meu corpo para ver Luke atrás de mim. Ele sorria para mim e beijou suavemente meus lábios.

 - É uma linda história, pinguim! – ele fez carinho na minha bochecha.

 - Obrigada! – beijei-o novamente. – Acho melhor levarmos essa pequena para casa.

 - Vamos! – ele disse se levantando e juntando as comidas e guardando na cesta. Eu me levantei com a loirinha ainda em meus braços e Luke pegou a toalha que estava no chão e dobrou-a. Ele me abraçava pela cintura enquanto íamos para o carro.

Chegando lá ajeitei a pequena na cadeirinha com cuidado para não acordá-la. Luke guardou a cesta no porta-malas. E nos sentamos em nossos lugares no carro.

Ele foi dirigindo calmamente até a casa de sua mãe. Ao chegar lá peguei Zoe com o mesmo cuidado de antes. Fui andando em direção à porta e fiquei esperando Luke para abri-la. Quando entramos nos deparamos com uma Liz sentada ao sofá assistindo algum programa na TV.

 - Mia! Quanto tempo, querida! – ela disse vindo até mim e observando Zoe nos meus braços. – Ela não te dá descanso, né?

 - Não é trabalho nenhum! Adoro crianças! – sorri para a senhora. – Além disso eu treino para quando minha irmãzinha nascer.

 - Que notícia maravilhosa! Sua mãe está grávida?! – ela exclamou surpresa.

 - Sim! Achamos que será uma menininha. – sorri orgulhosa.

 - Parabéns! – ela veio tentar tirar a neta dos meus braços.

 - Pode deixar que eu a coloco na cama. – afirmei quando a menina se mexeu nos meus braços.

 - Tudo bem! – fui andando para o lado da escada. – Mia! Você ficará para o jantar?

 - Não precisa se preocupar, Liz. Não posso ficar até tarde. Amanhã tenho aula. – eu sorri para ela em agradecimento.

 - Ah, Mia! Eu farei um macarrão rápido e você jantará conosco, por favor! – ela insistiu e eu acenei com a cabeça aceitando sua oferta.

 - Obrigada, Liz! – então subi as escadas e deitei Zoe na cama de Luke.

 - Sabia que você fica linda cuidando dela? – o loiro se aproximou sem que eu percebesse, fazendo com que eu me assustasse.

 - Você me assustou, Hemmings! – disse tirando suas mãos da minha cintura.

 - Desculpa, pinguim. Não foi minha intensão. – ele pediu, mas não parecia arrependido.

 - Certo, está perdoado. – revirei os olhos e abracei-o pelo pescoço. – Obrigada pelo passeio. Eu me diverti muito. – falei e dei um selinho delicado em seus lábios.

 - Só isso eu mereço pelo passeio? – perguntou se fingindo de ofendido. – Eu mereço pelo menos isso aqui.

E me beijou. Um beijo de tirar o fôlego. Ele apertava minha cintura e me puxava para mais perto dele possível. Eu levei minhas mãos até seus cabelos e puxei alguns fios. Podia sentir seu piercing frio contra meus lábios quentes e não resisti, mordi seu lábio e puxei o metal com os dentes delicadamente. Abri os olhos para ver sua reação e encontrei suas íris azuis me encarando de volta. Eu sorri e finalizei apenas com um beijinho.

 - Eu já disse que adoro seu piercing? – perguntei inocentemente, mas era apenas para provocá-lo.

 - Você mencionou algo parecido noite passada. – ele concordou.

 - Vamos descer?! – perguntei tentando me afastar. – Vou ver se ela precisa de ajuda.

 - Aonde você pensa que vai?! Eu ainda quero ficar mais um pouco com você! – ele disse e me abraçou por trás, me impedindo de ir.

 - Mas... – tentei protestar, mas senti o seu piercing em meu pescoço e me arrepiei completamente.

 - Só um pouquinho, pinguim. – ele pediu calmamente.

 - Ok... – virei-me para beijá-lo mais uma vez.

 - Luke! Venha arrumar a mesa! – Liz gritou do andar de baixo.

 - Acho que teremos tempo depois, certo? – tentei segurar o riso.

 - Você tem tanta sorte, senhorita Mia. – ele disse, mas antes de sair me beijou profundamente. – E eu amo você!

 - Eu amo você também! – sorri assistindo ele sair do quarto.

~*~

Depois do jantar, com Zoe totalmente desperta, decidimos assistir um filme. Ela escolheu O Rei Leão e colocamos o DVD na televisão. Eu amava esse filme. Sabia todas as músicas até hoje. E em todas as canções eu e Luke fazíamos um show para a pequena, que se acabava de rir das nossas palhaçadas.

Quando o filme terminou, procuro meu celular para ver as horas. Uau! Como o tempo passa voando! Eu já deveria ter ido para casa! Amanhã eu tenho aula!

 - Droga! – falei baixinho para as pessoas não me ouvirem, mas acho que Luke ouviu, pois me olhou preocupado.

 - O que houve? – perguntou ao meu lado e viu as horas no celular. – Já são nove e meia? Como não vi as horas passando?

 - Eu tenho que ir embora, Luke! Amanhã tenho aula. – eu falei meio desesperada.

 - Vocês não acham que está meio tarde? – Liz interrompe a correria que iríamos começar para juntar minhas coisas e me levar para casa. – Eu não me importo se você dormir aqui. Luke pode dormir no antigo quarto do Jack e você dorme no quarto de Luke. Se seus pais concordarem, é claro.

- Por que não? – Luke deu de ombros. – Eu estou cansado e você também. Não custa tentar ligar para eles e pedir permissão.

 - Ok. – concordei meio hesitante. – Eu ligarei.

