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História Herdeira da Luz e da Escuridão - Vidas em jogo


Escrita por: Hera_Bitch

Notas do Autor


Olá, olá meus amores!
Como estão?
Essa autora doida postando um capítulo de HdLedE hoje?
Sim kkkkk
E capítulo que seria de amanhã, como fica?
Vai sair amanhã também.
Resolvi postar os dois capítulos logo para encerrar esse "arco" – e para que alguns de vocês não me matem kkkkkk


AVISO!
Como havia dito no primeiro aviso da fic, deixo avisado que o capítulo de hoje terá um nível de violência um pouco acima do normal e sem qualquer tipo de censura. Então quem tiver problemas com esse tipo de leitura, faça-a com calma.

No mais, prontos para mais um pouco de destruição psicológica?

Capítulo 41 - Vidas em jogo


Fanfic / Fanfiction Herdeira da Luz e da Escuridão - Vidas em jogo

 “A maldição mais cruel é dar a alguém que odeia violência, raiva, e vê-los se separarem se si mesmos para manterem aqueles que amam a salvo deles.”

– Autor Desconhecido

 

POV Narradora

Não aguentando mais ver a situação em que os colegas de equipe se encontravam, Takafumi forçou seu corpo para que pudesse chamar a atenção do homem presente no local.

– P-Pare... – Ele pediu com sua voz falha e o homem cessou os golpes contra Shisui, que por pouco não perdera a consciência.

– Está querendo apanhar também? – O agressor perguntou impaciente – Ou vai falar logo o que quero saber?

Amaya que antes tinha sua atenção no irmão, naquele momento levou seus olhos ao colega de equipe, assim como o homem que os agredia. Takafumi olhou brevemente para a Uzumaki, que balançou sua cabeça negando que fizesse aquilo.

– Falarei apenas com seu chefe – Takafumi avisou ao homem e levou seus olhos a ele.

– Takafumi-san, não... – A ruiva esforçou-se a falar e garoto a encarou.

– Cale-se! – Ele esbravejou rapidamente a ela – Não sou obrigado a passar por isso por sua causa! Nem o Shisui!

O homem que antes agredia o irmão da Uzumaki sorriu de maneira satisfatória pelo conflito evidente entre as crianças ali. Ele se afastou ligeiramente do Shisui e se aproximou um pouco do Takafumi.

– Quer mesmo trair seus companheiros que estavam aguentando para manter um segredo estúpido? – O homem o questionou.

– Como você disse, é um segredo estúpido – Takafumi dissera tentando manter um tom firme contra o medo que sentia – Não vou ser espancado para mantê-lo por alguém que não é nem mesmo normal... – Ele evidenciou o desgosto ao se referir a Amaya.

O agressor olhou para a garota dos cabelos vermelhos que tinha uma expressão de descrença para com as palavras do colega de equipe. Ele riu e seguiu em direção à porta do abrigo onde estavam mantendo aquelas crianças, pronto para ir falar com o Masao.

Assim que o homem bateu a porta atrás de si e seguiu seu caminho, Takafumi levou seu olhar mais uma vez na direção da Amaya, que tinha para ele uma rara expressão irritada.

– Como ousa...?! – Ela perguntou e pela primeira vez ele viu a raiva transparecendo pela feição da garota – Como ousa transformar tudo que o Shisui passou em nada para sua própria segurança?!

– Cale a boca! – O garoto falou também irritado, mas de certa forma acuado pela irritação da garota – Estou fazendo isso pelo bem do Shisui! Ele foi espancado por sua causa! Não vê que ele está assim por você?!

A garota contraiu seu maxilar para não falar novamente. Ela se conhecia bem, lembrava o que acontecia quando não media a raiva que sentia – e ela não podia deixar aquilo acontecer naquele momento.

– Claro que sei que é minha culpa – Ela dissera depois de alguns instantes – E me odeio por isso, mais do que qualquer um poderia me odiar – Ela encarou o Takafumi – Mas não vou me dobrar as vontades de alguém por medo de enfrentá-lo!

O Uchiha sentiu aquelas palavras martelando sua consciência. Medo. Sim, ele estava com aterrorizado. Com medo por si, medo por seu melhor amigo, até mesmo pela garota que agora o xingava. Ele tinha medo por suas vidas.

– Eu ainda não a perdoei pelo que tentou contra minha mãe, e mesmo tentando não consigo suportar a sua presença – Ele apertou suas mãos presas e encarou a Amaya – Mas sei que se não trabalharmos juntos agora, não sairemos daqui com vida.

A ruiva encarara-o sem dizer nada, porém, em sua mente mil pensamentos se passavam. Ela entendia a raiva dele sobre si, pelo que ela havia tentado contra a Yumi – a própria também se culpava. E ela concordava com ele: Não sairiam dali sem trabalharem juntos.

– Resolveremos nosso problema depois – Amaya avisou da maneira mais fria possível e encarou o garoto – Nossa prioridade é sair daqui, e o mais breve possível. Esses homens são... – O Uchiha a interrompeu.

