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História Hembra Mala - Capítulo 36


Escrita por: VitoriaDarck

Notas do Autor


Oi leitores, se preparem que o capítulo de hoje está uma loucura.

Capítulo 36 - Capítulo 36


Hoje os gêmeos faziam um mês, Aurora insistiu tanto em fazer um mesversário que eu acabei cedendo e a ajudando a organizar. Estava colocando as bexigas em seu devido lugar quando a campanhia toca, desço do meu banquinho que estava me ajudando segundos atrás e caminho até a porta, ao abrir fico de boca aberta.

- Tomás?!- digo assustada e feliz ao mesmo tempo. Poxa fazia tanto tempi que eu não o via.

- Se a montanha não vai a Maomé, Maomé vem a montanha.- diz rindo e me puxa para um abraço aperto. Ele estava completamente diferente, estava mais bonito e poderia dizer que até mais seguro de si.

- Vem, entra. Você chegou na hora certa.


Deixei um pouco a decoração de lado e pedi para ele sentar no sofá, tinha tanta coisa para conversarmos e por em dia, lhe contei boa parte do que aconteceu, omitindo algumas coisas desnecessárias.

- E é isso...- digo por fim.

- Caramba miga, não pensei que tivesse acontecido tanta coisa em tão pouco tempo. - ele faz um carinho em minha mão , dá uma tossida e muda o tom de voz para algo mais alegre. - Também tenho novidades.- diz sorrindo, o olhei desconfiada e ele levantou a mão direita mostrando uma bela aliança. - estou noivo.

- Sério? OH Tomás que ótimo!- dei um pulo de alegria e envolvi meus braços em seu pescoço. No mesmo momento a porta do meu apartamento se abre de uma vez mostrando Mark, ao ver nossa situação vejo sua fase mudar completamente para algo sombrio.

- Quem é ele, Bárbara?- Diz com sangue nos olhos.

- Er...Mark, esse é o Tomás, um amigo antigo. - indiquei .- Tomás esse é meu noivo Mark.- Tomás sorri e lhe estende a mão , ao ver que Mark não o cumprimentaria ele se voltou ao seu estado de antes.

- Bem, o que você veio fazer aqui mesmo meu querido?- digo ao meu noivo, era óbvio que Tomás não poderia saber que tudo era fachada, do jeito que ele é contaria tudo a Miguel facilmente.

- Não posso mais visitar minha noiva?- responde. Grosso.

- Trocou o cavalheiro pelo cavalo, miga? Decadência.- soprou Tomás em deboche, Mark pareceu ouvir e o fuzilou com o olhar.- Bem, já vou indo, volto a noite para a festinha dos meus sobrinhos.- deu um beijo em cada lado da minha bochecha e saiu.


- Precisava ter tratado ele assim? - digo irritada. Ele se aproxima.

- Escute bem, não te quero ver com outro homem sem a minha presença. - fala autoritário.

Quem ele pensa que é?

- Você não manda em mim, esse pedaço de metal que eu carrego em meu dedo é apenas uma prova de que tudo que acontecer aqui é porque eu estou sendo obrigada!

Mark caminha rapidamente até mim e me puxa pelo braço e fazendo ficar a centímetros dele.

- Eu aviso apenas uma vez Bárbara. Não queria ver meu lado ruim.- diz me fitando. Os olhos castanhos haviam ganhado uma tonalização avermelhada.


- Achei que isso que eu estou vivendo fosse o lado ruim? O que é bom então? - desato o aperto da sua mão em meu braço.

- Aja como a mulher inteligente que você é, não vai querer que mal algum aconteça com Fernando e Dulce não é mesmo?

Meus olhos se enchem de lágrimas que se tornam tão quentes como um vulcão em erupção. Levanto meu dedo e o resto de sanidade que havia em mim.

- Não ameace meus filhos, você não vai querer me ver como sua inimiga. - falo encarando , olho no olho. Quando falavam dos meus filhos eu agia como uma felina protegendo a cria.

Ele não diz nada, apenas joga as flores que até então estavam em suas mãos no sofá e sai do meu apartamento pisando duro.


Eu devo ter sido muito ruim na vida passada para passar por tudo isso. O que eu fiz meu Deus? Tudo que eu queria era ser feliz, apenas isso. As lágrimas inundavam meu rosto fervorozamente, os soluços involutariamente saiam de meus lábios. Levanto e pego o buquê eu estava em cima do sofá o jogando contra a parede.

- Monstro!

