1. Spirit Fanfics >
  2. HEIRESS OF AZKABAN; draco malfoy >
  3. VI. quidditch

História HEIRESS OF AZKABAN; draco malfoy - VI. quidditch


Escrita por: proudofdraco

Capítulo 6 - VI. quidditch


Fanfic / Fanfiction HEIRESS OF AZKABAN; draco malfoy - VI. quidditch


A biblioteca estava quase vazia, com exceção de alguns poucos alunos desesperados. O céu já estava quase completamente escuro no exterior de Hogwarts, e logo todos seriam expulsos da biblioteca e a mesma seria fechada pelo dia. Era a última oportunidade dos atrasados fazerem as atividades que deveriam ser entregues no dia seguinte.

– Me preocupo com você. – Harry puxou assunto, olhando a amiga focada no livro a sua frente.

– Não há com o que se preocupar, Potter.

Os dois amigos procuravam sobre a tarefa de casa que Snape havia passado a quase uma semana. Black ajudava o amigo, enquanto Ron havia insistido em copiar de Hermione e alegar que mudaria algumas palavras, para que Snape não desconfiasse. Já Black havia feito a atividade dela a tempos, mas Harry pareceu se animar tanto ao entrar na Escola de Bruxaria que se esqueceu que teria que estudar.

– É que... Sabe, Draco não é uma boa companhia. Ninguém da Sonserina é.

– Esse assunto de novo? – perguntou ela, revoltada. Tirou o olhar do livro pela primeira vez, olhando feio para o garoto ao seu lado – Você quase foi mandando pra Sonserina.

– É, tem isso.. Mas eu só quero o seu bem, entende? – admitiu envergonhado – Nenhum Malfoy é confiável, e eu acho que se ele tiver que te matar, ele vai, você entende?

– Vocês esquecem com muita frequência que só temos 11 anos.. – reclamou baixo, voltando ao livro – Por que não só aproveitam Hogwarts ao invés de procurar problemas onde não têm? Sei muito bem com quem estou lidando, mas obrigada por se preocupar comigo. Sei cuidar de mim mesma.

– Eu.. posso tentar cuidar de você se você quiser.

– Você não cuida nem da sua coruja, vi a coitada passando mal de fome esses dias.

Black não tirava os olhos do livro em momento algum, e se irritava ao ver que Harry não ligava para um exercício que era dele. Tinham pouco tempo antes que a biblioteca fosse fechada e ver o descaso dele estava estressando ela bastante, por isso tentava ser o mais indiferente possível. O garoto só havia preenchido metade do pergaminho até agora, enquanto ela procurava mais conteúdo para o desocupado no livro que lia.

– Eu posso tentar, vai, qual é! Me sinto bem perto de você.

– Mas não devia. – falou direta, se lembrando do que havia lido nos jornais a poucos dias – Não devia mesmo.

– Por que não?

Black olhou pra baixo, envergonhada. A alguns poucos dias havia descoberto finalmente o motivo de seu pai estar na prisão. Sabia que se tratava de uma mentira, mas ao ler o trecho que dizia claramente que ela era incumbida do "trabalho incompleto" de seu pai era de quebrar seu coração.

"A filha do assassino Sirius Black finalmente entra em Hogwarts e ameaça a existência do menino que sobreviveu como um fardo que carrega de seu pai. Será que a menina realmente será capaz de seguir o caminho ilegal que a persegue ou apenas será mais uma bruxa comum enfiada nas trevas à força?".

– É complicado, vamos mudar de assunto, por favor. – pediu Black, sentindo um arrepio e sussurrando em tom baixo, claramente abatida – Ah, esqueci de te parabenizar por ter entrado no time de Quadribol.

– Pode ir torcer por mim no primeiro jogo? – pediu sorridente – Seria ótimo ter você torcendo por mim. Com blusa personalizada, pompons e tudo mais.

A garota riu incrédula, colocando o livro de frente para Potter e quase o obrigando a reescrever a página a força, apenas com um olhar.

