História Helô e Stênio Para Sempre 8 - Capítulo 356

Ao subir as escadas para pegar a arma, Helô não sabe muito o que pensar. O coração estava disparado, o medo travando a garganta, uma adrenalina correndo nas veias e principalmente o pavor de que algo aconteça ao menino. Mesmo com tantas emoções a flor da pele, ela finge manter o controle. 
— Helô?  — Stenio entra no quarto logo depois dela.
— Stenio, ele tem que está em algum lugar. 
— Estou me sentindo culpado.
— Eu sei, mas criança é assim. Não vamos nos desesperar, precisamos manter a calma.
— Você tem razão.
— Me espera. Só preciso pegar a arma no cofre. — Ela diz, caminhando para o closet da suíte. 
— Te espero lá embaixo, amor. Enquanto isso vou ligar para o pessoal daqui que conheço e... talvez alguém tenha visto algo.
— Xxxxxtenio! — Helô o chama. — Xxxxtenio?
— O que foi, Helô?
— Não acredito. Não acredito.— A delegada sussurra.
Ao ir de encontro a esposa, o advogado não acredita nos próprios olhos. Dentro do closet, agarrado ao dinossauro preferido, Miguel dormia como se nada mais importasse além daquela soneca.
— Helô, como ele foi parar aí?
— Não estou entendendo. Juro que vou matar esse garoto. — Ela diz entre os dentes, o nervoso ainda fazendo seus músculos tremerem.
— Matar não, Helô.
— Uma surra, é o que ele merece. Esse terrorixxxtinha quase me fez passal mal de preocupação, Stenio. 
— Como o Miguel entrou aqui se você sempre fica com a porta fechada enquanto trabalha?
Depois de encarar o marido e pensar um pouco, ela dispara:
— Estava entreaberta, o Pepeu havia entrando aqui para perguntava se precisava lavar esse banheiro. Eu disse que não e... só pode ter sido nessa hora. O Miguel entrou e eu não vi. — Ela tenta montar o quebra-cabeça na mente, confusa.
— Filho... você quase matou o papai de susto. — Stenio se ajoelha e pega o pequeno no colo.
Miguel funga, mas permanece de olhos fechados, afundando o rosto no ombro do pai.
— Não tenho condições com esse garoto.
— Calma, Helô.
— Calma, Xxxtenio? Como posso ficar calma com uma molecagem dessas?
— Eu sei, mas ele não fez por mal. 
— O mundo caindo nas nossas costas e ele dormindo no closet, Stenio? Primeiro que subiu essa escada SOZINHO, depois passou por mim... e não vi? Não tem como... eu teria visto... claro que teria visto.
— Não adianta tentar entender agora, amor. O importante que nosso filho está bem. A culpa foi minha, eu tinha que ter prestado atenção melhor. 
— Stenio, vamos descer e acalmar todo mundo. Sinceramente... Se a segunda-feira já começa assim, imagina o resto da semana. Não quero nem pensar. — Esbraveja, irritada. Ainda dormindo no colo do pai, Miguel permanece quietinho, sereno e tranquilo.