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História Hearts War - Vinte e um


Escrita por: arelconic

Notas do Autor


Olá meus amooores! Daqui a um dois/ três capítulos vocês vão adorar! Já se prepapem que vai ter muitas cenas (Se é que me entendem HAHAHA') Precisamos sair dessa tensão! E POOR FAVOR, leia as notas finais após a leitura.

Capítulo 21 - Vinte e um


Fanfic / Fanfiction Hearts War - Vinte e um

 

REESCRITA NO DIA 03/01/2019

.21.

 

A guerra terá um fim, mas eu não verei esse fim.

 

            Jinyoung sorria enquanto acariciava os fios louros. Talvez as coisas dessem certo a partir de agora. Torcia muito que isso acontecesse. Aos poucos, o sono chegava e o seu corpo relaxava diminuindo os movimentos.

Mark tirou a mão do rapaz levemente, deixando-a descansada de lado. Observou um pouco o rosto do moreno antes de caminhar para fora do quarto. Atravessou alguns corredores e caminhou até o pátio onde viu o Youngjae sentado no banco bebericando um suco. Um pouco mais a frente estava Jaebum falando no celular afastando-se cada vez mais do rapaz.

 

    O mais velho viu aquele momento como oportunidade, caminhando até o banco sentando justamente ao seu lado. Youngjae encarou o amigo de soslaio, mas não ousou fazer mais que isso. Ambos ficaram em silêncio por um tempo. 

Jaebum, entendendo toda a situação, afastou-se dos dois indo para um outro local. Mark balançava as pernas, demostrando a ansiedade, com olhos mirados nos pacientes que conversavam com entes queridos. Ele não sabia como puxar um assunto, mas sabia o quão arrependido estava por ter socado o rosto do amigo, quando ele não tinha culpa de nada. 

            - Deve ser uma droga ser presidente. -Youngjae iniciou a conversa bebericando o resto do suco.

 

            -Sim, é uma droga. A pouca paz que eu tinha esvaiu-se com essa posição.

 

            -Semana que vem irei subir de patente. Todos nós.

 

            -É? Será que? –Mark tentou lembrar qual era a patente acima de soldado, mas nada vinha a sua mente, somente Coronel, Tenente e General. Com isso, deixou a pergunta morrer.  

            -Não sei. -Ambos riram. -Acho que é Cabo. Vou perguntar ao Jaebum depois.

             -Você conseguiu ser mais famoso que eu. -Brincou e juntos riram de novo. Em instantes, o silêncio voltou a reinar e o clima ficou estranho. -Como você está?

            -Feliz. –Respondeu. –Mas.... Tenho medo que essa felicidade estrague tudo. Estou sentindo uma paz tão grande.

            -Quando Jinyoung melhorar irei até o quartel e comemoraremos. Eu, você, ele e Jaebum.

           -Jaebum não irá permitir.

            -Permitir o que? –O Tenente observou os dois esperando pela uma resposta. –Tem que voltar para o quartel na parte da manhã. –Disse para o soldado, não esperando pela resposta.  -Eu pedirei que busquem você. Então? O que não permitirei?

            -Comemorar no quartel a volta dos dois.

            -O quartel não é um salão de festas, Mark. Marechal ligou. Caímos duas posições. Estamos em 7° lugar como o melhor exército mundial. Ele está furioso.

            -Jaebum, conte-me. –Mark levantou do lugar e colocou as mãos no bolso. –O que aconteceu entre Won e Jinyoung? Eu percebi um olhar diferente no Won quando ele despediu.

 

            -Fique frio, Mark. –Respondeu. –Won está interessado, mas o Park não está. Ele dormiu o caminho inteiro durante a volta.

            -Apenas isso?

            -Won fez algumas perguntas, mais nada. –Mark assentiu e observou o pátio. –Vou procurar a enfermeira, preciso de um relatório sobre Lee e Jinyoung. Lee está em cirurgia no momento.

            Os amigos viram o tenente se afastar. Youngjae encarava o chão e as formas que ele tinha. Mark observou o mais novo antes de envolvê-lo em um abraço caloroso. Jae tentou. Tentou não deixar as lágrimas caírem, mas era tarde demais. Os soluços tornaram altos repentinamente e Youngjae via as gotas de lágrimas rolando pelo terno e caindo no chão. Tecido tão caro...

