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História Her (romance lésbico) - Aceito


Escrita por: pqscherbatsky

Notas do Autor


Olá leitores!

Depois de sumir por uns dias, estou de volta. Prometo fortes emoções nesse capítulo, então vão logo ler.
Até lá embaixo.

Capítulo 48 - Aceito


Um ano e meio depois…


As garotas voltaram a morar no Brasil, após um ano de trabalho em Londres. Retornaram, com uma bagagem cheia de experiências e crescimento profissional, então decidiram investir o dinheiro ganho, em algo que realmente valesse a pena. Além de parceiras na vida, agora, tornaram-se sócias e abriram uma agência só delas, que, apesar de recente, crescia com o passar do tempo. Já haviam feito uma boa clientela e, seus nomes tornavam-se mais conhecidos no mercado a cada dia que passava. Cada uma trabalha na área em que mais se identifica, e assim, construíam uma sociedade.


Junto  com o sucesso profissional, um casamento estava sendo planejado e finalmente, o grande dia havia chegado. Rachel quis fazer valer seu pedido e, mesmo morando juntas, as duas optaram por fazer uma festa com testemunhas, mestre de cerimônias e juiz de paz, para celebrar e oficializar o seu amor. Precisavam partilhar ao lado dos mais íntimos, a felicidade que estavam vivendo. Queriam mostrar para todos, o amor que parecia impossível no começo, mudou a vida de ambas, as amadureceu e fez com que tivessem a plena certeza, de que fizeram a escolha certa.

Lily foi convidada para ser a madrinha de Rachel. Fred, o padrinho de Olívia. Ambos ajudaram a organizar os detalhes do casamento que seria realizado na praia. Desde a decoração com flores rosas e brancas, até o detalhe das louças. Os dois  empenharam-se, para que tudo saísse perfeito nesse dia tão importante para elas.


— Está todo mundo lá embaixo? – pergunta Rachel, caminhando em direção ao espelho.

— Creio que sim. Aparentemente os lugares estão todos preenchidos! – Lily respondeu, ajeitando a calda do vestido branco.

— Filha, você está tão linda… A noiva mais linda que eu já vi! – comentou, com a voz embargada pelo choro. — Eu te amo tanto e a felicidade de te ver casar, não cabe dentro de mim. – abraçou a filha, com cuidado para não amassar o vestido.

— Ah mãe… – limpou os olhos com os indicadores. — Eu não quero mais chorar.

— E nem vai! – Lily interrompeu o momento. — Imagine se vou deixar você estragar a obra de arte que ficou sua cara, com lágrimas. E eu acabo de receber uma mensagem. Já podemos descer. – avisou olhando a tela do celular.

— Será que a Liv também está nervosa? – questiona cheia de expectativas.

— Deve estar, só não sei se mais do que você. Fica calma, amiga. Vai dar tudo certo. Mas agora precisamos ir.


As três desceram pelas escadas da casinha, onde a noiva se arrumava. No terreno da casa, ao ar livre, seria realizada a cerimônia. Rachel ficou esperando, enquanto Lily se dirigiu até a entrada, onde caminhou com Fred, até o altar. Em seguida, as testemunhas; Caio e André entraram.

O espaço a céu aberto, onde era possível avistar o mar mais ao fundo, estava inteiramente decorado com tulipas rosas e brancas. Tudo estava informal, simples e acolhedor. Exatamente como as noivas desejaram.


***


— Eu estou tão orgulhoso de você, Olívia! Não sabe o quanto te levar até o altar e ver você casando com a pessoa que ama, significa para mim.

— Obrigada, pai! Significa muito para mim também, ter você me levando  ao altar. – respondeu enquanto dava o braço ao pai e se posicionava em frente ao caminho cheio de pétalas de rosas, que ia em direção ao altar.


Quando o piano e harpa, começaram a tocar, Olívia e seu pai, caminharam pelo corredor de pétalas de rosas vermelhas,  até o altar, que estava decorado com tule branco, folhas e tulipas rosas, que caiam em cascatas.

