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História Heaven - The Words


Escrita por: elmaxswanmills

Notas do Autor


Heey, pequenos gafanhotos!

Como estão?

Ainda tem alguém por aqui?

Eu sei, eu sei... demorei.
Desculpem mesmo. Não era a minha intenção, mas acabei tendo um bloqueio com a fic e por isso a demora.

Enfim, espero que gostem do capítulo. =)

Capítulo 6 - The Words


All the lights land on you

(Todas as luzes repousam em você)

The rest of the world fades from view

(O resto do mundo some de vista)

And all of the love i see

(E todo o amor que eu vejo)

Please please say you feel it too

(Por favor, por favor, diga que você sente isso também)

 

 

Após o almoço, Luke e Sebastian se propuseram a cuidar da louça para que Jocelyn e Maryse pudessem continuar conversando e pudessem aproveitar um pouco mais o resto do domingo e Jordan ficou fazendo companhia aos dois. Simon foi até o quarto e pegou o violão voltando para a sala em seguida e sentando ao lado de Jace, dedilhando uma canção qualquer enquanto Alec e Magnus brincavam com Max e as meninas estavam sentadas junto a eles. Maryse e Jocelyn estavam na varanda do tríplex dividindo uma rede como faziam quando eram mais novas. A ruiva havia pegado uma garrafa de vinho em sua mini adega e duas taças, servindo-as enquanto conversavam.

Aproveitando que as duas estavam entretidas em uma conversa e Alec e Magnus brincavam com Max, Jace se inclinou em direção a ruiva e a sua irmã, olhando para os lados com ar divertido.

— Então, quem vai me explicar o que está acontecendo aqui?

 

— Meninos... – Isabelle revirou os olhos e sorriu. — Será mesmo que você ainda não notou nada? Não notou como a nossa mãe sorri sempre que está perto da mãe deles, ou em como ela fica ansiosa para ir a cada apresentação sua?

 

— Pensei que ela ficasse ansiosa para ver o seu filho mais lindo de todos arrasando em cima do palco. – Jace respondeu com um falso tom de chateação. — Droga! Fui enganado. Você acredita nisso, Simon?

 

— Quem teria coragem de fazer isso com um pobre e belo garoto como você, não é mesmo? – Simon disse divertido, trocando um olhar com as duas.

 

— Falando sério, minha mãe está a fim da sua? – Jace perguntou olhando para Clary.

 

— Não diria que ela esteja "a fim". O que existe entre elas é algo maior que isso. Eu não sei exatamente o que é e qual a intensidade, mas sei que vai muito além de "estar a fim". – Clary respondeu olhando em direção a varanda. — Isso é um problema para você?

 

— Claro que não! – Jace respondeu sorrindo e seguindo o olhar da ruiva. — Que tipo de cara eu seria se fosse contra a felicidade da minha mãe ou de qualquer pessoa da minha família?

 

 

And all of the noise i hear inside

(E todo o barulho que eu ouço aqui dentro)

Restless and loud unspoken and wild

(Inquieto, ruidoso, implícito e selvagem)

And all that you need to say to make it all go away

(E tudo o que você precisa dizer para fazer tudo desaparecer)

It’s that you feel the same way too

(É que você se sente do mesmo jeito também)

And i know the scariest part is letting go

(E eu sei que a parte mais assustadora é desapegar)

Cause love is a ghost you can’t control

(Porque o amor é um fantasma que você não pode controlar)

I promise you the trhuth can’t hurt us now

(Te prometo que a verdade não pode nos machucar agora)

So let the word slip out of your mouth

(Então deixe as palavras escaparem de sua boca)

 

 

(...)

 

 

Jocelyn estava sentada na rede com Maryse ao seu lado e elas falavam sobre trabalho e suas vidas, conversando sobre como havia sido depois que cada uma seguiu seu caminho, como foi quando seus filhos eram pequenos, os primeiros passos, as primeiras quedas, como realizaram seus sonhos profissionais e outras coisas que elas ainda não haviam conversado antes. Quando a ruiva foi completar a taça delas novamente, seus olhares acabaram se cruzando mais uma vez e elas ficaram presas em uma conversa muda, um sorriso nos lábios e as esmeraldas de Jocelyn presas aos azuis como céu da outra. Sem que se dessem conta, seus rostos se aproximaram, quase confundindo suas respirações levemente ofegantes e em um impulso Maryse uniu seus lábios aos da ruiva. Não um beijo cinematográfico ou algo do tipo, mas um selinho tímido, apenas sentindo os lábios de Jocelyn sob os seus. O leve gosto de vinho nos lábios, os olhos fechados e por um momento ela se se esqueceu de como respirar. Assusta-se ao ver que a ruiva não a repele e faz isso por si só, confusa, com medo, diversos pensamentos tomando-lhe a mente.

