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História Hearts Collide - Antes de tudo escurecer


Escrita por: alwaysthief

Notas do Autor


Oi, meus amores!!
Boa leitura <3

Capítulo 18 - Antes de tudo escurecer


Dez. Nove. Oito.

Em cada vez que eu tinha a infelicidade de ouvir alguma bobagem escapando pela boca de Neal, eu fazia uma contagem regressiva em minha mente, esperando que fosse o suficiente para me acalmar e evitar que eu pulasse no pescoço daquele homem.

― O bar nesse fim de mundo bem que podia abrir de manhã, não é?! ― Bêbado infeliz, ainda esperava que eu concordasse.

― Ei ― eu precisava mudar de assunto ―, o mal-estar da Emma ontem à noite foi repentino? Granny disse que ela quase desmaiou.

― Sei lá, cara. ― A falta de preocupação da sua expressão e sua voz me deixou irritado.

― Como assim? Você não estava com ela? ― O olhava bravo, mas ele não parecia se importar ou perceber.

― Não, Emma disse que não queria tomar uns drinks comigo naquela noite, então eu fui sozinho.

Sete. Seis. Cinco.

― Você simplesmente a deixou sozinha? ― Minha respiração ficava mais rápida ao passo que a fúria dominava meu corpo.

― Ah, cara, vai me julgar? ― Não, Neal, eu vou te matar. ― Ela anda tão insuportável ultimamente. ― Bufou. ― Não quer mais sair comigo e reclama quando eu vou sozinho, fica chorando pelos cantos e muda de humor completamente de uma hora para outra. ― Revirou os olhos. ― Se não fosse gata, eu já tinha...

Quatro. Três. Dois.

― Tinha o que, Neal??? ― Meus punhos se fecharam e eu tive certeza que a veia em minha testa saltou de tamanha ira.

― Você sabe, Robin. ― Ele ria, o desgraçado ria. ― Nenhum homem aguenta tudo isso, ainda mais quando está sendo negado na cama, eu sou quase um santo.

Um.

― ORA, SEU...

― Robin! ― Quando eu estava prestes a esganar seu pescoço, uma voz que eu conhecia muito bem gritou por meu nome. Ruby estava do outro lado da rua, mas correu para perto de mim, puxando-me pelo pulso para longe dali, mais precisamente para os fundos do restaurante da Granny.

― Eu preciso falar com você! ― A voz dela era séria. ― Aliás, o que estava acontecendo ali? ― Ela olhou para trás onde o traste, como se nada tivesse acontecido, seguia carregando as caixas de flores como vovó ordenou.

― Você evitou que eu cometesse um assassinato contra aquele desgraçado. ― Respirei fundo e encarei minha prima. ― Mas o que aconteceu? ― Estranhei sua expressão assustada. ― Você parece tensa, tem algum problema?

― Não sei, é você quem vai me responder. ― Ela cruzou os braços. ― A Regina está bem?

Franzi o cenho, não fazia sentido. Por que minha prima estaria me encarando daquele jeito só para perguntar como minha morena estava?

― Está sim ― respondi receoso ―, cada dia melhor. Ela ainda usa a bota ortopédica, mas a fisioterapeuta...

― Eu não estou perguntando sobre a perna dela, Robin! ― Exasperada, ela cortou minha explicação falando um pouco mais alto do que o habitual, mas assim que percebeu que atraiu alguns olhares, diminuiu o seu tom de voz novamente. ― Primo, eu vou ser direta.

― Ruby, você está me deixando preocupado. ― A última vez que tinha visto ela tão aborrecida foi quando eu confessei estar amando a morena de olhos castanhos.

― Robin, você e a Regina já... ― ela parou esperando que eu entendesse.

― Já... ― Através de gestos, eu pedia que ela continuasse.

― Pelo amor de Deus, garoto! Você e Regina já transaram? ― Falou de uma vez.

Por um segundo, eu pensei ter ouvido errado. Primeiro porque não era um assunto do interesse da minha prima e em segundo lugar, se tivesse acontecido, eu não seria homem de sair espalhando nossa intimidade.

― O quê? ― A risada alta escapou da minha boca sem que eu pudesse deter. ― Que tipo de pergunta é essa, Ruby?

― Uma pergunta de alguém que está apoiando esse relacionamento escondido de vocês, mas se recusa a acreditar no que isso pode ter resultado.

Minha prima não falava coisa com coisa.

