Machucada e cansada daquela luta, Helô sente o sangue escorrer quando recebe mais um tapa. Ela não consegue mais lutar, estava chegando ao limite e sua própria arma continuava caída ali no chão. Ao tentar se mover para pegar, o homem a atinge no rosto mais uma vez. Buscando ser forte, ela volta a rolar com ele no chão e acaba usando a única possibilidade que encontra, o morde com força e funciona, ele a solta e em um golpe de sorte ela consegue pegar o revólver dele.
– Helô!? – naquele instante Stênio desperta.
Por um segundo ela gira ao ouvir o marido chamá-la, cometendo a falha de se distrair. Dando-lhe uma rasteira o bandido a derruba no chão e já não houve outra saída, usando a arma que havia tomado dele, a chefe de polícia atira a queima roupa. Disparando três tiros contra o peito do desconhecido que mantinha seu marido em cativeiro.
De olhos arregalados, Stênio acompanha o corpo do homem cair no chão com um estrondo. Torturado psicologicamente, o advogado fica ainda mais assustado ao assistir sua esposa matando o bandido, ele começa a tremer e grunhir palavras desconexas, colocando as mãos na cabeça para tentar organizar a bagunça mental que tudo aquilo havia lhe causado.
Soltando o revólver, Helô se entrega, as lágrimas escorrendo sem parar. Ela estava sem forças, o corpo inteiro estava doendo de forma insuportável.
– Helô!? Stênio!? – a voz de Ricardo ressoa ao entrar no barco.
O delegado aparece acompanhado de muitos outros policiais que entram o cercam o local.
– Helô!? – Laura corre até ela, ajoelhando-se diante da amiga que continuava no chão aos prantos.
– Laura... Ricardo... cuidem do Stênio, por favor. – é o único pedido da delegada antes de apagar nos braços da amiga.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.