 

— Eu... Jocelyn... – Maryse começa, mas é interrompida pelos lábios da ruiva que se unem aos seus novamente.

Dessa vez é Jocelyn quem se atreve a beijar a morena, logo pedindo passagem com a língua e suspirando em meio ao beijo ao sentir Maryse o retribuindo, enlaçando seus braços em torno de seu pescoço.

 

Da sala Jace, Sebastian, Clary, Isabelle, Simon e Luke observam a cena em silêncio, os sorrisos estampando seus rostos e um pedido silencioso de cada um para que as duas pudessem viver o que não viveram a dezesseis anos atrás.

 

Maryse suspira ao sentir os braços de Jocelyn a envolvendo em um abraço delicado, trazendo seu corpo mais para perto. A morena acaricia o rosto da outra e sorri em meio ao beijo. Um barulho na sala as desperta e elas se afastam rapidamente, esmeraldas e azuis conectados como acontecia desde que eram adolescentes, um sorriso tímido no rosto de ambas e ao mesmo tempo um certo medo.

 

— Maryse eu... não. Eu não vou me desculpar por isso. Eu quis esse beijo desde que tínhamos quinze anos. Eu... – Jocelyn começa e se vê silenciada pelo dedo da outra sob seus lábios.

 

— Minha única pergunta nesse momento é porque demorou tanto para fazer isso? – Maryse sorri e acaricia o rosto da ruiva novamente sem deixar de olha-la.

 

— Eu não sabia que você também queria isso, eu nem ao menos sabia se você sentia algo por mim. Na verdade, eu não sei, mas você correspondeu ao beijo, quer dizer, você me beijou primeiro, mas isso não... – Jocelyn disparou e novamente a outra colocou o dedo sob seus lábios a fazendo parar, rindo suavemente e dando um selinho demorado nela.

 

— Jocelyn, acalme-se. – Maryse riu divertida com o nervoso da ruiva, segurando suas mãos em seu colo. — Se retribui o beijo, então é porque era algo que eu queria, não acha?

 

— Sim. Mas e se você não quisesse? Se tivesse me beijado num impulso? – A outra perguntou fazendo um bico adorável.

 

— Jocelyn Fairchild! Você acha que eu saio beijando as pessoas por impulso? – Maryse disse num falso tom de repreendimento.

 

— Só as ruivas lindas e com pintura como hobby. – Jocelyn respondeu sorrindo mais tranquilamente ao ver a outra brincando.

 

 

And all of the steps that land me to you

(E todos os passos que me levaram até você)

And all of the hell i had to walk through

(E todo o inferno que eu tive que percorrer)

But i wouldn’t trade a day for the chance to say

(Mas eu não trocaria um dia para ter a chance de dizer)

My love i’m love with you

(Meu amor, eu estou apaixonada por você)

And i know the scariest part is letting go

(E eu sei que a parte mais assustadora é desapegar)

Cause love is a ghost you can’t control

(Porque o amor é um fantasma que você não pode controlar)

I promise you the trhuth can’t hurt us now

(Te prometo que a verdade não pode nos machucar agora)

So let the word slip out of your mouth

(Então deixe as palavras escaparem de sua boca)

 

 

 

(...)

 

 

 

Na sala os jovens trocaram um olhar e resolveram sair, deixando as duas mais à vontade. Simon colocou o violão em um canto da sala e pegou sua jaqueta de couro, ajudando Isabelle a se levantar em seguida, caminhando em direção a porta com Jace, Clary, Sebastian, Jordan, Luke, Alec, Magnus e Max logo atrás. Ele fechou a porta o mais silenciosamente que conseguiu e desceram as escadas. Ao chegarem na calçada Luke se despediu deles e foi para casa e os demais seguiram para um parque que havia ali perto e foram andando até encontrarem um lugar que fosse de seu agrado, sentando em roda perto de um lago. Jace, Sebastian, Jordan e Clary brincavam com Max enquanto Isabelle estava imersa em uma conversa com Simon e Alec e Magnus estavam sentados um pouco mais afastados. O garoto de cabelos cacheados encostou na pedra que havia atrás dele e Isabelle se ajeitou no meio de suas pernas, encostando as costas em seu peito, entrelaçando seus dedos nos dele. Ela gostava como suas mãos se encaixavam e o modo como ele a segurava, ao mesmo tempo em que era gentil, seu toque era firme, quente.

