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História Hellsing - Caminho para a Eternidade 2 - O herdeiro vingativo


Escrita por: Lady_Miss_Chief

Notas do Autor


ATENÇÃO! Essa fic é uma continuação direta do Caminho para a Eternidade (1), portanto, é essencial que tenha lido a anterior para compreender todos os eventos que irão ocorrer aqui. Obrigada!

Capítulo 27 - O herdeiro vingativo


Fanfic / Fanfiction Hellsing - Caminho para a Eternidade 2 - O herdeiro vingativo

Alucard se recordava bem do seu primeiro contato com uma batalha, talvez o fato de ser um garoto de apenas cinco anos tenha sido o bastante para marcar a lembrança em sua mente vampírica de tantos séculos, sim... O Reino de seu pai estava sendo invadido pelo império Otomano, gostaria de dizer, mesmo que pra si mesmo que havia sido uma grande batalha, mas a realidade é que seu pai despreparado foi esmagado pelo inimigo e ele fora sequestrado pelos mesmos, aquele cheiro de incenso ainda invadia a mente de Alucard como se estivesse naquela cela suja novamente, tendo seu corpo de criança violado constantemente, sua fé ainda inocente por Deus foi o que o sustentou durante aqueles anos de enclausuramento, naquela época, a guerra lhe parecia algo terrível, um pesadelo interminável que o havia tirado tão pequeno dos braços calorosos de sua mãe, mas ai venho sua adolescência, os anos de cativeiro havia lhe rendido aprendizado sobre seu inimigo como nenhum outro, a esse altura sabia falar turco fluentemente graças a seus algozes e havia conquistado o respeito de seus raptores, com tamanha perspicácia convenceu-os a liberta-los, e quando assim o fizeram, ele retornou ao seu reino como Rei, formou um exército e iniciou uma guerra contra seus sequestradores, ah sim... Alucard nunca esquecera do sentimento que assolou seu corpo naquele momento que sentiu sua espada transpassar o estomago de um Otomano, os olhos esbugalhados, o sangue saindo de seu rosto como lagrimas, a boca semi aberta, o eco de seus gritos, suas tripas no chão, o cheiro de carne dilacerada e queimada, naquele instante Alucard começou a sentir um prazer indescritível na guerra, prazer esse que duraria pra sempre.
O vampiro havia permitido que a batalha ocorresse sem sua presença por um tempo, ele sabia que colocar o Rei naquele xadrez iria garantir uma enorme desvantagem pro seu inimigo e ele se orgulhava de “brincar com a comida” um pouco, além disso, seria uma boa forma de testar seus próprios homens em batalha, pelo que Alucard observou durante aquele tempo afastado era que aquilo provavelmente se tratava de um teste de seu inimigo, considerando que havia menos da metade do que eles acreditavam que tinham em campo, e a luta parecia naturalmente pender para sua vitória, o que não dava a Alucard certo orgulho, mas lhe dizia que apesar de muitos daqueles seus soldados em campos serem vampiros modernos recém transformados, eles pareciam estar bem treinados. “urgh” – pensou enquanto entortava o lábio – “Maldito Hwarang que ensina tão bem”.
Os vampiros aliados pulavam com facilidade sobre os inimigos, os ferindo com adagas, espadas, facões, armas de fogo, havia tudo ali, um arsenal de guerra histórico a disposição de qualquer um, dos mais antigos aos recém transformados, Alucard sempre apreciou armas, as pequenas peças criadas por seres humanos com um único propósito: Ferir seu semelhante, irônico? Talvez, mas o vampiro não seria hipócrita de considerar elas inúteis, havia pouco demais de humanitário em si pra isso, armas além de servirem para ferir eram um meio inegável de defesa própria, seja contra os homens... Ou os monstros. O vampiro deu um meio sorriso largo, expondo a ponta das presas pontiagudas, os barulhos do metal das espadas se chocando contra si, os gritos roucos dos feridos por elas, os barulhos incessantes dos tiros de arma de fogo ecoando numa sinfonia quase... Bela, é, ele precisava reconhecer que tinha muito de Max Montana nele, ambos amavam a guerra afinal de tudo, e agora, em que o vampiro só apreciava o andamento de uma, lamentou por Seras Victoria não estar ali, apesar de sua doce serva negar, ele inegavelmente sentia tesão em vê-la perder o controle e se entregar a seu lado selvagem que apreciava tanto arrancar cabeças quanto ele. O Vampiro deu um passo em direção ao vazio da queda livre de mais de cem metros do seu castelo e se permitiu ser levado pela gravidade até o chão, o vento feroz em seu rosto, a adrenalina daquela quase morte enquanto o chão ficava cada vez mais