Mas isso não o fez parar. Afinal, ele estava livrando-se de tudo que sentiu nos últimos dias: medo, pressão, ansiedade, tristeza, raiva e paz. O motivo maior disso tudo é que o Youngjae sabia que era sua culpa. E não poderia contar a ninguém. Era um segredo que teria que guardar pela toda eternidade

            -Está tudo bem, Jae. –Mark murmurava palavras de apoio a cada segundo. –Ele está bem, todos nós estamos. Já passou.

            -Você viu o olho dele?

            -Ele está com faixa. –Mark falou. Observando o corredor de fora, viu uma figura feminina conhecida entrar em um elevador. –A mãe de Jinyoung chegou. –Continuou. –Vá lavar o rosto e iremos falar com ela. Ela sim precisa de apoio de todos nós. Ela entrará em choque ao ver o Jinyoung daquela forma.

            -Acabei esquecendo dela. –Admitiu fungando. –Neste caso, ela passará a noite com Jinyoung.

 

            -Não. –Respondeu, caminhando devagar até a porta. –A outra vez ela teve que ir trabalhar. Será a mesma coisa.

            -Você não é o presidente? Poderia dar uma folga a ela.

            -Eu sou presidente, mas não tenho direito sobre isso. Apenas o chefe dela. E ela disse que não gosta de hospitais por causa do seu irmão. Provavelmente, ela usará esta desculpa para não ficar.

            Choi assentiu caminhando até o banheiro. Durante o pequeno trajeto, Mark falou algumas palavras a mais de apoio. Ele entendia que os dois já tinham feito as pazes. Pensando nisso, lembrou a última vez que tiveram uma briga. Mark demorou muito tempo para visitar o mais novo que por este motivo, revoltou-se contra o amigo.

            Não caíram na porrada igual quando o Jinyoung desapareceu. Ficaram alguns dias sem conversar. Na mesma casa, no mesmo ambiente, no mesmo quarto. Só voltaram a conversar quando Mark precisou ir ao Mercado Central de Mokpo.

           Quando ambos se aproximaram do quarto, a mãe de Jinyoung saiu do quarto, nervosa. Encostou a cabeça na parede e fechou os olhos respirando profundamente. Em poucos segundos, ela desmoronou abaixando o corpo até o chão. Jae a observou sentindo toda a culpa invadir com força. Com tanta força, que recuou alguns passos, mas Tuan lhe impediu, trazendo-o de volta para a senhora.

Youngjae sentou à sua frente e a observou triste. Sentiu que iria chorar novamente. Mas não poderia deixar aquilo passar. Choi ajoelhou e colou a cabeça no chão, deixando o amigo preocupado bem como a mãe surpresa.

            -Mãe, me desculpe. A culpa é toda minha.

            -A culpa não é sua, Youngjae. –Ela pronunciou baixo. –É do pecado. É essa ganância que os homens querem. É essa vontade de mostrar que é o melhor que outro. É o desejo de tomar posses. A situação do nosso país com a Coreia do Norte é muito antiga. Houve situações piores que passamos e haverá situações que o mundo ficará chocado. A culpa é totalmente do homem. A Eva comeu o pecado porque foi instigada pela serpente. Adão escolheu Lilith. –Ela sorriu passando a mão nos fios do moreno. –Não diga que é sua culpa. Por favor, não diga isso. A única coisa que peço a você e ao Senhor Mark, é que deem apoio ao meu filho, pois ele precisará. Muito. Infelizmente, eu não tenho o direito de ser sua mãe.

              Foi um baque para o rapaz loiro. Seus olhos confusos encaravam a mulher trêmula.

            -Senhora, não diga isso. –Mark repreendeu-a levemente. –Ele a ama.

            -Eu sei que ele me ama. Eu o amo muito. Mas ele não teve mãe na infância. Ele não teve esse amor que outras crianças tiveram. Eu somente trabalho para sustentar a nossa família. 

           -Por que está dizendo isso? Isso é porque ele está cego de um olho? Você é mãe, você tem que apoiar o Jinyoung. Ele precisa do seu apoio.

