Ponto de vista da Kate
Yifan me beijou.
Há quanto tempo eu ansiava senti-lo. Seus beijos, sua pele, tudo enfim. Ao sentir suas mãos em mim, uma chama se acendeu. O lance com ele não é apenas carnal – como é com Jimin. Era intenso, feroz.
Entender que esse sentimento está mais vivo do que nunca me deixou super confusa – então eu fugi.
Precisava beber. Fui a um pub nas imediações. Pedi o drink mais forte. Foda-se, preciso trabalhar amanhã. Diferente das outras vezes que bebi cercada de amigos, não virei as doses uma atrás da outra. Bebi devagar, deixei a bebida assentar no meu organismo.
De repente, senti uma presença do meu lado.
Quase cuspi a bebida na cara do Kris, pelo susto que ele me deu. Ficou me encarando como se certificasse que eu estava mesmo ali. Me sento direito e viro pra frente, continuando a beber.
— Sinto sua falta, Kate. – Respiro fundo, apertando o copo e fechando os olhos.
— Também sinto a sua, Yifan. – Disse com certa dificuldade. Estava entalado na minha garganta.
— Vamos relembrar os velhos tempos pelo menos por uma noite, Kate. – Me vira bruscamente, me encarando nos olhos antes de juntar nossos lábios mais uma vez.
— Yifan – Falo entre beijos. Ele mudou da minha boca pro meu pescoço.
Maldição.
Ele sabe que é meu ponto fraco.
— Quero desvendar seu corpo como há sete anos atrás, Kate. Não aja como se não precisasse disso. – Diz com uma voz rouca, voltando a me beijar.
— Isso Yifan, foi há sete anos. Não estamos mais no passado, ambos mudamos. – Disse desnorteada, já que inadvertidamente, ele alisa meu corpo – me fazendo estremecer.
— Lembra do que disse:
“Me esquece Kate, pois eu vou te esquecer?”
Repito suas palavras o afastando. Ele me encara assustado, eu me viro e vou embora. Ao entrar no carro, solto um palavrão qualquer frustrada, deito a cabeça no volante e choro desconsolada.
Maldito homem!
Ao mesmo tempo que quero me entregar, quero recuar.
Ele me feriu demais. Nem me deu a chance de me defender.
No outro dia, ao invés de ir trabalhar – tirei uma folga pra ir ao salão de beleza. Uma reforma total, que tal?
A primeira – hã vítima – do meu teste foi Baekhyun. Nécas, passou batido. Não me reconheceu. Depois chamei atenção dele e de sua namorada Vicky.
— Meu Deus... – Ele me encarou surpreso – o que você fez com seu cabelo?
— Menos, Boo. É apenas uma transformação.
— Foi por isso que você não foi trabalhar?! – Vicky sorriu conspiradora. Não era completamente verdade, mas mesmo assim, confirmei.
— Vou passar lá mais tarde.
Me vesti “adequadamente” e rumei para a empresa.
Todos me encaravam, era até engraçado. Fui pra minha sala e a primeira constatação infeliz que eu tive, é que teria uma reunião dali a dois minutos. Praguejei baixinho, peguei os contratos e fui pra sala de reuniões. Bati na sala do Kris – e ouvi sua voz.
Durante a reunião todos me encararam chocados – sem exceção. Jimin foi o primeiro a sair da bolha de encantamento pela minha aparência. Me ajudou a distribuir os contratos e reunião começou.
Tudo ocorreu bem. Fechamos todos os contratos. A reunião foi um sucesso – embora o chefe tenha permanecido a maior parte do tempo, sério e calado.
Quando a reunião terminou, ficamos eu, Jimin e Yifan. Jimin me roubou um beijo – o que me deixou surpresa – e teria dito mais alguma coisa, se Yifan não tivesse lhe tirado a palavra:
— Preciso falar com você, Kate. A sós, agora.
Jimin se retira da sala. Me sento:
— Pois não?
Imediatamente ele agarra meu braço e me põe de pé, me arrastando pra sua sala logo em seguida.
— Pode ir pra casa, Yang Mi. Não precisarei mais de seus serviços hoje.
Ele dispensa a secretária, que me fuzila com o olhar enquanto pega seus pertences e vai pra casa.
Quando chegamos a sua sala, ele me empurra pra dentro e ouço um barulho de chaves. Ele estava trancando tudo. Digita alguma coisa no notebook.
De repente, ele afrouxa o nó da gravata e anda feito um felino em minha direção. Recuo, e assim como no outro dia no estacionamento, minhas costas batem na porta e ele me encurrala entre a mesma e seu corpo.
Ele brinca perigosamente com os botões do meu vestido.
— Esse vestido tem 10 botões, você tem 10 oportunidades de me impedir de te possuir aqui e agora. – Mordeu meu pescoço.
— Você é meu chefe. – Digo e sinto ele abrir o primeiro botão.
— Essa desculpa não cola. – Sua mão aperta meu bumbum e instintivamente, cravo as unhas no seu ombro.
— Não podemos fazer isso aqui... tem câmeras. – Disse trêmula. Ele descasou mais um botão.
— Desliguei todas. – Suga meu pescoço deixando uma marca.
— Você é comprometido.
— Depois de você, nunca mais namorei ninguém. – Outro botão.
— Eu não quero fazer isso. – Minto feio.
— Não é o que o seu corpo diz. – Ele descasa outro botão e me vira de frente pra porta.
— Não temos tempo, a empresa já vai fechar. – Digo desesperada.
— Não ligo de passar a noite aqui com você, podemos nos amar como antigamente. – Descasa o último botão.
— Acho que você não tem mais motivos, Kate.
Termina de desabotoar o vestido encontrando as alças, deslizando-as lentamente pelo meu corpo. Pronto, em um segundo estou só de calcinha na frente do Yifan.
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