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História Herdeira da Luz e da Escuridão - As escolhas de cada um


Escrita por: Hera_Bitch

Capítulo 107 - As escolhas de cada um


Fanfic / Fanfiction Herdeira da Luz e da Escuridão - As escolhas de cada um

 “E apesar de estar longe dos meus olhos, você nunca está longe dos meus pensamentos.”

– Autor Desconhecido
 

POV Kakashi Hatake

Tentava afastar a discussão que tivera com o Uchiha alguns minutos atrás e não pensar na situação da Rin por ter sido capturada, mas isso falhou completamente quando senti meu ferimento no braço começar a latejar, me forçando a parar.

As palavras de preocupação da Nohara para comigo algumas horas antes para que não me esforçasse devido ao meu ferimento, o que o Obito me dissera sobre todas as vezes que a Rin nos curara quando nos feríamos, assim como as palavras do Minato-sensei...

Eu quero... Salvar a Rin, pensei. Mas ao fazer isso eu...

As lembranças que tinha do meu pai vieram à minha consciência e fechei meus olhos. As palavras dos moradores da aldeia e seus olhares, tudo que fora direcionado a mim por causa da decisão que meu ele tinha tomado...

Pare com isso!”

Aquelas palavras repreensivas ecoaram em minha mente. E a dona da voz que as dissera a mim era a Amaya.

Isso foi... No Festival Hanami, me recordei. Ela me falou isso porque eu lhe disse o mesmo, por ficar abrindo mão de dizer e fazer o que queria por causa dos outros...

Você devia saber que eu não poderia ficar sem fazer nada quando alguém importante para mim está passando pelo mesmo que eu já passei...”

Mais uma vez suas palavras vieram a minha mente. Embora o contexto delas fosse diferente, também pareciam servir para outros momentos. Até mesmo em campo a Amaya sempre deixou claro sua posição para com seus companheiros...

O dia que mais marcava minha memória com isso era o do que tinha ido com ela e o Shisui ao laboratório onde ela fora criada. Do início ao fim ela priorizara nossa segurança, sempre abdicando de si mesma por nós, independentemente que seu objetivo no momento fosse investigar aquele lugar.

E dessa vez outra pergunta veio à minha mente, porém, essa não era da Amaya ou de muito tempo atrás, mas sim do Obito há alguns minutos.

Você está falando sério? Você acredita mesmo nisso?!”

Eu disse a ele que sim, mas..., pensei e apertei minhas mãos.

Diferente do momento em que o Obito me perguntara isso, não foi uma lembrança do meu pai que me viera, mas sim da Amaya.

Não tinha contado a ruiva ou mesmo para qualquer pessoa aquilo, mas depois que ela perdeu a consciência pela luta que tivera com um de seus criadores, uma sensação horrível me atingiu.

Sensação essa por ter deixando-a para trás sem nem tentar contestar quando ela pedira no labirinto a mim e o cara de fuinha para abandoná-la e fugirmos. Depois disso, de certa forma, tentei compensar ficando ao lado dela até ela recobrar a consciência...

Eu não abandonei a missão, mas me senti péssimo por não o ter feito..., admiti internamente. A ideia de ter deixado ela morrer naquele momento por ter seguido sua ordem me corroeu por dentro.

Para continuar com a missão, equipamentos úteis são essenciais para um ninja. Emoção é algo inútil”

Dessa vez minha própria fala me ocorrera e ri fraco, completamente sem humor. Que tremendo idiota..., pensei. Como pude dizer isso ao Obito quando nem mesmo eu sigo isso?

Levei minha mão até meu pescoço, puxando para fora da minha camisa o colar que eu usava. Um tomoe branco; a metade do mesmo símbolo que a Amaya carregava.

Como um colar poderia ser algo útil a um ninja?, ponderei retoricamente e apertei o pingente em minha mão. Ainda mais quando ver isso me deixa feliz? Me faz lembrar da Amaya e tudo que passamos nesses anos, o quanto crescemos juntos...