Enquanto andava, sentia os olhares das pessoas em sua direção. Observou sua mãe, sentada com o novo marido na primeira fileira. Os olhos dela estavam cheios de lágrimas e Olívia pôde ler em seus lábios, quando balbuciou um “linda”, em sua direção. Quando chegou lá na frente, voltou-se para os convidados. Avistou alguns colegas de faculdade, do trabalho e também Marcela, que estava ao lado de Ana. Olívia ficou feliz, quando soube que as duas estavam namorando agora. Ana também era uma antiga amiga sua, e a morena estava feliz, que suas velhas amigas, estavam juntas.

Seu coração batia de maneira descompassada, enquanto um filme passava pela sua mente. O caminho que percorreu da faculdade, até o momento presente, fora longo. Mas enfim, ela finalmente conseguiu o seu final feliz. A morena nunca foi de gostar de salto alto nem de vestidos e não seria no dia mais feliz de sua vida, que iria mudar seu estilo. Ela vestia um terninho feminino, todo branco e feito de linho.

Seus olhos agora concentravam-se na entrada do local. Suas mãos suavam e tremiam, estava ansiosa para a entrada de sua noiva. Novamente a harpa e o piano, iniciaram as notas, que dariam início a entrada de Rachel. Eis que ela surge, de braços dados com a mãe e  diante dos olhos castanhos de Olívia, a garota estava mais bonita do que nunca. Na cabeça, uma coroa de flores naturais e os cabelos caíam soltos em cachos pelos ombros. Trajava um vestido branco de renda transparente, ele possuía um decote fundo, que começava nos seios e descia até o ventre, e  junto com uma fenda, que iniciava na coxa, traziam uma sensualidade a sua imagem angelical.

Os olhos da morena, estavam fixos na garota vestida de branco, que caminhava descalça em sua direção.

Os sorrisos, se misturavam as lágrimas, quando a mãe de Rachel, entregou-a a Olívia no altar.


— Você está linda! – Olívia sussurrou para Rachel, segurando em sua mão.

— Você também! – sorriu para ela, apertando a mão da noiva devido ao nervosismo.

— Senhoras e Senhores, estamos reunidos hoje, para a celebração do casamento de Rachel e Olívia. – a juíza iniciou o seu discurso. — É  dia de Festa, e de confraternização! Pois essas duas, decidiram afirmar seu compromisso, perante a lei dos homens. Compromisso de formarem uma família, de seguirem juntas nessa caminhada que se chama vida e onde buscamos a felicidade… Com o casamento duas pessoas se fundem em uma. Essa fusão, deve ser firme como uma rocha. E só assim, suportarão os intempéries que a vida nos apresenta. Intempéries, aliás, necessárias para nossa evolução e para consolidação do amor de um casal. – enquanto a mulher falava, as noivas se olhavam e trocavam sorrisos. Era perceptível a intensidade do sentimento que nutriam uma pela outra, ele transbordava pelo olhar. Estavam ali, intimamente ligadas. Aquele momento pertencia apenas as duas. — Quem vai iniciar os votos? – a juíza chamou a atenção, despertando-as de seu momento. Olívia levantou o dedo indicador, solicitando a vez.

— Bem, eu pensei em muitas coisas pra te dizer, quando chegasse essa hora e esqueci de todas, porque é muito difícil estar aqui em pé, diante de você e na presença dos nossos amigos. – Rachel deu uma risada e os convidados sorriram junto. — Mas eu já vim preparada pra isso… – enfiou a mão no bolso de sua calça e tirou um pedaço de papel. — Decidi escrever meus votos. – falou sorrindo, olhando para a noiva. — Prometo que não vou falar muito… Vou começar dizendo uma coisa bem clichê, mas que sei que você adora ouvir; Rachel, eu te amo, com cada grama do meu ser. É tanto amor que não cabe em mim e é um transbordar sem fim… todos os dias de manhã, eu tenho escutado o som da sua voz me dando bom dia. É a melodia mais linda que eu já ouvi e eu quero continuar ouvindo ela, pelo resto da minha vida. Por isso, estou aqui diante dos nossos amigos e familiares, para oficializar o nosso nós. E dizer que eu prometo amá-la e faze-la feliz todos os dias, pelo resto de nossas vidas. – abriu um sorriso bobo, secando as lágrimas de Rachel a sua frente.

