História Heartbreaker - Buckwild I

Taylor saiu do banheiro com uma calça jeans preta que não ia até a cintura, o que permitia que o elástico da Calvin Klein da mesma cor da calça aparecesse. Estava descalço e sem camisa. O cabelo estava formando um franja na testa, e assim que Clary o viu, lamentou ser seu melhor amigo.

- Tá tão gatinha – ele disse se referindo a ela, que vestia o vestido azul que ele havia escolhido, os dois estavam se arrumando na casa dele, e também combinaram que ela dormiria lá.

- Odeio quando me chamam assim, mas já que foi você, obrigada, Caniff. Mas agora trate de vestir uma blusa antes que eu tenha um ataque cardíaco, obrigada – sorriu e Taylor riu.

Clary foi com Taylor para o closet e enquanto ele pegava a blusa, ela sentou no chão para calçar os sapatos. Ele vestiu uma blusa azul e colocou um boné por cima do cabelo. Ela estava tão acostumada a ver ele só de bandana que quando ele colocava boné ou não usava nenhum dos dois, ela quase não o reconhecia.

Calçou um Vans e ela ajeitou as pulseiras no pulso. Um presente dele. Soltou os cabelos que caíram em cachos pelas costas e pegou a franja, a prendendo com um lacinho azul, formando um leve topete. Ajeitou o colar e virou para Taylor.

- Então?

- Perfeita, e eu?

- maravilhoso – sorriram e ele a abraçou, a tirando do chão.

- Sabia que esse vestido é meio curto?

- Foi você quem escolheu – deu de ombros

- Ah, que seja, mas tá linda. – Clary riu – vamos? Temos que ir para a casa do Matt

- Vamos – ela pegou a bolsa e ele o celular, indo andando mesmo para a casa de Matthew, que não era tão longe dali. Ela pegou o celular e ligou para Louis.

- Hey – disse uma voz grave

- Oi, Harry. Meu irmão tá ai?

- Não, ele saiu. Vai vir para cá?

- Estamos a caminho – disse e pode notar que Harry sorria

- Tudo bem, quando Louis chegar, aviso que ligou, até daqui a pouco

- Até – desligou e segurou a mão de Taylor

- Ei – chamou a atenção dele

- Oi?

- Por que não usa o sobrenome do seu irmão?

- Por que tá perguntando isso?

- Ouvi você falar dele e lembrei

- Porque eu era Clary Tomlinson na Inglaterra, mas aquela Clary morreu, e aqui sou Clary Fabray.

- A Tomlinson era diferente?

- Mais do que imagina – e depois de algum tempo eles chegaram a casa de Matthew. Taylor não prolongou o assunto, sabia que aquilo incomodava Clary. Falar sobre seu passado era ruim.

Matthew estava sentado no sofá, vestindo uma calça clara e uma blusa vermelha com os famosos Vans, Carter, Cameron e Jack G estavam no outro sofá, todos digitando no celular, provavelmente se falando entre si, mas por mensagens.

- Hey pessoas – Clary disse e sorriu, os meninos se levantaram e formaram uma fila para abraça-la

- Tá linda – Matthew falou e Taylor fingiu uma tose

- De nada – ele disse e Clary riu

- Idiota- Matthew os olhou com o cenho franzido

- Não entendi

- Deixa ele, Matt, é doido. Então, vamos?

- Claro – e todos foram em direção ao carro. Clary conversava com Jack G sobre a torcida e seus planos de fazer o teste, o que deixou Taylor com ciúmes, ele era seu melhor amigo, deveria falar sobre isso com ele. Mas sabia que Jack e ela eram bem próximos, então tratou de controlar o ciúmes.

Ligaram o rádio e Boyfriend do Justin tocava. Clary riu quando todos ali dentro acompanharam o Justin, riu mais ainda quando se juntou a eles no refrão. Ela cantou a segunda parte com o mesmo tom do cantor na música, mostrando sua voz incrível a todos ali.

Ela tinha a voz parecida com a de Louis, mas de um jeito feminino. Eles terminaram de cantar a música e estavam na casa de Ashton. Assim que saíram do carro viram os outros parados ali, mas Shawn não estava entre eles. Estranho.

Clary olhou uma mensagem e viu que era o numero dele.

Me desculpe, imprevisto, não vou poder ir com vocês, mas fique com Taylor o tempo todo. Até amanha, bjs – Shawn

- Droga – disse em voz baixa ao fechar a mensagem sem se dar o trabalho de responder

- O que foi?- Taylor virou para ela

- Shawn não vem – ela virou os olhos discretamente para Nash

- Sinto muito, mas vamos entrar, já estamos aqui – disse e ela assentiu. Era errado não estar tão chateada assim? Porque se fosse Clary estava errada. Para ela tanto fazia se Shawn estivesse ali ou não, e não se sentia mal por ele não estar, talvez sentisse até um certo alivio por ele não ir. Mas uma outra pessoa, ela se sentiria péssima se não estivesse  ali, mesmo se ele estivesse agindo do mesmo jeito de quando se conheceram.

Nash veio ao encontro dela e sorriu, a abraçando, Clary mesmo de salto ainda era mais baixa que ele. E ao se abraçarem, Clary afundou o rosto no pescoço de Nash, sentindo o cheiro dele. Os braços ao redor do mesmo, como se com aquele ato, ela privasse as outras de sentirem o que ela sentia, os braços dele estavam entrelaçados a cintura dela, e os dois passaram bastante tempo ali. Nem sabiam por que sentiam necessidade em estarem em contato, mas sentiam.

Se soltaram com relutância, e ele sorriu ao vê-la tão perto.

- Vamos? – segurou a mão dela e ela assentiu.

- Claro.

Nash era tão, simples. Não precisava pensar muito quando estava com ele, não exigia respostas bem elaboradas, ele se conformava com pouco, e sempre errava. Ele era o completo oposto de Shawn.

Não sabia como podia gostar de dois caras tão diferentes na mesma intensidade, mas gostava. Ou talvez, não fosse na mesma intensidade, gostasse mais de um do que do outro.

Os meninos olharam aquela cena como se fosse parte de um programa muito interessante. Viram Nash e Clary se abraçarem sem trocar nenhuma palavra, mas sabiam que estavam trocando algum tipo de informação ou até mesmo compartilhando algo secreto entre eles dois. Todos sabiam, que quando ela abraçava Shawn, não tinha a mesma magia. E se controlaram em abaixar os olhos e dizer o nome para as duas recepcionistas da entrada, mas Taylor quase protestou quando os viu de mãos dadas.

Sabia que o Clary estava fazendo com eles era errado, sabia que ela não gostava tanto de Shawn como gostava de Nash e sabia mais ainda sobre a sujeira de Nash. Todas as idiotices que ele tinha feito com um monte de meninas. Não ia deixar Clary fazer parte da lista dele. Não mesmo.

Mas havia algo nele também, algo estranho que só acontecia quando ele via a garota. Não falava com sarcasmo ou ironia, sempre sorria para ela quando chegava na escola, mesmo se estivesse abraçada com ele ou Shawn. Dava atenção a ela sempre que ela pedia, eles conversavam na hora da aula sem se incomodar se o professor ia brigar ou não. E outra, ele a deixava pegar no seu cabelo.

Nunca via Nash assim com outra menina, quando elas tentavam pegar no cabelo dele, ele as olhava com um olhar assassino e ficava frio. Ele nunca passou mais de uma semana agindo assim com alguém, mas já se passara um mês, e ele não mudou com ela, em nenhum segundo. Pela primeira vez, não precisava fingir.