Na noite de domingo, todos estavam em clima de despedida, pois voltariam bem cedo, na segunda, para o Rio de Janeiro. Creusa aproveita para descansar em uma das redes. Stenio em outra, Drica e Pepeu no sofá, enquanto Alice e Dialinda já tinham ido para o quarto dormir. Miguel e Bob eram os únicos inquietos, correndo e brincando na grama diante do chalé. Helô que estava sonolenta e cansada, levanta da cadeira onde observava o filho e enfia-se na rede junto com Stenio.
— Tô cansadinha. Morrendo de sono. — a voz dela sai manhosa ao falar.
— Fica quietinha um pouco, amor. Olha a Creusa cochilando. Faz o mesmo.
— E quem fica de olho no Miguel e no Bob?
— Já já eles param, não são de ferro.
— Tenho minhas dúvidas se não são. Depois de passar o dia inteiro na piscina, olha eles correndo para lá e para cá. É inacrê. — ela resmunga, descansando o rosto no peito do amado.
— O Miguel é sua cópia Helô. Cheio de energia, não para quieto.
— Eu, Stenio?
— Você sim, doutora. Está cansada e sonolenta porque tomou alguns drinques hoje e agora não relaxa.
— Perdi as contas nos drinques mesmo. — a delegada confessa e corresponde ao beijinho que o marido rouba.
— Tomou mais de dez e foi muito merecido, é nosso último dia.
— Stenio, quero voltar aqui. Fomos tão felizes esses dias curtindo a praia, aquele jantar na areia, a piscina, o chalé todo é uma delícia.
— Voltaremos sim, meu amor. Faço questão. Inclusive, agora que temos a vacina. Poderemos finalmente fazer aquela viagem que tanto sonhamos.
— A notícia da aprovação dessa vacina foi a melhor coisa que ouvi nos últimos meses. Não vejo a hora.
— E eu não vejo a hora de ganhar mais um beijo do meu amor. — Stenio fala baixinho.
— Você sempre querendo muitos beijos, Dr. Carente.
— Prefiro o Dr. Gostoso como a Dialinda me chama. — ele brinca aos risos.
— Bobo!
Quando as bocas se encontram, o beijo é lento, preguiçoso, mas cheio de amor.
— Helô, esses dias aqui foram realmente especiais. Espero levar todo esse clima para o Rio. Sabia que me senti como se ainda fôssemos namorados? Aquela época boa que nada é motivo para briga, tudo é motivo para beijos, para fazer amor.
— Eu também me senti aquela Heloísa da adolescência, foi bom sentir isso durante nossa estadia aqui. E, concordo, temos que levar a vida com essa leveza.
— Sem brigas, doutora?
— Só amor. Prometo! — ela cochicha contra os lábios do amado.
— Falando em amor. Hoje nem pretendo me animar porque sua carinha de cansada está imensa.
— O sol me deixou letárgica, preguiçosa. Só quero ficar assim, namorando sem muito esforço.
— É? — Stenio murmura, fazendo carinho no rosto dela.
Nos minutos seguintes eles continuam ali na rede, abraçados e conversando bobagens. Em dado momento Helô não responde a pergunta, logo Stenio nota que ela havia dormido. Beijando a testa dela, ele sorrir, feliz de um jeito inexplicável por estarem em uma sintonia única, surreal.
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