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História Helvede Game - Enhypen - Kapitel fjorten


Escrita por: ThaysaHow

Notas do Autor


Oi pessoal! Saiu menor que o esperado (dividi em dois), mas eu realmente amei escrever esse capítulo. Na verdade, estava com tanta adrenalina na hora de escrever que acabei terminando o próximo também KKKKKKKK

Boa leitura!

Capítulo 15 - Kapitel fjorten


Charlotte olhou ao redor, se situando. 

O holofote acima de sua cabeça iluminava o suficiente para visualizar uma pessoa deitada no chão. 

A escuridão dominava o resto do ambiente. 

Charlotte tentou gritar novamente, mas percebendo que aquela fita na boca a impediria, tratou de esticar a língua e começar a lamber. Certamente a cena da garota babando sobre a superfície grudenta era ridícula, mas como dizem: "situações extremas exigem medidas extremas". 

Quando finalmente retirou toda a cola e soprou a fita para longe, abriu a boca e começou a gritar. 

— VOCÊ, ACORDA! ACORDA! 

Para o desespero de Charlotte, a pessoa não moveu um músculo sequer. 

Decidida a pelo menos lhe estourar os tímpanos, mesmo inconsciente, Charlotte praticamente se transformou em uma sirene. 

— POR FAVOR, ACORDA! 

Depois de um longo minuto de gritaria, a pessoa se levantou com as mãos na cabeça. 

Era uma garota de longos cabelos escuros e bochechas grandinhas que a faziam se lembrar de Yeoreum. 

— A gente tá no jogo? — ela perguntou, a encarando com olhos arregalados. 

— Sim, por mais que pareça um pesadelo, eu sou real e tô implorando pra você conseguir me tirar daqui! — Charlotte suplicou. 

A garota tapou a boca com as mãos e se aproximou em passos apressados. As mãos trêmulas tatearam as correntes que prendiam Charlotte rente ao trono de concreto. 

— Tem um cadeado, a chave deve tá em algum lugar dessa sala. 

— Eu não consigo ver nada além desse meio aqui. — suspirou — Alias, meu nome é Charlotte e o seu? 

— Miyoung. — se afastou e cobriu o próprio rosto — Desculpa, tô aterrorizada. 

— Eu também. — revelou Charlotte, mordendo os lábios. 

Miyoung se virou de costas e deu alguns passos incertos em direção a borda do chão iluminado. 

Quando o pé direito pisou na escuridão, outro holofote surgiu. Este iluminava toda a região que estava a frente de Charlotte. 

Conseguiu visualizar um relógio digital apoiado na parede de madeira que mostrava uma contagem regressiva de 10 minutos. 

Além disso, haviam três tubos enormes de vidro fumê, todos com escadas na lateral e alcançando dois metros de altura. O primeiro deles estava contornado por luzes de led, o destacando. 

Na frente de todos eles, três botões vermelhos chamaram a atenção de Charlotte, que desviou o olhar das luzes. 

— Os mesmos do Helvede Game! — Charlotte constatou o óbvio. 

— Acho que devo apertar. — Miyoung levantou a mão. 

Logo os dedos gordinhos — e de manicure impecável — pressionaram o botão vermelho do primeiro tubo. 

O vidro foi clareando até ficar totalmente transparente. 

Charlotte arregalou os olhos e suprimiu um grito. 

Eram baratas. 

Baratas se amontoavam dentro da área do tubo. 

Muitas delas batiam suas pequenas asas transparentes em busca de uma saída, transformando a imagem completa em um tremendo caos. 

— A chave deve estar dentro de algum desses tubos. — concluiu Miyoung. 

Charlotte fechou os olhos. Tentou se imaginar no lugar dela e sentiu arrepios do pé a cabeça além de uma coceira inexplicável nas costas. 

Se era difícil coçar as costas com as mãos, acorrentada era impossível. 

— Acha que consegue fazer isso? — perguntou Charlotte, esfregando as costas no concreto. 

— Eu não tenho nojo, é moleza pra quem já viveu no meio do mato. — tranquilizou. 

— Morava em uma fazenda? 

— Sim, a vida era boa. — Miyoung sorriu minimamente. 

Sem perder mais tempo, a garota agarrou a escada com uma mão. 

Um barulho alto interrompeu o movimento do segundo braço. 

Ambas olharam para a direita e conseguiram enxergar devido ao holofote que se acendeu. 

A placa neon piscava e brilhava. Era verde assim como a porta que se encontrava abaixo dela e podia se ler "Exit". 

Se entreolharam antes de Miyoung se aproximar lentamente da porta e girar a maçaneta. 

— Está destrancada. 

Charlotte abriu a boca em choque. 

— Quer dizer que podemos sair a qualquer momento? — olhou para baixo — Quer dizer, eu não posso, né? 

Charlotte se manteve cabisbaixa, sentindo o gosto amargo da impotência. Deixar seu destino nas mãos de uma desconhecida não era a situação mais confortável. 

— Eu vou entrar. 

Miyoung a encarou uma última vez antes de subir as escadas de metal e chegar a parte de cima do tubo. Girou a válvula e abriu o alçapão. Algumas baratas voaram em direção à liberdade. 

A garota pulou para dentro de uma vez só, dobrando os joelhos levemente para diminuir o impacto. 

Charlotte fez uma careta ao ouvir o som gosmento. Infelizmente — ou felizmente — muitas das baratas foram esmagadas. 