– Prometo ir, mas sem pompons. Apenas uma câmera.. – falou ela, atraindo um olhar confuso de Harry – Talvez você morra, será um ótimo presente para Draco: um vídeo seu morrendo.

Ao ver o olhar feio de Harry sobre si a garota gargalhou baixo, o vendo voltar a copiar no pergaminho acima da mesa. Viu os dois últimos alunos além deles saírem pela porta, então Harry se apressou ainda mais.

– Estou brincando, Harry. Pare de levar as coisas tão à sério..

– Por favor, pare de andar com esse..

– Estou atrapalhando? – perguntou Draco Malfoy, se sentando apoiando à mesa e sorrindo sarcástico. Sabia que estava atrapalhando, mas claramente era sua intenção. – Oi Jess, essa é a tarefa de poções? Eu fiz a um bom tempo, se quiser ajuda..

– Não, Dra.. – respondeu Jessica, olhando confusa para o loiro ao seu lado, que havia repentinamente aparecido – Obrigada, já fiz a minha a séculos também..

– Eu.. atrapalhei alguma coisa? – questionou em tom cínico, com a mal no peito e fazendo a melhor feição  cachorro arrependido que conseguia.

Harry bufou, revirando os olhos e olhando feio para o garoto.

– Na verdade, estava si..

– Não, não estava. – interrompeu Black, tentando evitar uma discussão – Veio fazer o que aqui, Malfoy?

– Vim te chamar, o que mais seria? Quero que passe um tempo comigo no Salão Comunal da Sonserina.. Você passou o dia todo com o trio de idio... Seus grandes amigos..

– Certo, me dá dois minutos. – disse indiferente, já acostumada com o deboche de Malfoy. – Limpa sua bagunça, Potter.

A garota pegou todos os livros que ela havia retirado das estantes da biblioteca e se direcionou até elas para que colocasse tudo no devido lugar. Deixou Harry com sua própria bagunça, e consequentemente, tendo que aturar a ironia de Draco.

O sonserino sorriu friamente quando avistou o olhar de ódio vindo de Harry Potter em sua direção. Como havia dois minutos de liberdade para fazer o que quisesse, decidiu provocá-lo mais um pouco para ver no que dava.

– Eu ouvi a cena patética que você fez com ela, Potter. . E na verdade, acho que não deveria ter tanto medo de mim assim. Eu não sou um monstro,

ou.. Talvez seja..

– A única coisa patética que vejo aqui é você. – disse o grifinório, revoltado – Você é patético, Malfoy. Por que está usando ela?

– Ela não aceitou que você cuidasse dela? Que interessante... Ela concordou em nunca nos separarmos. Mas se eu fosse você desistia de tentar conquistar a Black, porque suas chances são mínimas. Não lê os jornais? – falou em tom debochado, e sabia que se Black estivesse ali ele tomaria uns bons tapas no pescoço por citar as notícias, mas ela não estava. – Bom, recomendo que você tente a Granger, antes que o Weasley entre na fila primeiro e você perca de novo. Vocês até fazem um casal fofinho, meus parabéns.

Harry iria atacar Draco se não fosse pela chegada de Jessica. Ao chegar, Black instantaneamente adivinhou o que estava acontecendo baseado no olhar revoltado de Potter e no grande sorriso de Malfoy.

A garota se despediu de Potter, puxando Draco pra fora da biblioteca às pressas antes que tivesse que ver a cena patética de duas crianças caindo aos tapas em meio aos livros.

– Adoro provocar o Potter, sabe? – admitiu Draco, aproveitando que Jessica o puxava pelo pulso entre os corredores para que unissem suas mãos delicadamente, como se ela não fosse perceber. – Ele fica vermelho à ponto de explodir. Deve ser esse o verdadeiro significado da rachadura na testa.

– Não podem dar uma trégua? Vamos lá, Harry não é um monstro. Ele é legal.

– Vai me dizer que também gostava do pai dele?

