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História Heathens - The only good side of my life.


Escrita por: vitoriaraujo

Notas do Autor


Boa leitura e não esqueçam de comentar!!!

Capítulo 25 - The only good side of my life.


Rebeca:

 

Sinto Abel chutar minha intimidade com seus joelhos, me fazendo querer gritar, mas antes que eu faça, ele tapa minha boca com  sua mão, que logo fica úmida pelas minhas incontroláveis lágrimas.

- Você vai dar um fim nisso, ou eu dou um fim em você, está me ouvindo? - Abel pergunta baixo, próximo demais do meu pescoço, o que me faz querer gritar novamente e vomitar de nojo.

Tento me soltar do seu aperto em vão, e começo a assentir freneticamente com a cabeça, desejando que aquela tortura acabe logo, mas Abel parecia querer realmente me matar. Ele é louco? 

Consigo parar e pensar por um segundo, e dou um chute forte no meio das suas pernas, fazendo o velho vacilar. Me solto e consigo empurrá-lo no chão.

Saio da cabine, a trancando e ouvindo Abel tentar arrombá-la enquanto eu saía do banheiro, também trancando a porta do lado de fora, antes de correr para longe dali, ainda com falta de ar.

Wes é filho de Abel? Como?

Passo a mão na testa e sinto vontade de gritar mais uma vez quando vejo sangue. A enfermaria com certeza estava fechada, e mesmo se não estivesse, Abel com certeza vai me procurar lá.

Caminho até meu quarto e permaneço lá até o fim da contagem. Assim que o sinal toca anunciando o fim da mesma, saio da cama em um salto e corro até o quarto de Matthew. Eu preciso falar com ele. Eu preciso dele.

Ando com pressa pelos corredores, sentindo o frio da noite bater contra minha pele. Respiro fundo, imaginando o que eu estaria fazendo agora se não estivesse aqui. Em uma festa? Com amigos? 

Assim que chego em frente a porta do dormitório de Matthew, respiro fundo diversas vezes antes de bater na porta. Quando ela abre e Matthew vê meu estado, não demora para que uma expressão apavorada tomasse conta de seu rosto.

- O que fizeram com você, Rebeca? - ele fecha a porta atrás de si, sem desviar o olhar dos meus machucados.

Sinto as lágrimas caírem de maneira incontrolável do meu rosto, e abraço Matthew. Eu estava com medo, com raiva, com dor, com tudo de ruim.

Matthew me aperta em seus braços, pedindo para eu me acalmar, mas a palavra "filho" ditada por Abel era gritada na minha mente.

Wes era filho de Abel. Esse tempo todo Abel esteve mais próximo de mim do que eu imaginava. Wes teria algo a ver com o fato de eu ter parado aqui?

- Ei... - a voz de Matthew me tira das paranoias, quando o loiro segura meu rosto entre suas mãos e me encara - Eu vou pegar uns lençóis, a gente vai limpar seu rosto, vou te levar em um lugar e você vai me falar o que aconteceu, tudo bem? - ele tira alguns fios do meu rosto com cuidado, observando minha testa provavelmente em estado deplorável.

Apenas assinto, e Matthew volta para seu dormitório, me deixando sozinha no corredor por poucos segundos até voltar com uma coberta em mãos.

- Vai no feminino ou no masculino mesmo? - Matthew pergunta, e sinto meu rosto estremecer ao lembrar que talvez Abel ainda esteja preso no feminino.

- Masculino. - murmuro, vendo Matthew dar de ombros e me puxar pela mão em direção ao banheiro.

 

Enquanto Matthew limpava meus machucados com atenção e cuidado, tive a chance de admirar seus traços faciais de perto sem ser notada, me apaixonando mais ainda por cada pedacinho daquele local. A posição em que estávamos, eu sentada na pia e Matthew em pé na minha frente, só melhorava minha intenção de decorar cada tracinho seu.

Matthew deve ser alguma espécie de anjo, não é possível que alguém seja como ele. Ninguém é como Matthew, não importa quem seja, ele é melhor. Melhor para mim, pelo menos. Isso é tudo.

Por impulso dos meus pensamentos, aproximo meu rosto do de Matthew, selando nossos lábios demoradamente, e só quebrando o contato quando Matthew suspira pesado, ainda de olhos fechados.

- O que fizeram com você? - ele pergunta baixo, abrindo seus olhos e direcionando suas mão mais uma vez no meu rosto, enquanto a outra estava apoiada na minha coxa esquerda.