― Ruby, eu juro que estou tentando entender você, mas não estou conseguindo.

― Só me responde, está bem? ― Ela insistiu. ― Sim ou não?

― Eu não vou te responder isso. ― Fui enfático.

― Que merda, Robin! ― Bateu em meu braço encarando minha resposta como um sim. ― Vocês são dois inconsequentes, sabia? ― Minha prima andava de um lado para o outro despenteando o cabelo. ― Se for verdade como... como... ― ela parou e encarou o chão ―, meu Deus... essa confusão vai piorar.

― Ruby, você está ficando um pouco pálida, quer uma água?

― Não, Robin! Eu quero respostas! ― Ela passou a mão no bolso da calça, retirando de lá o celular. Discou rapidamente e em seguida colocou o aparelho no ouvido.

A chamada não foi atendida prontamente, mas ela não desistiu, tentou mais duas vezes e na última conseguiu.

― Graças a Deus, Tinker. Eu já estava ficando desesperada.

― O que aconteceu com a Tinker? ― Questionei baixo, mas ela me olhou brava e colocou o dedo nos lábios, mandando-me calar a boca através de gestos.

― Sim, ele está aqui na minha frente, mas não disse nada. ― Concentrada, ela apenas me encarava. ― O quê? ― Os olhos se arregalaram. ― Jura, amor? ― Sorriu. ― Não era para ela? ― Ai, Graças a Deus. ― Mirou o céu e quando me olhou já estava com um sorriso enorme no rosto. ― Tudo bem, beijo.

Ruby apertou o botão vermelho do celular, encerrando a chamada, e pulou em meus braços.

― Mas que diabos está acontecendo? ― Perguntei enquanto ela ria me abraçando forte.

― Nada, primo, nada. Esquece tudo o que eu te falei, está bem?! Finge que nunca aconteceu.

― Bem que eu queria... ― Falei observando minha prima sorridente suspirar aliviada.

― Eu vou ajuda a vovó, tchau. ― Ruby se despediu beijando minha bochecha e saiu correndo depois.

Deus. Não eram nem meio-dia e minha cabeça já doía por causa de tanta confusão. Primeiro foi o mal-estar da Emma, depois fui obrigado a ouvir o namorado dela falar merda e agora esse comportamento doido da Ruby. Onde eu podia achar uma máquina do tempo que me permitisse voltar para hoje mais cedo, para os braços do meu amor? Só faziam algumas horas que estávamos separados, mas eu estava morrendo de saudades do meu anjo.

Regina havia me transformado em um adolescente bobo e apaixonado, louco para voltar para casa e encontrar seu lindo sorriso, seu olhar castanho que me hipnotizava e seu aroma amadeirado pincelado com um toque de maçã. Entretanto, na frente de todos, além de ter que controlar o meu semblante encantado por ela, pela grande mulher que eu tinha a honra de chamar de ‘meu amor, eu também precisava conter meus impulsos e não beijar seus lábios como tanto desejava.

Era difícil, mas por ela, tudo valia a pena.

― Robin! Filho! ― A convocação um tanto alta de Ava me fez despertar.

Minha mãe usava a mão também para me chamar para perto de si, porém, o que me deixou intrigado, foi seu sorriso entusiasmado demais. Sua feição mudara repentinamente. Durante todo o caminho até o centro de Storybrooke, Ava esteve séria, preocupada com Emma, mas naquele momento, ela estava o oposto. Animada, minha mãe conversava com alguém ao seu lado, mas que pela grande quantidade de pessoas andando de um lado para o outro, eu não conseguia ver quem era.

Aproximei-me e logo a figura misteriosa ganhou forma, rosto e nome. Droga, ela não.

― Oi, mãe. Oi, Fiona. ― O sorriso das duas se alargaram com a minha boa educação, eu tentava ser simpático, mesmo que por dentro estivesse pedindo ajuda.

Fiona e eu nos conhecíamos desde a época de colégio, onde mesmo sabendo do meu relacionamento com Marian, nunca desistiu de suas investidas e nem de me provocar, ousando fazer isso mesmo na frente da minha namorada. Eu sempre fui fiel a Marian, mas a mulher de cabelos negros e olhos da mesma cor, não aceitava um não como resposta. Um pesadelo que aparentemente estava de volta.

― Oi, Robin ― ela respondeu percorrendo meu corpo com os olhos ―, lindo como sempre.