– Meu pai e o pai dele eram praticamente casados, ou sei lá o que aqueles quatro tinham.. Mas eu nunca vi muita graça nele, James não foi um cara muito bom.

– Particularmente, eu prefiro o Snape.

Sem perceber, o mesmo passou na frente dos dois e ouvindo seu nome parou instantaneamente. Draco e Jessica tentaram disfarçar, virando na direção de uma das janelas e fingindo se entreter muito com a lua já brilhante no céu escuro.

– Posso saber o que meu nome se trata? – perguntou Snape, direto.

– Professor Snape, o senhor por aqui? Que coincidência.. – falou Black, com um sorriso cínico no rosto – Desculpe, é que estávamos falando sobre James Potter e..

– E chegamos a conclusão que o senhor é muito melhor... Só isso.

Um sorriso se abriu no rosto de Severo, arrepiando e assustando os dois estudantes. Provavelmente ele nunca havia feito aquilo em todos os anos que trabalhava em Hogwarts, e isso assustou ambos os amigos. Black sabia que Snape tinha algo com ela e Malfoy, e pretendia não estragar aquilo de modo algum.

Sem contar que Snape definitivamente queria que outra pessoa além de sua aluna preferida tivesse escolhido ele ao invés de um Potter.

– Quer... participar da conversa, Professor?

– Eu adoraria, sem sombras de dúvidas, mas estou muito ocupado. – respondeu ele, tentando se afastar lentamente.

– Por favor, Professor Snape – pediu Black, com um sorriso sincero e fitando o homem com seus olhos verdes brilhando à luz da lua.

– Você tem os olhos... – sussurrou incrédulo, pigarreando em seguida e desviando o olhar.

– Da minha mãe. É, eu sei – completou ela, calmamente. Assustou o professor, que a olhou confuso. – Meu pai me contou que ela tinha lindos olhos verdes, e às vezes consigo imaginar baseado na minha aparência... Nunca a vi, nem em foto. Mas e o senhor? A conhecia?

– Não me recordo bem, senhorita Black, me desculpe... – falou ele – Perdoe desapontá-la, mas provavelmente me confundi. . Podem me chamar apenas de Snape. E tudo bem, já que insistem, sobre o que querem conversar?

– Você estudou na mesma época que o pai do Potter, certo? – questionou Draco

– Infelizmente fui abençoado com essa desgraça. Por que a pergunta?

– E ela era egocêntrico igual o filho? – insistiu Draco.

– Pior, venho informar. Potter adorava atenção, sempre andando com mais alguns garotos petulantes. Seu pai estava no meio, senhorita Black.

– Os marotos, eles se denominavam assim. – disse Jessica, parecendo pensativa – Se dava bem com o meu pai, Snape?

Snape riu fraco, negando com a cabeça e novamente surpreendendo os dois alunos.

– Pra ser sincero, odeio seu pai com todas as minhas forças. Se me desculpa pela sinceridade..

Os três gargalharam, com um sentimento um tanto nostálgico pairando sobre o corredor vazio. Draco e Jessica estavam adorando aquele momento: era como se o primeiro adulto em Hogwarts não causasse dor de cabeça a nenhum dos dois. Sabiam que isso só se aplicava a eles, mas que Snape não era um cara ruim, muito pelo contrário.

– Está quase na hora do jantar, crianças. – falou o professor, com um tom de despedida – Vou deixar que conversem a sós agora. Tivemos uma boa conversa, mas peço que não comentem com ninguém, certo?

Eles concordaram com a cabeça, vendo Snape se afastar e sumir em meio aos corredores da escola. Draco se virou, admirando a vista do Lago Negro pela janela, sendo acompanhado por Black ao seu lado. Ficaram em silêncio por alguns segundos, apenas aproveitando a companhia um do outro.

– Somos amigos, não somos? – o menino perguntou incerto, acabando com o abrupto som do silêncio.

– Somos.

– E você confia em mim?

– Não muito. – brincou ela, o fazendo sorrir – Você é bem duvidoso.