– Contrabandistas de pessoas, eu sei – Seu tom de voz era mais calma que antes – Existe uma missão de rank B para a caça e extermínio deles – Ele explicou – Lembro do meu irmão comentar sobre isso um dia... – Takafumi voltou seu olhar para a Amaya – Temos que encontrar o sensei ou qualquer jounin de Konoha para que eles cuidem dessa missão, ela não está ao nosso alcance para ser cumprida – Ele parou por um momento – Você tem obrigação de garantir que alguém cumpra essa missão e de manter o Shisui a salvo – Ela o encarou – Você é a líder dessa missão, me entendeu?

– Garantirei que cada um pague por tudo que fazem aqui – Amaya dera sua palavra com um tom sombrio e convicção no olhar – E farei tudo que puder para manter o Shisui e você a salvo. Agora a grande questão é: Como vamos criar uma distração para escaparmos? – A garota voltou seu olhar para outra direção – Nossos equipamentos estão lá – Ela indicara os caixotes onde suas coisas haviam sido depositadas – Podemos nos soltar sem muita dificuldade, mas precisamos estar sozinhos para que possamos sair sem chamar atenção.

– Quando aqueles caras voltarem os enrolarei. Quando perceberem que não vou contar nada, possivelmente vão sair de novo e voltarão um tempo depois para tentarem arrancar algo de nós à força – A ruiva concordou – Você consegue se mover ainda? – Ela assentiu – Ótimo. Esteja preparada para quando formos começar nossa fuga.

Antes que dissessem algo mais, a porta do abrigo fora aberta. Um raio cruzou os céus iluminando a silhueta do homem parado na entrada. Um trovão ressoou em um estrondo alto.

Ambos os genins que conversavam há alguns instantes levaram seus olhos ao homem que adentrava o recinto. Ambos sentindo uma raiva descomunal contra a pessoa, que por algum tempo trataram como seu cliente: Masao.

Ele parou em frente ao Takafumi, encarando-o por um momento. Masao abriu um sorriso sádico para o Uchiha diante dele.

– Parece que você decidiu colaborar com meus negócios, diferente dos seus companheiros – Ele olhou brevemente na direção da Amaya e do Shisui que lutava contra seu corpo para manter-se consciente.

– O que você quer saber afinal? – Takafumi perguntou sem demora.

– Como e por que ela tem uma mecha de cabelo escura, sendo um membro do clã Uzumaki? – Masao questionou-o sem rodeios.

– Bem... Pensou que talvez seja pintado?

– Não se faço de engraçadinho – O líder daquele grupo de contrabandistas o repreendeu – Você sabe ou não?

– Certo, certo... – O Uchiha dissera com a voz mais baixa – Falarei o que você quer ouvir.

O homem se aproximou um pouco mais do garoto, ficando com o rosto na altura do dele. Com a proximidade, Takafumi sorriu fraco e cuspiu na cara do outro. O homem recuou um passo, esbravejando palavrões dos mais variados.

– Achou mesmo que falaríamos algo, seu desgraçado?! – O garoto esbravejou e ostentara um sorriso convencido.

Mas o Uchiha não sabia que aquilo havia o sentenciado.

Masao puxou do cós da calça que usava uma adaga e num movimento rápido, cravou-a na região inferior da barriga do Takafumi. O garoto gritou de dor devido ao golpe repentino.

A sensação de angústia e preocupação tomou conta da Amaya. Aquela situação não havia sido levada em consideração em seu plano com o Takafumi, afinal, acreditavam que por terem os mantido vivos até então era porque não os matariam até decidirem alguma possível venda.

– Seu merdinha... – O Masao praguejou – Não preciso de você quando tenho outro Uchiha vivo aqui – Ele olhou brevemente para o Shisui – Você é dispensável.

– Não faça isso! – A Uzumaki gritou.

O homem encarou o garoto a sua frente, encontrando-o com uma expressão de dor e preocupação. Ele sorrira de maneira sádica e segurou mais forte a adaga em suas mãos, forçando-a a subir pelo corpo do jovem.

– Não! – Shisui, que mesmo com sua consciência se esvaindo, também gritou por presenciar o que o melhor amigo passava.

Masao abriu sem hesitação de baixo a cima o corpo do garoto a sua frente.

O sangue quente e espesso jorrou do frágil corpo do Uchiha e respingou na roupa que o contrabandista usava. Devido ao corte e sem qualquer bloqueio por tecido ou carne, as entranhas do garoto saíram de seu corpo.

Intestino grosso e fino agora decoravam o chão em frente ao corpo do Uchiha e do Masao. De perto era possível ver ainda parte do fígado, estômago e do pâncreas do jovem em seu interior.

O corpo do Takafumi tinha espasmos involuntários, resquícios de seus receptores e cérebro morrendo aos poucos com ele. O próprio garoto sentia seu coração batendo e diminuindo a frequência a cada nova batida.

O sangue ainda fluía do seu corpo, escorrendo como de um animal num matadouro no momento de seu abate. O líquido carmesim de seu corpo de indo de encontro ao chão, lavando e cobrindo o piso.

