1. Spirit Fanfics >
  2. Hellsing - Caminho para a Eternidade >
  3. Segundas Intenções

História Hellsing - Caminho para a Eternidade - Segundas Intenções


Escrita por: Lady_Miss_Chief

Capítulo 15 - Segundas Intenções


Fanfic / Fanfiction Hellsing - Caminho para a Eternidade - Segundas Intenções

Ainda sentia-se num estranho sonho, sua vida mudara tanto em tão pouco tempo que Seras mal podia crer, primeiramente, é claro... O Beijo que trocara com Alucard, por Deus, suas pernas enfraqueciam só de lembrar do toque da boca dele, o modo como ele possuiu seus lábios, como invadiu sua boca, como utilizou de seu poder para forçar o momento que ambos almejavam, suspirou sentindo o corpo ferver, poderia beija-lo por toda a eternidade e ainda não seria o bastante. Após a euforia do momento a profunda dor de lembrar de Integra e saber que jamais veria ou ouviria a poderosa voz de sua mestra, a vampira andava pela casa, seu... Novo lar? Era tão bizarro pensar nisso que se sentiu deslocada, tocou um dos pilares centrais da bela casa, Alucard definitivamente tinha bom gosto, suspirou enquanto suas mãos subiam e desciam pelo mármore do pilar, agora ela moraria com Alucard, apenas com ele, não podia negar de pensar que estava iniciando um novo capítulo de sua vida aquele dia, e isso já a deixava temerosa pelo futuro. Fechou os olhos com o incomodo da luz solar invadindo a grande janela central do hall principal em que estava, rapidamente se colocou em pé a porta de entrada e acionou um botão abaixo de um dos quadros, com um ruído, as grandes persianas de metal escuras começaram a baixar sobre as janelas, cobrindo completamente a entrada da luz solar. Aquela casa, havia se tornado o covil perfeito de um casal de vampiros, só esperava que aquilo não chamasse atenção de curiosos, mas aparentemente, tinham uma vizinhança tranquila.
Virou-se e começou a subir as escadas, desde que aquela mudança toda começara ela estava no quarto ao sul, e Alucard na suíte principal, claro, não houve comentários, a verdade é que não houve mais nada entre eles desde aquela noite, se sentiu deprimida, talvez no fundo ele houvesse se arrependido. Abriu as portas duplas do belo quarto e encarou o cômodo completamente vazio por alguns minutos, completamente surpresa demais para raciocinar, afinal...
- O que... Aconteceu? – Se viu falando pra si em voz alta – Cadê minhas coisas?
Andou rapidamente pelo cômodo completamente chocada, abriu a suíte acoplada a mesma e nada, suas malas, suas roupas, o guarda-roupa, sua Hallconnen e principalmente... Seu caixão, aonde foram parar? Teria algum dos trabalhadores feito algo? Levado pra algum lugar? Se enganado?
Ainda em choque, virou-se a direção contrária, agora indo ao quarto de Alucard, precisava avisar a ele do sumiço de suas coisas imediatamente. Sem pensar demais, abriu as portas duplas de forma desajeitada.
- Mestre! – Gritou andando em direção a escuridão, sem ainda foca-lo com os olhos vampíricos.
- Barulhenta... Como... Sempre... – Ouviu Alucard dizer pausadamente, sentado a sua poltrona (ou seria trono?) que levara da organização consigo, contudo, desta vez, ela estava diante de uma grande lareira antiga. Seu mestre estava com os óculos nas mãos, parecia brincar com eles entre os dedos, seu sobretudo estava pendurado a esquerda, próxima a lareia, o vampiro usava apenas sua camisa branca entreaberta, a calça negra de sempre e suas botas antigas de cano alto.
Seras engoliu em seco, se esqueceu completamente de bater na porta antes de entrar.
- Mestre... Minhas coisas... – Ela começou, ainda envergonhada pelo modo repentino que entrou – Sumiram! Meu quarto está completamente vazio, até meu caixão... Ele... Ele... – Gaguejou quando notou o sorriso largo de Alucard, sabia de seu humor sádico, mas rir do fato dela não ter aonde dormir não era o que esperava.
Rapidamente, ele se levantou, colocando seus óculos de sol amarelos sobre a lareira, de frente para a mesma, mas de costas pra ela, Seras pôde notar que ele mexia na gola branca da camisa, a erguendo pra cima, seus cabelos negros estavam alinhados, lisos até a cintura, completamente para trás, deixando seu rosto mais evidente possível, era exatamente assim que ele usara naquele dia no Brasil, Seras se recordou, mas uma estranha ansiedade lhe percorreu o corpo, a deixando tensa, por que ele parecia estar aguardando aquilo? De alguma forma se sentiu caindo em algum tipo de armadilha. Olhou para os lados e viu as velas acesas, Alucard definitivamente não era um grande fã do trabalho de Thomas Edison, o encarou de novo, agora vendo o Vampiro se virar perante ela, sua postura o deixava ainda maior, sua sombra fazia desenhos desformes nas paredes e as velas pareciam agitadas com sua presença, os olhos vermelhos do vampiro a encararam, ainda sorrindo, Alucard apontou a mão para o canto esquerdo do quarto, fazendo Seras acompanhar a direção até o que ela podia ver que era o antigo caixão negro dele.
- É ai que nós vamos dormir, Vampira. Juntos. 
 


