História Helô e Stênio Para Sempre 8 - Capítulo 76

Ao telefone com a esposa, Stênio insiste:
– Helô, você prometeu que almoçaria comigo e com o Miguel.
– Não prometi nada, Stênio.
– Prometeu sim.
– Eu disse que faria o possível, é bem diferente.
– Estou aqui pertinho da PF, podemos ir a algum restaurante que você goste.
– Stênio, não posso sair agora.
– Poxa! O que adianta estar de férias se não posso aproveitar ao lado da mãe do meu filho, a minha esposa, a mulher da minha vida... O meu amor.
– Não vem com suas chantagens baratas, meu querido.
– Nosso filho está com fome.
– Para em algum restaurante e come com ele.
– Certeza que a delegada não pode largar o trabalho durante trintas minutos para nós fazer companhia?
– Como se trinta minutos fosse suficiente.
– Então, tudo bem. Almoço sozinho com o Miguel, somos dois abandonados.
– Não faz essa voz de carente, você já têm sua resposta meu querido.
– A noite posso combinar uma pizza pelo menos, amor?
– A noite é a minha confraternização com as meninas e com o Lavo.
– Esse cara ainda existe?
A delegada responde com uma gargalhada.
– Onde vocês pretendem se confraternizar? Posso ir com o Miguel, ficamos em um cantinho e não atrapalhamos.
– Não pode.
– Você está nos deixando de lado, Dra. HELOÍSA. Não almoça com a gente, não nos leva na confraternização.
– Pobres coitadinhos. Tô com peninha de vocês dois.
– Chata! Coração de pedra.
– Stênio, almoça com o Miguel e volta pra casa para arrumar a bagunça que está aquele apartamento.
– Não têm bagunça, Helô.
– Ah não? Hoje cedo antes de sair encontrei uma meia tua no meio dos meus documentos que estava na escrivaninha da sala.
– Deve ter sido o Miguel que colocou – o advogado justifica.
– Sabe o que eu deveria ter feito, Stênio?
– O quê? – ele pergunta receoso.
– Deveria ter embarcado ontem naquele avião com Creusa e tirado férias, sozinha. Sem vocês dois, seus bagunceiros.
– Filho, sua mãe está nos chamando de bagunceiros. Ela não cansa de ser injusta com nós dois.
– Eu injusta? Falando em injustiça, já falou com a traidora da sua filha?
– Helô, achei que você já tivesse perdoado a Drica por passar o Natal com a família do Pepeu.
– Perdoar? Desconheço o significado dexxxxta palavra, meu querido. Mas.... se aquelas duas traidoras querem ficar longe no Natal, que fiquem.
– Réveillon a Drica garantiu que passa na casa de praia. – o advogado provoca.
– Só acredito vendo. A prioridade é sempre a família do Pepeu, sempre. Agora preciso desligar Xxxxtênio. Tchau!
– Espera Helô.
– O que é, criatura?
– Te amo!
– Também me amo, aliás, me amo muito. Beijos! – ela desliga aos risos, voltando a focar no trabalho.