            -Eu irei embora.

            -Mãe, ele precisa da senhora. –Choi levantou aproximando da senhora que somente negava com a cabeça. -Não deixe.

            -Eu não posso suportar isso. É por um tempo. Até ele melhorar, ok?

            -Senhora, - Mark lhe chamou sentindo sua irritação chegando lentamente. -Ele é seu filho. Ele precisa do seu apoio e não o nosso. Você é a família dele. Somos apenas amigos. 

            -Sinto muito, senhor Mark. Essa é a minha decisão final. -Suspirou e aproximou-se da porta. -Jinyoung, eu sei que você está ouvindo. Espero que me entenda. Eu já sou de idade, não posso suportar isso. Mas eu voltarei, querido. Quando estiver melhor.

 

            Mark avançou atrás da mulher, tentando impedi-la, mas quem acabou lhe impedindo foi o Youngjae. Ele olhou irritado para o amigo e avançou até a porta do quarto de Jinyoung tentando abri-la.  Que merda. Ele trancou a porta.

             - Jin, abra essa porta. -Mark falou forçando a maçaneta. Colou a testa na porta. –Jin... Por favor, abra essa porta. A sua mãe falou isso de boca para fora. Ela entrou em choque, somente.  

            -Deixe-me sozinho por um momento. -O louro percebeu que a sua voz do rapaz estava diferente do habitual. Triste? Choro? Magoado? Arrasado? Ele não queria que o Jinyoung ficasse triste. Vê-lo com qualquer emoção negativa também lhe atingia. Involuntariamente, sentiu a raiva pela mulher que o largou ali. -Por favor.

            -Não. –Respondeu sentando ao lado da porta. O corredor estava quase vazio e Choi havia sumido dali deixando-os sozinhos. A única barreira entre eles era a porta e Mark pretendia quebrar. Mas... O que dizer? Ele não fazia a mínima ideia do que dizer. –Você quer... Comer?

            -Não.

            -Conversar?

            -Não.

            -Chorar?

            Um silêncio estabeleceu ali por alguns segundos, antes de ouvir um choro baixo. Baixo, mas tão alto para o Mark. Seu interior estava rasgando naquela situação. Seu coração estava partido diante de toda aquela merda acontecendo.

            -Eu já estou chorando, seu imbecil.

            -Eu sei. -Murmurou observando a própria sombra no chão. –Eu quero enxugar as suas lágrimas. Eu quero te ajudar, Jinyoung. Eu quero te consolar. Eu preciso fazer isso. Eu preciso te vê-lo. Agora.

 

            Aquelas palavras desmoronou o Jinyoung. Os soluços deixaram de ser baixos e as lágrimas não paravam de cair. 

Que dor é essa que estava sentindo? Ele queria tirar aquela dor, mas sabia que nada iria tirá-lo. Nem mesmo o Mark. Ser rejeitado maternalmente a vida toda não tinha deixado o rapaz feliz, obviamente. Embora era tão comum não receber a atenção de seus pais, nunca havia se acostumado.

 Lembranças o invadiram quando viu a sua mãe chorar quando foi demitida. Jurou vingança a quem a magoou e aqui está ele, do outro lado da porta, o apoiando.

             -Mark ... Lembra quando você perguntou por que não disse a ela que estava em Canadá?

            -Sim?

            -Eu fiquei muito irritado quando ela foi demitida. Ela só sabia falar do trabalho e eu percebi que ela amava trabalhar. Amava a sua profissão. Quando ela chegou em casa chorando dizendo que foi demitida por uma coisa que não fez.... Me destruiu. –Contou observando a janela. –Eu fui até a empresa e perguntei alguns funcionários quem admitia e demitia os funcionários. Todos disseram “Mark Tuan”. Consegui fazer amizade com a sua secretária.

            -Ah, você deve ser o “fofinho” que pagava Gyoza para ela.

            -Sim. –Respondeu. –Quando ela disse que você iria para uma conferência em Canadá, pensei: “É um plano perfeito, irei me vingar.” Disse a mamãe que iria ficar em casa de alguns amigos, ela concordou sem hesitar. Agora eu entendo o porquê.... Ela achou que não tinha mais direito sobre mim.... Ela estava errada.