O sexo foi bem aceitável, se é que era possível satisfazê-lo, afinal, não dá pra esperar muito dessas mulheres que Fritz lhe trazia quase todas as noites, na verdade, pareciam bonecas bizarras de algum circo de horrores da cirurgia plástica. Quincey observava o teto ornamentado de seu quarto, outrora de seus pais, embora não fossem ricos na época, seu pai com certeza trabalhou muito para construir aquele casarão, por um minuto se recordou quando criança, entrando rindo nesse quarto com um cavaleiro de madeira nas mãos, parando apenas para observar sua bela mãe sentada a penteadeira, seu rosto juvenil e doce,  os longos cabelos loiros, ela sorria pra ele através do reflexo do espelho, docemente, como sempre.
- Não ouse – Disse, sentindo que a prostituta loira pulava de susto enquanto se posicionava pra sentar na penteadeira.
- O que? – Ela disse, sua voz fina parecia um disco riscado, enquanto a garota seminua se sentava na penteadeira de Mina.  – Só quero pentear meu cabelo antes de...
O vampiro suspirou e se levantou da cama, com sua velocidade sobrenatural, rapidamente se viu pegando-a com força pelo queixo, que gritou assustada com o toque repentino. Levou a sua boca no ouvido da mulher.
- Eu disse para não ousar – falou rispidamente, usando a mão no queixo para projetar todo corpo da mulher no chão.  A Loira caiu com força, batendo as costas na quina da cama que outrora estivera com Quincey, o grito alto ecoou outra vez.
- Seu filho da puta! – Ela gritou, agora atirando a escova de Mina em direção a ele.
Quincey fitou a garota seminua, a lingerie vulgar, o corpo artificial, os olhos azuis falsos vidrados nele com puro ódio, a boca cheia de botox rosnava.
- Você é indigna – Disse por fim, admitindo pra si o mesmo que todas as vezes que se deitava com uma mulher, vampira ou humana, chegava a mesma conclusão, apenas figurinhas repetidas do álbum do submundo que ele estava cansando de colecionar. Virou o corpo alguns centímetros para o lado quando notou o abajur voando sobre si, nesse meio tempo, a loira se levantou e estava pronta para atirar tudo que estivesse próximo nele enquanto o xingava de termos tão baixos que só o faziam a desprezar mais.
- Cachorro! Vagabundo!  – Ela continuou agora abrindo a própria bolsa da Channel e retirando um canivete de lá.
Quincey levou as mãos as têmporas, aquilo realmente estava o deixando furioso, talvez devesse apenas hipnotiza-la e manda-la embora... Repentinamente uma dor lhe invadiu o peito, olhou pra frente apenas para fitar a loira com um olhar absolutamente louco sobre si, os olhos cheios de lágrimas estavam vidrados, ela tremia enquanto afundava o canivete no peito do Vampiro.
- MORRA! MORRA! MALDITO! – Ela gritava, enquanto a mão voltava diversas vezes e afundava o canivete de novo e de novo na carne pálida de Quincey, ele caia encostado a parede, o que permitiu, olhando vagamente para ela, não se sabe quantas facadas foram antes da Loira se afastar, tremendo, suada, Quincey sentiu o sangue escorrer pela boca, não demorou muito pra mulher começar a rir.
- Bem feito seu filho da puta! Você mereceu! – Disse, eufórica apontando a lâmina do canivete pro corpo desfalecido dele sentado no chão. – Agora vou pegar todo o dinheiro daqui e...
- Agora. Você. Me. Irritou. – Ele disse pausadamente, enquanto erguia o olhar pra mulher que deixou o canivete cair da mão, assombrada. Rapidamente ele se levantou e a pegou pelo pescoço, erguendo o corpo da mesma para cima.
- O que? Como... Como você está vivo!? – Ela repetia enquanto arranhava o braço do vampiro tentando se livrar, em vão. Quincey lentamente lambeu os lábios, sentindo o gosto metálico do sangue que tanto apreciava.
- Você tirou sangue de mim. – Ele disse enquanto a mulher continuava se debatendo o observando por cima. – Nada mais justo do que devolver – Ele finalizou afundando a boca no seio esquerdo da mulher, agora usando a outra mão para segurar sua nadega, a mantendo próxima ao seu corpo. Sentia a mulher tremer, o corpo começar a se debater cada vez com menos vida. Não demorou pra Quincey sentir a última gota do gosto amargo, a prostituta no qual ele nem soubera o nome, estava morta.
O vampiro a fitou, desfalecida por alguns momentos, antes de joga-la no chão de novo despreocupadamente, abriu a gaveta da escrivaninha apenas para retirar sua arma Jericho da mesma e atirar na cabeça da mulher que pendeu pra frente com o furo na testa.
- Não estou afim de arriscar que vire Ghoul. – Finalizou friamente, enquanto se sentava na poltrona da escrivaninha, de fato, Fritz teria trabalho aquela noite arrumando essa bagunça.  



 


Notas Finais


Olá a todos! Parece que as coisas vão esquentar... (aquela carinha)

Muito obrigada pelo apoio e carinho de sempre.
Amo ler os comentários de vocês, não fazem ideia como me ajudam a criar um conteúdo cada vez melhor.

Próximo Cap: SEXTA-FEIRA!

Instagram: @lady_miss_chief


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...