– Quando você vai deixar de me fazer melhorar, sua estranha? – Perguntei em voz alta e senti um fraco sorriso se formar em meus lábios, e guardei dentro da minha camisa meu colar, me colocando de pé novamente.

POV Amaya Uzumaki

– Renji-san e Hiroki-san! – Gritei aos dois Anbus que avançavam comigo contra o esquadrão inimigo naquele lugar.

– Sim, senhora! – Os dois responderam em uníssono já formando os selos de seus jutsus.

– Estilo Vento: Ruptura! – O Renji usou o seu primeiro, sendo acompanhado segundos depois pelo Hiroki.

– Estilo Fogo: Jutsu Bola de Fogo!

A cortina ardente acertou as paredes de terra levantadas pelos nossos adversários de Iwa. Mas como sabia, aquilo não era o suficiente para destruí-las.

– Hayato-san! – Chamei pelo terceiro membro daquele esquadrão que estava agindo ofensivamente.

– Estilo Água: Onda de Água Selvagem! – O Hayato não perdera tempo e fiz o mesmo, investindo junto dele meu próprio jutsu.

– Estilo Relâmpago: Descarga Elétrica!

O primeiro ataque por parte do Renji e do Hiroki era apenas para ocupar os inimigos, enquanto o verdadeiro golpe viria de mim e do Hayato.

Como a água era um condutor natural, usar o Estilo Relâmpago junto do mesmo faria com que a potência do meu jutsu fosse maximizada. E essa natureza de chakra é a única forte contra terra...

As defesas do inimigo caíram como planejara e Renji e Hiroki finalizaram os ninjas de Iwa que não foram pegos pela própria corrente elétrica que destruíram as paredes de terra.

Meu peito subia e descia rápido. Estava batalhando há horas, desde o dia anterior, e indo de um lugar à outro o tempo todo para dar suporte aos Anbus que estavam sob meu comando, bem como auxiliar nossos companheiros de aldeia que, em sua grande maioria, estavam feridos.

– Parece que conseguimos limpar essa área, capitã – Hayato informou ao parar ao meu lado e o encarei.

– E os ninjas que estavam aqui antes? – Perguntei.

– Conseguimos salvá-los, mas a maioria está muito ferido – Assenti.

– Me leve até eles – Pedi – Vou tratar todos os que puder antes de seguir até os demais – O Anbu assentiu prontamente e se colocou a correr, e o acompanhei.

Já imaginava o nível de gravidade dos ferimentos dos ninjas da aldeia que estavam antes a enfrentar os ninjas da Pedra, mas alguns estavam muito piores. Avaliei todos rápido e comecei com os que estavam correndo maior risco.

Por ser a única a usar ninjutsu médico ali, o tratamento acabava demorando mais do que eu queria, fosse pela situação dos outros feridos ali como pensar nos demais que ainda estavam em combate.

Vou conseguir dar conta de todos?, ponderei. Possivelmente não... Não vou conseguir ter chakra para tudo isso. Só o Hiraishin já consome uma quantidade gigantesca a cada viagem e mais todos os jutsus que uso nas batalhas junto dos Anbus...

Senti alguns chakras se aproximando de onde estava junto do esquadrão Anbu que mandara para aquela parte da Aldeia da Grama, bem como dos ninjas de Konoha, e indiquei aos meus homens que ficassem alertas.

Mas logo em seguida me senti aliviada por reconhecer um dos donos dos chakras que estavam se aproximando. Os reforços estão chegando..., constatei.

– Não ataquem – Avisei aos Anbus com minha atenção ainda ao shinobi da aldeia que curava – São aliados.

E poucos segundos depois um pequeno esquadrão surgiu onde estávamos e dentre eles alguém que poderia me ajudar naquele momento.

– Tsunade-sama – Chamei-a e a loira trouxe seu olhar na minha direção.

