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História Helena ao início - Irrelevante


Escrita por: HanaMochizuki e TateIDD

Capítulo 88 - Irrelevante


Fanfic / Fanfiction Helena ao início - Irrelevante

Vesti uma roupa decente. Sabia o quanto era desconfortável ficar o tempo todo deitado. Por isso, eu o ajudei a sentar em uma poltrona que havia na minha sala cozinha. 

_ Vou ter que sair por uns minutos _ informei pegando uma caixa empoeirada de cima do armário e abri checando o conteúdo.

Troquei as pilhas e sintonizei antes de entregar um para ele _ Podemos nos comunicar através disto. Você não estará sozinho.

_ Um walk Tok _ achou divertido e testou _ Não precisa me tratar como uma criança _ falou manso.

_ É assim que se sente?

Afirmou com a cabeça.

_ Foi mal. É que eu sou enfermeira há uns cinco anos. Tratar os meus pacientes como criança faz parte do ofício.

_ Saquei _ ficou envergonhado _ Por um instante eu senti que eu era especial.

_ Vou trazer umas plantas para acelerar a sua cura. Estou ficando preocupada com a cicatrização vagarosa.

_ E você sabe como é a cicatrização de um lobisomem?

_ Faço uma idéia. Você já deveria estar andando sozinho agora. Já volto.

Fui para a porta, mas ele me puxou para si e beijou o meu rosto. 

_ Se cuida.

Refiz o caminho até a porta meio desconcertada _ Você também _ indiquei o walk Tok em sua mão.

Fui até a praça. Haviam plantas medicinais pelo lugar e nos arredores, calçadas e terrenos baldios.

O dia estava nublado com um sol de primavera.

Ouvi o Chris no walk Tok _ Você ainda vai demorar?

_ Não me diga que já está sentindo saudades.

_ Sim. Mas a real, é que estou cuspindo sangue.

_ Fica onde está. Estou chegando.

O legal do meu bairro era que você podia escolher entre chegar rápido, ou demorar. Haviam as ruas, mas todas elas tinham um atalho no meio, uma viela. Eu já estava perto de casa e cheguei em uns minutos.

Encontrei o lobo com a respiração fraca. Fui removendo os curativos para encontrar a infecção. Se ele estava morrendo, era porque havia prata dentro do seu corpo. Tive que vira-lo de lado para encontrar, mas estava lá. Prata fragmentada eram partículas pequenas impossível de remover. Ele iria morrer.

Comecei a caminhar pelo cômodo enquanto pensava. Já estava me rendendo quando pensei no Uriel. O número do telefone fixo dele ainda estava na minha mente. Liguei para ele e o mordomo atendeu.

_ Boa tarde. Gostaria de falar com o Uriel.

_ Quem gostaria?

_ O meu nome é Helena Pin.

Fiquei torcendo para que as coisas não tivesse mudado muito de uma realidade para outra. Pelas minhas contas, o Uriel me observava há oito anos.

_ Alô _ hesitação na voz rouca.

_ Desculpa te ligar assim, mas eu estou com problemas e só você pode resolver.

_ O que eu posso fazer?

_ Vem na minha casa agora. É questão de vida ou morte. Por favor?

Não tive resposta e pensei que tivesse sido ignorada. Coloquei o telefone de volta no ganho e olhei para o Chris, rendida.

Três toques na porta me assustou. Caminhei até a porta e abri um pouco. Para que ninguém visse o Chris quase morto.

_ Você me chamou? _ o Uriel me perguntou muito preocupado.

Sorri e abri a porta para ele entrar, ele foi direto para o moreno.

_ Santo Deus _ inclinou-se examinando a ferida do Chris.

_ Pode ajudar?

_ Posso. Mas não vai ser bonito. Fique aonde está.

Balancei a cabeça afirmativamente de onde eu estava, encostada na porta.