— Uau, Liv… – sorria tímida, olhando para seus amigos, que estavam sentados nas mesas, no espaço gramado à  sua frente. — Vai ser difícil superar as suas palavras, mas eu vou tentar. – respirou fundo, voltando a fitar a morena. — Você tem me feito feliz, desde o dia em que entrou na minha vida. Tem sido meu porto seguro, minha melhor amiga, minha companheira para tudo. O seu amor me faz sentir forte, viva e feliz. Quando eu estou tendo um dia difícil, eu penso no seu sorriso. Porque nele encontro tudo que preciso para viver feliz, e aí eu começo a pensar em passar uma vida inteira te amando e, isso me deixa forte novamente. Eu sei que você merece mais do que eu posso te dar. Mas o pouco que tenho, é tudo inteira e exclusivamente seu. Dizem que até a alma sente, quando o amor toca o coração da gente. Eu posso afirmar que isso é verdade, pois a minha alma sente quando você está perto, até ela te deseja. Como prova do seu amor, você me deu a liberdade pra te carregar no meu peito, pra te amar de todo jeito, em qualquer hora e em qualquer lugar. Então eu fiz desse amor infinito, me esforcei pra fazer de mim um lar mais bonito, pra você morar. – agora foi a vez de Rachel secar as lágrimas de Olívia. — Eu prometo te amar intensamente. Agora e para sempre... Prometo que nunca vou esquecer que o nosso amor, é um amor para toda a vida. E não importa, quantos desafios apareçam pra querer nos separar. Nós sempre encontraremos o caminho de volta, uma para a outra. É contigo que quero viver até o ultimo pulsar de meu coração, e quando isto acontecer, não importa para onde eu vá, eu irei feliz por ter vivido ao seu lado e, compartilhado cada momento lindo da minha vida contigo. – beijou as mãos de Olívia, encerrando seus votos.

— Onde estão as alianças? – a juíza perguntou.

— Estão aqui! – Olívia tirou a caixinha de dentro do bolso do seu blazer branco.

— Rachel, você aceita Olívia como sua legítima esposa?

— Sim! – afirmou convicta.

— Olívia, você aceita Rachel como sua esposa?

— Aceito. – sua voz soou firme.

— Com o poder concebido a mim, eu as declaro, casadas! Podem trocar as alianças. – as garotas se abraçaram e deram um beijo rápido. Em seguida, Olívia beijou a mão de Rachel e depois pôs a aliança no seu dedo anelar. Rachel repetiu o gesto, colocando a aliança no dedo da sua esposa. Elas se abraçaram novamente e se beijaram mais uma vez. — As testemunhas, por favor se aproximem. – nessa hora, Bruno e Caio se direcionaram até a mesa onde havia um grande livro de capa preta. As recém casadas assinaram e, logo em seguida, as testemunhas.


Ao ser finalizada a cerimônia, as garotas, seguiram para saída, onde os amigos a aguardavam, com uma chuva de arroz, flashes de fotografias e muitas felicitações.


— Vocês pensaram que iam se livrar de mim? – uma voz conhecida, soou alto no meio dos convidados. — Eu disse que pagariam caro pela humilhação que me fizeram passar. – o rapaz sacou uma arma, apontando para Rachel e em seguida para Olívia.

— Luiz! – Rachel gritou em direção ao rapaz.

— Sentiu minha falta? – perguntou a fitando, a melancolia tomava conta do seu olhar. — Não se aproximem ou eu atiro! – alertou, desviando o olhar e apontando a arma para o pai de Olívia e para Fred que estavam indo em sua direção. — Quero que todo mundo se afaste! – ordenou e todos os convidados obedeceram. — Menos vocês duas. Quero vocês bem aqui na minha frente! – apontou para Rachel e Olívia, indicando com a própria arma, o local em que ele as queria.

— Não se atreva a tocar nelas! – a mãe de Rachel, correu em direção a Luiz, mas foi segurada por Lily, no momento em que o rapaz apontou a arma para ela.

— Eu disse pra ficar todo mundo quieto! – gritou. — O próximo que se mexer eu atiro. – avisou, destravando a arma.

— Por favor, não machuque a minha filha! – gritou. Sua voz saiu em forma de súplica.