― Precisa de alguma coisa, mãe? ― Não fui sutil em ignora-la.

― Não, filho ― minha mãe me repreendia através do olhar ―, te chamei aqui para cumprimentar a Fiona. Faz tanto tempo que vocês não se veem, ela chegou ontem a Storybrooke.

Pelo amor de Deus, mãe, não se junte ao diabo.

― Vim especialmente para o festival da primavera ― passo a passo, ela se aproximava mais do meu corpo ―, esperava ansiosa por ver o filho pródigo finalmente em casa, mas infelizmente nos desencontramos. ― No fim da sua frase, ela já estava perto o suficiente para tocar a gola da minha camisa.

― Pois é ― retirei suas mãos de mim e dei um passo para trás ―, às vezes a vida nos dá cada livramento, não é mesmo?

Fiona, ao contrário da minha mãe, não pareceu se abalar com o meu comentário, a mulher sorriu e mordeu os lábios enquanto me encarava. Inferno. Já a repreensão nos olhos de Ava, transformou-se em fúria. Minha mãe sorriu nervosa e se desculpou com a louca antes de pegar meu braço e me arrastar para longe dos ouvidos da mulher.

― Você ficou maluco, Robin?! Isso é jeito de tratar as pessoas? Você já é um homem formado, onde está a tua educação, meu filho?

― Como a senhora disse, eu já sou um homem formado, isso já deveria bastar para minha mãe parar de dar uma de cupido. Pensa que eu não a conheço o suficiente para saber de seus planos e ideias, minha mãe?

― Não foi você mesmo que disse que não estava com a Tinker? Que era um namoro fruto de uma fantasia minha? Então, qual é o problema de conversar com a Fiona, ela é uma boa pessoa.

― Pelo amor de Deus, mãe! Você não a conhece.

― Conheço sim! Ela é filha de uma grande amiga minha, vocês dois cresceram praticamente juntos, estudaram na mesma escola e ela sempre se portou muito bem.

― Isso porque a senhora só conhece quem ela aparenta ser! Minha mãe, você não faz ideia do quanto aquela mulher pode ser insuportável. Mas o problema nem é esse. Agora eu lhe pergunto, por que essa obsessão em me ver com alguém? Até pouco tempo atrás a senhora disse que respeitava meu tempo e meu luto.

― As circunstâncias mudaram, Robin, e você sabe.

― Sei o que? Diga!

Minha mãe, como eu já esperava, não falou nada. Ela não queria pôr em palavras o que suspeitava e nem arriscar descobrir a verdade, mesmo que esta estivesse bem evidente. Suspirando pesado, ela deu as costas para mim e começou a se afastar, deixando claro o fim da nossa conversa. Mas antes que ela se distanciasse, eu falei:

― Isso é por causa da Regina? ― Ava parou de andar. ― Quer me ver longe dela? É isso?

Esperei minha mãe se virar e quando finalmente ela o fez, seus olhos encararam os meus com firmeza.

― Nós não vamos ter essa conversa, Robin. Nem aqui e nem agora. ― Proferiu e se afastou de uma vez.

Respirei fundo e passei minhas mãos nervosas por meus cabelos. Obviamente, eu fui muito inocente quando eu pensei que o cúmulo daquela manhã ruim havia sido ter que ouvir Neal.

O relógio da cidade já apontava o início da tarde quando eu procurei por Granny para avisa-la que já iria embora para casa. Talvez sensibilizada pelo meu estado perturbado, ela não se opôs nem questionou o que havia acontecido. Entretanto, pediu unicamente que eu levasse Neal comigo para que ele fizesse companhia para Emma.

Em silêncio, o traste e eu fizemos o curto percurso de volta para casa. Agradeci a Deus por aquele breve momento de paz que Ele me deu quando calou a boca do bêbado, o impedindo de falar qualquer coisa que me fizesse cometer uma loucura.

Chegamos em casa e antes que eu tocasse a maçaneta, meu anjo abriu a porta com um sorriso maravilhoso no rosto e com um brilho especial em seu olhar castanho. A fúria que percorria meu corpo se esvaiu naquele mesmo instante, dando lugar para um sentimento bom dominar meu peito e um sorriso começar a nascer em meu rosto.

― Oi!! ― Minha rainha estava tão feliz. ― Neal, sobe por favor, a Emma quer falar contigo.