Ela apenas assentiu, logo se colocando ao meu lado e começando a tratar outro ninja da nossa aldeia.

– Revisem a área – Disse aos membros do meu esquadrão que estavam por ali – Garantam que o caminho estará livre para levar os feridos – Eles assentiram.

– Vocês também, ouviram ela – Tsunade falou firme aos ninjas que vieram consigo e eles concordaram, saindo das nossas vistas – Não esperava vê-la atuando como ninja médica ao invés de estar em combate – A Sannin comentou baixo a mim pouco depois e a encarei, sorrindo fraco sob a máscara.

– Estou fazendo os dois. Estou me dividindo entre mais cinco campos de batalha nesse momento – Expliquei – Só não fui para outro ainda porque eles precisavam de atendimento imediato.

– Eles tiveram sorte de você ser uma usuária de ninjutsu médico – A loira falou com um tom mais sério – Mais alguns minutos e possivelmente teriam morrido – Ela me encarou – Se quiser seguir para ajudar os demais em seus combates, tomo conta do resto por aqui – Baixei levemente minha cabeça.

– Obrigada – Fui me colocar de pé e uma secura me subiu pela garganta, me fazendo tossir um pouco.

Porém, se fosse apenas a tosse não teria me preocupado, mas o sangue que a acompanhara me obrigou a parar alguns instantes. Esqueci de tomá-las..., constatei e peguei o pequeno frasco com as pílulas azuis que a própria Sannin tinha preparado para mim.

Peguei duas delas e guardei novamente o frasco. Levantei o mínimo da minha máscara e engoli as duas pílulas sem pensar muito, limpando em seguida o pouco de sangue que sentia em meu queixo.

– Quanto chakra você ainda tem sobrando? – A Tsunade perguntou e a encarei, vendo-a com seus olhos voltados ao shinobi que curava.

– O suficiente para os teleportes e jutsus em combate.

– E para cura? – Ela me encarou de soslaio, séria, e neguei fraco – E imagino que não vá conseguir ignorar outros assim – Ela indicou com seus olhos os feridos que já tínhamos curado.

– Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance.

– Mesmo que isso esteja agravando sua situação? – Ela perguntou ríspida, mas mantive meu olhar firme para sua pessoa.

– Sim.

A Sannin sorriu fraco e parou o tratamento que fazia no homem diante de si, colocando-se de pé.

– Essa teimosia e obstinação única dos membros do clã Uzumaki... – Ela levou sua mão a sua boca, mordendo seu dedo e passando o sangue de seu ferimento na palma da outra mão – É algo que eu respeito – A loira bateu sua mão marcada com seu sangue em seguida no chão – Jutsu de Invocação!

Uma concentração de fumaça surgiu entre nós duas e logo pude notar algo ali. Era uma... Lesma? O animal devia ser ter menos de um metro de altura, com uma coloração branca e azulada.

– Tsunade-sama, no que posso ajudá-la? – A lesma saudou a Sannin e não pude deixar de ficar surpresa com isso.

– Katsuyu, vá com a Amaya – A Tsunade falou e indicou a mim em seguida.

– Sim, senhora – Katsuyu respondeu prontamente e do seu corpo, uma versão pouco maior que minha mão se desprendeu de si e veio até onde eu estava.

Me abaixei, mesmo sem entender, e peguei a pequena lesma idêntica a maior que estava mais perto da Tsunade.

– Deixe Katsuyu sobre seu ombro e ela compartilhará com você meu chakra – A Sannin explicou e tornei a encará-la – Use-o como achar melhor, mas não force mais seu corpo além do que ele pode, me entendeu? Não tive todo aquele trabalho com essas pílulas para tratá-la, só para te perder pelos outros ninjas da nossa aldeia...

Entreabri meus lábios, surpresa. Mas em seguida sorri e assenti fraco a Senju. Acomodei cuidadosamente a versão menor da Katsuyu sobre meu ombro. Foi quando uma ideia me ocorreu.