Como pude pensar na rendição dele? Mark é um ser sem coração ou qualquer tipo de sentimentos. Não há salvação para ele. Eu poderia acabar sofrendo com tudo isso mas eu salvaria meus filhos.









Pov's Mark on


Chego em casa praticamente soltando fogo pelas narinas. Desfroxo minha gravata para ajudar na minha respiração que no momento estava uma merda.

Minha maior raiva era o que mais me deixava feliz, confuso? Eu sei, ela causava isso, Bárbara. Ela pode não perceber, mas eu a amo, enlouquecidamente, tanto que estou fazendo tudo isso para te- la só pra mim, em meus braços.

A primeira vez que a vi naquela festa junto com Miguel eu soube que ela iria me causar sérios problemas. A personalidade forte e ao mesmo tempo doce, sua beleza estonteante o modo como ela vivia...tudo me fez crer que era com ela que eu queria me casar, não me importava se ela era de outro, no caso meu primo.

Parte disso é vingança, descobri poucos minutos antes da minha mãe morrer que eu era filho do grande Sr Barrera, sim, eu sou um bastardo. Vivi nas sombras da família, enquanto Miguel tinha tudo, a atenção, o amor e o carinho daquele que também era meu pai.

Apenas eu sabia disso, ninguém mais, minha mãe levou o segredo consigo no caixão, prometi a mim mesmo que faria ele sofrer, que tomaria aquilo que ele mais amava. E isso era a Bárbara.

Eu me casaria com ela e a faria minha, veria a tristeza no olhar do meu querido irmãozinho, só assim minha vingança estaria completa.


Pov's Mark off






Com ajuda de Rora terminei a decoração, era algo pequeno mas feito com bastante amor. Dei banho em Fernandinho e coloquei um conjuntinho de marinheiro, tinha até boina acompanhando. Dulce também foi vestida de marinheira, com uma sainha de pregas,tiara vermelha com listras brancas, ficou uma fofura.

Fui para meu quarto, só faltava eu me arrumar. Peguei a toalha e entrei no box, fiz um coque no cabelo e tirei minha roupa colocando no cesto. Liguei o registro e entrei debaixo do chuveiro sentindo a água fria relaxar meus músculos tensos, tensos até demais para uma pessoa de 26 anos. Passei o sabonete líquido pelo corpo observando formar uma leve espuma, quando acabei de passar por todo o corpo me enxaguei e sai do banheiro.

Procurei por algo confortável e sofisticado, um vestido até os joelhos azul marinho , um salto baixo nude e uma maquiagem leve apenas para esconder as noites mal dormidas. Como meu cabelo estava uma fera mal domada esses dias optei por um coque frouxo, os cachos caiam como cascatas na frente do meu rosto. Borrifei o perfume e rumei a sala.

Todos os poucos amigos que eu havia feito em Nova York estavam presentes, inclusive meu amigo do passado, Tomás. Ele trouxe o noivo consigo, me apresentou e disse que se chamava jorge, um empreendedor de 38 anos. Conversamos um bom tempo no sofá e descobri que ele se formou em contabilidade e agora tinha o próprio negócio, fiquei imensamente feliz por ele.

Como Dulce começou a resmungar devido ao sono decidi cantar logo os parabéns, mas antes tirei várias fotos com meus amigos juntamente com meus filhos.

Acendi as velhinhas, Rora segurava fernandinho e eu Dulce, cantamos os parabéns juntos e logo após os dois cairam no sono, peguei eles e coloquei no quarto. Continuamos com a festa a todo vapor, o bom da festa de criança é que o que não falta são doces e eu era uma completa formiga.

- Ficaria aqui durante duas semanas, vai me visitar peste. Vou mandar o endereço pelo Whatsapp .- disse Tomás se despedindo.

- Tudo bem . - ri.

Aos poucos a casa foi se esvaziando até o momento em que ficou somente eu e Aurora.

- Arrumamos hoje ou deixamos para amanhã ? - falei olhando para a bagunça no apartamento.

- Nem uma nem outra, vamos contratar uma faxineira. Estou cansada demais. - deitou no sofá e eu ri.

- Certo. Tenho que ir amanhã no consultório do Ryan, é bom chamar aquela babá do prédio.

- Tem certeza que quer isso?

- Oras, tenho que deixar meus filhos sob a visão de um adul...- me interrompeu.

- Não é disso que estou falando, Babi. Tem certeza que vai pedir o divórcio ao Miguel?

Aurora tinha uma grande vantagem sobre mim, ela sabia como qualquer um medir o que penso e sinto. E agora com certeza ela está vendo o quanto eu estou insegura.