— Não se preocupe, sogrinha… Eu não vou machucar a sua filha. Meu problema é com essa daí… – acenou com a cabeça para Olívia. — Ela que é a causadora de toda a desgraça da minha vida.

— Se você tocar na minha filha, eu juro que te mato! – o pai de Olívia tentou intimidá-lo, mas o rapaz não deu a mínima.

— Qual é, cara! Não acredito que depois de tantos anos, você ainda não superou. Pelo amor de Deus, pela primeira vez na sua vida, faz alguma coisa de útil e se retira daqui. – a morena tentou convencê-lo. As duas estavam abraçadas e Rachel parecia estar em choque.

— Calada! – ordenou. — Eu não disse que podiam falar! – o desequilíbrio na voz do rapaz, era notável. — Rachel, se afasta dela!

— Não! – negou-se, abraçando a esposa ainda mais.

— Rachel, sai de perto dela. – repetiu a ordem ao ver que ela não se moveu. — Se você não se afastar, eu vou aí te tirar.

— Tudo bem, amor… Vai ficar tudo bem… – Olívia segurou o rosto de Rachel a olhando nos olhos. Sua voz era calma, tentava tranquilizá-la.

— Eu não quero sair de perto de você, por favor, amor. Não me pede isso! – suplicou com a voz trêmula.

— É só um minuto, eu vou tentar convencê-lo a ir embora. Fica calma!.. Luiz – voltou sua atenção para o rapaz que ainda apontava a arma para as duas. — O meu pai pode vir aqui, e levá-la até a mãe dela? – pediu.

— Tudo bem. Mas sem gracinhas! –  avisou e apontou a arma para o pai da morena, enquanto ele se aproximou com cautela, e levou Rachel para perto  da mãe. — Tudo bem, cara. Agora vamos até ali – Olívia apontou para um local mais afastado das pessoas. — E vamos conversar com calma. – conduzia a situação com muita calma e frieza. No fundo, sabia o que estava prestes a acontecer e não queria que fosse na frente de seus pais, nem de sua esposa.

— Okay… vai andando na frente. E não tente nada! – Olívia foi andando na direção da praia, Luiz estava logo atrás dela e apontava a arma para suas costas.

— Você tem certeza que quer que tudo termine assim? Sabe que se fizer isso, a Rachel nunca vai te perdoar, não sabe? E você provavelmente vai acabar sendo preso. Não destrói sua vida, cara… – tentava convencê-lo a desistir de seu plano.

— Não me interessa… Minha vida já foi destruída no momento em que você cruzou meu caminho e o da Rachel. Eu tentei, mas não consegui separá-las. Então, parece que terei que pôr um fim na sua vida. Assim, ela não fica comigo, mas também não fica com você… Adeus Olívia!


No momento em que puxou o gatilho, sua mira foi desviada. O pai de Olívia, caiu em cima de Luiz, tentando desarmá-lo.


— Você é uma praga, eu te odeio, Olívia! – falou no momento em que caiu no chão. — Morra! – apertou o gatilho, disparando em direção a morena mais uma vez.


A vida de Olívia passou em sua mente em uma fração de segundos. Ao ouvir aquele tiro, ela imaginou o fim da sua vida. Mas pelo menos, morreria feliz, pois teria casado com a mulher da sua vida, pensou. Mas algo que ela jamais imaginou, algo que não pôde evitar, aconteceu.

Rachel, se jogou em sua frente e aquela bala que estava direcionada a ela, acabou atingindo em cheio, o peito da garota.


Enquanto Olívia segurava Rachel, o pai da morena, junto com mais algumas pessoas que correram em direção ao atirador, conseguiram desarmar e contê-lo.


— Não! – Olívia segurava Rachel, que desfalecia em seus braços. — Alguém chame uma ambulância! – gritou pedindo ajuda e chamando a atenção.


A mãe de Rachel, desmaiou, ao ver a filha se esvaindo em sangue. O vestido, que antes era branco, encontrava-se quase que completamente vermelho. Aos poucos, a garota ia perdendo as forças.


