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História Hellsing - Caminho para a Eternidade - Novo amigo


Escrita por: Lady_Miss_Chief

Capítulo 5 - Novo amigo


Fanfic / Fanfiction Hellsing - Caminho para a Eternidade - Novo amigo


- Não sei do que está falando – Seras disse despreocupadamente enquanto sua mão pressionava a traqueia de James.
- Sabe... Sabe sim... Agora, por favor, pode me soltar? – Sorriu sedutoramente enquanto sinalizava com o olhar em direção a mão da Seras em seu pescoço. 
- E eu faria isso por que...? – Ela disse pressionando ainda mais o corpo do homem contra a parede que estremecia. 
- Bem, porque eu jamais lhe atacaria, não sou tão louco de atacar uma vampira do seu nível, além disso, eu não fiz nada de errado, correto? 
- Além de estar produzindo Ghouls? Realmente, nada de errado. 
- Ok... Ok... Mas nenhum fica vivo né? Não é como se estivesse deixando-os por ai comendo gente. – Ele disse de forma despreocupada, de algum modo muito estranho, seu modo se assemelhava ao de Pip e isso a perturbava um pouco.
O Soltou, colocando de volta ao chão, James agora com os cabelos loiros desalinhados, ajustou-os rapidamente, jogando-os novamente para trás com as mãos. Tudo aconteceu tão rápido que Seras mal notara o quanto ele era alto, provavelmente tinha a altura próxima de Alucard. 
- Obrigado, Senhorita. – O Ouviu dizer enquanto tirava a poeira de suas vestes com as mãos. 
Seras o encarou seriamente. 
- Por que está fazendo isso? 
- Nada demais, na verdade, eu apenas queria saber do que era capaz, digamos que tudo não passava de pequenos testes, vai entender um vampiro curioso com seus poderes, né? – Ele fez uma pausa como se esperasse uma confirmação, mas desistiu - Além disso, o fulaninho que arrancou a cabeça, era apenas um servo humano meu que havia sido alertado para atacar em caso de eu estar sendo observado – Ele disse caminhando em volta dela, enquanto a observava calmamente. 
Sem se mover, sentindo-a cercar, Seras definitivamente sabia que era infinitamente mais forte que James, e portanto, ele não era uma ameaça, embora seu olhar parecesse estranhamente predador. 
- Nunca mais faça isso. – Ela disse pausadamente ainda estática em seu lugar – Se o fizer, eu vou mata-lo. 
Antes que pudesse ouvir sua resposta, Seras saiu voando do prédio em direção a organização. 

O Cheiro do charuto realmente deixava Seras enjoada, ou era a falta de sangue? Integra parecia cansada, sentada em sua poltrona negra, as rugas profundas em sua bela face, qualquer um diria que ela não havia dormido na noite passada. 
- Então, está me dizendo que esse tal de “James” era o responsável pelos corpos dos Ghouls que há semanas estamos investigando? – Ela disse rispidamente. 
- Sim senhora, aparentemente. – Seras abaixou a cabeça em respeito. 
- Mais alguma coisa? 
Seras engoliu em seco, era seu dever ser absolutamente sincera com sua mestra, mas dizer que James a conhecia não parecia ser uma informação relevante além de aparentemente ser apenas uma demonstração de sua própria vaidade.
- Não, mestra – Ela disse por fim.
- Deverá ficar de olho nesse homem, Seras. Você o deixou vivo, o que ele fizer agora é sua responsabilidade, está entendendo? – Ela disse de uma vez, encarando a vampira por trás dos óculos com um brilho absolutamente sério. 
- Sim, mestra, como desejar. – Seras disse dando um passo para trás enquanto se inclinava em demonstração de respeito. 
Ao fechar a porta do escritório de sua mestra, viu Alucard parado ao lado de fora, encostado na parede, de braços cruzados com seu típico sobretudo vermelho sangue que lhe caia tão bem. 
- Então fez um novo amigo, policial? – Ele riu. 
Seras estava determinada a ignora-lo, definitivamente não estava interessada nas provocações do Alucard, não naquele dia e nem nunca mais, continuou a andar pelo corredor passando por ele, que rapidamente rosnou e apareceu diante de si novamente, cobrindo todo seu corpo com a silhueta robusta dele. 
- Não me ignore, Vampira. – Disse seriamente, estendendo suas sombras e formas negras até preencher toda passagem do corredor atrás de si.
Seras suspirou, Alucard novamente impunha sua presença e agora, para piorar, impedia sua passagem.
- Ele não fez nada de errado. – Ela Disse rapidamente.
- HAHA, és uma criança ainda, policial. Entenda, se um humano não é confiável, um vampiro é menos ainda. 
- Como você? – Seras disse rapidamente, antes que pudesse se arrepender dessas palavras, seu corpo já pressionava a parede fria da mansão, sua mão grande segurava seu quadril, enquanto a outra segurava seu pulso acima de sua cabeça. 
- Nunca diga isso novamente – Ele gritou encarando-a enquanto suas unhas pressionavam ainda mais o quadril de Seras. Alucard não estava machucando-a, era evidente que ele estava dominando-a.
- Desculpe... – Definitivamente se arrependeu, afinal, o que o afastara da organização não foi culpa sua, e até o fim daquela batalha ele fora fiel a sua mestra Integra, e provavelmente sempre seria. Por que isso parecia deixa-la deprimida? Será que realmente se sentia abandonada por ele durante aquelas décadas?
- Sua mente vai a lugares estranhos... – Alucard disse calmamente como em um sussurro, Seras percebeu que seu corpo parecia diferente, ele respirava mais profundamente, e seus olhos estavam fechados, suas sobrancelhas franzidas, como se tentasse desvendar algum mistério. 
- Me solte... – Se ouviu pedir, embora sua voz parecesse extremamente fraca, ao ponto de acreditar que nem Alucard talvez tivesse ouvido, após isso, apenas... Escuridão. 
 


Notas Finais


Vale uma nota especial do próprio Kohta Hirano (criador original do Mangá) sobre o relacionamento de Seras X Alucard:

"É difícil distinguir como Alucard e Seras se sentem dentro do relacionamento deles, muitas coisas se misturam, é muito complicado. É muito difícil conseguir distinguir essa diferença, de inicio, eu poderia dizer que é apenas de serva e mestre, mas não, minha mente diz: "Não, Não... Esse é o relacionamento de Integra e Alucard." Então, Seras e Alucard não são apenas mestre e serva, talvez parte do mesmo tipo, camaradas, companheiros pela eternidade, do ponto de vista da Seras, Alucard é seu professor, um mestre. É claro que existe o sentimento de amor entre ambos. Algo perto de um laço familiar forte. Mas eu não posso dizer que é um relacionamento de Pai e filha, porque não é, é muito complicado, sentimentos demais se misturam."

OTAKON, 2006.


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