1. Spirit Fanfics >
  2. Hellsing - Caminho para a Eternidade 2 >
  3. Conexão Perdida

História Hellsing - Caminho para a Eternidade 2 - Conexão Perdida


Escrita por: Lady_Miss_Chief

Notas do Autor


ATENÇÃO! Essa fic é uma continuação direta do Caminho para a Eternidade (1), portanto, é essencial que tenha lido a anterior para compreender todos os eventos que irão ocorrer aqui. Obrigada!

Capítulo 35 - Conexão Perdida


Fanfic / Fanfiction Hellsing - Caminho para a Eternidade 2 - Conexão Perdida

Maximilliam não havia deixado muito para trás quando decidiu sair do seu pequeno apartamento no centro Nápoles para a fatídica Transilvânia, sempre fora motivado pelo seu genuíno senso de curiosidade, herança genética da família Frankenstein? Provavelmente, mas o incentivo do pai para a medicina experimental também fora um fator de relevância para tomar esse caminho, sua especialização inicial fora Clinico Geral, passando por especializações em cardiologia e a neurologia isso tudo antes de chegar aos quarenta, quando seu pai faleceu há anos atrás o senso de continuidade havia se tornado mais do que uma característica e havia passado a ser um dever, sim... A Família Frankenstein tem uma herança de renome por detrás de seu sobrenome, por mais que ele tenha escolhido propositalmente ocultar essa linhagem de todos seus documentos, não que não tivesse orgulho de tudo que Victor Frankenstein fez no passado, por mais louco e trágico que seu antepassado houvesse sido na ocasião, descobertas interessantes foram derivadas do monstro Frankenstein, mas infelizmente, também, havia caído no gosto popular desde que Mary Shelley encontrou o diário de Victor e expos a triste história do monstro para o mundo. Agora Frankenstein era uma piada, uma fantasia de Halloween, um ícone do terror que perdurou por décadas, mas ainda assim, havia uma parte dele que odiasse toda aquela fama exagerada. Quando fora chamado em nome de Drácula seu coração tremeu, claro, Alucard chamou seu pai, não ele, mas de qualquer forma tinha sido a coisa mais grandiosa que já havia acontecido consigo desde que nascera, provavelmente porque uma pequena parte dele queria fazer algo tão marcante quando Victor fizera, e como seu próprio pai fez, estudando criaturas das trevas por tantos anos, descobrindo suas fraquezas, particularidades, até mesmo o psicológico deles. Portanto saber que havia uma vampira doente, e que essa vampira era ninguém menos que a única serva de Drácula fez todo instinto dele vibrar com a possibilidade de algo completamente novo, uma descoberta que talvez nunca antes tivesse ocorrido desde que Victor gritou “Ele esta vivo!” naquela torre.
Agora ele estava ali, meses depois de sua chegada naquele castelo icônico, de frente a Alucard, terminando de contar uma das piores noticias que o vampiro poderia receber dada as circunstâncias, vivendo lá por tanto tempo ele havia se acostumado com a possibilidade de sua frágil vida humana não durar muito dentro daqueles muros, principalmente agora que contava a Drácula que sua serva e amante estava em coma com um filho no ventre.
Inesperadamente para Maximilliam, Alucard não arrancou sua cabeça com apenas a mão, nem puxou suas tripas para fora do corpo, na verdade, o vampiro sequer o ameaçou, ou o xingou, ele só estava ali, parado em sua altura surpreendente em frente de Seras Victoria adormecida, ele a encarava com um tipo de melancolia em seu olhar tinto que com certeza poucos notariam, as mãos estavam na cintura, a cabeça baixa, os cabelos lisos negros até a cintura caiam sobre sua face pálida e seu rosto fino, a camisa social branca estava aberta até a metade, revelando seu peitoral pálido, usava a calça preta e as botas como de costume, mas de alguma forma, toda aquela visão parecia digna de um quadro de Caravaggio.
- O que a levou a esse estado? – Alucard perguntou depois de um tempo.
- Sendo sincero, eu não sei. – Ele disse com o corpo encostado no armário refinado e desgastado pelos séculos de uso – o coma em si é uma condição no qual alguma área do cérebro esta dormente, mas o corpo continua suas funções motora normalmente, me parece que foi algum tipo de trauma.
- A criança... Ela está...?
- Bem – Maximilliam falou rapidamente – estamos monitorando mãe e filho 24 horas agora, a criança ainda vive, os batimentos estão normais pra um feto do tamanho dele, e Seras também apresenta ritmo cardíaco natural a um vampiro, mas suas funções cerebrais estão confusas.