— Rach, Rach… – Olívia bateu em seu rosto, tentando não deixar que dormisse. — Fica comigo. Fica comigo! – pedia desesperada, deitando com ela no chão. — O socorro já está chegando.

— Liv… Eu… – tossiu. — Eu sinto muito por isso! – falou num fio de voz.

— Não é culpa sua, meu amor.

— Se eu tivesse terminado o namoro antes dele descobrir sobre nós, talvez não tivesse restado tanto ódio no Luiz… – se esforçou em falar. — Mas eu quero que saiba, que eu não me arrependo do que fiz. Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. E já valeu a pena, viver o que vivi com você. Eu aprendi o verdadeiro significado do amor… Muito obrigada por isso. Me prometa que vai se cuidar e não vai fazer besteira…

— Eu não vou prometer nada, amor. Você vai ficar bem e vai me obrigar a não fazer besteiras. – deu um sorriso forçado, segurando o rosto de Rachel, que estava fraca em seu colo.

— Promete… por favor! – pediu numa voz quase inaudível.

— Tudo bem… Eu prometo. Mas não se esforce, meu amor. Você vai ficar bem! – as lágrimas caíam grossas pelo rosto da morena. — Vai ficar tudo bem! – tentava convencer Rachel e a si mesma.


Os amigos foram se aproximando, desesperados, tentando ajudar. Olívia, não sabia o que fazer. Só conseguia olhar para a esposa e o medo de perdê-la, era real.


***


— Você também está ferida, me deixe fazer o curativo!

— Eu já disse que não estou sentindo nada! – disparou irritada para a mulher, que tentava a ajudar. — A minha mulher está desacordada e com uma bala no peito. Você deveria cuidar dela!

— Senhora, por favor… deixe que eu faça meu trabalho. Se não sente nada, é por conta da adrenalina em seu corpo. A bala pegou de raspão, mas não podemos deixar isso assim. – apontou para o ferimento que sangrava. Olívia estava sendo atendida por uma enfermeira, dentro da mesma ambulância, que levava Rachel para o hospital. — Sua esposa está monitorada e os paramédicos estão cuidando dela.

— Liv, deixe a moça cuidar de você! – Rachel estava sonolenta e imobilizada em uma maca. Estendeu uma mão, para que a Olívia pegasse. — Não seja teimosa.

— Tudo bem… Não acredito que até com uma bala no peito, você está preocupada comigo. – segurou a mão de Rachel e soltou o ar denso, se dando por vencida. Relaxou o braço ferido e deixou a enfermeira, fazer o procedimento necessário.

— Na saúde e na doença. Lembra? – sorriu fitando a morena. – Eu cuido de você e você cuida de mim. – falou numa voz fraca.


O silêncio se fez presente e enquanto o curativo de Olívia ia sendo feito, ela permanecia segurando a mão da esposa. Mas de repente, Rachel parou de apertar sua mão. Ela parecia, ter dormido.



— A pressão está caindo! – um paramédico alertou, após olhar os parâmetros no monitor. — Está saturando em 55 por cento… E caindo…

— Os batimentos cardíacos estão diminuindo! Massagem cardíaca, rápido! Ela está parando! – rapidamente, a equipe formada por paramédicos e enfermeiros, estavam em pé, ao redor de Rachel. — Precisa se afastar. – o homem pediu olhando para Olívia, que estava de pé, ao lado da esposa sem soltar sua mão.

— Não! Eu não vou sair de perto dela! – permaneceu imóvel, vendo o rosto da mulher que ama, ficar cada vez mais pálido.

— Vem, Olívia! – a enfermeira a segurou pelos ombros a afastando. A morena, agarrou-se a ela, caindo num choro desesperado.

— Ela não pode me deixar! Ela não pode me deixar! – repetia descontroladamente.



Um ambu respiratório foi conectado a sua boca, através de um tubo.  E enquanto um enfermeiro apertava, para que o ar pudesse entrar mais rápido nos seus pulmões, um paramédico, realizava a massagem cardíaca.

A cena, era forte demais.

Dolorida demais para os olhos de Olívia.










Notas Finais


Preciso do feedback de vocês e dependendo, eu posto o 49 essa semana ainda.
Por favor, não me xinguem muito, mamãe ama vocês!
Até a próxima, beijos.


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