– Eu sei que todos falam pra não confiar em um Malfoy, mas acredite: eu estou sendo sincero com você. – disse sério – Nunca tratei ninguém do mesmo modo que trato você.

– Obrigada pela preferência. Mas entende o que eu sinto, não entende?

– Não, mas quero entender.

– Fui criada em um casa imensa por dois adultos meio ausentes e um elfo como figura paterna. Nunca tive amigos e minha única diversão era invadir os quartos trancados da minha casa e brigar amavelmente com os quadros dos meus antepassados. Quando cheguei aqui, fui interrogada por uma garota meio mesquinha e tratada como um bicho de sete cabeças ao ser complexa demais para ser definida para uma só casa. Então, Draco Malfoy, me diga o por que eu deveria confiar em alguém se tudo o que eu recebi até agora foi repúdio.

– Porque eu fui o único a te conhecer antes de te julgar. – respondeu sincero – Então, Jessica Black, peço encarecidamente que você confie em mim e me deixe aproveitar mais um pouquinho do camarote que é ficar ao seu lado e ver você botando fogo em Hogwarts.

A garota tentou esconder o sorriso, mas foi inevitável. Viu o garoto ao seu lado sorrir também, e então beijou sua bochecha.

– Mas já que insiste... – continuou Draco – Posso te dar um motivo para confiar em mim amanhã.

• • • • •

O clima era ameno na tranquila manhã de sábado. Teriam o dia inteiro para descansar, mas Black teve que acordar cedo para encontrar seu sonserino favorito e matar sua ansiedade. Draco acordou às oito, mas como conhecia o suficiente a garota que vivia agarrado, teria que esperar uns trinta minutos até que ela entrasse atrasada no Salão Principal com sua entrada magnífica e escandalosa, com seus cabelos ao vento.

– Vai comer alguma coisa? – perguntou impaciente, mas tentando não parecer grosseiro.

– Ah, não. Estou olhando para essa mesa lotada de café da manhã e só consigo pensar em que furada Draco Malfoy irá me enfiar dessa vez.

– Que bom então. – disse ele, ansioso. Ignorou a ironia da menina, pegando em sua mão e a puxando para fora da escola. Após saírem, voltaram a uma velocidade habitual e Draco fez questão de se acalmar e iniciar seus métodos para estressar Jessica Black até o lugar onde estaria a supresa.

Quando Black finalmente esqueceu o propósito da caminhada dos dois e abriu a boca para gritar com o garoto - que usava o próprio cotovelo para esbarrar em Black enquanto perguntava coisas bestas repetidamente - ela se deparou com o final da linha, supresa.

– Quadra de quadribol? – perguntou confusa

– Quadra de quadribol. –confirmou ele, com um sorriso – Você disse que achava fascinante, que iria se candidatar no ano que vem. Então estou te concedendo uma partida-treino com o melhor da área.

Black não debochou do garoto de volta, como sempre costumava fazer. Apenas olhava tudo perplexa, com seus olhos brilhando e um sorriso nascendo em seus lábios. E Draco, quase que consequentemente, sorrindo junto a ela.

Nada estava explícito para Draco, mas ele sentiu o mesmo arrepio que havia sentido no vagão do Expresso. O mesmo arrepio que sentia quando Black se aproximava demais ou quando uniam suas mãos. E ele não entendia o motivo daquilo.

Em partes entendia, mas tinha pavor só de pensar em como havia conseguido aquilo tão rápido.

– Só estou tentando te mostrar que me importo. – assumiu baixo, vendo a menina finalmente o fitar e seus olhares se cruzarem – Que quero ser digno da confiança da garota que não confia em ninguém.

– Draco Malfoy, essa é a coisa mais melosa que alguém já fez pra mim.. – Black falou, voltando a olhar para o imenso campo – Eu adorei, obrigada Dra.


Notas Finais


shippo a black com quadribol
mas se ela quer mesmo participar, em qual casa vocês acham que ela jogaria?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...