- Você sabe que podemos dar um jeito nisso, não precisa se casar com aquele idiota.

- Que jeito, Rora? Eu estou incurralada, me sinto insegura e sem saída.

- Vamos dar um jeito, basta você querer.- me abraçou.



[...]


- Ele negou o pedido de divórcio, está irredutível. - falou Ryan. Eu estava em seu consultório há alguns minutos tratando um dos meus assuntos.

- Tente novamente, ryan. Tenho que me casar quanto antes.

- Estou fazendo tudo que posso.

- Está sendo insuficiente!- digo me alterando e ele arregala os olhos.

- Tem algo a mais te afetando Bárbara, e você não quer me contar.- utilizou seu método como advogado para me estudar.

- São problemas pessoais , Ryan. - digo não querendo extender aquela conversa.

- Certo, tem um café aqui perto , que tal esfriarmos a cabeça tomando um bom cappuccino? - o olho. - Como amigos é claro. - se corrige rapidamente.

- Vamos.- pego minha bolsa e levanto, ele diz a secretária para reagendar seus compromissos de hoje para amanhã e saimos . Fomos a pé mesmo já que era no próximo quarteirão, não fazia mal andar um pouco.


Ryan como o bom cavalheiro que é puxa a cadeira para mim e eu agradeço sentando. Pego o cardápio e peço uma torta de limão com um café bastante adocicado . Já meu advogado pede somente o cappuccino forte.

Conversamos sobre coisas aleatórias enquanto nossos pedidos não chegavam, até relembramos o dia em que nos conhecemos, o que nos rendeu boas risadas. Nossos pedidos chegaram e eu foquei em comer a torta a minha frente, ryan olhava para mim rindo.

- O que foi? - perguntei.

- O cantinho aqui...- com seu polegar ele passou no canto da minha boca limpando o resquício de torta que se encontrava ali. - Está sujo.- riu.

Sorri sem graça e continuei a comer.


[...]



Voltei cedo para casa e encontrei um bilhete pregado na geladeira, ela havia saido com os pequenos para o parque.

Tomei um banho rápido e fiz pipoca, um filme não seria nada mal. Peguei o controle e coloquei na minha netflix, coloquei um de ação e fitei a tela, como obra do destino alguém começou a bater na porta, insistentemente.

- aff.- resmungei e abri, vi que essa não foi minha melhor ideia ao me deparar com um Mark mais possesso que ontem. Ele entrou para dentro me levando junto pelo braço, seu aperto estava mais forte ainda.

- Está me machucando, Mark, me solte.- pedi com medo, minha voz estava tremula denunciava isso.

- Não teve medo de me trair aos quatros ventos e tem medo disso?- rugiu.

Esse homem está louco?

- O que? Do que está falando?

- Não se faça de sonsa.- gritou e me jogou no chão, acabou que eu esbarrei e bati a costela na quina do sofá. Soltei um gritinho pela dor aguda.

- Mark! Quem inventou isso para você?- perguntei já chorando.

- Ninguém, eu vi. Você saindo com aquele advogadozinho de merda, sua vadia.

Ah vadia não, ele não iria ficar me ofendendo assim. Juntei as forças que me sobravam e levantei dando uma bela bofetada em seu rosto que virou com o impacto, ele voltou a me olhar lentamente, sua respiração pesada batia em meu rosto.


- Sua vagabunda, não encoste em mim.- me acertou em cheio com um soco no maxilar, cai no chão, moída de dor, as lágrimas já desciam com força. Me agarrei ao encosto do sofá tentando me levantar, quando finalmente estava conseguindo senti suas mãos cravarem em meu coro cabeludo.

- Te avisei para não me testar, e esse é o último aviso para seu bem. Não me irrite. - disse e me jogou no chão como um saco de batatas e saiu do apartamento.

Não sei por quanto tempo fiquei naquela posição. A porta se abriu novamente e eu me encolhi instaneamente.

- Bárbara o que...? - virei meu rosto para olhar para Aurora.- Oh meu Deus sua boca está sangrando! - tampou os lábios em choque e correu para a cozinha. Ela voltou minutos depois com um pano molhado com água morna, afastou meus cabelos que caiam sob o rosto e passou delicadamente em cima dos meus lábios, ao terminar de limpar o ferimento ela me pôs sentada no sofá e colocou uma compressa de gelo no local afetado.

- Quem te fez isso, babi? Foi ele não é? Perguntou e as lágrimas brotaram dos meus olhos .- Sabia, vamos, tem que deitar.

Aurora me ajudou a deitar na cama, me aconcheguei entre os travesseiros e cai no sono.



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