Apenas nego com a cabeça, em um sinal que não queria falar disso, que Matthew entende perfeitamente. O loiro bufa, mas assente em concordância, se afastando.

- Vamos, você vai dormir em um lugar diferente hoje. - Matthew sorri de lado, me olhando divertido.

Eu sei bem onde eu queria dormir e com quem.

- Tudo bem. - sorrio, me levantando.

Saímos do banheiro e Matthew me entrega a coberta que segurava, logo depois me abraçando de lado.

Caminhamos até o pátio, que para minha surpresa, a porta em que dava acesso estava somente encostada.

A ideia de passar a noite deitada na grama com Matthew e olhando para o céu estrelado me animou bastante, mas Matthew continuou andando até uma espécie de galpão velho que ficava entre as paredes da escada.

A porta velha foi facilmente arrombada por Matthew, que deu espaço para que eu entrasse antes dele.

O olho um pouco apreensiva, mas sua revirada de olhos me fez ver que não tinha nada há ter medo. 

Entro no que descobri ser uma espécia de sótão, que era iluminado apenas pela luz da lua que penetrava pelas frestas das paredes e do teto. Olho para trás, vendo Matthew entrar no lugar que já parecia bem familiarizado pra ele.

Logo á nossa frente havia um sofá velho, uma mesa e duas poltronas.

Engulo em seco quando vejo agulhas jogadas na mesa e várias siringas.

- Kian e eu sempre viemos aqui. - a voz de Matthew é ouvida pela primeira vez ali, enquanto ele olhava na mesma direção que eu e respirar fundo - Pois é.

- Você... - não termino a frase, olhando apreensiva para Matthew.

- As vezes. - Matthew suspira, sentando-se no sofá - Não era forte o suficiente para aguentar a barra de estar aqui. Não antes de você.

Assinto lentamente, e Matthew ri fraco, dando dois tapinhas em sua coxa, me chamando para sentar em seu colo. 

Engulo em seco antes de obedecê-lo, jogando a coberta no nosso lado no sofá.

- Não vai me falar mesmo quem fez isso com você? - Matthew arqueia as sobrancelhas, e mais uma vez nego com a cabeça, fazendo o garoto suspirar pesado - Tudo bem, eu descubro. - dá de ombros.

Rio fraco, apoiando minha cabeça no seu ombro, sentindo o cheiro gostoso no seu pescoço, onde passo meu nariz de leve antes de sentir sua pele arrepiar-se. Sorrio com a ideia de que talvez Matthew não fosse tão experiente nisso quanto eu imaginei. 

Observo o lugar em volta, repleto de caixas de papelão velho e objetos jogados.

- É um lugar legal para ficar. - dou de ombros, e Matthew me olha debochado - Quer dizer, se você estiver preso nesse reformatório. - rio, sendo acompanhada.

- Nessa situação, esse lugar é como a Disneyland. - Matthew diz, me fazendo soltar outro riso.

Assinto com a cabeça, antes de sair do colo de Matthew e sentat no seu lado.

- Vamos fazer o quê aqui? - pergunto, me virando para ele.

- Dormir, ou tem uma ideia melhor? - sorri malicioso, e retribuo.

- Apesar de eu querer muito fazer outra coisa... - mordo o lábio inferior, enquanto Matthew aproximava nossos rostos e roçava seus lábios no meu de leve - Hoje eu só quero dormir e esquecer o que aconteceu. - sorrio triste, e Matthew assente, suspirando outra vez.

- Tudo bem. - sela nossos lábios rapidamente, antes de virar-se para pegar a coberta - Vamos dormir, você tá segura comigo. - ele sorri fraco, e eu assinto.

Não sei como, mas Matthew e eu conseguimos ficar de conchinha naquele sofá apertado, e pelo incrível que pareça, eu não poderia estar me sentindo mais confortável.

Ao passar dos minutos, a respiração de Matthew no meu pescoço foi ficando cada vez mais calma, me trazendo uma paz interior gostosa junto com seu cheiro maravilhoso. Eu estava sorrindo só de imaginar como ele devia estar lindo atrás de mim, com expressão serena.

Aperto seus braços ao redor de mim ao lembrar de Abel e que Wes era seu filho. Eu não queria ter que sair desse sofá e encarar o lixo que é minha realidade nunca. 

Matthew é o único lado bom da minha vida.

 


Notas Finais


o que acharam??? saber que não estou escrevendo para as paredes me faz continuar kddkdkdf beijos e até o prox cap


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