 

— Então... está tudo bem a sua mãe ficar com a minha? – Isabelle perguntou brincando com os dedos do garoto entre os seus.

 

— E porque não estaria? – Simon perguntou virando a morena delicadamente para si.

 

— Eu não sei... – Isabelle desviou seu olhar para onde Jace e Clary brincavam com Max e Sebastian.

 

— Olha, eu sei que você se preocupa, sei que nem sempre é fácil para Alec e Magnus quando estão andando por aí, mas eu sei que elas vão saber levar seja lá o que for que exista entre elas de modo que não sofram. – Simon sorriu, acariciando o rosto da garota e brincando com seus cabelos.

 

— É por isso que gosto de você. Sempre pensando pelo lado positivo das coisas. – Isabelle tirou uma mecha de cabelo que caía sobre a testa do músico e os dois se perderam nos olhos um do outro.

 

— Então quer dizer que você gosta de mim? – Simon balançou as sobrancelhas e sorriu divertido ao ver a outra corando.

 

— Ah, cale a boca. – Isabelle mal deu tempo de o garoto responder, colando seus lábios aos dele, um selinho que logo se transformou em um beijo mais intenso.

 

Suas mãos contornaram o pescoço de Simon e o garoto levou suas mãos a cintura da morena, apertando levemente e sorrindo em meio ao beijo. Ao longe Jace, Clary, Sebastian e Jordan trocaram um olhar satisfeito ao verem os dois finalmente cedendo ao que queriam desde que se conheceram.

 

 

(...)

 

 

I know that we’re both afraid

(Eu sei que nós duas estamos com medo)

We both made the same mistakes

(Nós duas cometemos os mesmos erros)

An open heart is an open wound to you

(Um coração aberto é uma ferida aberta para você)

And in the wind of a heavy choice

(E nos ventos de uma escolha difícil)

Love has a quite voice

(O amor tem uma voz calma)

Still your mind, now i’m yours to choose

(Acalme a sua mente, estou aqui para que me escolha)

 

 

No tríplex Jocelyn estranhou o extremo silêncio que de repente tomou conta do lugar e se levantou para ver o que estava acontecendo e se surpreendendo ao ver que todos haviam saído, deixando apenas ela e Maryse no lugar. Quando a ruiva se virou para voltar a varanda, Maryse estava parada a alguns passos atrás dela, olhando curiosa para a sala vazia.

 

— Parece que nossos filhos resolveram fazer um passeio e nem nos chamaram. – Jocelyn se aproximou da outra, a pegando pela mão e a guiando até o sofá, sentando-se ao lado dela.

 

— E então... o que fazemos agora? – Maryse perguntou ajeitando seu corpo contra o da outra.

 

— Agora acho que aproveitamos o silêncio. – Jocelyn respondeu aproximando seus lábios dos da morena, iniciando outro beijo.

 

Elas permaneceram no sofá por algum tempo entre um beijo e outro, carícias, conversas e olhares que diziam mais que as palavras. Após algumas horas ali, Jocelyn se lembrou de um quadro que havia pintado a algum tempo atrás e se levantou abruptamente, puxando a morena pela mão.

 

— Aonde estamos indo? – Maryse tentou parar a outra em vão, quase tropeçando na mesinha de centro.

 

— Quero te mostrar uma coisa. – Jocelyn riu, parecendo uma adolescente novamente.

 

Em poucos passos elas estavam no espaçoso ateliê da ruiva. Diversos quadros espalhados pelas paredes, outros amontoados, enrolados em panos, encostados em uma das paredes e um iniciado em cima do cavalete no centro do cômodo. No cabideiro próximo a porta estava o jaleco branco todo salpicado de tinta que a ruiva usava quando estava pintando, em um puff perto do cavalete estava sua paleta e alguns pincéis e ao lado, uma enorme maleta com diversos tipos e cores diferentes de tinta. No cavalete estava um quadro coberto por um pano que Jocelyn retirou e imediatamente a morena reconheceu o que ela estava pintando ali. O dia em que se despediram em Idris. Quando Maryse veio embora com Robert e Alec ainda pequeno. A morena de olhos azuis passou a ponta dos dedos delicadamente pelo quadro, sentindo a textura da tela e das tintas sob seus dedos e após alguns segundos olhando para o quadro ela se virou para a outra, encontrando seus olhos brilhando e um sorriso discreto em seus lábios.