– Tsunade-sama, Katsuyu-san... – A Sannin e a versão maior da invocação trouxeram sua atenção a mim novamente – Vou estar abusando se pedir mais quatro como você? – Indiquei a lesma menor sobre meu ombro.

– Não, não vai – A loira respondeu prontamente – Mas no que está pensando em fazer?

Levantei minhas mãos num único selo e criei quatro Clones da Sombra. A Sannin me observou com cuidado e sorriu, entendendo minha ideia com aquilo: Embora gastasse mais chakra para criar aqueles clones, isso faria com que eu reduzisse o uso do mesmo para me teleportar.

Mandando um clone para cada foco de batalha com uma parte da Katsuyu vai me permitir agir da mesma forma que teria que agir sozinha..., pensei.

Com as versões menores da invocação da Tsunade em cada um dos meus clones, todos se teletransportaram para um dos campos de batalha em que os membros do meu esquadrão da Anbu estavam atuando.

Aquela ideia havia me ocorrido antes, porém, quando o chakra dos meus clones terminasse, eles acabariam por sumir. Mas tendo a partilha do chakra da Tsunade através da Katsuyu a eles, poderia usá-los como queria.

E antes que eu mesma me teleportasse a outro lugar, levei meus olhos a loira.

– Quando tivermos terminado isso, vou pedir que o otousan ou a okaasan comprem por mim um bom saquê para você, como agradecimento por tudo – A Sannin trouxe seus olhos a mim e riu.

– Eu vou cobrar essa promessa, Uzumaki – Sorri sob a máscara antes de me teleportar enfim.

☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆

Suspirei pesadamente ao terminar o tratamento do último shinobi daquele campo de batalha em que estava. Me coloquei de pé e olhei os demais que estavam ali.

– O caminho está pronto, capitã – Um dos Anbus me avisou e assenti.

– Levem todos os que ainda estão feridos – Os Anbus assentiram, assim como os ninjas da aldeia que estavam em melhores condições.

– Terminamos por aqui – Determinei e olhei a pequena lesma sobre meu ombro – Como está o chakra da Tsunade?

– Ela está bem, pode continuar compartilhando com você sem grandes problemas – Assenti fraco.

– Obrigada, Katsuyu-san – A agradeci e comecei a correr.

Não muito tempo depois que havia começado a curar os demais ninjas de Konoha nos vários campos de batalha, pedi que a invocação da Tsunade me avisasse no caso de estar usando demais o chakra da Sannin.

– Os feridos dos outros campos estão quase todos curados e os inimigos sobreviventes recuaram – Katsuyu me informou pouco depois.

Ao que ela me explicara, as parcelas de seu corpo original divididas entre meus clones podiam se comunicar entre si, então ela me deixava a par de tudo que acontecia em tempo real.

– Algum outro campo precisa de apoio imediato?

– Não, Amaya-san. Os seus times da Anbu lidaram com a situação eficientemente e nenhum está ferido seriamente. Os demais ninjas da aldeia estão sendo tratados e retornando a Konoha como solicitou – Concordei.

– É ótimo ouvir isso – Falei com um sorriso fraco nos lábios.

– Espere... – Vi a Katsuyu mexer suas antenas e ficar alguns instantes em silêncio – Um dos seus clones, no campo de batalha a sudeste, notou algo estranho. Ela disse que era o chakra... De alguém chamado Kakashi.

– O quê? – Perguntei confusa – A sudeste? Mas ele, a Rin e o Obito deviam estar a noroeste, na Ponte Kannabi – Olhei a Katsuyu – O que mais meu clone está notando? Quantos chakras estão por lá?

– Ela disse que os únicos que consegue reconhecer são os do Kakashi e da Rin. Mas parecem haver pelo menos mais trinta perto deles, todos fortes – Meu peito se apertou com isso e uma espécie de angústia me subiu pela garganta.

– Inimigos... – Falei nervosa.



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