O Uriel rasgou o próprio pulso e fez o Chris beber do seu sangue, ao mesmo tempo em que enfiou a outra mão na ferida procurando por algo.

Entrei em estado de pânico assistindo, mas me contive nisto. 

Nos segundos mais longos da minha vida, vi o Chris gritar e depois rugir transformado novamente. Se debatia com feroscidade, tentando se livrar do Uriel que nem se alterava segurando-o com apenas uma mão.

 O Uriel tirou uma grande massa de prata, de dentro da ferida e o sangue que jorrou dela quando sua mão saiu, lavou os pequenos fragmentos para fora. O lobisomem que se debatia durante a cena, desmaiou. Voltou a forma humana e parou de respirar.

O vampiro se levantou como se tivesse cumprido a sua missão.

_ Ele está _ comecei a dizer.

O lobo voltou a respirar ainda adormecido e se normalizou com todas as feridas se fechando instantâneamente.

_ O meu sangue vai acelerar a cura _ explicou diante do meu queixo caído.

Não respondi.

O loiro caminhou para a pia da cozinha e lavou o sangue em sua as mãos e antebraço.

_ Como você sabia o meu número?

_ Eu...

Como eu poderia explicar isso? Apenas o olhei de volta.

Sorriu _ Posso ouvir os seus pensamentos. Parece que você já sabe disso _ desligou a torneira e secou as mãos com toalhas de papel _ Eu não sabia que também estava sendo observado.

_ Não sei como explicar isso. Sou muito grata pelo que você fez aqui.

Notou algo em mim que o perturbou e ele mudou. Caminhou até mim e me beijou com ímpeto. Fiquei sem fôlego e ofegante olhando confusa para o loiro que me encarava com a testa encostada na minha.

_ Eu não sei como você sabe tudo o que sabe, mas gostei de poder te ajudar.

Sorriu e desapareceu como o vento. Só ouvi o bater da porta, sem ver nada.

_ O que aconteceu? _ o moreno se ajeitou na poltrona vendo as feridas já cicatrizadas _ Essas ervas fizeram milagre _ olhou para mim, ainda assustada e depois para o sangue misturado a prata que fez poça no chão, voltou a olhar para mim, sem entender nada.

_ É uma longa história.

O Chris limpava o sangue do chão enquanto eu passava o café e preparava o jantar. 

_ O Uriel me salvou? Por que ele faria isso? 

_ Você é um lobisomem. 

_ E daí? 

_ O Uriel prefere vocês. 

_ Como você pode afirmar isso? Ele nunca se moveu para impedir os vampiros de nos matar como se fôssemos moscas.

_ Mas ele te salvou. Fique grato e esquece o assunto _ irritação no meu tom.

_ Vocês têm um lance?

Olhei nos olhos do lobo que me encarava _ Não temos. Olha bem para mim. Agora deixa de ser ridículo. 

Era verdade que eu e o Uriel nunca teríamos nada se eu não fosse um eco do seu passado.

_ Você tem um grande complexo de inferioridade, sabia? Sabe o que eu vejo quando te olho. Uma mulher que é maravilhosa apesar de não ter vaidade nenhuma. Nem precisa ter. Você é perfeita assim.

O Chris conseguiu me convencer. Ele foi sincero. Daí lembrei da panela no fogo que precisava ser desligada e o momento passou.

_ Preciso de um banho _ determinou depois de terminar.

_ Tenho um conjunto de moletom masculino que eu uso quando está muito frio. Acho que ficará melhor em você que em mim mim.

_ Acho que vai ficar apertado _ prejulgou.

_ Vai tomar banho que eu vou procurar no armário. Fica à vontade.

Ele obedeceu.

O moletom era muito grande em mim, mas nele ficou perfeito. Nem curto, nem largo.

Nesta noite, eu não precisava trabalhar, mas na próxima sim. Tudo soava adespedida ou mudança. O jantar foi divertido com o Chris contando casos engraçados da sua alcateia. Quando deitamos, a noite, ele falou sobre a viagem de volta.