Era uma cena mórbida.

Era uma cena desumana.

E os irmãos atrás do contrabandista presenciaram tudo sem nada poder fazer. Masao voltou seus olhos para baixo e viu que o sangue do garoto sujara suas roupas, assim como seu calçado.

– Ainda me sujei com esse projeto de gente... – Ele comentara com pleno desgosto e olhou na direção das outras duas crianças que tinham expressões atônitas – Cuido de vocês depois.

E nisso seguiu para fora do abrigo, batendo a pesada porta de metal atrás de si.

A garota Uzumaki sentia-se congelada observando o corpo de seu colega de equipe que acabara de ser aberto à sua frente. A informação parecia não ser processada por seu cérebro – ou melhor, ela não queria aceitar que aquilo tinha acontecido.

Ela olhou na direção do irmão ao seu lado e vi-o com o olhar fixo no corpo de seu melhor amigo. A expressão do Uchiha cortou seu coração. A ruiva compartilhava parcialmente da dor que ele sentia, mas mesmo assim sabia que não se comparava a dele.

– Shisui... – Ela chamou-o – Nii-san, olhe para mim... – Mesmo contra sua vontade, o garoto levou seus olhos à irmã – Olhe para mim, tudo bem?

Ela não queria que ele continuasse a olhar o corpo desfalecido do amigo. Não podia deixá-lo continuar olhando-o naquele estado. Quando os olhos do Uchiha chegaram aos dela, ela notou duas coisas em seu irmão:

As lágrimas que caiam desenfreadamente e o sharingan dele ativado, mas dessa vez apresentando um padrão completamente novo à ruiva: Sua estética lembrava um cata-vento de quatro pontas, com um pequeno círculo no centro.

O Uchiha, mesmo em meio às lágrimas, ao olhar para sua irmã, podia notar a expressão triste e preocupada dela. Mas o que realmente o deixou abalado foi notar a coloração dos olhos da garota: Vermelhos como o sangue que se espalhara pelo chão.

Antes que qualquer um pudesse dizer ou mesmo fazer algo, os olhos do Shisui voltaram ao normal e sua cabeça pendeu. O último resquício de consciência nele acabou-se naquele momento.

Amaya levou seus olhos novamente ao corpo do Takafumi. Sua mente torturava-a a assistir aquela cena e lembrá-la de uma situação semelhante: Quando todas as crianças do laboratório, com exceção dela, foram mortas.

“Impotente, mais uma vez...”

Aquela era a frase que permeara os pensamentos da garota. Ela havia dito que faria tudo que pudesse para manter o garoto e seu irmão a salvo, mas tudo que pôde fazer foi assistir enquanto aquele monstro estripava seu colega.

E ali, no mesmo momento lembrou-se da outra promessa que fizera ao Takafumi: Fazer aquelas pessoas... Não, eles não podiam ser considerados sequer humanos. Ela tinha o dever de fazer aqueles animais pagarem por tudo e garantir que alguém cumpriria aquela missão.

Para isso eu acolherei de bom grado meu maior medo..., ela pensara e fechou seus olhos. Só existia uma coisa que a garota ainda temia naquele mundo e ela estava prestes a aceitá-la para proteger seu irmão: Ela própria.

No laboratório ela havia se mantido viva graças a sua habilidade de esvaziar sua mente e manter-se impassível aos outros. Ela se tornava o que poderia se chamar de uma assassina de sangue frio. Com sua mente vazia, ela focava-se apenas em sobreviver e ignorava todos os sentimentos que poderiam fazê-la ter empatia pelos seus alvos.

E a Uzumaki se odiava por ser capaz daquilo.

Amaya temia um dia ter que recorrer àquela capacidade que desenvolvera. Ela sabia que quando começasse ninguém a pararia. E pelo irmão aceitou abraçar esse seu lado uma vez mais.

Seus olhos abriram-se rapidamente e seu corpo balançara, ignorando todas as dores sinalizadas pelo mesmo. Ela embalou-se no gancho em que estava e levantou suas pernas, envolvendo-as na corrente que mantinha o gancho acima de sua cabeça.

Ela usou a ponta do próprio gancho para cortar a corda que prendia seus pulsos enquanto estava de cabeça para baixo. No momento seguinte, caiu silenciosamente no chão.

Antes de começar seu plano traçado mentalmente, ela foi até seu irmão. Assim que baixou a corrente do gancho que o prendia, seu corpo inconsciente caiu cuidadosamente em seus braços.

Ela checou se ele estava respirando direito, assim como seus batimentos. Sua respiração era mais fraca do que deveria, mas ele ficaria bem. E sentira a ira dentro de si crescendo desproporcionalmente ao notar os hematomas que marcavam a clara pele do garoto.

Amaya apoiou o braço dele em seu pescoço e o levou para trás de alguns caixotes, onde pudesse ficar escondido e fora da visão de qualquer um que aparecesse ali em sua ausência.

Eu volto logo, nii-san...



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