 

— Porque você está pintando esse dia? – Maryse tocou o rosto da ruiva, ajeitando uma mecha de seu cabelo que caía em seu rosto.

 

— Eu precisava colocar para fora como me senti nesse dia. – Jocelyn respondeu sorrindo. — Mas esse não era bem o quadro que eu desejava te mostrar. Era um outro, que pintei pouco antes de nos reencontrarmos.

 

Ela pegou a morena pela mão e a levou até o canto do cômodo, retirando cuidadosamente o pano que estava cobrindo o quadro e revelando uma pintura colorida, onde Maryse reconheceu as ruas do canal próximo à praça do Anjo em Idris, as casas coloridas de Alicante com suas torres que as vezes brilhavam em um vermelho vivo e as duas sentadas no chafariz que havia no centro da praça. Ela sabia qual dia era aquele; fora o dia em que ela descobriu estar apaixonada pela ruiva e procurava um meio de contar a ela o que sentia, claramente sem sucesso. Ela se virou lentamente, encontrando os olhos verdes da outra e se perdendo neles, sentindo as mãos quentes e firmes da ruiva segurarem sua cintura.

 

— Nesse dia eu queria te dizer que estava apaixonada por você, mas eu não sabia como fazer isso. – Maryse roçou seus lábios nos da outra, sentindo sua respiração se acelerando. — Pouco depois tudo virou de cabeça para baixo, você estava com Valentim, eu estava com Robert... eu pensei que não a veria novamente, que esse sentimento teria que ficar adormecido para sempre em mim.

 

— Ainda bem que os nossos filhos resolveram ir a boate na mesma noite. – Jocelyn sorriu, capturando os lábios da morena em um beijo suave.

 

 

(...)

 

 

Ao final da tarde os adolescentes resolveram voltar para o tríplex e ao chegarem lá encontraram suas mães deitadas no sofá da sala assistindo a um filme no Netflix, uma coberta leve jogada em cima delas, duas canecas de chocolate quente na mesa de centro e algumas guloseimas também colocadas à mesa. Max entrou correndo e se jogou no meio das duas, recebendo um olhar reprovador da mãe e uma leve bronca de Isabelle.

 

— Acho melhor irmos para casa, esse mocinho aqui precisa de um banho. – Maryse disse enquanto segurava o pequeno em seu colo.

 

— Almoça comigo amanhã? – Jocelyn perguntou esquecendo-se dos filhos na sala.

 

— Com certeza! – A morena sorriu para outra e colocou o filho em pé, levantando em seguida.

 

Os adolescentes se despediram e Clary, Simon e Sebastian se esparramaram no sofá que antes as duas mais velhas estavam. Jocelyn acompanhou os Lightwood até a porta e foi surpreendida pela morena que segurou seu rosto com as duas mãos e a beijou diante de todos, arrancando alguns assovios dos filhos das duas, ficando completamente corada ao ouvir de fundo; eu estava esperando para ver isso; vindo provavelmente do filho mais velho da ruiva.

 

— Até amanhã. – Maryse deu um selinho na outra e saiu com os filhos, descendo as escadas e adentrando o Range Rover que estava estacionando na porta do tríplex, indo para casa.

 

Jocelyn fechou a porta e se virou, corando ao ver os filhos a olhando com sorrisos e expressões curiosas, os olhos brilhando e ela sabia que não adiantaria tentar fugir do assunto, muito menos de Sebastian então ela caminhou até eles e o garoto fez sinal para que ela se sentasse em seu colo, colocando as pernas dela no colo dos outros dois e logo eles a estavam enchendo de perguntas.

 

 

And i know the scariest part is letting go

(E eu sei que a parte mais assustadora é desapegar)

Let my love be the light that guides you home

(Deixe o meu amor ser a luz que a guiará para casa)

And i know the scariest part is letting go

(E eu sei que a parte mais assustadora é desapegar)

Cause love is a ghost you can’t control

(Porque o amor é um fantasma que você não pode controlar)

I promise you the truth can’t hurt us now

(Te prometo que a verdade não pode nos machucar agora)

So let the words slip out of your mouth

(Por isso, deixe as palavras escaparem de sua boca).

 


Notas Finais


Bom, é isso.

Espero que tenham gostado e prometo que tentarei não demorar tanto com o próximo. =)

Beijos e até breve. <3


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