            -Jinyoung, tudo bem. Eu não me importo se qu-

             -Eu queria me vingar, Mark. Como você não liga para isso? Eu queria te destruir.

             -Porque você apaixonou por mim. Eu não me importo se queria vingar de mim. –Mark respondeu ainda observando a sombra. Algumas enfermeiras andavam pelo corredor e cochichavam. –Está tudo bem agora, eu ainda sou apaixonado por você. Jin.... Você me tem, sabe disso.

            -É por isso que eu não pude te ligar. É por isso que não recebeu nenhuma ligação.

 

            -Está tudo bem. Jin.... Estou virando o motivo de cochichos das enfermeiras. Abra a porta.

 ***

 

            Youngjae estava ao lado de Jaebum no chão. O corredor em que estavam permanecia cheia e havia algumas pessoas em pé. Ambos esperavam em frente a porta cirúrgica por qualquer notícia sobre Lee.

            Pelo cansaço, o soldado havia tirado um cochilo. Estava sentado com a cabeça no ombro esquerdo do Tenente. Não dormiam há dias e não conseguiram ir para casa. 

            Jackson apareceu no corredor trazendo várias sacolas com lanches. Sorriu observando os garotos e desviou o olhar para a porta cirúrgica.

            -Nada? -Perguntou recebendo um sinal negativo. Encarou o Youngjae e observou o corredor cheio. -Sua mãe está na sala de espera perto da recepção –O soldado chegou a levantar, mas Jackson o impediu. -Eu trouxe lanches. Coma. Sua aparência não está boa.

            -Como estão os jornalistas? –Jaebum perguntou, abrindo a sacola, entregando alguns lanches para o rapaz ao lado.

 

            -Não desistiram. Alguém precisa dar algumas palavras para irem embora. E vai ser você. –Jackson informou observando os corredores atentamente.  –Se eu fosse vocês, iriam para o refeitório. Tem jornalistas disfarçados por aqui. E qualquer palavra tem que ser dita cautelosamente. Jaebum, não vai conseguir treinar os seus garotos. Sua aparência está deplorável. Precisará tomar vitaminas.

            -Eu agradeceria se pudesse permanecer por mais alguns dias. O Marechal ainda não está na Coreia.

            -Certo, ficarei mais alguns dias. Onde se encontra o Mark?

            -Com Jinyoung. –Choi respondeu abrindo um pacote de biscoitos de milho. –Tem como você permanecer por aqui até terminarmos de comer? Qualquer notícia sobre Lee, pode mandar uma mensagem para o Jaebum.

            Jaebum mostrou o walkie-talkie que pegou no quartel, já que o seu celular havia descarregado. Jackson assentiu conferindo se estava com o objeto.

 ***

            Mark observou o rosto delicado de Jinyoung. De tanto chorar, o mais novo adormeceu nos seus braços. Viu sua faixa manchada de sangue de um tom vermelho mais claro. Devagar, tirou os braços de sua cabeça e saiu da sala indo até o quinto andar, onde permanecia a sala do médico do garoto.

            Deu algumas batidinhas e entrou quando foi autorizado por uma voz grossa. O médico que devia está na casa dos 40 anos lhe encarou e voltou a cuidar do paciente.

            -Mark Tuan?

            -Sim.

             -Informaram que estava subindo quando procurou informações sobre a minha pessoa. Aguarde alguns minutos que irei conversar com o senhor.

 

            O médico, vulgo Kaim, voltou a enfaixar a perna de uma criança e passou gesso por cima. Quando secou, pegou um pano e limpou. Mark observava o paciente: a criança devia ter uns dez ou doze anos. Encarava a sua própria perna. Recebeu alguns instruções e despediu do médico, sendo recebido pelo pai no corredor, que o agradeceu. 

            -O nome do paciente é Park Jinyoung? –Mark assentiu sentando na cadeira em frente a ele. –O quadro dele está cada vez melhor. Qual a sua relação com o paciente?

             -Namorados. –Respondeu. –Quero saber sobre a situação do seu olho ferido.