_ Volto para Roménia na madrugada de hoje, para evitar ser visto. Vem comigo?

_ Sair assim, de repente, sem falar nada para ninguém? 

_ Porque não? 

_ Vai parecer que eu estou fugindo. 

_ Não é perfeito? Uma fuga da sua vida triste. Indo para extraordinário país dos lobos. Sua casa, Helena. O seu lugar.

_ Não sou lobisomem. 

_ Mas é uma de nós. Nasceu de nós. A flor que nasce na adversidade é a flor mais bela. Nunca ouviu dizer?

_ Você me faz parecer especial. 

_ Você é especial. Vem comigo?

Examinei o seu rosto na penumbra por uns segundos _ Depois de ouvir tudo isso, eu seria uma tola se não aceitasse.

Gargalhou feliz e se voltou para mim roçando o meu rosto com os dedos _ Você vai ser muito feliz lá, moça. 

_ Como você pode ter tanta certeza?

_ Faro _ sorriu.

Saímos de madrugada, como o Chris determinou. Ele se transformou e me levou no seu colo. A viagem foi breve, levando em conta que atravessamos o oceano Atlântico até a Espanha, para chegar na Romênia. Foi surreal ver o Chris andar sobre a água. Ainda mais quando chegamos na Romênia em minutos.

Ele voltou a ser humano qusndo chegamos. 

_ Está tudo bem? _ quis saber antes de me por no chão. 

_ Eu perdi noventa e nove porcento da viagem, só vi borram. Mas estou bem.

Caminhamos juntos. Paramos na padaria onde ele comprou o mesmo de sempre, antes de chegar na sua casa. Entramos na casa do Chris. Era o mesmo prédio que eu já conhecia bem. 

Mostrou o beliche para mim. Deitei imediatamente e ele sorriu, gostando da ideia. Desligou a luz e subiu na cama de cima, indo dormir também. 


Lá estava eu, sentada a frente da penteadeira, me encarando no espelho e, ao fim da famosa frase "Ah, se o tempo pudesse parar!", veio a resposta em um voz baixa e educada, que soou atrás de mim.

_ E se ele parasse?

Olhei para o lindo rosto do Will e sorri, como não deveria, pois eu não o conhecia ainda. 

Inexplicávelmente, ele sorriu de volta, como se nada daquilo fosse estranho.

_ Olá, Will. Senti saudades _ dei voz a sandice que estava acontecendo.

_ Eu também _ sei que ele se referia ao tempo entre Eve e este momento _ Como sabe, sobre a Eve?

Levantei da cadeira e fui até ele, sentado na minha cama. Levei minhas mãos para trás da sua cabeça, enterrando os dedos na sua nuca e, procurei os seus lábios com os meus. Ele não se fez de rogado. Puxou-me para o seu colo e aprofundou o beijo. Este era o Will.

O meu roupão saiu facilmente do meu corpo para o chão. Tirei sua camisa social com a ajuda dele. Deitamos na cama, eu nua por cima dele. O seu olhar passou pela minha nudez, antes de voltar a me beijar e me deitar na cama. 

Levantou brevemente, tirando o resto da roupa, mais rápido do que deveria, e só depois de nu notou que não deveria ter feito isso. Seus olhos pararam no meu rosto, me analisando. Levantei uma sombrancelha sorrindo, e mordi o lábio inferior ao olhar a sua nudez.

Seu rosto ficou tímido, mas ele voltou para mim em seguida _ Como sabe de tudo isso? _ questionou comigo em seus braços, depois.

_ Isso importa?

_ Não, mas é estranho. Hoje foi a primeira vez em que te vi.

_ Você vai esquecer de tudo o que aconteceu esta noite, de qualquer jeito.

_ Eu não vou esquecer, Helena.

_ Eu te amo, Will _ lamentei estar certa e o beijei antes de adormecer.


Notas Finais




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