perto, claro, não seria daquela vez que o chão da Romênia experimentaria seu sangue novamente, ele pousou calmamente sobre a terra úmida e caminhou em meio a batalha, era como um fantasma, um telespectador curioso passeando por entre os gritos, os socos, os golpes e o sangue sendo espirrado em diversas direções, apesar de seus homens estarem com uma leve vantagem, ele achou conveniente incentiva-los mais um pouco com sua presença, decidido a isso, Alucard parou no epicentro da batalha, as arvores balançavam enquanto a noite caia em direção a madrugada, o que só fortalecia ainda mais seus poderes, o Vampiro então abriu o sobretudo vermelho sangue retirando suas duas “meninas”, as armas Cassul e a Jackal, a Cassul responsáveis por matar qualquer vampiro, a Jackal responsável por impedir que seres ou vampiros mais fortes se regenerassem, com ambas em punho ele apontou pra cima e deu dois tiros, de alguma forma, o som das duas armas de calibre 50 ecoaram paralisando todos aqueles que estavam em batalha, e fazendo fita-lo no campo, Alucard se questionou se foi suas armas ou apenas seu desejo de atenção que tenha de alguma forma “influenciado” os vampiros ao redor, o motivo não importava a àquela altura, ouviu uns gritos de seus homens comemorando sua presença, alguns assobios de longe enquanto um cheiro familiar chegava as narinas do Vampiro, aquilo era medo puro.
- Ora... Ora... Admito em mais de quinhentos anos de existência nunca ter presenciado tamanho evento – Começou direcionando o olhar aos membros – vampiros duelando entre si, tsc... Quanta tolice, não acham? – Coçou a cabeça com o cano da Cassul distraidamente – Quantos de vocês eu matei enquanto trabalhava pra Hellsing? Cem? Não... Duzentos? Aahahhaah – Ele começou a rir freneticamente – Acho que mais de mil né?
Repentinamente ouviu um som estridente e baixo, era um tipo de grunhido dos vampiros inimigos exibindo as presas em direção a ele, descontentes pela provocação.
- E mesmo assim vocês se... Reproduzem, como ratos, repassando essa peste para qualquer um, sem o menor preparo, merecimento, nada, e o resultado aqui está, milhares de vampiros fracos, inúteis e despreparados morrendo pelas mãos dos meus aliados.
- Você que mata seus iguais, você que matou Quincey Harker... Ora Alucard, você é o menos digno entre nós – Uma voz rouca e alta surgiu, fazendo todos os grunhidos, xingamentos, assobios ou comemorações se dissiparem, no meio da tensão da batalha surgiu um rosto familiar, embora não tanto pra ele, mas o sangue de Seras dentro de si dizia que aquele era Fritz, o mordomo alto de meia idade de Quincey Harker, pelo olhar vermelho como sangue, os cabelos brancos ralos, a pele envelhecida e pálida sobre o rosto fino e o corpo magro não deixavam mentir, evidentemente, ele havia deixado de ser humano para se unir aos sugadores de sangue.
- Vocês... Homens ingleses só me decepcionam – Alucard comentou de forma arrastada – Primeiro Walter que se recusou a morrer com dignidade e virou um vampiro defeituoso da Millenium, agora você, qual é o problema que vocês humanos velhos possuem com a morte?
- Meu Mestre, o Sr. Harker me deixou esse presente das trevas, caso ele morresse eu deveria assumir seus negócios.
Alucard ergueu a sobrancelha direita enquanto revirava os olhos vermelhos.
- Então foi você que planejou esse circo? – O vampiro disse enquanto sorria erguendo ambas armas – Foi você quem incentivou esses tolos a iniciar uma guerra contra o Rei deles?
- Não há Rei aqui – Fritz falou enquanto erguia um sabre Talwar reluzente – Você não é nosso Rei, não importa o quanto brinque disso, você é apenas um assassino da sua própria espécie e seu reinado está prestes a acabar de uma vez por todas. 


Notas Finais


Opa! Cheguei atrasada, mas cheguei, isso que importa!
Esse reencontro é realmente... Chocante não? Acho curioso como ninguém nunca questionou o que teria acontecido com Fritz após a morte de Quincey, afinal, ele era um humano que seguia a familia Harker há séculos, imagino que ver tudo que Drácula fez a aquela familia tenha também feito eles desprezarem o vampiro. Seras era bem apegada a ele, apesar de tudo, lamentando profundamente quando acreditou que ele estivesse morto, agora Fritz é um vampiro e é o líder da rebelião contra ela e Alucard. A Vingança realmente parece ser um eterno ciclo que liga os Harker, Hellsing e Drácula não é?

Espero que tenham gostado, o próximo capitulo será explosivo.

Instagram: @Lady_miss_chief


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