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História Helena ao início - Lobos


Escrita por: HanaMochizuki e TateIDD

Capítulo 61 - Lobos


Fanfic / Fanfiction Helena ao início - Lobos

Visitei o berçário no caminho de volta. Eu queria tanto um bebê pra mim! Uma fofurinha daquelas pra me dedicar, pra ver crescer... que dependesse de mim.

O meu trabalho era cirurgia. Fazia isso junto com uma equipe de médicos cirurgiões e enfermeiras. Me especializei em cardiologia. Sempre com o coração de alguém nas mãos. Ainda assim era menos tenso do que pensar na diferença em como eu me comportava e em como eu gostaria de me comportar. Eu estava fugindo. O Uriel estava certo. Mas eu não sabia o que fazer.

Vi o Chris montado em sua moto, me esperando enquanto eu ultrapassava a porta na saída. Sorri para ele vendo o seu sorriso largo com aqueles dentes tão brancos. Eu estava louca pelo Chris. Perdidamente apaixonada.

Fomos para a minha casa.

O Chris fez o café enquanto eu pus a mesa. Haviam muitas frutas variadas na fruteira. O Chris riu disso, enquanto passava o café pelo filtro. Sentei observando-o sem camisa, descalço. Ele sabia mesmo, como usar um jeans apertado. Me serviu de café e sentou se servindo do mesmo.

_ Como foi o seu dia? _ puxou assunto.

_ O de sempre.

_ O Uriel vai sempre no seu trabalho?

_ Isso foi... O Uriel foi ótimo _ bebi um gole de café e suspirei.

Bebeu café e começou a comer.

Como ele não falou, eu continuei.

_ E o seu dia?

_ Foi fácil, mas longo. Eu senti saudades de você. Agradeci aos céus por ter o meu próprio negócio e poder ajustar o meu horário de trabalho ao seu _ riu _ Se não fosse isso, eu deixaria tudo pra te ver no meio do meu trabalho.

_ Meu Deus.

_ Eu tô ferrado _ gargalhou e pegou uma frutinha que me ofereceu na boca e eu mordi.

Comeu o outro pedaço. Continuou mordendo um sanduiche bem recheado que eu havia feito.

_ Eu também _ vi o seu olhar subir para mim _ Estou louca de amor por você. Estou tão ferrada quanto você, Chris.

_ É bom saber que eu não tô pirando sozinho _ riu satisfeito fazendo piada.

Depois do café tomamos banho juntos e fizemos amor. Nos deitamos nus e adormecemos.

Acordei, com um chamado. Levantei me vestindo em um roupão de frio, caminhei até a sala e olhei através da janela para a varanda. Haviam três vampiros musculosos como lobisomens olhando para mim. Ofeguei assustada com a cena, mas eu os reconheci de algum modo. 

Saí para a varanda e eles baixaram a cabeça diante do meu olhar. Aquilo foi uma reverencia?

_ O que vocês querem?

Levantaram o olhar para mim. Aqueles rostos. Eles eram os lobos que atacaram o Will e o Louie. Aqueles que haviam bebido o meu sangue, e que eu havia mordido depois. Eram os híbridos que eu criei.

Convidei eles para entrar e conversamos. O Uriel os trouxe para a Romênia. Eles me encontraram. Me pediram perdão e me juraram lealdade.

O Chris chegou depois de um tempo. Ficou confuso há princípio, mas se tranquilizou quando leu o meu olhar. Eles deviam ser aceitos na alcateia. Era fácil, já que eles podiam se transformar quando quisessem. Assim como os lobos solitários da Romênia. Nós os levamos até a mama e ligamos para o Alexandre no caminho. Depois os deixamos resolverem as suas vidas sozinhos.

O Chris estava no volante da picape, e nos levou para uma montanha florestada. Apeamos quando não dava mais para seguir de carro.

_ Tá legal, lobo. O que é que a gente tá fazendo aqui?