Miyoung começou a procura, tentando retirar as baratas de seu caminho. 

Charlotte apenas abriu a boca admirada. Era incrível a forma como ela arremessava as baratas para fora do meio onde procurava, de uma forma que se assemelhava a um cachorro cavando e escondendo os próprios dejetos. 

— VOCÊ É INCRÍVEL, MIYOUNG! MIYOUNG! MIYOUNG! 

Charlotte não achou justo apenas observar a garota, então tratou de torcer e soltar algumas frases motivacionais. 

Depois de dois minutos, a garota parou e suspirou decepcionada. Já havia revirado todas aquelas baratas e nenhum sinal da bendita chave. 

— Miyoung não tem problema, tá tudo bem. — comentou Charlotte, se esquecendo por um momento que aquela chave custava sua liberdade. 

A garota saiu do tubo rapidamente e sacudiu o corpo quando voltou ao chão. 

Algumas baratas foram arremessadas ao ar e uma acertou o rosto de Charlotte em cheio. 

— Que nojo! — gritou, tentando esfregar a bochecha no próprio ombro. 

Miyoung nem reagiu, apenas se voltou ao segundo tubo e apertou o botão vermelho. 

A cor fumê do vidro começou a desaparecer, mas ao contrário do que imaginavam, o transparente se tornara avermelhado. 

Realmente não esperavam ver aquela cena. 

Uma pilha de membros esquartejados de corpos humanos. 

A cereja do bolo era a cabeça no topo do monte. 

Charlotte não aguentou. 

Sentiu o líquido quente ser projetado para fora do estômago, passar pelo esôfago e banhar o próprio moletom. O vômito era composto quase que totalmente por suco gástrico, visto que não comia há muitas horas. 

— Charlotte você tá bem? — Miyoung perguntou, preocupada. 

— Mais ou menos. — Charlotte fechou os olhos — Isso me pegou desprevenida. 

Abriu os olhos subitamente ao ouvir um barulho. 

Miyoung já estava em cima do tubo, girando a válvula. 

— Tenho que me apressar se quisermos sair daqui. — ela pulou — Vou ser bem rápida. 

Charlotte fechou os olhos novamente e esperou, os barulhos lhe embrulhando o estômago. 

Depois de um minuto, ouviu os tênis se chocarem contra o solo. 

Abriu os olhos e se deparou com a garota completamente coberta de sangue. 

Charlotte bem que tentou, mas não conseguiu segurar. 

— Não sabia que um dia iria ver a Carrie na vida real. — soltou como quem não quer nada. 

Miyoung apenas soltou um sorriso trágico e apertou o terceiro e último botão. 

O vidro se tornava transparente e Charlotte forçou as vistas. 

Eram seringas de vacinação. 

Não se chocou muito, mas desviou o olhar e observou Miyoung se ajoelhar no chão. 

— E-eu... tenho fobia. 

Charlotte fechou os olhos com força. 

Era incrível como o azar a perseguia. 

Morreria e não teria nem uma chance de lutar. 

Charlotte entreabriu os lábios e iria começar a falar, mas a alta voz robótica tomou conta da sala. 

— Está com medo Miyoung? ESTÁ APAVORADA?! ESTÁ EM PÂNICO?! 

Miyoung cobriu o próprio rosto com ambas as mãos e chorou alto. 

— Mas é claro que esses desgraçados fizeram de propósito. — Charlotte sentiu a visão embaçar e logo em seguida o gosto salgado das lágrimas. 

Miyoung não se moveu por um minuto. 

— Por favor Miyoung, pode sair pela porta, já aceitei. — murmurou com uma expressão desolada. 

Mas a garota continuou em silêncio. 

Silêncio este que se estendeu até faltar um minuto para o fim do Tabere Game

De repente, a garota se levantou e começou a subir as escadas. 

Miyoung respirou fundo antes de pular dentro do último tubo e começar a procurar. 

Os olhos marejados dificultavam o processo e por vezes sentia as agulhas perfurarem seu corpo. 

Mas não desistiu até encontrar a pequena chave prata. 

A garota saiu do tubo desesperada e correu na direção de Charlotte. 

Miyoung segurou o cadeado entre as mãos. 

10 segundos para o término da etapa. 

A chave escorregava por entre as mãos escorregadias pelo sangue. 

5 

Miyoung finalmente enfiou a chave no buraco. 

Girou para o lado. 

Jogou o cadeado fora. 

Retirou as correntes envoltas ao corpo de Charlotte. 

1 

— Vamos escapar daqui juntas! — gritou Charlotte, arrastando a outra pela mão em direção à saída. 

— Ok! Vam- 

Foi interrompida por um estrondo. 

Vinha da parede atrás do trono de concreto. 

Lá, o holofote se acendeu de repente, revelando uma fissura na parede de madeira. 

Fissura essa que fora alargada por mais uma machadada. 

As duas garotas sentiram o corpo gelar. 

E Charlotte viu. 

Charlotte viu o rosto de boneco de novo. 

A diferença era que agora se tratava de uma máscara. 

E ela sabia que aquela pessoa mascarada que abria caminho para dentro da sala com um machado, estava ali com um objetivo:

 

Matá-las.


Notas Finais


Como disse nas notas do autor, já até terminei o próximo capítulo. Porém, ainda não irei postá-lo pra dar um suspense (além de precisar de algumas revisões) KKK nos vemos de novo daqui alguns dias :)


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