História Helô e Stênio Para Sempre 8 - Capítulo 335

— Mãe, você ouviu o que eu disse?  —  Drica tenta chamar atenção da delegada que estava sentada a mesa para o almoço.
— Mamãe? — Miguel também chama, achando engraçado a chefe de polícia não ouvir.
— Vovó?
— Sogrona?  
— Donelô?
— MÃE? — Drica fala um pouco mais alto, assustando a delegada.
— Que isso, Drica? Precisa gritar?
— Precisei gritar sim. Todo mundo estava te chamando e você não ouviu.
— Estava aqui... — Busca uma desculpa e não encontra.
— Você estava tentando ouvir a conversa do meu pai que está ao telefone lá na sala — A blogueira afirma.
— Eu? Até parece. — A delegada fica desconcertada. — Eu... entendi bem? O Stenio está pensando em voltar para o Rio?
— Pois é, Donelô. Acho que ele volta ainda hoje.
— Ele pirou, Creusa? Endoidou de vez? 
— Mãe, fala com ele. Conversa sem brigar, por favor. Não quero meu pai se arriscando no Rio, sozinho. Imagina se ele adoece e não consegue nem ligar avisando?
— O meu vovô vai embora porque minha vovó brigou com ele, mamãe? — Alice pergunta para Drica, mas Helô que se adianta e responde.
— Eu não briguei com seu avô, mocinha. Ele que é cabeça dura.
—  Mãe, vai lá, fala com meu pai.
— Drica, seu pai que deveria falar comigo. 
— Fica nesse jogo de quem deveria falar primeiro e os dois acabam perdendo tempo brigados. — Creusa resmunga, sem paciência. 
— A culpa é minha agora? — Helô se ofende. — Quem começou isso tudo foi ELE.
— Quando um não quer, dois não brigam e a senhora sabe disso. — A fiel escudeira rebate. 
— Mãezinha, tenho uma ideia. Escuta sua filhinha aqui.
— Drica, não quero ideias, quero terminar meu almoço em paz. 
— Você poderia fingir que está doente.  — Com um sorriso, a jovem sugere.
— O que é fingir mamãe? — Alice quer saber.
— É faz de conta, filha. Continua seu almoço que isso aqui é assunto de adulto, tá bom? Me escuta, delegada, você só precisa dizer que tá doentinha de cama. Meu pai fica preocupado e tira da cabeça essa ideia de ir embora, mãe.
— Drica, se seu pai quer ir embora, que vá... não inventarei desculpas para fazê-lo ficar. Acabou o assunto, comam. — A chefe de polícia ordena.
— Papai emboia? — Miguel questiona, fazendo bico para chorar.  — Boia não papai.
— Vai! O nosso pai vai embora sim, pirralho. E a culpa é toda da sua queridinha mãe que não faz nada para acabar com essa briga. — Drica dispara, levantando da mesa com raiva. 
— Que isso? — Helô também se irrita — DRICA, volta aqui agora. — Ordena e a jovem obedece. — Não vou discutir com você, agora senta novamente e termina seu almoço. Chega de vocês querendo se meter em um assunto que só diz respeito a mim e aquele... aquele... ao pai de vocês.
— Eu não disse ada. — Pepeu se defende e continua quietinho almoçando.