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História Hélio e Caleb - Nossa Luta é Justa - Gisele - O que o homem faz no escuro


Escrita por: FanficHunger

Capítulo 7 - Gisele - O que o homem faz no escuro


Não conseguia tirar os olhos de Hélio, ele está absurdamente lindo esta noite. Camiseta preta e justa, calças de um jeans claro com rasgos nos joelhões, mostrando sutilmente partes de suas pernas. O cabelo penteado para trás com gel efeito molhado. A barba impecável. Isso somado ao fato de eu nunca ter visto ele desta forma. Ele dançava, bebia, pulava, cantava, gritava. A energia dele naquela noite estava contagiante. Estávamos dançando no camarote e meu copo logo ficou vazio. Puxei Hélio pela manga e avisei que iria até o bar pegar mais um drink.

            Cambaleei até o bar, me sentindo zonza e pedi mais um drink ao bartender.

            - Oi moça. – Olhei para o lado e me deparei com as feições mais perfeitas que já vi na vida. Ombros largos, músculos nos braços. Pele bronzeada e um sorriso encantador.

            - Oi moça. – Me interrompi. – Quer dizer, moço. – Ele riu da minha trapalhada.

            - Posso te pagar uma bebida, achei você muito linda.

            - Não precisa não, estou no camarote da minha amiga. Temos bastante consumado.

            - Vai, eu insisto. Se não aceitar a bebida, pelo menos uma dança? – Pensei por um segundo, e como não estou em condições de dançar sem pagar mico, decidi aceitar a bebida.

            - Aceitarei a sua bebida então. – Ele se virou para o bartender e pediu dois martinis.

            Me virei para a pista de dança e percebi Natasha e o garoto desconhecido. Os dois pareciam se divertir muito, mas tinha algo sobre o garoto que me causava estranheza. Ele não parecia pertencer aquele lugar, como se estivesse ali pela primeira vez. Foi quando algo estranho aconteceu. Natasha parou de dançar e me olhou. Olhou com espanto nos olhos. A encarei de volta por alguns segundos.

            - Aqui está. – O garoto bonito me alcançou o drink desviando minha atenção. – Ainda não sei o seu nome.

            - Gisele, mas os íntimos me chamam de Gih.

            - Quer dizer que já tenho intimidade pra isso?

            - Isso ainda teremos que ver. – Respondi sorrindo.

            Foi quando uma tontura absurda me atingiu. Cambaleei e me apoiei nos braços do homem.

            - Está tudo bem? – Ele perguntou mostrando espanto.

            - Acho que eu bebi demais.

            - Vamos, eu te levo até o escritório da boate, lá tem um sofá pra você se deitar.

            - Prefiro ir ao banheiro, já está de bom tamanho.

            - Lá tem banheiro também. Confia em mim, é mais confortável pra você lá. – Quando ele disse isso, minhas pernas cederam. Ele apoiou meu braço em seu pescoço e me guiou para um corredor na boate. Tive a impressão de escutar Hélio chamando meu nome. Mas tudo estava nebuloso e confuso.

            Entramos em uma sala escura, a luz era fraca mas percebi se tratar de um escritório muito, mas muito chique. O homem me deitou no sofá apoiando minha cabeça em um travesseiro retirando meus sapatos, então cochilei, mas não foi um cochilo, na verdade não sei dizer. Até que comecei a sentir as carícias. Senti as mãos na sola dos meus pés, até que começaram a subir, e a subir, até o meio das minhas pernas. Quando entendi o que estava acontecendo, o susto e o medo levaram a embriaguez, ou seja lá o que eu estava sentindo, embora. Restando apenas a impotência e a fraqueza.

            - O que tá fazendo? – Perguntei com a voz fraca. – Não faz isso por favor. – Disse sentindo os dedos dele dentro de mim. Quando a visão deixou de ser turva, percebi o homem com o pênis ereto na mão, se masturbando enquanto me tocava. Chorei, chorei como uma criança. Queria correr dali, mas meu corpo não obedecia. Lutei contra a fraqueza, mas era difícil demais me mover. Ele me olhava mordendo o lábio inferior enquanto se masturbava freneticamente. Foi quando escutamos um barulho no corredor e ele se distraiu olhando assustado para trás. É a minha chance.

            Ergui a mão e apertei o seu saco com toda força que me restava. O homem urrou de dor e se jogou para trás, se esbarrando na mesa se centro e caindo sentado no chão.

            - Sua puta! – Ele gritava segurando o saco. – Eu vou te matar sua cadela, vagabunda!

            - Puta, vagabunda, piranha, cadela. – Natasha falava entrando a passos lentos no escritório. – Típico de vocês.

            Ela se aproximou do homem caído no chão ainda segurando o saco.

            - Mal sabe você, que nós mulheres somos tudo isso e ainda mais.

            - Não é o que parece moça. – Ele gaguejava. - Ela tava bêbada, então eu decidi...

            - Decidiu colocar um presentinho na bebida dela, e traze-la aqui para se divertir um pouco? – Natasha o interrompeu. – Mas é muito cavalheirismo da sua parte.

            Juntei o resto das minhas forças e me sentei no sofá, ainda soluçando.

            - Vão se foder vocês duas! – Ele berrou se levantando, erguendo as calças. – O que é que você vai fazer? Heim?

            - Você quer saber? – Ela disse puxando o celular da bolsa. – Vou te mostrar.

            Natasha deu play no vídeo onde dava para ver o homem claramente se masturbando enquanto me tocava. No impulso, ele tentou retirar o celular das mãos dela, mas Natasha foi mais rápida e se esquivou.

            - Esse vídeo já está no WhatsApp do meu amigo, junto com uma carinhosa mensagem pedindo que ele mande para todos os nossos conhecidos caso alguém me machuque. – O homem arregalou os olhos, claramente com medo.

           - Vão se foder vocês duas! – Gritou e correu de dentro do escritório.

            Natasha se aproximou de mim e limpou as lágrimas do meu rosto enquanto eu soluçava.

                - Eu sinto muito. – Ela dizia com os olhos marejados. – Sinto muito mesmo que isso tenha acontecido com você.



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