Disquei o número de papai, sabendo que ele estaria acordado revisando algum trabalho. Depois do quarto toque ele atende.

 - Olá, querida! Você não acha que já deveria estar em casa? – perguntou imediatamente.

 - Desculpa, papai. Depois do jantar, assistimos um filme com a Zoe e acabei perdendo a hora. – expliquei.

 - E você está me ligando apenas para explicar porque está atrasada? – eu podia imaginar sua expressão sínica.

 - Na verdade, Liz sugeriu que eu dormisse aqui, já que amanhã preciso acordar cedo e Luke está cansado. – respirei antes de perguntar: - Eu poderia dormir aqui?

 - Mia, não sei se é uma boa ideia. Você mesmo disse que amanhã tem aula. – ele respondeu inseguro.

 - Eu prometo estar no colégio no horário correto! Estou com o uniforme de ontem aqui, dá pra usá-lo novamente. E eu prometo não dormir tarde. – insisti.

 - E onde você irá dormir? – ele pareceu curioso.

 - No quarto do Luke e ele irá dormir no antigo quarto do irmão. – esclareci. – O que você me diz?! – pedi esperançosa.

 - Tudo bem, Mia! – ele cedeu. – Mas amanhã quero a senhorita em casa, ok?

 - Sim, senhor! – brinquei. – Obrigada, papai! Até amanhã!

 - Até amanhã, meu amor! – e desligou.

 - E aí? – perguntou Luke com as chaves já em mãos.

 - Ele deixou eu ficar, mas amanhã tenho que ir para casa. – sorri para o loiro.

 - Luke, ajude Mia a se ajeitar. Eu vou esperar bem passar aqui e pegar essa coisinha aqui. – ela falou acariciando os cabelos loirinhos de Zoe, que dormia serenamente coma cabeça apoiada nas pernas da avó.

 - Claro! – o loiro me guiou até o seu quarto.

Ele caminhou até o armário e pegou alguns cobertores e um travesseiro extra. Apontou o banheiro no corredor.

 - Você pode tomar banho ali se quiser. As toalhas ficam no armário embaixo da pia, pode pegar qualquer uma. – ele me olhava concentrado no que precisava me oferecer. – Precisa de mais alguma coisa?

 - Você poderia me emprestar uma roupa para eu dormir? – pedi.

 - Claro! Pode pegar qualquer blusa no armário. – ele apontou para o guarda-roupa.

 - Obrigada! – beijei sua bochecha e sorri para ele que parecia envergonhado.

 - Vou dar licença para você se arrumar. – ele indicou a porta. – Passo aqui para te dar boa noite, ok?

 - Ok.

E ele saiu me deixando sozinha naquele espaço que já me era familiar de alguma maneira.

Separei meu uniforme para o dia seguinte e como eu já havia tomado banho depois do treino, apenas fui até o banheiro e escovei meus dentes com a minha escova reserva. Penteei os cabelos e prendi-os em um coque. Lavei meu rosto para retirar a maquiagem simples e voltei para o quarto. Lá me despi e peguei a primeira blusa que vi na frente. Ela ficava enorme como um vestido.

Ouço batidas na porta e quando pergunto quem é, é Liz quem responde. Abro a porta e encaro a loira.

 - Está confortável, Mia? – ela pergunta prestativa.

 - Sim, Liz. Está tudo bem. Obrigada por me permitir passar a noite aqui. – sorri agradecida.

 - Não precisa agradecer. – ela retribui o sorriso. – Então eu vou me deitar, boa noite!

 - Boa noite, Liz! – aceno para a mulher e ela entra em algum outro quarto que julguei ser o dela.

Encosto a porta e me encaminho para a cama. Cubro minhas pernas com as cobertas e fico sentada por alguns instantes revirando meu celular. Logo aparece um ser humano loiro vestindo calça preta de moletom e uma regata branca.

 - Boa noite, pinguim! – ele disse e beijou minha testa.

 - Boa noite, girafa! – eu beijei seus lábios rapidamente.

Ele esperou eu me deitar e me cobriu. Beijou mais uma vez meus cabelos e saiu do quarto, apagando a luz e fechando a porta. O quarto de Luke exalava seu cheiro, por isso fui rapidamente embalada.

E meus sonhos foram com os olhos azuis de Luke.


Notas Finais


Bem... Eu sei que não preciso ficar me justificando, mas acho que devo à vocês algum tipo de satisfação, já que são vocês que leem e me ajudam a levar a fanfic para frente (embora eu sinta falta de comentários)...
Na quarta-feria, dia 6 de setembro, uma pessoa muito importante para mim e que sempre me apoiou a escrever e a seguir os meus sonhos foi morar junto com os anjos. A minha prima, a Sara, estava com câncer e pra quem me conhece, sabe que esses anos em que ela lutou contra essa doença foram anos muito difíceis para mim. Eu gostaria de deixar um pedido...
Se cuidem, pessoas! Nenhuma doença é brincadeira... Se dá pra prevenir, por favor se cuidem! Usem camisinha, passem protetor solar, tomem vacinas, lavem as mãos antes das refeições, façam atividades físicas, não vivam de comida rápida, façam coisas que te dão prazer... Se vocês acham que tem alguma coisa errada, se vocês acham que precisam de alguma ajuda... Procurem ajuda!
Eu estou aqui para qualquer um que quiser... Se você está com problemas, com pensamentos muito tristes, me procurem que eu prometo que contarei uma piada! Mas todos os tipos de doença são sérios... Seja uma doença infecciosa, seja uma doença crônica, seja uma doença mental... Não deixem de pedir ajuda!
Obrigada pela atenção! Desculpa o desabafo!
Beijinhos da Lua!


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