_ Trilha.

_ Trilha?! Por que?

_ Por que faz bem se conectar com a natureza, híbrida. Você tem que parar de assustar filhotinhos, se vamos mesmo ter aquele cachorro _ se divertiu ao dizer.

Lancei um olhar de raiva irritada pra ele, que riu da minha cara sem disfarçar.

_ Eu vou te matar _ gargalhei correndo na direção dele que correu mais rápido.

Consegui alcansa-lo. Agarrei ele e nós caímos abraçados.

Neste momento avistei uma alcatéia e fiquei em pé, interessada. Christian seguiu o meu olhar ficando em pé também.

Sorriu ao ver e uivou. O que eu não entendi até eles se aproximarem do Christian, receosos com minha presença.

Christian pôs a minha mão sobre um deles junto com a sua. Eu pude tocar aquele lobo lindo! Estava tão feliz que gritaria se isso não assustasse eles.

Christian deitou no chão me puxando ao seu lado. Os lobos nos tocavam com o focinho empurrando e puxavam com as patas tentando nos acordar para levantarmos. Faziam cocegas.

Consegui agarrar um que estava sobre mim e dar um beijo rápido em sua cabeça, antes que Christian levantasse, vendo o que eu tinha feito, e eles partissem.

Me beijou puxando o meu corpo para o seu. Acariciou o meu rosto e me abraçou. Ficou me acalmando em seu abraço e ouvíamos a natureza com os seus sons e movimentos a nosso redor. Eu não assustava os animais quando estava dentro do abraço do Chris.

Depois de um tempo assim, seu olhar procurou o meu, me observando. Esbocei um sorriso que foi progredindo gradualmente para um sorriso, de fato. Chris riu.

Continuamos deitados ali.

_ Você é um alfa, Helena. Criou uma nova espécie. Como se sente?

_ Como um joguete da natureza. É como eu me sinto desde que me apaixonei pelo o Will... Piorou quando eu me apaixonei pelo o Uriel, soube que tive filhos e fui abandonada. Fugi disto tudo, com você. Agora veio os híbridos.

_ E se eu não fosse uma fuga? E se eu estivesse no meio desse jogo? Eu sou um lobisomem, Helena. Talvez nós nos encontrássemos, e nos apaixonássemos, se você tivesse nascido como um lobisomem normal.

_ Se você não fosse uma fuga, você seria mais um nó. Isso nos juntaria de novo. Juntaria a todos nós, incluindo você.

_ Mais um companheiro imortal no seu harém.

_ Você não iria querer isso.

_ E se eu quisesse? Você ficaria menos triste, quando se lembra de um deles? Os híbridos, te fizeram lembrar de um deles, não é? O Will.

Senti uma dor no peito, ao ouvir o nome, e baixei a cabeça. Segurou o meu queixo, sustentando o meu olhar no seu. Sorriu e me beijou.

Continuou.

_ Se você quiser... quando você quiser, e... estiver pronta, é só pedir?

Examinei o seu olhar, não havia nenhuma dúvida nele. Mas eu hesitava. Preferia a fuga. Apesar de sentir falta deles, não queria me sentir dependente dos seus sentimentos. Deixar de ter uma vida entre os humanos. Deixar de pensar em criar os meus filhos junto com o Christian.

_ Tá anotado _ respondi.

Sorriu de lado _ Vamos trilhar _ levantou e me estendeu a sua mão, me ajudando a levantar.

Fizemos trilha até uma cachoeira.

_ Que tal um mergulho? _ ofereceu tirando a roupa que deixou no chão.

Sorri, imitei e o segui. Entramos na água sem roupa. Estávamos no meio do nada. Passamos a tarde lá, e um pouquinho da noite. Fizemos muito sexo enquanto nos divertíamos. A lua estava cheia. Aquele olhar brilhando amarelo no meio da escuridão. O meu olhar devia estar brilhando vermelho.




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