             -Ele está cego. Não há recuperação. -Kaim abriu a gaveta e tirou de lá o raio-X feito do seu olho machucado. –Ele foi atingido diretamente na cristalina, - Apontou para uma parte atrás da córnea. –Isso interrompeu os ligamentos e o nervo óptico. Primeiramente, pensamos em restaurar a sua assimetria, mas, ela está totalmente danificada. 

            -Não há nenhuma forma?

             -Ele não irá voltar a enxergar. –Comentou. –Porém, há outra solução. A prótese ocular, mas ainda assim ele não irá enxergar. É apenas uma forma de tampar a ferida. As pessoas não vão saber que ele perdeu um olho.

             -Qual é o melhor hospital para fazer a prótese?

             -EUA. É cara, mas estamos falando do melhor.

             -Tudo bem, quando custa?

             -Por volta de 110 milhões de dólares. Ele teria que fazer um teste para a confirmação. 

            -Tudo bem. -Mark sorriu, discou um número e perguntou o nome do hospital. -Julie, marque um voo amanhã para o EUA.

*** 

            Jaebum observava o garoto a sua frente lambuzar-se. Youngjae havia esquecido que estava em um hospital e acabou pedindo salgados e sobremesas.  O tenente pediu somente um copo de café. Não gostava da comida de hospital.

            Youngjae lambia os dedos observando os outros pratos. Ele nunca tinha ficado tanto tempo sem doce.  No quartel, comiam doces a cada três dias. 

Ficar quase quinze dias sem glicose fez que o Youngjae comesse compulsivamente. No entanto, o seu coração palpitou quando sentiu os dedos de Jaebum limparem o canto dos seus lábios. Suas bochechas enrubesceram quando o Tenente levou os dedos até uma boca lambendo.

            -Controle-se. –O rapaz levou um tempo para entender que a referida frase era referente aos doces. -Não esqueça que tem treinamento. Você voltará amanhã e Jackson continuará com o tratamento.

            -Eu estou todo machucado.

            -Ordens de Marechal. –Jaebum explicou observando a lanchonete. –Jackson tinha razão, está cheio de jornalistas. Tome cuidado com as palavras. Despeça de Jinyoung e vá descansar no quartel.

            -Foi combinado de eu passar a noite com ele.

            -Você precisa de um bom descanso. Jackson leva muito a sério o treinamento. Quando eu voltar, sei que vou ouvir as reclamações a respeito de Jackson. Ele não dá descanso enquanto não atingirem a meta.

            -Eu não me importo, quero ficar com o Jin. Ele precisa do meu apoio.

            -Não, Youngjae. –Retrucou sentindo o clima esquentar. -Apesar de vocês serem amigos, você tem que obedecer às ordens de Marechal. Eu deixaria você ficar com o Jinyoung hoje, mas, o Marechal ordenou que você voltasse a treinar. Atualmente, ele está nos EUA, mas ele recebe informações a cada momento. 

            -Jaebum, você não pode falar com ele?

             -Eu tentei quando estava no telefone no pátio. Ele disse que não importa de termos “alguma coisa” ou não, tenho que separar a vida pessoal e trabalho. –Falou observando a cara irritada de Choi. –Por fim, ele disse que em relação ao Jinyoung, ele voltará na semana que vem.

            -Ele é tão rigoroso que parece que não preocupa com a saúde dos outros.

            -Ele preocupa, mas uma força armada vem em primeiro lugar. -Choi assentiu a contragosto e cruzou os braços observando o prato vazio.  -Não fique irritado comigo. Agora vá despedir de Jinyoung e fique um pouco com a sua mãe. Será encaminhado para o quartel dentro de meia hora. 

            -E você?

             -Ficarei aqui para saber as notícias de Lee. Tenho que entregar um relatório sobre a sua situação até o final do dia.

             -Tudo bem, estou indo.

             - Youngjae. -Lhe chamou quando este se afastou. Uma chave foi colocada na palma de sua mão. -Não mostre para ninguém. Lembre-se: você tem apenas dez minutos para conversar antes de ser grampeado. Ligue no número de Mark, conversarei com ele sobre isso.

             Jaebum ganhou o dia quando viu o sorriso sincero do soldado. Para ele, o seu sorriso é o seu bem mais precioso. Youngjae guardou a chave antes de desaparecer pelos corredores. O tenente deu uma risadinha baixa e pegou o elevador indo até a sala cirúrgica. Chegando ao corredor, viu o Jackson conversando com o médico. Aproximou-se encarando o amigo.

