História Helô e Stenio Para Sempre - 9 - Agora é esperar

Sirenes de ambulâncias, pessoas falando de um lado e de outro, tudo passa diante de Stenio que entra na urgência do hospital sentindo o mundo girar e o chão se abrir diante dele. Ricardo e Maitê já estavam lá acompanhados de Laura que consolava Otávio. O delegado se culpava por tudo que tinha acontecido e lamentava o tempo todo.
— Cadê a Helô? — ele perguntando, olha do de um rosto para outro.
— Stenio! — Maitê vai até ele e os dois se abraçam forte. — Preciso ver a minha mulher.
— Meu amigo, o médico esteve aqui uns minutos antes da sua chegada. — Ricardo começa a explicar — A Helô está nesse momento no centro cirúrgico para a retirada da bala.
— Eu sinto muito. — Otavio se aproxima.
— Como tudo isso foi acontecer? — o advogado pergunta entre lágrimas.
— Foi um assalto e um deles me reconheceu como policial. Foi tudo muito rápido, reagiamos simultaneamente quando eles falaram que polícia tinha que morrer. Eram dois, estava tudo sob controle até que o terceiro apareceu. A equipe já está em campo para prendê-los.
— Ela me ligou toda feliz dizendo que a operação tinha sido sucesso, eu me ofereci para buscá-la, mas ela preferiu pegar carona. Eu deveria ter insistido, eu... — o advogado passa as mãos pelos cabelos bagunçados. — Se alguma coisa acontecer com a Helô, não sei como conseguirei sobreviver.
— Não vai acontecer nada com ela, essa cirurgia é para tirar a bala... ela ficará bem. — Ricardo reforça.

Dois importantes superiores da Polícia Federal entram na recepção, escoltados por alguns polícias que Stenio reconhece como da equipe da esposa. Um funcionário do hospital aparece enquanto todos se cumprimentavam e os oferece uma sala exclusiva. Estavam em um dos maiores hospitais do Rio de Janeiro, tudo era muito requintado e vip. Uma enfermeira surge para informar que a cirurgia ainda estava acontecendo e que ao final o médico viria falar com eles. Stenio sente o medo e o pavor durante toda aquela espera, sem condições o advogado agradece quando Ricardo se oferece para atender as inúmeras ligações que começam a chegar no telefone do advogado.

Sentado no sofá de mãos dadas com Maitê, eles oram e se apoiam entre si.
— A Drica, você falou com ela?
— Não! É madrugada, não quero preocupar até saber exatamente como a Helô está. Será que essa cirurgia demora? Maitê, preciso saber notícias.
— Stenio, tenho certeza que a Helô vai sair dessa.
— Tenho tanto medo, Mai. Tanto medo!