Não lembro se o traste falou alguma coisa antes de subir as escadas, meus olhos e todos os meus sentidos estavam voltados para ela e apenas ela.

Quando vi que ele já havia subido e não havia mais ninguém ao nosso redor, eu acabei com a distância que nos separava e a puxei para um abraço forte. Fechei os olhos e me permiti só sentir seu cheiro me acalmando por completo e o calor de seu corpo me anestesiando. Com Regina colada a mim e com seus braços contornando meu pescoço, eu me sentia forte, em paz e com as energias restauradas. Só precisava dela.

― O que foi, amor? ― Ela perguntou ainda abraçada a mim. ― Aconteceu alguma coisa?

― Essa manhã foi horrível ― respondi baixo em seu ouvido ― e em cada segundo que passava, eu sentia mais a sua falta.

― Eu também morri de saudade de você ― ela beijou meu pescoço e se distanciou para olhar em meus olhos ―, que tal você me contar o que aconteceu lá no nosso gazebo?

― Nosso é? ― Brinquei feliz por ela saber que o meu lugar era seu também.

― Nosso. ― Meu amor deu um selinho em meus lábios e logo depois pegou minha mão, puxando-me para a parte externa da casa.

Andamos juntos, com os dedos entrelaçados, por toda a área lateral que nos levava até o gazebo, cuidando para que nenhum funcionário nos visse, o que felizmente não aconteceu.

Assim que chegamos até o nosso lugar, Regina se sentou no banquinho de madeira que havia ali e acariciou a pele do meu rosto. Sentado perto dela, eu a vi olhar em minha mirada, esperando que eu começasse a falar.

― Foram tantas coisas morena. ― Suspirei. ― Nem sei por onde começar.

― Então vá por partes, amor. ― Ela me encorajou terna.

Iniciei falando da quantidade de baboseira que Neal falou e como eu quase fui agressivo com ele em cada desrespeito proferido contra minha irmã. Regina me olhava atenta, mas volta e meia, mirava apreensiva na direção do quarto de Emma. Pensando, certamente, o quão errado a loirinha tinha escolhido o namorado. Continuei contando sobre Ruby, de como foi ela quem evitou minha briga com o traste, mas enfatizando seu comportamento estranho, perguntando sobre assuntos íntimos e não falando coisa com coisa.

― Eu sabia que a Tinker não ia conseguir ficar calada. ― Minha morena disse baixo e rindo.

― Espera, você sabe do que ela estava falando? ― Perguntei curioso e tudo o que minha morena fez foi assentir e rir mais.

― Sei sim, amor, e logo você vai saber ― olhou rumo ao quarto de Emma de novo ―, mas não agora.

― Vocês mulheres quando se juntam para guardar um segredo.

Regina gargalhou alto com a minha fala, olhou para os lados e quando não viu ninguém, selou nossos lábios em mais um beijo curto e delicioso.

― Bobo. ― Seu sorriso me fazia sorrir junto.

― Por você. ― Completei e ela corou.

A conexão entre nossos olhos se fez novamente e o sorriso, antes grande, foi aos poucos se encurtando.

― Mas não foi só isso, certo?

― Não, a gota d’água foi minha mãe ficar me jogando para cima da Fiona.

O sorriso não existia mais, os olhos castanhos se escureceram e o semblante se fechou por completo.

― Fiona? Quem é Fiona? ― Ela levantava uma das sobrancelhas ao passo que semicerrava os olhos.

― Um pesadelo que eu pensei ter ficado no passado. ― Regina não falava nada, só me observava. ― Estudamos juntos anos atrás e digamos que ela não aceitava um não como resposta.

― E você por um acaso algum dia deu um sim? ― O tom de voz era duro e áspero.

― Tudo isso é ciúme? ― A provoquei rindo da sua expressão brava. Péssima ideia. Regina deu um curto tapa em meu braço e mesmo não querendo machucar, eu senti sua irritação na área afetada. ― Ai!

― Claro que é ciúme, agora me responde, Locksley.

― Calma, calma, meu amor, eu respondo. Nunca houve um sim e nem um talvez, e agora, olhando nesses teus olhos lindos, eu afirmo, nunca haverá. ― Conclui esticando-me um pouco para alcançar seu rosto e beijar a pontinha do nariz.  

Não querendo se dar por vencida, Regina seguia com a cara emburrada apenas me olhando. Já perto dela, eu fui enchendo seu rosto de beijos para ver se assim conseguia acalmar a fera. Deu certo. Logo o meu amor já estava sorrindo e gargalhando com as cócegas que minha barba fazia em sua pele.