             -A cirurgia foi um sucesso. A hemorragia cessou e em dois meses, ele poderá voltar para o quartel.

 

            -Dois meses? –Jaebum perguntou já imaginando o interrogatório que iria passar com o seu pai. –Creio que conhece as regras do quartel e preciso saber a data prevista para levar o Lee até o quartel. O outro soldado irá dentro de dois dias.

            -Infelizmente, eu conheço. -O médico respondeu observando o prontuário. -Dentro de uma semana, pode ser encaminhado. Menos que uma semana não há possibilidade de retira-lo daqui. Nós, médicos, não deixaremos. Para ser sincero, não ligo para as regras do exército. Ele vai precisar, no mínimo, de seis meses para uma fisioterapia.  

            Jaebum revirou os olhos balançando positivamente.

 

            Por mais que soubesse que o problema iria crescer quando chegasse à força armada, ele concordava com os médicos. A situação de Lee não era nada boa e corria o risco de piorar durante uma locomoção para o quartel. Secretamente, ele admirava a ousadia dos médicos com os soldados.

            Depois de algumas horas, Jackson despediu-se e foi até o quartel.

            Youngjae assustou-se quando entrou no quarto e recebeu um forte aplauso dos seus colegas. Sentiu-se envergonhado e agradeceu, curvando-se. Apesar de que as pessoas o abraçavam e o elogiavam Jae estava se sentindo desconfortável. Ele sabia o que havia acontecido. Ele sabia que por mais que tenha achado o seu amigo, a culpa do sumiço sempre será dele. Eles poderiam ter lutado ou tentado.

            Depois de 5 minutos de bajulação, foram interrompidos por um chinês que ficou à frente da equipe que correu em seus lugares definidos. Youngjae demorou um pouco mais para chegar a sua cama e Jackson esperou pacientemente.

 

            -Bem vindo de volta, Choi Youngjae. Bom trabalho. Conforme dito ontem, o treinamento começará 6 às horas em ponto. Qualquer atraso, nem que seja de um minuto, pagará 200 flexões. Teremos um novo exercício. Youngjae, - Jackson o encarou e sorriu quando este gritou "Senhor"! '' - Por perceber que está mais lento que os outros, sugiro que levante mais cedo.

             -Sim, Senhor!

             -Espere lá fora. -Youngjae fez uma reverência e encaminhou para fora do quarto. Depois de alguns minutos, Wang apareceu e caminharam lentamente até a casa grande.      

            -Jaebum me explicou sobre você conversar com o Jinyoung. Você pode ligar para ele apenas no horário do almoço. Agora que voltou, será o centro de atenções por alguns dias. Ou seja, todo cuidado é pouco. Ele pediu também para que eu pegue mais leve com você. Sabe que não vai acontecer, pois todos têm o mesmo tratamento. Seu cabelo está um pouco maior, passe a máquina.

             - Sim, senhor. 

           -Tenha um bom descanso, não se atrase.

             Youngjae terminou a conversa fazendo novamente a reverência. Quando voltou ao quarto, os garotos já estavam em suas respectivas camas. O moreno foi até o canto e pegou uma máquina de cortar o cabelo. Seus olhares alternavam entre os fios pequenos e a parede com os nomes riscados.

          Colocou a máquina em cima do banco, egou o giz que ficava no chão e riscou os dois nomes.


Notas Finais


ENTÃO... Estou pensando em fazer uma segunda temporada, porque já tenho final dessa fanfic. Entretanto, será uma história totalmente diferente, mas terá uma relação (um pouco fraca, mas terá) com essa fanfic. Vocês só irão entender essa "história totalmente diferente' nos últimos capítulos da fanfic. Eu tenho uma previsão que a fanfic termine até 35 episódios, antes do ano virar, mas não está garantido. E eu queria saber as opiniões de vocês e estou empolgada! Sejam super sinceros, falem mesmo! Beeeijos pra vocês!
PS: Vocês leem as citações que coloco? Pois elas ajudam saber o rumo a história tomará e.e


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