- Ela ainda precisa ser alimentada – Alucard comentou com os olhos sem piscar, focados no perfil adormecido de sua amante.
- Sim, iremos alimenta-la através de sonda – Ele respirou fundo cruzando os braços sobre o peito – Mas Alucard, precisamos descobrir o que a levou a esse estado, você não consegue acessa-la? Seu sangue corre dentro dela, não é?
O vampiro ficou quieto por alguns segundos e não demorou pra Maximilliam notar que ele estava com os olhos fechados e as sobrancelhas franzidas, concentrado em algo que ele sequer imaginava o que seria.
- Eu não consigo – admitiu tirando as mãos da cintura e fechando os punhos, evidentemente frustrado – Algo me impede, eu não consigo chama-la... – Ele engoliu em seco e virou o rosto, perturbado – Não consigo trazê-la de volta dessa vez.
- Algo? O que? – Frankenstein perguntou genuinamente curioso, sua família e ele próprio havia estudado esse tipo de ligação sanguínea que ocorria entre mestres vampiros e seus servos, e era muito raro esse tipo de bloqueio, ligação entre os dois costumam ser tão fortes que até está acima da vontade própria deles.
- Argh – Alucard fez uma careta, exibindo a ponta das presas pontiagudas – Não é ela quem está fazendo isso, isso eu garanto – Ele disse com evidente raiva.
- Está me falando que pode ser o... – Maximilliam direcionou o olhar azul turquesa a barriga elevada dela, sem querer falar abertamente que o filho dos dois pode estar deixando a própria mãe naquela condição.
- Não – O vampiro balançou a cabeça negativamente começando a andar entorno da cama, analisando Seras meticulosamente, como se buscasse uma brecha dentro da alma dela para que ele pudesse invadir – A criança age por instinto, ele não é um ser tão racional ao ponto de reprimir Seras a um coma e mesmo se fosse, ele jamais conseguiria me impedir de chegar até ela.
Maximilliam respirou fundo enquanto retirava a caneta detrás da orelha e começava a fazer alguns tipos de anotações sobre o que Alucard falava no prontuário de Seras.
- Vocês, Vampiros, são criaturas que absorvem o sangue de outros seres e com isso, atrelam as almas delas a seus corpos, correto? Você mesmo fez uso disso há trinta anos atrás contra a Millennium, e Seras absorveu... Um minuto, esqueci o nome dele...
- Bernadotte – Alucard disse sorrateiramente.
- Isso mesmo, o Líder do Wild Geese, é possível que ele de alguma forma esteja fazendo isso? – Questionou.
Alucard parou e segurou a cabeceira da cama, se inclinando sobre Seras, por um minuto, Maximilliam achou que ele fosse beija-la, mas logo percebeu que ele os lábios dele se mexiam como se ele sussurrasse algo pra ela. Ele rosnou baixou e virou o rosto pra direita, se ergueu rapidamente e jogou os cabelos longos para trás, segurando as mechas com força por alguns segundos enquanto a encarava com ódio.
- O que está acontecendo com essa idiota? – falou fora de si, inclinando a cabeça pra trás, o que deixou claro para Maximilliam que pela primeira vez em séculos, Alucard simplesmente não tinha as respostas, não tinha o poder, não tinha os meios, o homem mais poderoso do mundo estava de mãos atadas e isso o estava enlouquecendo. 


Notas Finais


Boa Noite! Como estão? Espero que bem <3

Como falei, o "coma" de Seras vai afetar muito os personagens do lado de fora da fic, principalmente Alucard que terá que lidar com sentimentos e sensações que não estava preparado, ou que nunca havia cogitado antes, isso o fará mudar algumas de suas atitudes, só não posso garantir se serão para melhores ou piores... Rss...
Sobre Maximilliam, me perguntaram sobre a sexualidade dele na fic passada e não consegui responder, ele só namorou mulheres e se interessou sexualmente por Seras, o que o torna até o momento atual hetero. Na verdade, Eu pensei em fazer ele assexual por um bom tempo, mas achei isso excessivamente clichê visto que ele é um médico/cientista e a maioria deles sempre são alheios a isso em obras de fantasia e etc, eu gosto de evidenciar que pelo menos até o momento, Maximiliam é um homem mais sensível que sente falta de ter um laço com alguém, exatamente por todo esse legado excessivamente pesado de cientistas malucos dos Frankenstein, ele tem certa carência de afeto, ele só é péssimo com relacionamentos, rss... Mas tentarei expor isso melhor futuramente.

Obrigada pela presença como sempre.

Insta: @lady_miss_chief


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...