Entretanto, vozes vindas do interior da casa nos separaram.

Olhamos na direção da mansão tentando entender o que acontecia, mas com o passar dos instantes a única coisa que ficava clara para mim era a voz da minha irmã gritando. Não pensei duas vezes. Sai correndo do gazebo e com uma rapidez que eu não consigo explicar, cheguei até a casa.

Subi de uma vez os degraus da entrada e quanto cheguei ao topo, a porta se abriu. Neal passou por mim como um furacão, rápido e sem olhar para trás, ele segurava uma mala grande e ignorava os constantes chamados de minha irmã.

― Você não pode fazer isso comigo! ― Ela gritava em meio ao choro alto. ― Você não pode fugir da sua responsabilidade, Neal!

Cheguei perto dela e a segurei pelos braços para fazer com que ela me olhasse, eu nunca tinha visto minha irmã tão descontrolada como estava.

― Que responsabilidade, Emma? ― Perguntei preocupado, tentando entender o que acontecia com ela. ― Do que você está falando?

Emma, sem parar de chorar, lentamente levou as mãos tremulas até o ventre, deixando-as ali.

― Eu to... eu to... ― Ela não conseguia terminar a frase, mas não era necessário. Todas as peças se encaixaram e eu entendi tudo. Cada sintoma, seu desespero e o que o canalha pretendia fazer. Melhor dizendo, o que ele não queria fazer.

A irritabilidade que me perseguiu o dia todo nem se comparava ao ódio que dominava meu corpo. Corri para fora da casa, passei por Regina e encontrei o desgraçado entrando no carro de Emma. Filho da puta.

― SEU CANALHA! ― Antes que ele fechasse a porta, eu o arranquei pelo colarinho da camisa para fora do carro. ― VOCÊ NÃO VAI FUGIR NÃO, DESGRAÇADO!

― TIRA SUAS MÃOS DE MIM, ROBIN! ― Ele se debatia para tentar me afastar, mas eu o segurava firme com a força de um touro.

― Robin! ― Meu amor gritou, mas pela primeira vez, eu iria ignora-la. O choro alto da minha irmã aumentava ainda mais a minha fúria.

― VOCÊ NEM PENSE EM NÃO ASSUMIR, NEAL! OU EU ACABO COM A TUA VIDA!

― EU NÃO VOU ASSUMIR FILHO NENHUM, ROBIN! ELA NÃO SE CUIDOU ENTÃO O PROBLEMA É DELA!

Bastou um soco em seu rosto para o desgraçado cair no chão, mas não era o suficiente. Fiquei em cima dele, desferindo uma quantidade infinita de golpes. Ele tentava se defender, mas eu não deixava. Minha ira aumentava em cada murro dado e eu não pretendia parar até deixa-lo imprestável. Em um deslize meu, Neal conseguiu me atingir. Um pouco desorientado, eu fui alvo fácil para o desgraçado, mas não por muito tempo.

Usei a perna para lhe atingir na barriga e sua dor me deu tempo para levantar do chão e segura-lo pela camisa. O trouxe para perto de mim, falei baixo e firme só para ele ouvir e entender que eu não estava brincando.

― Você é um verme desgraçado que não merece nem beijar o chão que minha irmã pisa, mas nem por isso você vai fugir da sua responsabilidade. Você vai assumir esse filho, Neal! Querendo ou não.

Dito isso, o joguei no chão com toda a força. Ouvi seu resmungo de dor e me virei para ir em direção a minha irmã. Emma, que não parava de chorar, estava sendo amparada por Regina. Mirei meu amor, esperando que ela me desculpasse pela falta de controle e a cena deplorável que viu, mas seus olhos se arregalaram e se fixaram em algo atrás de mim.

Assim que me virei para ver o que era, vi Neal perto, muito perto de mim, e logo após senti uma dor muito forte no abdômen. Tudo ficou em silêncio. Eu o vi falar algo, mas não conseguia ouvir nada. Olhei para baixo, rumo à dor, e vi sangue, muito sangue escapando do meu corpo. Encarei seus olhos coléricos e o vi sorrir perversamente.

Antes de tudo escurecer.


Notas Finais


Eu prefiro ficar calada, antes que alguém venha querendo minha cabeça em uma bandeja de prata. @moonteirs


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