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História Helena ao início - Escova de dentes


Escrita por: HanaMochizuki e TateIDD

Capítulo 47 - Escova de dentes


Fanfic / Fanfiction Helena ao início - Escova de dentes

_ Posso ajudar?

Peguei o que havia sobre a mesa, levando para o lixo, ou para pia, de acordo com o objeto. Comecei a lavar a louça suja em seguida.

_ Quais são os seus planos, Helena?

_ Não sentir vontade de me atirar na próxima fogueira que eu vir, já estaria bom pra mim.

Respirou profundamente e sentou a mesa me fazendo companhia.

_ O que faz alguém lutar tão desesperadamente pra se jogar no fogo?

_ Eu lutei com você?

_ Não se lembra?

_ Não.

_ Parecia ser muita dor. Eu já vi muitos v... sentido a morte de um companheiro. Nenhum nunca me pareceu tão entregue a dor quanto você. E seu companheiro nem está morto.

_ Me desculpa por te machucar.

_ Vai mudar de assunto, assim?

_ A vida não faz sentido. Cada respiração dói. Qualquer ato... andar, falar, comer... tudo, é como realizar os doze trabalhos de Hércules, pra mim. Eu perdi meu propósito... E dói mais ainda, porque ele está vivo, mas não me quer perto.

Havia terminado de lavar a louça, mas estava fitando o fundo da pia quando falei.

_ Não precisa se sentir tão sozinha _ a mão do Chris afagava as minhas costas quando ele disse.

Havia se aproximado de mim sem que eu notasse.

_ Não estou mais sozinha, Chris. Eu tenho você.

O seu olhar estava sobre mim, com aquele ar mais sério que o normal, que havia tomado conta do seu belo rosto, o dia todo.

_ Por que você me olha assim? Não se preocupe comigo, já estou melhor. Graças a sua amizade. E você ouviu o que a Mama disse. As coisas vão melhorar.

_ Que bom que eu estou te ajudando a superar a sua atração por fogueiras _ mudou de expressão de repente como se simulasse _ Vamos comprar uma escova de dentes pra você, pra ver se eu paro de sonhar que estou te beijando.

_ Sonhou comigo!

Se afastou de mim andando em direção a sala _ E de quem é a culpa? Eu te avisei que não foi uma boa ideia, você usar a minha escova _ seu olhar foi para a minha boca no final da frase.

Saiu para a sala, e voltou com dois capacetes de motociclista. Me entregou um.

_ Sabe que eu não preciso disso.

_ Vai ter que usar, hibrida. Ou não vai montar na minha moto _ fechou a cara ao dizer.

Bufei, colocando o capacete. Descemos as escadas, para a encontrar ali em baixo da escada, a moto do Chris. Linda e brilhando.

Do lado de fora, ele me esperou subir na sua garupa. Levantou a jaqueta de couro, para que eu não prendesse os seus movimentos ao segura-lo. Minhas mãos hesitaram, ao sentir o seu abdômen musculoso de lobisomem, mas o abracei em seguida.

Durante o percurso, eu sentia o seu respirar e o pulsar das batidas do seu coração dentro do meu abraço. O seu corpo era bem mais quente que o meu. Eu tinha a temperatura corporal de um humano comum. O seu perfume se misturava ao seu cheiro natural, cheio de feromônios, mas não tinha cheiro de suor. Era realmente como uma fragrância própria e exclusiva, como se fosse de uma marca de perfume masculina selvagem, como madeira, folhas, vento fresco.

Estávamos em um mercado dentro de um shopping. O Chris me entregou o carrinho, eu o empurrava, enquanto ele escolhia o que queria.

_ Você sabe que passamos por um monte de mercados, no caminho até aqui, não sabe? 

_ Aqui tem a escova de dentes que eu gosto _ respondeu me ignorando, fingindo ler um rótulo qualquer.

_ Até quando, você vai ficar zangado comigo por usar a sua escova de dentes?

_ Já te disse que eu não me importo com isso.

_ Por que estamos aqui, então?

Chegou bem perto de mim, passando o olhar pelo meu rosto _ Você é uma garota muito estranha, sabia? É óbvio, que o problema não é a droga da escova, mas você não percebeu ainda. E é por isso, que eu tô puto da vida contigo! Mas, se quer saber? Nem é raiva de verdade. Você me confunde da cabeça aos pés, e eu me sinto um idiota completo quando tento entender isso _ desviou o olhar de mim e se afastou, se concentrando em fazer as compras.

Ficamos em silêncio pelo resto do tempo em que estivemos no hipermercado. Vi ele tentar escolher uma camisola pra mim, mas acabou pegando uma camiseta igual àquela que eu peguei dele, invés disso. Escolheu um casal de escovas uma rosa e outra azul. Eu sorri disto. Mordi o lábio, tentando esconder, quando ele me olhou irritado, mas sorri de novo. O vi retribuir ao meu sorriso balançando a cabeça desconcertado.

Passando pela sessão de lingeries. Ele parou e eu corei. Me olhou divertido ao perceber. Pegou um conjunto de renda vermelha, fio dental e pôs no carinho. Apesar de me ver balançar a cabeça veementemente, indicando que não fizesse isso.

Tirei o conjunto do carrinho, pondo de volta no mostruário, direitinho. Quando voltei para o carrinho, havia um arco-íris de conjuntos fios-dentais dentro dele. Peguei todas e deixei de qualquer jeito na prateleira. Escolhi conjuntos confortáveis e levei para o carrinho, vendo tudo lá de novo e o Chris ainda voltava com o primeiro conjunto escolhido, me mostrando com um sorriso safado e pôs no carrinho, apesar da minha cara de brava.

Eu peguei os conjuntos e fui atirando em cima dele, possessa de raiva. Ele se defendeu virando para o outro lado e protegendo o rosto com as mãos em palmas, na minha direção.

Quando passávamos, no caixa ele começou a imaginar as calcinhas que eu escolhi, no meu corpo, estendendo-as na minha direção.

_ Para _ pedi tirando as calcinhas da sua mão, e entregando para a caixa passar logo aquilo, encarando-o.

_ É só uma calcinha, Helena. Até parece que estou pedindo pra você transar comigo.

_ É exatamente assim que eu me sinto.

Seu olhar ficou sério sobre o meu por um segundo, antes de uma interrogação surgir em seu rosto. Mas não perguntou. Só abriu um pacote de bolacha e comeu uma bolacha na minha frente. Virou uma bolacha em direção a minha boca, insistindo, e eu a mordi. Sorriu e comeu o outro pedaço.

Colocamos as sacolas dentro de uma mochila que estava dentro do bagageiro da moto.

Logo estávamos em casa, ajudei o Christian a guardar tudo. Até mesmo as minhas roupas na vaga do seu armário. Ao fim, vi o Christian tira a sua camisa e depois os tênis.

_ Vou tomar um banho. Temos uma festa para ir.

_ Festa? Posso ficar em casa?

_ Você não pode, Helena. A Mama quer te ver lá. Precisa se enturmar. Não se preocupe com a roupa. Jeans rasgado é perfeito para a ocasião _ riu divertido com algo que eu não entendi.



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